Gestão e Governança de Dados: Promovendo dados como ativo de valor nas empresas
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Gestão e Governança de Dados - Bergson Lopes Rêgo
dados.
Parte 1
Conceitos Básicos sobre Gestão de Dados
1. Conceitos Básicos
O olho vê somente o que a mente está preparada para compreender.
Henri Bergson
1.1. Dado, informação, conhecimento e sabedoria
Dado, informação, conhecimento e sabedoria constituem a cadeia de evolução de dados e informações. Quando falamos sobre dados
, na verdade estamos nos referindo à base da matéria-prima necessária para conseguir o que todas as empresas desejam: utilizar o conhecimento das informações para tomar decisões ágeis e corretas.
O amadurecimento de dados e informações é representado através de sua cadeia de evolução. Esta cadeia estabelece um conceito de maturidade de uso dividido em quatro estágios, sequenciais, necessários à conquista deste propósito. Como em qualquer estágio, os esforços para alcançar o amadurecimento devem ser feitos primeiramente nos níveis iniciais e somente depois nos próximos níveis. Neste caso específico, os dados devem ser tratados e reconhecidos primeiro – por esta razão o nome da disciplina é Gestão de Dados, e não Gestão das Informações ou Gestão do Conhecimento.
A cadeia de evolução de dados e informações representa a transformação gradual e progressiva sobre o uso de dados e informações no ambiente empresarial. Também serve como modelo para descobrir em que nível dessa cadeia as informações de mais alto valor estratégico são utilizadas, possibilitando, desta forma, estabelecer ações para melhorar o nível da maturidade de dados e informações da empresa.
Os dados são a base de todo o processo para geração da sabedoria empresarial e o primeiro nível de estágio a ser atingido. Eles representam fatos através de um conjunto de caracteres primitivos e isolados, geralmente representados através de textos, números, imagens, sons ou vídeos. Os dados não possuem qualquer significado relevante dentro de um contexto de negócio (dado sem contexto).
Os metadados representam os significados dos dados. Estes significados correspondem tanto ao conteúdo técnico do dado, obtido através das informações sobre estrutura, formato, tamanho e restrições (metadados técnicos), como a informações sobre definições, conceitos, relevância e regras de negócio dos dados envolvidos (metadados de negócio).
Outra definição bastante comum e mais simples encontrada na literatura sobre metadados é o famoso clichê: dados sobre os dados
. De forma geral, os metadados ainda são criados e mantidos pela área de TI. O gerenciamento dos metadados contribui diretamente para a melhoria da qualidade das informações e para o amadurecimento da cadeia de evolução dos dados.
As informações correspondem aos dados processados com algum significado e são geradas e obtidas nos sistemas de processamento de transação e sistemas de apoio à decisão, reduzindo a incerteza sobre alguma coisa, estado ou evento. Quando os metadados são utilizados para leitura e interpretação dos dados, a cadeia de evolução do dado já mudou de estágio, ou seja, já está no nível da informação.
O conhecimento corresponde ao processamento das informações com significados, premissas, padrões de comportamento, tendências e valores agregados através de conjuntos de regras de manipulação e características dessas informações. São o subsídio para soluções de problemas e tomadas de decisão. Atualmente, é impossível imaginar a evolução para este estágio da cadeia sem os sistemas de apoio à decisão e as aplicações de inteligência analítica.
A sabedoria é a utilização do conhecimento com eficácia e eficiência. Do que adianta possuir o conhecimento
se não utilizamos este ativo corretamente? Apesar das aplicações de inteligência analítica já serem uma realidade dentro do mercado, fornecendo condições para a empresa atingir o estágio anterior, muitas organizações que possuem estes subsídios desejam a sabedoria
, mas não a conseguem. Parte deste fracasso está na confiabilidade dos dados, que não foram bem geridos no decorrer da evolução da cadeia. Outra parte está na falta de habilidade dos profissionais em extrair as informações e utilizá-las de forma vantajosa.
Algumas referências sobre Gestão de Dados, incluindo o guia DAMA-DMBOK®, não descrevem e também não reconhecem a sabedoria como o último estágio desta cadeia, justamente pelo fato dela depender em grande parte da competência humana para atingir este estágio. Por outro lado, empresas inovadoras, já adaptadas às novas realidades e tendências do mercado como o Big Data
e o papel do Cientista de Dados
, já reconhecem e buscam atuar neste último nível da cadeia de evolução dos dados.
A figura a seguir mostra a cadeia de evolução do dado e um exemplo didático de sua utilização.
Figura 1.1 – Cadeia de Evolução dos Dados e Informações
Tomemos como base uma aplicação financeira onde uma instituição deseja manter informações sobre a saúde financeira de seus clientes. Ao acompanharmos a evolução demonstrada na figura anterior, veremos que:
O dado (–15000) é um número qualquer sem significado algum.
Ao consultar seu metadado, descobrimos que esta informação corresponde a um saldo negativo de R$ 15.000,00. Apesar de o exemplo mencionar algo com grau de dificuldade bastante simples, grande parte das empresas ainda está situada neste estágio da cadeia de evolução do dado.
De acordo com os critérios de crédito da instituição (histórico, renda, comprometimento, garantias, reservas financeiras, produtos adquiridos, etc.), chegamos à conclusão de que o cliente está endividado. Qualquer descuido ou acontecimento negativo na vida do cliente proporcionará uma possível inadimplência. Esse tipo de conhecimento é obtido através de aplicações com inteligência incorporada nas soluções. O conhecimento interfere diretamente na política de crédito adotada por esta e outras instituições.
Para eliminar as dívidas e, consequentemente, manter o cliente consumindo mais produtos financeiros da instituição, a empresa deve utilizar a sabedoria para não apenas propor soluções que ajudem ao cliente, mas que também agreguem valor às suas vendas e a mantenham em posição de destaque no mercado.
Para isso é fundamental conhecimento não só sobre os dados do cliente, mas também informações gerais sobre o conjunto de demais clientes acerca de: comportamento e renda, tendências de consumo, análises criteriosas dos riscos, cenário econômico nacional e mundial, entre outras informações que servirão de subsídios para que pessoas, sistemas especialistas, ferramentas estatísticas, ou ambos, utilizem o conhecimento dessas informações para tomar decisões cada vez mais ágeis e corretas. Vale ressaltar, que o nível sabedoria
é desejado pela maioria das empresas, porém poucas se encontram nesse estágio de maturidade e uso.
Conforme mencionado anteriormente, um perfil emergente no mercado, o "Cientista de Dados", tem como principal responsabilidade analisar grandes volumes de dados com o propósito de descobrir novas tendências e novos conjuntos de informações e combinações que agreguem valor às empresas.
Com o apoio de novas ferramentas e algoritmos, novas informações são descobertas pelos Cientistas de Dados. O conjunto destas novas informações e tendências forma uma enorme vantagem competitiva da empresa em relação aos seus demais concorrentes, pois a inovação é incluída como algo permanente em suas ações, tornando a organização reconhecida no mercado pela originalidade e rapidez na tomada de decisões.
1.2. Ciclo de vida dos dados
Todo e qualquer ativo possui um ciclo de vida. Se tomarmos como exemplo as pessoas, um dos ativos mais importantes das organizações, nós poderemos observar o seguinte ciclo de vida dentro de uma empresa: pessoas tomam conhecimento das vagas disponíveis, se candidatam a essas vagas, são selecionadas, admitidas, treinadas, desenvolvem competências, podem ser promovidas, cedidas, transferidas, afastadas, licenciadas, colocadas em disponibilidade e, por fim, encerram o seu ciclo pedindo desligamento, sendo demitidas ou então