Egito
De Khaled Emam
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Sobre este e-book
O Egito, entre tradições e profissionalismo, estudos baseados em convivência e pesquisas acadêmicas desde o Egito antigo a
atualidade.
Livro dedicado aos profissionais, pesquisadores,estudantes e admiradores da cultura egípcia.
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Egito - Khaled Emam
www.eviseu.com
Sobre o livro
Este livro é resultado de anos de estudos, pesquisas acadêmicas e vivências pessoais, em cada capítulo e cada palavra.
Grandes pesquisadores, doutores e professores nas academias de arte, música e do Instituto Superior do Folclore, mestres e amigos pessoais, contribuíram na construção deste livro, além de matérias cedidas pelo Ministério da Cultura nas pesquisas sobre História da Arte Egípcia.
A convivência pessoal como nativo e dentro do meio artístico influenciou muito. Os contatos, os estudos, os artigos publicados com base em pesquisas, minhas produções artísticas que trouxeram em pouco tempo ao Brasil grandes nomes internacionais, em especial do Egito, tudo isso fez parte do meu crescimento profissional.
A convivência no meio artístico no Brasil me mostrou a enorme necessidade de quem pratica a arte árabe aqui, em obter o verdadeiro conhecimento. Existe grande carência em informações corretas e, como sou amante da minha cultura, da minha terra, das minhas raízes, senti que é meu dever, ou até uma missão, poder mostrar a verdade da nossa cultura.
Uma cultura tão rica em sua história, tradições e arte, faz valer muito a pena todos os esforços para manter e trazer um pouco da riqueza artística e cultural do Egito.
Dedico a todos, com muito carinho, todos estes anos de trabalho.
Khaled Emam
Agradecimentos
Agradeço, em primeiro lugar a Deus, por me proporcionar esta oportunidade de poder escrever sobre a terra que mais amo. Escrever sobre o Egito, suas tradições, arte e história me faz relembrar as melhores épocas de minha vida.
Agradeço a todos os professores, artistas, pesquisadores e mestres que contribuíram na realização deste grande sonho de poder levar, através deste livro, a nossa verdadeira história, a verdade e as informações corretas para todos que buscam o conhecimento, tanto para o estudo como para os admiradores da cultura egípcia.
A todos que por longos anos vêm me acompanhando, mostrando a importância da minha contribuição através das publicações.
Faço um agradecimento especial ao grande amigo, diretor e professor do Kafr El Sheikh Folk Troup, Mahala Folk Troup, professor em Nile Group e coreógrafo internacional, Ibraheem Abd El Maksoud.
Agradeço também aos meus familiares, amigos, alunos e a todos os meus seguidores.
Egito
O Egito é conhecido como o berço dos faraós e é uma das civilizações mais antigas do mundo. É reconhecido por sua história e pelas pirâmides de Gizé e a Esfinge, além dos sítios antigos, como o templo de Karnak e o vale dos reis. É um dos países mais importantes do Oriente Médio.
Tem muito mais para se conhecer lá do que apenas as pirâmides. Visite o Rio Nilo; visite o Mar Vermelho, que possui ,mais de mil espécies de peixes e corais; o Parque Nacional Marinho de Ras Muhammad, onde pode-se mergulhar; os templos de Luxor e Karnak, para saber sobre o passado dos faraós; o museu do Cairo e muito mais.
Há 3.500 anos, quando Jesus ainda nem sonhava em andar pela Galileia, Luxor era chamado de Tebas, a capital política e espiritual do Egito Antigo. Ali reinaram Tuthmosis I (o faraó que substituiu as pirâmides pelas tumbas do Vale dos Reis), Hatshepsut (a única mulher faraó, mas que fingia ser homem) e Ramsés II (o maior de todos, que reinou 66 anos na época em que se morria com trinta). Ali o país atingiu o seu maior grau de evolução. O templo de Luxor reflete a importância do lugar.
Para os egípcios antigos, o universo era composto de dualidades, fértil e estéril, vida e morte, ordem e caos – mantidas em harmonia pela deusa Maat. Para manter esse equilíbrio, erguiam-se templos enormes dedicados aos deuses. No centro de todo povoado havia um templo dedicado a um deus específico ou a um conjunto de deuses. O templo era um centro econômico e político que empregava muitas pessoas da comunidade local e servia de prefeitura, centro médico e escola.
A silhueta oriental do Cairo é marcada pela Mesquita de Mohammed Ali, do século XIX, que foi erguida por encomenda do governante reformista Mohammed Ali (não, não foi o lutador!), considerado o fundador do Egito Moderno. A mesquita tem uma grande cúpula central e duas torres altas. O pátio possui um relógio que foi presente do rei Luís Filipe da França em retribuição ao obelisco da Place de la Concorde, em Paris.
O Museu Egípcio foi criado pelo governo do país em 1835 e, atualmente, exibe a maior coleção de antiguidades faraônicas do mundo, com mais de 120 mil peças. Possui um andar inteiro dedicado às riquezas guardadas no túmulo de Tutankhamon, cujo reinado durou apenas dez anos.
Samira Maluf
CAPÍTULO 1
EGITO EM UM OLHAR EGÍPCIO
ORIGEM, TRADIÇÕES E ARTE
O
rigem, tradições e arte
Ter nascido no Egito sempre foi um privilégio para mim. Digamos que considero uma sorte ter nascido em uma terra sagrada, numa terra que praticamente tudo foi descoberto nela, arquitetura, medicina, arte, engenharia, cálculos, religião, além de ter uma história milenar.
Nasci em um bairro tradicional do Cairo, chamado El Abaseya, bairro de classe média, mas considerado tradicional e nobre pela sua construção e sua história; digamos que foi um bairro de "Bashawat¹" antes do Egito se tornar república.
Nasci numa família grande, tradicional na cidade do Cairo. Pai, mãe e oito irmãos, três homens e cinco mulheres. Além disso, no bairro onde morava, digamos que 60% dos seus moradores eram tios e primos.
Meu pai sempre foi um grande exemplo. Tinha sua fábrica de doces árabes, nos criou com certos valores, como a honestidade. Nos ensinou que a vida é uma luta diária e que o suor tem um grande valor.
Por natureza, nós, orientais, damos um valor muito grande aos laços familiares, de amizade e até de vizinhança.
A casa onde nasci e fui criado era a casa da família, o meu pai era o mais velho dos irmãos e a minha mãe também, e isso fez com que a casa sempre fosse aberta e cheia de visitas de familiares, amigos e vizinhos.
Sempre a imagem da família unida marca a minha mente, mesmo estando há 25 anos longe do Egito. Faz parte da nossa tradição que a família seja unida. Creio que não aconteceu uma única vez de eu almoçar ou jantar sozinho, sempre a família estava reunida, dividindo o mesmo prato. São pequenos gestos, mas que têm um grande valor, como saber dividir. Se você consegue dividir seu prato, não será difícil dividir algo além.
Isso também nos ensinou por natureza a ouvir um ao outro, estar por dentro dos acontecimentos da vida de cada um da família.
O mais bonito nestes laços familiares, de amizades ou de vizinhança são os momentos. Jamais sente-se que está só. Nos momentos felizes, alegres, todos vêm parabenizar e dividir a sua alegria com você, assim também nos momentos tristes, difíceis, todos também estão ao seu lado.
Lembro de nossos momentos felizes, muitas vezes voltava do trabalho à tarde, ou voltava da rua com os amigos, quando me aproximava de casa ouvindo o som de Derbake², as palmas e os cantos, com isso já sabíamos que a família ou os vizinhos estavam reunidos, celebrando.
Nestes momentos todos participam, homens, mulheres, crianças. O que importa é ser feliz e estarmos juntos.
Percussão
É uma pena que eu não possa transportá-los para a minha infância, cheia de sons e alegrias. Adoraria que pudessem sentir como a percussão é algo natural para mim.
Era ao mesmo tempo uma diversão e a trilha sonora da minha vida. Descíamos a rua brincando de tocar, rindo