Introdução aos princípios gerais do direito ambiental
Descrição
Contempla, ainda, a importância da formulação de princípios próprios do Direito Ambiental, para garantir a autonomia disciplinar frente aos outros ramos do Direito; a unidade e coerência do sistema legislativo ambiental; as diretrizes básicas de entendimento social; e os critérios básicos e inafastáveis para sua interpretação.
Pautada na premissa de nunca houve, efetivamente, vontade e compromisso político e econômico em fazer cumprir as normas jurídicas de proteção ambiental , a obra objetiva fornecer informações acerca das bases principiológicas gerais do Direito Ambiental, visando propiciar ao leitor à compreensão acerca dos princípios gerais do Direito Ambiental e, a partir desta compreensão, a correta interpretação e integração das normas de proteção ambiental entre si, bem como com as demais normas do ordenamento jurídico, para a construção de uma sociedade realmente sustentável, que garanta o direito fundamental de fruição de um meio ambiente ecologicamente equilibrado e, por via de consequência, de uma vida digna, pela presente e futuras gerações.
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Introdução aos princípios gerais do direito ambiental - Ewerton Ricardo Messias
Ewerton Ricardo Messias
INTRODUÇÃO AOS
PRINCÍPIOS GERAIS DO
DIREITO AMBIENTAL
Dedico esta obra a minha esposa Telma e as minhas filhas Natália e Alana, pela paciência e amor dedicados a mim.
Violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma norma qualquer. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico mandamento obrigatório mas a todo o sistema de comandos. É a mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o escalão do princípio atingido, porque representa insurgência contra todo o sistema, subversão de seus valores fundamentais, contumélia irremissível a seu arcabouço lógico e corrosão de sua estrutura mestra.
Celso Antonio Bandeira de Mello
Agradecimentos
Ao término desta obra, agradeço a Deus pela saúde, direcionamento e determinação.
Agradeço à minha família, pela paciência e amor que dedicam a mim, fortalecendo-me e me motivando.
Agradeço aos Professores Doutores Paulo Roberto Pereira de Souza e Jefferson Aparecido Dias, amigos que sempre me orientam e me incentivam à pesquisa científica.
Sumário
Prefácio
Introdução
1. O direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado como delimitador da autonomia do Estado e da livre-iniciativa
2 Princípios ambientais e a autonomia do Direito Ambiental
3 Princípios gerais do Direito Ambiental
3.1 Princípio do desenvolvimento sustentável
3.2 Princípio do poluidor pagador e do usuário pagador
3.3 Princípio da prevenção
3.4 Princípio da precaução
3.5 Princípio da ubiquidade
3.6 Princípio da cooperação
3.7 Princípio da avaliação do impacto ambiental
3.8 Princípio da responsabilização
3.9 Princípio do protetor-recebedor
3.10 Princípio do não-retrocesso ambiental
Considerações finais
Referências
Lista de abreviaturas
ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica
ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
APP - Áreas de Preservação Permanente
BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento
BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
EA - Environmental Assessments
EAS - Estudo Ambiental Simplificado
EIA - Estudo de Impacto Ambiental
EIS - Environmental Impact Statement
EIV - Estudo de Impacto sobre a Vizinhança
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
LI - Licença de Instalação
LO - Licença de Operação
LP - Licença Prévia
MIT - Massachusetts Institute of Technology
NEPA - National Environmental Policy Act
ONU - Organização das Nações Unidas
PSA - Pagamento por Serviço Ambiental
PCH - Pequena Central Hidrelétrica
PCA - Plano de Controle Ambiental
PND - Plano Nacional de Desenvolvimento
PNMA - Política Nacional de Meio Ambiente
RAP - Relatório Ambiental Preliminar
RIMA - Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente
SISNAMA - Sistema Nacional de Meio Ambiente
Prefácio
Obter um meio ambiente saudável e equilibrado, que garanta qualidade de vida digna para as futuras gerações, é uma das grandes obrigações que o momento atual impõe a esta geração, pois a busca desenfreada por um crescimento econômico ilimitado já deixou claro que pode comprometer a vida no planeta. A destruição ambiental, assim, pode significar a destruição da vida.
Os desafios impostos exigem, assim, uma grande caminhada na busca por novos padrões de produção, consumo e do agir humano, com o objetivo de garantir um equilíbrio que seja sustentável. Toda grande caminhada, contudo, começa com os primeiros passos, da mesma forma que toda construção, independentemente de seu tamanho, exige alicerce sólido, que garanta que a estrutura a ser construída seja segura.
No direito, esses primeiros passos ou alicerce são os princípios, que permitem que estudos sejam desenvolvidos para a elaboração de novos paradigmas de conduta, novos instrumentos normativos, novas decisões e novas posturas. O novo nasce e se sustenta nos princípios que, no direito ambiental, possuem importância renovada, diante dos desafios acima indicados, que exigem um agir novo, um agir diferente.
Assim, nada mais oportuno do que dedicar uma obra ao estudo e à analise dos princípios do Direito Ambiental, tal qual a presente, do Prof. Ewerton Ricardo Messias, que ora tenho a honra de prefaciar.
A obra consegue aliar profundidade e concisão, dedicando aos princípios analisados linhas que trazem o essencial, a partir de primorosa pesquisa, desenvolvida por um estudioso que tem a rara habilidade de aliar teoria e prática, tanto na sua atuação acadêmica quanto profissional.
Os princípios aqui analisados são concebidos e apresentados não como preceitos abstratos, localizados em um mundo inacessível, mas sim como normas reais que devem ser vivenciadas na prática humana diária, na busca de um meio ambiente sustentável que garanta a vida das futuras gerações. Princípios, assim, que são ferramentas imprescindíveis para enfrentar os desafios de nosso tempo.
Assim, é um grande privilégio apresentar essa obra aos leitores, pois tenho a certeza de que ela poderá ajudar a muitos nos primeiros passos do estudo do Direito Ambiental. Afinal, é necessário conquistar corações e mentes na luta em defesa do meio ambiente, antes que seja tarde demais e a vida já não tenha viabilidade em nosso planeta azul.
Por fim, resta agradecer à Editora Simplíssimo Ltda pela publicação desse importante livro e desejar a todos e todas uma excelente leitura.
Verão de 2017
Jefferson Aparecido Dias
Procurador da República em Marília; Procurador Regional dos Direitos do Cidadão (Substituto) do Ministério Público Federal, no Estado de São Paulo; Doutor em Direitos Humanos e Desenvolvimento, pela Universidade Pablo de Olavide, Sevilha, Espanha; e Professor permanente dos cursos de Graduação, Mestrado e Doutorado em Direito da Universidade de Marília (UNIMAR)
Introdução
O desenvolvimento industrial e tecnológico, ocorridos durante os séculos XIX e XX, causaram inúmeras implicações positivas e negativas na sociedade, advindas dos impactos transfronteiriços experimentados em nível mundial.
Os avanços científicos e tecnológicos, resultantes do crescimento industrial e tecnológico, resultaram em alteração de comportamento econômico, social e ambiental, pois a sociedade passou a não encontrar limites de contentamento, de forma a impor um ritmo acelerado de consumismo global, o qual, aliado à crescente busca pelo lucro, por parte da iniciativa privada, contribuiu sobremaneira para a instalação de uma verdadeira crise ambiental, cujos efeitos são experimentados em nível