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Caos Estrelado
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Ebook84 pages17 minutes

Caos Estrelado

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Caos estrelado é composto por 70 poemas, criados em épocas distintas e sem uma focalização temática, onde fica claro o fascínio em abordar os aspectos existenciais. A sequência em que os poemas são apresentados na obra é aleatória, tendo sido a definição da posição de cada poema na obra definida por sorteio, feito pelo autor. Esta opção decorreu da preocupação em não contar nenhuma estória com o sequenciamento dos poemas. Assemelha-se assim esta obra a um céu estrelado, com poemas-estrelas com vários brilhos e texturas, onde a montagem das constelações fica por conta do leitor.
LanguagePortuguês
PublisherViseu
Release dateApr 1, 2019
ISBN9788530002701
Caos Estrelado

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    Caos Estrelado - José Carlos Dinardo

    âncora.

    Demolição

    Tijolos que não se romperam esperam

    Nova argamassa que os reintegrem.

    Telhas que o tempo poupou, protegem-se.

    Portas que muitas passagens permitiram

    Fecham-se tímidas, ante o espaço aberto.

    Caibros curvos pelo tempo perfilam-se

    E, em tudo, saudade e esperança.

    Amanhecer

    Para minha neta Aurora.

    No ventre da Noite,

    Uma semente de luz

    Germina.

    Fecundada pelo Sol,

    Na teia de luz da Lua,

    Repousa silente

    A Noite.

    Cresce seu feto,

    Em pálidos fulgores,

    Que não impedem

    O cintilar das estrelas.

    Mas, de repente:

    Nos cantos de muitos galos,

    Nos bocejos de muitas bocas,

    Nas esperanças d’um novo dia,

    Nasce radiante

    A Aurora!

    Rosa da segunda-feira

    Rosa pisoteada da manhã da segunda-feira,

    Destroço da noite submersa, fim da ilusão.

    Em conquistar falhastes: a sarjeta é teu lugar.

    Tuas cores esmaecidas sangram; teu cheiro nenhum.

    Em vão a noite chorou seu orvalho na tua dor.

    Na calçada cinza jazes vermelha, desvanecendo...

    Aprendizado

    De todos os fragmentos farei o todo

    E talvez reconstrua a realidade,

    Que não será céu estrelado, mas brilhará,

    Qual lua cheia pousada em meus sonhos.

    De todas as ilusões chegarei ao concreto,

    Com suas cores mortas, mas indeléveis.

    Serei equilibrista a andar em calçadas.

    Olharei o céu, como o que brota da terra.

    De todos os erros construirei meu perdão,

    Que será flor vermelha a nascer das pedras.

    Rasgando véus d’alma, libertarei meu eu.

    Deixando casulos ocos, voarei borboleta.

    Matricial

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