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O envelhecimento bem sucedido e as perspetivas evolutivas: Com a neuroplasticidade nos torna mais saudáveis, criativos e inteligentes
O envelhecimento bem sucedido e as perspetivas evolutivas: Com a neuroplasticidade nos torna mais saudáveis, criativos e inteligentes
O envelhecimento bem sucedido e as perspetivas evolutivas: Com a neuroplasticidade nos torna mais saudáveis, criativos e inteligentes
Ebook145 pages2 hours

O envelhecimento bem sucedido e as perspetivas evolutivas: Com a neuroplasticidade nos torna mais saudáveis, criativos e inteligentes

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About this ebook

Este é um livro onde se aprende que viver saudavelmente implica "transgredir sem culpa", "socializar eficazmente", "ser resiliente", "treinar a plasticidade comportamental" e "praticar exercício físico de forma regular". É bom que tenhamos "um plano B para o envelhecimento" que garanta um percurso de vida bem sucedido, "sem julgamentos", "com resiliência" e colocando amor em tudo aquilo que faz. Isso passa por não ter medo de se apaixonar por aquilo que gosta. Esta poderá ser uma alternativa à nossa "fugaz" passagem pela vida, tornando-a mais cedo, mais feliz.
LanguagePortuguês
PublisherMahatma
Release dateMay 14, 2019
ISBN9789898865809
O envelhecimento bem sucedido e as perspetivas evolutivas: Com a neuroplasticidade nos torna mais saudáveis, criativos e inteligentes

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    O envelhecimento bem sucedido e as perspetivas evolutivas - Maria João Ferro

    conhecem…

    Agradecimentos

    Ao longo da minha vida tive a sorte de me cruzar com pessoas que desempenharam uma figura-chave, tendo sido de alguma forma os meus guias inspirando a minha necessidade de transgredir. Agradeço à minha professora de Música e de Piano, a minha querida amiga, Maria Adelaide Rosado Pinto (já falecida) responsável por muitas das minhas escolhas e que me levaram a escrever este livro.

    Sou grata:

    À minha querida professora de Inglês, amiga e ex-coordenadora do Corpo de Voluntariado do Centro Hospitalar de Setúbal.

    À minha editora Helena Mineiro por ter acreditado em mim e por ter depositado a sua confiança neste livro.

    Aos meus pais, pelas oportunidades que me deram em poder explorar todas as áreas de formação que sempre me interessaram e por me ajudarem a ser autónoma e determinada. Grata pelo vosso apoio e paciência.

    Ao meu irmão, por estar presente nos momentos em que simplesmente é necessário estar, enquanto família.

    Ao Mário, por estar incondicionalmente do meu lado, mesmo quando a minha profissão e as minhas motivações o tornam no pilar da família, o que implica um ajustamento à sua vida profissional.

    À minha filha, Maria Carolina, por ser tão sensível às minhas convicções, pelo respeito e pela admiração que sempre demonstrou pelo meu trabalho. Espero conseguir ser um exemplo, que a ajude a levar por diante as suas próprias escolhas sem medo de falhar e abraçando determinada os projectos de vida que pretenda seguir, sabendo que estarei sempre aqui, ao seu lado, para a apoiar.

    À minha querida amiga de sempre e para sempre, Cristina Pinho, porque sem ela este livro nunca teria sido possível. Grata Cristina, pela amizade e por todos estes anos de partilha e confiança.

    A todos os meus alunos da Universidade Sénior de Setúbal, agradeço do fundo do coração o apoio que sempre me deram. Vocês são uma das minhas grandes motivações.

    Por último, agradeço a confiança de todos os que me procuram (ou procuraram) como psicóloga.

    Prólogo

    Noite dentro continuo a treinar as primeiras palavras deste livro, de mil maneiras inventadas, estimulando a criatividade e pretendendo alcançar a minha autenticidade. Procuro um início fiel a mim própria, simples, direto e objetivo. Escrevo, apago, transformo, volto a escrever… elimino e continuo a reinventar esta mesma introdução, ao meu estilo. Finalmente tomo a derradeira decisão:

    - Será um livro para todos. Um livro despreocupado, apresentado de forma simples, pretendendo ao mesmo tempo ser rigoroso. Um livro escrito sem medo, sincero e de proximidade com o leitor. Tenho como objetivo partilhar informação, que me é aprazível, tornando este tipo de matérias o mais prático possível ao leitor, de modo a esclarecer o caminho do envelhecimento bem-sucedido, no sentido do bem-estar físico e psicológico e da suposta felicidade (seja a felicidade aquilo que cada um de nós quiser que ela seja).

    Esta obra resulta do meu percurso profissional e do contacto que tenho com a docência, desde 1992, sendo que atualmente me encontro na Universidade Sénior de Setúbal, onde leciono a disciplina Neuropsicologia. Talvez os meus alunos nem sequer saibam mas, foram eles, tantas vezes, que me fizeram não desistir dos meus projetos, tendo-me aberto inúmeras portas de pesquisa e de conhecimento. Todas as matérias que aqui se encontram, são também o resultado de uma construção, de estudo, de reflexão e de trabalho conjunto. Nestas páginas se reflete também uma carreira com 26 anos de existência, onde o contacto com as pessoas (no sentido da ajuda), permite o aprofundar de áreas de interesse e de conhecimento, que, aqui e ali, nos levam até à Psicologia Evolutiva. Pretendo dar uma visão crítica das condições em que vivemos na atualidade, bem como nos organizamos enquanto seres bem-sucedidos, ajustando e adaptando constantemente as rotas das nossas vidas, e negando muitas vezes a nossa natureza biológica. Escolhi as teorias evolucionistas e em especial as de Charles Darwin, Richard Dawkins, Yuval Harari e Eduard Wilson para complementar a visão psicológica de algumas questões que aqui são abordadas.

    Para conseguirmos alcançar um envelhecimento bem-sucedido e atingir o quanto antes um sentimento de bem-estar e de felicidade, optei por abordar o tema do desenvolvimento humano, do funcionamento cerebral e da necessidade que temos em aprender a gerir as questões emocionais. Todos nós aprendemos a viver com as nossas emoções, os nossos medos, as nossas raivas, as nossas agressividades, com o amor e o desamor, enfim, de uma maneira ou de outra, vamos aprendendo a gerir os afetos e os impulsos. Uns com maior sucesso e outros de forma mais desastrada, uns com mais rigor que outros, com maior ou menor tranquilidade, mas todos chegamos a algum ponto da vida, onde falamos de algo, que se parece com maturidade. Talvez possamos chegar, a esse ponto, mais cedo. Gosto de acreditar que sim, que é possível conseguir, antecipar esse estado de tranquilidade que a maioria de nós alcança, através da idade e das experiências vividas.

    Talvez esteja a iniciar uma espécie de campanha a favor da prevenção do envelhecimento, mas é, realmente meu intuito, centrar-me na possibilidade de evitar sofrimento psicológico. Porque na verdade ele é desnecessário. A dita terceira idade não tem de ser uma fase tristonha, pelo contrário, deve ser gerida da melhor maneira possível, por forma a sermos pessoas felizes sempre, e em qualquer idade. Temos ao nosso dispor, o cérebro, um magnífico órgão, com capacidades ilimitadas: resiliência, plasticidade e adaptabilidade comportamental. Tudo depende de nós, daquilo que ansiamos, daquilo que acreditamos ser capazes de fazer, do que desejamos e do grupo de estrelas para onde apontamos.

    Não consigo falar de bem-estar físico e psicológico ou de felicidade sem falar também de MOVIMENTO. Não me faz muito sentido (segundo os modelos pelos quais me oriento), deixar de lado aquele que nos fez chegar, aos dias de hoje, como espécie dominante: O movimento aliado ao cérebro. O cérebro desenvolveu-se em conexão estreita com o Movimento. Foi pelo movimento que nos adaptámos e estamos aqui enquanto espécie, as nossas bases ancestrais da aprendizagem e da memória foram desenvolvidas pelo movimento e pelo exercício físico. Foi o movimento que potenciou novas aquisições neuronais no cérebro primitivo, e continua a fazê-lo como analisaremos em capítulo próprio (John Ratey, 2008).

    E agora só nos falta calçar as sapatilhas, e iniciar uma pequena viagem ao nosso interior … vamos compreender um pouco do seu desenvolvimento e funcionamento, deitando por terra mitos, estudando as bases psicológicas das emoções como o Medo e o Amor, compreendendo o conceito de plasticidade cerebral e de neurogénese (crescimento de células cerebrais), à luz das Teorias Evolucionistas. Vamos perceber como podemos funcionar como pessoas mais felizes, estudar as evidências científicas, que apontam para a promoção da saúde física e do bem-estar psicológico. E, por fim, falaremos das atividades que temos ao nosso dispor, para que seja possível tornarmo-nos pessoas mais leves, rejuvenescendo o nosso cérebro e criando laços sociais com os nossos pares. Vamos vestir todos os casaquinhos verdes alface que nos apeteça, porque envelhecer não pode ser sinónimo de tristeza e porque …o melhor ainda está para vir.

    Depois de tudo isto, só nos falta mesmo afirmar com determinação: Bora lá ser felizes!

    Aponta para as estrelas para aterrares na Lua, que o melhor ainda está para vir…

    Raul Abraão

    Parte I

    A Felicidade

    Capítulo 1

    A história da felicidade

    "Todos os desejos são de felicidade. Este é o objetivo de todo o desejo, não é? Ainda assim, quantas vezes o seu desejo conduz ao objetivo?

    Você já pensou sobre a natureza do desejo? Ele significa alegria amanhã e não agora, não é? A alegria não é nunca amanhã."

    Sri Sri Ravi Shankar

    A busca do bem-estar físico e psicológico, a busca da felicidade, parece ser uma das principais áreas de interesse do Homem, com efeito todos procuramos o bem-estar físico e psicológico através de um conceito individual a que chamamos felicidade. Todos queremos ser felizes, apesar de todos nos perguntarmos: o que é isto de Ser feliz? O conceito de felicidade lembra-me o conceito de inteligência, ele muda e altera-se de continente para continente, de país para país, de cultura para cultura, de grupo social para grupo social, e até de família para família ou de pessoa para pessoa. É realmente muito subjetivo, variável, difícil de delimitar, dinâmico, evolutivo, impermanente e mutável. Não é consensual e revela uma imensa variabilidade individual. Ser inteligente para um engenheiro será certamente diferente do conceito de ser inteligente para um artista plástico e, acredito, que as razões dessa diferença estarão presentes se a pergunta for:

    E você é feliz?

    Para si, o que é a

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