Formação de Professores Universitários: O Estágio de Docência Orientada em Foco
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Formação de Professores Universitários - Gabriela Machado Ribeiro
Editora Appris Ltda.
1ª Edição - Copyright© 2019 dos autores
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COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Dedico este livro a minha mãe, que, ao enfrentar os desafios impostos pela vida, não mediu esforços para que eu pudesse trilhar os caminhos que escolhi.
APRESENTAÇÃO
A problematização sobre a atual configuração do Estágio de Docência Orientada na pós-graduação é o cerne da discussão empreendida nesta obra. Decorrente de um estudo intitulado Estágio de Docência na Graduação: possibilidades e limites na formação de professores universitários
busca-se colocar em pauta os contornos que essa prática tem assumido.
Utilizado, por vezes, como alternativa para o enfrentamento de problemas institucionais, em muitos casos, assume papel estratégico no suprimento de lacunas oriundas da intensificação do trabalho dos docentes nas unidades acadêmicas. Pautando esse e outros aspectos, a discussão vislumbra problematizar em que condições esses estágios acontecem, apresentar suas limitações e refletir a sobre sua configuração à luz do panorama em que se encontra na pós-graduação brasileira.
Ao configurar-se em uma possibilidade de aproximação com a atividade docente na educação superior, reconhecemos que suas potencialidades formativas estão intimamente relacionadas aos pressupostos teóricos, metodológicos e organizacionais que o norteiam. Assim, a partir do Estágio de Docência Orientada, buscamos no decorrer deste texto apresentar elementos que suscitem a reflexão sobre a docência na educação superior, tanto no interior dos programas de pós-graduação quanto pela Capes, para que esse estágio possa ser consolidado como importante lócus de formação.
O livro, composto por quatro capítulos, tem a pretensão de problematizar a docência no ensino superior a partir do estágio de docência orientada. O primeiro, intitulado Formação para a Docência Universitária: Ensinar e Aprender
tem como foco discutir aspectos relacionados à docência. Partindo da compreensão de que o entendimento de docência universitária explicitado na legislação vigente é bastante restrito, procuramos argumentar sobre a insuficiência de uma formação calcada somente no conhecimento específico para o exercício docente. Trazemos à discussão aspectos relativos à formação de professores universitários e a importância da dimensão pedagógica para sua prática.
No segundo capítulo, Estágio de Docência Orientada
, são apresentadas as orientações legais instituídas pela Capes, o mapeamento das produções acadêmicas a respeito do tema e como figura nos programas de pós-graduação stricto sensu da Universidade Federal de Pelotas.
No terceiro capítulo apresento particularidades que envolvem a área de conhecimento do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da UFPel, curso em que os professores, interlocutores deste estudo, realizaram o Estágio de Docência Orientada.
No último capítulo são apresentados e discutidos os dados emergentes dos depoimentos de professores universitários que realizaram estágio de docência no decorrer de sua pós-graduação. A partir da perspectiva dos colaboradores e da análise das ementas do EDO apresentamos a organização deste e suas implicações na formação e prática pedagógica de docentes universitários.
A autora
PREFÁCIO
Apresentar este livro de autoria de Gabriela Machado Ribeiro representa uma tarefa que muito me estimula. Gabriela é uma pesquisadora que consolidou sua condição em estudos a nível de doutorado, mas se propõe a compartilhar as reflexões que fez em torno do tema da formação do docente da educação superior, tema tão candente e instigador na atualidade.
A formação do professor universitário tem sido entendida, por força da tradição e ratificada pela legislação, como atinente quase que exclusivamente aos saberes do conteúdo de ensino. Espera-se que o professor seja, cada vez mais, um especialista em sua área, tendo se apropriado, com o concurso da pós-graduação stricto sensu, do conhecimento legitimado academicamente no seu campo científico. O domínio do conteúdo, por sua vez, deve ser alicerçado nas atividades de pesquisa que garantam a capacidade potencial de produção de conhecimento.
O prestígio do professor universitário no âmbito acadêmico, ainda que essa condição possa variar em intensidade segundo a origem de área, alicerça-se, basicamente, nas atividades de pesquisa, incluindo as publicações e participações em eventos qualificados. O professor é, ainda, valorizado pela atividade de orientação de dissertações e teses que realiza, bem como pela participação em bancas e processos ligados à pós-graduação. Consultorias e cargos na administração universitária também se constituem em um valor profissional.
O ensino, em especial o ensino de graduação, é entendido como decorrência das demais atividades, assumindo uma forma naturalizada de exercício. A naturalização da docência refere-se à manutenção dos processos de reprodução cultural como base da docência, ou seja, o professor ensina a partir da sua experiência enquanto aluno, inspirado em seus antigos professores.
Muitas são as pesquisas que detectaram essa espiral reprodutiva de formação. Sendo a docência uma ação humana, ela é também histórica e cultural, ou seja, está imbricada numa teia de significados que constituem os sujeitos.
Essa condição, entendida, num primeiro momento, como ligada com mais intensidade aos processos individuais, deriva também da construção de uma inserção identitária dos sujeitos na instituição escolar e acadêmica. Sugere a exploração do conceito de identidade institucional, expressão utilizada por Remedi (2004, p. 34), quando faz referência
[...] às formas como os sujeitos constroem sua subjetividade em determinados espaços vividos, como sentido de pertença coletiva, com significados compartidos, memória coletiva, mitos e crenças fundacionais, linguagens, estilos de vida e sistemas de comportamento.
Há uma mescla de fatores em que a subjetivação dos referentes simbólicos e imaginários das instituições retoma os elementos já construídos na própria trajetória dos sujeitos.
Todos os professores foram alunos de outros professores e viveram as mediações de valores e práticas pedagógicas. Absorveram visões de mundo, concepções epistemológicas, posições políticas e experiências didáticas. Por meio delas foram se formando e organizando, de forma consciente ou não, seus esquemas cognitivos e afetivos, que acabam dando suporte para a sua futura docência.
Intervir nesse processo de naturalização profissional exige uma energia sistematizada de reflexão, baseada na desconstrução da experiência. Os professores só alteram suas práticas quando são capazes de refletir sobre si e sobre sua formação. A desconstrução é um processo em que se pode decompor a história de vida, identificando as mediações fundamentais, para recompor uma ação educativa e profissional consequente e