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Minhas quatro estações: Rumo à Conscienciologia
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Minhas quatro estações: Rumo à Conscienciologia

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About this ebook

Maria Helena foi muito feliz quando fez a analogia de cada fase da sua vida, como se fosse uma estacao de trem, possibilitando aos leitores reflexões que podem auxilia-los no seu próprio balanço de vida. De leitura fácil e envolvente, a presente obra serve como um exemplo para todos que desejam fazer um balanço, uma retrospectiva de vida, independente da idade, convido a todos os leitores a desfrutarem desta biografia, bem escrita e rica em detalhes, de Maria Helena Lagrota, uma consciência muito interessante, assistencial e disposta a expor seu laboratório pessoal, a fim de ajudar outras pessoas a realizarem também a retrospectiva de suas vidas.
LanguagePortuguês
PublisherEditares
Release dateMay 2, 2019
ISBN9788584771356
Minhas quatro estações: Rumo à Conscienciologia

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    Book preview

    Minhas quatro estações - Maria Helena Lagrota

    Copyright © 2017 – Associação Internacional EDITARES

    1a Edição (2017) – Tiragem regular de 1000 exemplares.

    Os direitos autorais desta edição foram graciosamente cedidos pela autora à Associação Internacional EDITARES.

    As opiniões emitidas neste livro são de responsabilidade do autor e não representam necessariamente o posicionamento da EDITARES.

    Capa: Ernani Brito.

    Foto da Capa: Liu Fuyu http://br.123rf.com/profile_yuliufu

    Revisão: Regina Camarano, Rosemary Salles e Thiago Ornellas.

    Diagramação: Epígrafe Editorial.

    Associação Internacional Editares

    Av. Felipe Wandscheer, 6.200, sala 107, Cognópolis

    Foz do Iguaçu, PR – Brasil – CEP: 85856-530

    Tel/Fax: +55 45 2102 1407

    E-mail: editares@editares.org

    Website: www.editares.org.br

    A AUTORA

    Maria Helena Lagrota, mineira de Santa Helena, é graduada em Farmácia-Bioquímica, mestre em Farmacologia e doutora em Ciências (Virologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

    Professora da UFRJ, exerceu várias atividades durante os 25 anos dedicados àquela instituição: ensinou Virologia para a área biomédica; orientou alunos da graduação e pós-graduação em Virologia; coordenou por 6 anos a disciplina de Microbiologia e Imunologia do Curso de Enfermagem Anna Nery; montou e fez funcionar 2 Laboratórios (Cultura de células e de Pesquisa de substâncias antivirais) no Instituto de Microbiologia Professor Paulo de Góes (IMPPG). Teve projetos aprovados e financiados pelos órgãos fomentadores de pesquisa.

    Os resultados de suas investigações foram apresentados em congressos, publicados em revistas científicas nacionais e internacionais, além de divulgados em palestras e em entrevistas a jornais de grande circulação.

    Na terceira idade, passou a estudar a Conscienciologia e tornou-se voluntária da Associação Internacional de Parapsiquismo Interassistencial (ASSIPI) desde 2012.

    SUMÁRIO

    A autora

    DEDICATÓRIA

    AGRADECIMENTOS

    PREFÁCIO

    INTRODUÇÃO

    Parte I

    Santa Helena – MG

    Infância em Família

    FORMAÇÃO DA FAMÍLIA

    RECOMEÇO

    POLIOMIELITE

    MEUS IRMÃOS

    MINHAS BRINCADEIRAS

    PERÍODO DE FARTURA

    MEU PAI

    FESTA EM SANTA HELENA

    MINHA MÃE

    COTIDIANO LOCAL

    MINHA CASA

    PRIMEIRO VESTIDO

    VIAGENS

    Parte II

    BICAS – MG

    Primeiras Despedidas

    A MUDANÇA

    CICATRIZES

    O NOVO COMÉRCIO

    DIVERSÃO

    RUA QUINZE

    A GRANDE PERDA

    VIDA QUE SEGUE

    DESFILE ROMÂNTICO

    A LOJA

    PROFESSORA

    DURA REALIDADE

    Parte III

    Rio de Janeiro – RJ

    Maturidade Pessoal e Profissional

    CALOURA

    CONQUISTA

    GUERRA E PAZ

    MEU MODO DE SER

    A ESCOLHA

    FRACASSO X SUCESSO

    MEU FUSQUINHA

    MORANDO SOZINHA

    SÁBIA DECISÃO

    A CIENTISTA

    RASTEIRA NA FELICIDADE

    NOVOS RUMOS

    MINHA LÓGICA ILÓGICA

    PERÍODO CARIOCA

    Parte IV

    Foz do Iguaçu – PR

    O Paradigma Consciencial

    NOVA RECICLAGEM

    NOVO HORIZONTE

    DESPERTAR PARAPSÍQUICO

    SONHO OU PROJEÇÃO?

    A MELHOR IDADE

    PASSANDO A LIMPO

    AOS LEITORES

    LINHA DO TEMPO

    BIBLIOGRAFIA

    WEBGRAFIA

    Índice remissivo

    DEDICATÓRIA

    "Durante a nossa vida:

    Conhecemos pessoas que vêm e que ficam.

    Outras que vêm e passam.

    Existem aquelas que,

    Vêm, ficam e depois de algum tempo se vão.

    Mas existem aquelas que vêm e se vão com uma enorme vontade de ficar."

    (Charles Chaplin)

    Depois de cada um desses encontros, por mais impercep­tí­veis que tenham sidos, não seremos novamente os mesmos. Não importa a intensidade dos sentimentos e dos conheci­men­tos adquiridos e transmitidos, se bem aproveitados, seguiremos construindo nossa trilha para evoluir. Portanto, a todos que de algum modo participaram e ainda participarão desta minha trajetória nesta vida, dedico esta história.

    Mª Helena Lagrota

    AGRADECIMENTOS

    A Adriana Lopes por sugerir e me incentivar para que eu relatasse minha trajetória nesta dimensão. A ela agradeço também a revisão, junta­men­te com Carlos Augusto R. Lopes, Cristina Ribeiro, Elian Friaça e Mário Oliveira. Os valiosos esclarecimentos sobre dúvidas re­lacionadas à Conscienciologia vieram por parte de Adriana, Cristina e Mário.

    Agradeço à equipe de revisores da Editares, em particular a Rosemary Salles, cujas correções e sugestões contribuíram para o enriquecimento desta obra.

    Sou reconhecida ao Jeferson Borges por ceder-me algumas fotos de Santa Helena e cópia da escritura da casa que foi berço para minha volta a este planeta. O material cedido por ele faz parte do acer­vo de sua pesquisa sobre a origem daquele lugarejo mineiro. Neste que­si­to não posso esquecer de Soraia Lagrota, a responsável pelo meu en­contro com este pesquisador santa-helenense.

    Quero ressaltar minha gratidão a todos os aportes recebidos no decorrer desta existência, envolvendo os familiares, amigos e os vários profissionais, em particular os meus professores e os ligados à saúde. Antecipadamente, quero deixar meu muito obrigado a você que, neste momento, está lendo sobre minha vida.

    PREFÁCIO

    Se o tempo é um horizonte de possi­bi- ­lidades, por que não tornar o enve­- lhecimento um desenvolvimento? Suzana Medeiros

    O envelhecimento vem passando por inúmeras transformações, com os avanços da tecnologia e as melhorias na saúde. A pessoa pode envelhecer de maneira mais saudável, mas isto nem sempre ocorre, portanto, envelhecer com saúde, bem-estar e qualidade de vida é um desafio para todos nós. Chegar à terceira e quarta idade é uma meta que poderemos almejar, mas nem sempre é possível.

    Com o aumento da expectativa de vida, se pensarmos em uma vida de 90 anos, passamos 1/3 dela na terceira e quarta idade, fase da vida em que a maioria das pessoas está aposentada. Hoje, o conceito de aposentadoria, embora ainda enraizado em nossa sociedade, já não remete às ideias de inércia e desocupação. Há muitos aposentados que permanecem trabalhando, alguns por necessidade e outros pelo prazer de exercer suas profissões. Há também os que desenvolvem habilidades e adquirem qualificações que não tinham, para que possam contribuir com sua comunidade e com o país.

    Esta questão da aposentadoria é muito séria, pois a pessoa passa a vida toda trabalhando, investe boa parte do seu tempo e dinheiro no trabalho e depois chega o momento de se aposentar.

    Por isto o ideal é planejar o que se vai fazer, mesmo antes de se aposentar. Ingressar em uma outra profissão, estudar, aprender coisas novas, enfim, o importante é não deixar de ter um sentido na vida, ter objetivos que motivem, ter novos desafios.

    Para todas as pessoas, independente da faixa etária, é importante ter projetos na vida. As pessoas que já fazem parte da terceira idade precisam ainda mais ter projetos, pois pelo fato de terem mais tempo livre, se não o aproveitarem de modo satisfatório, podem se sentir desvalorizadas, com baixa autoestima, carentes, dependentes dos outros e em alguns casos podem até entrar em um estado depressivo.

    O importante é se dedicar a atividades que realmente façam sentido para a própria pessoa e não simplesmente realizar tarefas para ocupar o tempo livre.

    Questões como — o que fazer com este tempo livre que antes era ocupado pelo trabalho? O que fazer nesta fase da vida? Como aproveitar melhor este tempo? — Começam a fazer parte do cotidiano das pessoas que estão se aproximando da terceira idade e estas questões foram retratadas de maneira singular pela autora ao longo desta obra, por meio de um balanço, uma retrospectiva autobiográfica.

    Nascida em Santa Helena, um pequeno lugarejo do interior de Minas Gerais, mudou-se para Bicas, onde vivenciou sua adolescência, até chegar ao Rio de Janeiro, cidade onde morou por mais de 40 anos. Em cada uma destas fases de vida a autora relata inúmeros momentos de superação, conquistas e conta a história da sua família.

    Exerceu durante muitos anos a profissão de pesquisadora e professora universitária, sempre teve uma atitude autodidata, curiosa em tudo que vivenciava e buscando aprender coisas novas.

    Após seus longos anos residindo na cidade do Rio de Janeiro, onde exerceu sua profissão e se aposentou, ingressou em uma nova atividade — o artesanato, e anos depois decidiu mudar-se para a cidade de Foz do Iguaçu.

    Em Foz, sempre procurando outros desafios, iniciou nova jornada de aprendizado sobre a consciência, fazendo-a na terceira idade descobrir seu parapsiquismo. Já motivada a deixar registrada a sua história numa autobiografia, utilizou os novos conhecimentos adquiridos nas Instituições Conscienciocêntricas para fazer uma avaliação de sua existência.

    Maria Helena foi muito feliz quando fez a analogia de cada fase da sua vida, como se fosse uma estação de trem, possibilitando aos leitores reflexões que podem auxiliá-los no seu próprio balanço de vida. De leitura fácil e envolvente, a presente obra serve como um exemplo para todos que desejam fazer um balanço, uma retrospectiva de vida, independente da idade.

    Convido a todos os leitores a desfrutarem desta biografia, bem escrita e rica em detalhes, de Maria Helena Lagrota, uma consciência muito interessante, assistencial e disposta a expor seu laboratório pessoal, a fim de ajudar outras pessoas a realizarem também a retrospecti­va de suas vidas.

    Boa leitura.

    Cristina Ribeiro

    INTRODUÇÃO

    No início de minha adaptação na condição de moradora de Foz do Iguaçu, quando estava na expectativa de qual seria o novo desafio a enfrentar, recebo de uma sobrinha a sugestão de escrever um livro autobiográfico. Contar a trajetória percorrida por mim nesta vida demanda relembrar o passado e envolver parte da história dos meus familiares. Infelizmente, mesmo acalentando já há algum tempo o desejo de relatar sobre os antepassados, não tomei nenhuma atitude a res­peito quando ainda podia contar com as testemunhas presentes entre nós. Posterguei, priorizei outros objetivos e agora me vejo na condição de ser o único arquivo vivo possível de relatar sobre o início de minha família. Apesar disto, abracei a ideia por ter consciência de possuir boas lembranças da infância e por guardar na memória alguns fatos advindos antes de eu chegar a este planeta, narrados por meus irmãos.

    Decisão tomada, parti para a parte operacional. A primeira providência foi inventariar cronologicamente todos os fatos passados. O resultado desta primeira abordagem foi a divisão da biografia em tópicos, os quais induziram a inspiração do título da obra. Minhas Quatro Estações correspondem à infância, adolescência, maturidade e à terceira idade, sendo cada uma destas vivida em lugares diferentes, Santa Helena, Bicas, Rio de Janeiro e Foz do Iguaçu.

    Do objetivo inicial de somente expor os fatos marcantes ocorridos durante esta existência, redirecionei o foco para a avaliação de meu comportamento perante a vida até o momento. Esta decisão foi inspirada ao constatar que Minhas Quatro Estações tinham me conduzido diretamente para a Conscienciologia, a ciência que pesquisa a consciência, ou seja, a verdadeira essência de cada um de nós. Segun­do estes estudos, eu, você e todos os seres autoconscientes somos consciências, possuímos um holossoma (Vide Parte III – RASTEIRA NA FELICIDADE §6), composto do corpo físico (soma) e de outros 3 veículos de manifestação (energossoma, psicossoma e mentalsoma), com os quais podemos vivenciar dimensões extrafísicas, além da dimensão material na qual seguimos do nascimento até a morte biológica. Além disso, já vivemos muitas vidas humanas no passado e ainda viveremos muitas outras até atingirmos o nível evolutivo em que não precisaríamos mais renascer por aqui. Com esta nova abordagem holossomática, multidimensional, multiexistencial e evolutiva, procurei a cada oportunidade da narração, fazer uma autopesquisa conscienciológica.

    Morando atualmente neste paraíso verde gerador de tanta tranquilidade e dispondo de todo o tempo do mundo, reuni todos os dados, arregacei as mangas e comecei esta empreitada. Foi um mergulho ao passado e assim fiz questão de começar escrevendo sobre os meus pais e alguns parentes, fortes alicerces para a formação de meu caráter. Nesta retrospectiva, fui lembrando e resgatando pessoas importantes que eu tinha deixado no fundo do baú. Mesmo sendo de natureza fechada e na maioria das vezes ter colocado uma redoma envolvendo-me, à medida que aprofundava nesta viagem ao túnel do tempo, eu fui me soltando e consegui abrir um pouco mais as páginas do livro da minha história. Por ser, na essência, uma professora, não pude deixar de colocar no rodapé explicações para determinadas palavras e esclarecer a cada ensejo, essa nova ciência que serviu de base para esta autoanálise.

    No desenrolar desta autobiografia, aproveitei para avaliar as realizações alcançadas, ponderando os fatores que me impulsionaram e os entraves ocorridos para o alcance de tal objetivo. A cada oportunidade, ressalto determinados usos e costumes daquela época. A geração à qual pertenço veio de um período de atraso e cheio de tabus, passou pela revolução de atitudes, culminando na emancipação feminina e viu surgir uma avançada tecnologia. Mesmo sendo capiau da roça, avancei junto com este progresso e passei a desfrutar cada novo artifício moderno surgido.

    Agora, com a obra concluída, convido a todos a embarcarem neste trem e fazer esta viagem comigo, cujo ponto de partida é a Estação Santa Helena (MG), onde aprendi a dar os meus primeiros passos. Com os vagões repletos de passageiros e pouca bagagem, segui direto para a Estação Bicas (MG). Nestas paragens, muitos passageiros desceram, mas algumas bagagens foram adicionadas, onde aprendi a di­zer adeus a quem amava, mas soube guardá-las no coração como uma lembrança suave. Seguindo sobre os trilhos da vida, mesmo com atraso, fui sempre em frente e, neste trajeto, alcancei o Rio de Janeiro (RJ). Esta parada foi a mais longa e onde houve grande aquisição de bagagem. Ali lutei, aprendi a vencer obstáculos, enfrentei derrotas, ouvi desabafos, perdoei, ensinei, recomecei, vivi. Ciente de que o trem não pode parar, com os vagões quase vazios, mas com o baga­geiro transbordando, eu rumei em direção ao sul. Desta vez não segui para a próxima Estação, mas voei direto para a pureza das águas das Cataratas em Foz do Iguaçu (PR). Hoje, nesta nova atmosfera, onde conheci o paradigma consciencial, passo a limpo minha história para adotar novas diretrizes visando sempre a evolução.

    Não estamos nesta dimensão por acaso. Antes mesmo de nascermos, formulamos alguns propósitos a serem cumpridos durante nossa estada neste mundo físico. Portanto, enquanto permanecermos por aqui, devemos absorver o máximo de conhecimentos e, na medida do possível, repassar para nossos semelhantes as experiências que adquirirmos. Se este livro ajudar um pouco a alguém, estarei avançando mais um degrau para atingir minhas metas. Durante toda a jornada que percorri, alcancei grandes conquistas no sentido material e assistencial. Reconheço ser este o momento certo para apurar a verdadeira essência de nossa existência. Certo de não constituirmos somente este corpo físico aparente, mesmo tardiamente, já comecei a aprofundar meus estudos sobre a consciência. O importante é perseverar sempre, pois nunca é tarde para recomeçar e ter em mente a convicção de não deixar para realizar na outra vida o que podermos concretizar nesta.

    A todos que embarcarem nesta leitura, boa viagem.

    Mª Helena Lagrota

    Parte I

    Santa Helena – MG

    Infância em Família

    FORMAÇÃO DA FAMÍLIA

    Não sei se antes de retornar a esta vida, eu tenha escolhido nascer num lugarejo de Minas Gerais, mas se hoje tivesse de reprogramar nova chegada, provavelmente optaria por grande centro urbano. Quanto à família, sem nenhuma sombra de dúvida, escolheria a mesma a mim destinada. Depois de parto tranquilo, nasci amparada por uma parteira, agregando-me àquele círculo familiar composto por descendentes de italianos, alemães e portugueses.

    Cheguei a este tempo no meio da segunda guerra mundial e o país que me acolheu, além de estar envolvido naquela peleja, internamente vinha sendo conduzido por um governo ditatorial. Apesar do lugar designado para eu renascer nesta dimensão ter sido simples, sempre tive todo o conforto necessário para minha existência. Mesmo assim, ao longo da vida, cultivei a rotina de estocar produtos como se isto, de alguma forma, pudesse me salvar. Talvez este hábito esteja relacionado ao fato de ter sofrido experiências ruins motivadas pela carência financeira em existências passadas. Mas tudo isto são conjecturas, vamos aos fatos reais, retrocedendo o tempo para o início das raízes familiar.

    Meu avô paterno, José (versão portuguesa para Giuseppe) Lagrotta, natural da Itália, imigrou para o Brasil ainda jovem, indo morar em Mar de Espanha, cidade da Zona da Mata mineira. Aos 25 anos se casa com uma moça alemã de 19 anos, Alayd, com quem teve sete filhos, dentre eles, o meu pai Amílcar, nascido no dia 13 de abril de 1904.

    Amílcar Lagrota (registrado somente com um t), embora não possuísse recursos financeiros, quando jovem se apresentava sempre vestido elegantemente. Às vezes, quando ia passear na praça daquela cidade mineira, trajava terno

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