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Fácil de amar
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Ebook178 pages2 hours

Fácil de amar

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About this ebook

O escritor Micah Hunter isola-se numa pequena cidade para escrever o seu próximo livro. Mas a sua bela senhoria põe à prova esse isolamento e, para satisfazer a avó, pede-lhe para fingirem que estão noivos. Mas, subitamente, fingir começa a ser muito fácil…
LanguagePortuguês
Release dateAug 1, 2019
ISBN9788413282626
Fácil de amar
Author

Maureen Child

I'm a romance writer who believes in happily ever after and the chance to achieve your dreams through hard work, perseverance, and belief in oneself. I'm also a busy mom, wife, employee, and brand new author for Harlequin Desire, so I understand life's complications and the struggle to keep those dreams alive in the midst of chaos. I hope you'll join me as I explore the many experiences of my own journey through the valley of homework, dirty dishes, demanding characters, and the ticking clock. Check out the blog every Monday for fun, updates, and other cool stuff.

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    Fácil de amar - Maureen Child

    Editado por Harlequin Ibérica.

    Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Núñez de Balboa, 56

    28001 Madrid

    © 2017 Maureen Child

    © 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Fácil de amar, n.º 1794 - Agosto 2019

    Título original: Fiancé in Name Only

    Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

    Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

    Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

    Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

    ® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

    ® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

    As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

    Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

    Todos os direitos estão reservados.

    I.S.B.N.: 978-84-1328-262-6

    Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

    Sumário

    Créditos

    Capítulo 1

    Capítulo 2

    Capítulo 3

    Capítulo 4

    Capítulo 5

    Capítulo 6

    Capítulo 7

    Capítulo 8

    Capítulo 9

    Capítulo 10

    Se gostou deste livro…

    Capítulo 1

    – Lamento – disse Micah Hunter. – Sinceramente, gostava muito de ti, mas tinhas de morrer.

    Recostando-se na cadeira da sua secretária, o olhar de Micah percorreu as últimas linhas da cena que acabara de escrever. Deu um ligeiro suspiro de satisfação perante a morte de um dos seus personagens mais memoráveis e, depois, fechou o portátil.

    Há quatro horas que estava a trabalhar e já estava mais do que na altura de um intervalo.

    – O problema – murmurou ao levantar-se e aproximar-se da janela que dava para a parte da frente da casa – é que não há nenhum sítio para onde ir.

    Displicentemente, agarrou no telemóvel, premiu um número gravado e ficou a ouvir o som de chamar por um ou dois segundos. Por fim, um homem atendeu.

    – Como é que me convenceste a vir para aqui durante seis meses?

    Sam Hellman riu-se.

    – Também é bom falar contigo, meu.

    – Pois.

    É claro que o seu melhor amigo estava a achar tudo muito divertido. Raios, se não fosse ele estar isolado ali, na América profunda, Micah também acharia graça. Contudo, assim sendo, não estava a achar graça nenhuma à situação. Passou a mão pelo cabelo e fitou a suposta vista. A casa alugada era uma recuada mansão vitoriana localizada numa rua larga ladeada por árvores gigantescas e antigas, agora cobertas de folhas douradas e vermelhas. Era tranquilo. Tão tranquilo que chegava a ser arrepiante.

    E, tendo em conta os romances de suspense e horror pelos quais Micah era conhecido e que habitualmente chegavam ao primeiro lugar na listagem dos mais vendidos do The New York Times, ele sabia o que era arrepiante.

    – A sério, Sam, vou ter de ficar aqui preso por mais quatro meses porque me convenceste a assinar o contrato de arrendamento.

    Sam riu-se.

    – Estás aí preso porque nunca consegues recusar um desafio.

    Ríspido, contudo verdadeiro. Ninguém conhecia Micah melhor do que Sam. Eles conheceram-se quando ambos eram ainda uns miúdos e estavam a servir no mesmo navio da Marinha norte-americana. Sam fugia das expectativas da sua abastada família, Micah de um passado repleto de casas de acolhimento, mentiras e promessas por cumprir. Os dois deram-se logo bem.

    Após o serviço militar, Sam regressara a Nova Iorque para a agência literária que o avô fundara, descobrindo que, no fundo, queria fazer parte dos negócios da família. Micah aceitara qualquer trabalho que pôde encontrar enquanto passava cada instante que lhe sobrava a trabalhar num romance.

    Desde pequeno que Micah sabia que queria ser escritor. E, quando, por fim, começara a escrever, as palavras escritas pareciam não conseguir esvaziar a sua cabeça ao ritmo do pensamento. Ele datilografava até tarde todas as noite, perdendo-se na história que se desenrolava no ecrã. Ao terminar aquele primeiro livro, sentira-se como um atleta campeão… Exausto, satisfeito e triunfante.

    Enviara aquele primeiro romance a Sam, que tivera milhões de sugestões para torná-lo ainda melhor. Ninguém gostava de modificar algo que já considerava ótimo, mas Micah estava tão determinado a alcançar o seu objetivo que tratou de fazer as mudanças. E o livro foi vendido quase imediatamente por um adiantamento modesto que deixou Micah orgulhoso.

    O livro foi o percursor de coisas que estavam por vir. Com o seu segundo livro, a propaganda boca a boca transformou-o numa sensação viral, disparando rapidamente na lista dos mais vendidos. Antes que se desse conta, os sonhos de Micah tinham-se tornado realidade. Sam e Micah trabalhavam juntos desde então e os dois faziam uma dupla e tanto. Contudo, por serem bons amigos, Sam soubera sempre como manipular Micah.

    – Isto é a paga por eu te ter derrotado no snowboarding no último inverno, não é?

    – Seria eu assim tão mesquinho? – perguntou Sam. O bom humor era evidente na sua voz.

    – Sim, serias.

    – Está bem… OK, provavelmente tens razão – concordou Sam. – Mas, tu aceitaste a aposta: viveres numa pequena cidade durante seis meses.

    – É verdade.

    Que mal poderia fazer?, lembrava-se de se ter perguntado, antes de assinar o contrato com a senhoria, Kelly Flynn. Agora, após dois meses, Micah tinha a resposta à sua pergunta.

    – E pensa na pesquisa – salientou Sam. – O livro no qual estás a trabalhar passa-se numa cidade pequena. É bom experimentar as coisas pessoalmente.

    – Já ouviste falar no Google? – Micah riu-se.– E como deveria eu ter feito se quisesse pesquisar para o livro que se passava na Atlântida?

    – Isso não interessa para o caso – ripostou Sam. – A questão é que tanto a Jenny como eu adorámos a casa onde estás, quando aí ficámos há alguns anos. E, tens razão, Banner é uma cidade pequena, mas tem uma ótima pizza.

    Micah tinha de concordar. Tinha o Pizza Bowl nos favoritos do telemóvel.

    – Como eu disse, mais um ou dois meses, e mudarás de ideias – prosseguiu Sam. – Vais adorar toda aquela neve fresca nas montanhas e nem te importarás muito.

    Micah não tinha muita certeza disso. Mas tinha de admitir que era uma grande casa. Passou os olhos pela divisão no segundo andar, que reivindicara como o seu escritório temporário. Os tetos eram altos, os aposentos grandes e a vista das montanhas era linda. Toda a casa tinha muita personalidade, o que ele apreciava, mas não podia deixar de se sentir como um fantasma, vagando pela enorme construção. Nunca tivera tanto espaço só para si e admitia que por vezes isso era arrepiante.

    Diabos, numa cidade, em qualquer cidade, havia luzes. Pessoas. Barulho. Ali, as noites eram mais escuras do que alguma vez vira. Mesmo na Marinha, a bordo de um navio, havia luz suficiente para abafar as estrelas no céu noturno. Contudo, Banner, no estado do Utah, constava na lista internacional das reservas de céu escuro, pois ficava logo a seguir à elevação que apagava o brilho das luzes refletidas de Salt Lake City.

    Aqui, durante a noite, era possível ver uma explosão de estrelas que, além de uma lição de humildade, era linda. Ele nunca vira céus como aqueles e estava disposto a conceder que a sua beleza aliviava um pouco o incómodo de estar naquele fim de mundo.

    – Como está a ir o livro? – perguntou Sam, subitamente.

    A mudança de assunto desconcertou-o por um instante, mas agradou-lhe.

    – Ótimo. Na verdade, acabo de matar o tipo da confeitaria.

    – Que pena. Adoro um bom pasteleiro. – Sam riu-se. – Como foi que ele bateu as botas?

    – Foi horrível – respondeu Micah, começando a andar de um lado para o outro no escritório. – O assassino afogou-o numa pipa de óleo a ferver, óleo de fritar donuts.

    – Bolas, meu… Que horror. – Sam suspirou. – Nunca mais como donuts.

    Era bom saber que o assassinato que acabara de escrever perturbaria as pessoas.

    – Duvido.

    – O revisor provavelmente vai vomitar, mas os teus fãs vão adorar – garantiu Sam. – E, falando em fãs, apareceu algum na cidade?

    – Ainda não. Mas é uma questão de tempo.

    Franzindo o sobrolho, espiou para fora da janela, olhando para ambos os lados da rua, quase à espera de avistar alguém a vigiar a casa, com uma câmara, na esperança de fotografá-lo.

    Um dos motivos para Micah nunca permanecer muito tempo no mesmo lugar era porque os fãs devotos achavam sempre uma maneira de localizá-lo. Simplesmente apareciam em qualquer hotel onde estivesse hospedado, presumindo que ele ficaria feliz por vê-los. A maioria era inofensiva, é claro, mas Micah sabia que não era necessário muito para transformar um «fã» num «fanático.»

    Alguns conseguiram invadir os seus quartos de hotel, juntando-se a ele sem convite para jantar, agindo como se fossem velhos amigos ou antigas amantes. Graças à imprensa cor de rosa, havia sempre alguém a informar onde ele fora visto pela última vez ou onde estava atualmente escondido. Por isso, mudava de hotel após cada livro, ficando sempre em cidades grandes, onde podia desaparecer na multidão e morar em hotéis de cinco estrelas que prometiam segurança.

    Quer dizer, até agora.

    – Ninguém te vai procurar numa pequena cidade nas montanhas – afirmou Sam.

    – Sim, foi o que pensei quando estava no hotel na Suíça. Até aquele tipo aparecer disposto a acabar comigo porque a namorada estava apaixonada por mim.

    Sam riu-se outra vez e Micah limitou-se a abanar a cabeça. Claro, agora era engraçado. Mas ter um tipo que nunca vira antes a confrontá-lo no átrio do hotel era uma experiência que não queria repetir.

    – Isto é provavelmente a melhor coisa que podias ter feito – insistiu Sam. – Ficar em Banner e morar numa casa, em vez de num hotel, confundirá os fãs que te seguem.

    – É bom que isso aconteça. A mim, com toda a certeza, confunde-me. – Ele fez um ar sisudo. – Isto por aqui é demasiado tranquilo.

    – Queres que te envie uma gravação do trânsito em Manhattan? Podes ouvi-la enquanto escreves.

    – És muito engraçado – disse Micah, ainda que para si admitisse que a ideia não era má de todo. – Porque é que ainda não te despedi?

    – Porque eu ponho muito dinheiro nos nossos bolsos, meu amigo.

    Micah não tinha como refutar.

    – Certo. Eu sabia que havia um motivo.

    – E porque sou simpático, engraçado e praticamente a única pessoa na face do planeta disposta a aguentar o teu mau humor.

    Agora foi Micah quem se riu. Ele tinha razão. Desde o início, quando se conheceram no porta-aviões onde serviram, Sam oferecera-lhe a sua amizade… Uma experiência incomum para Micah. Tendo crescido no sistema de lares de acolhimento, a saltar de casa em casa, nunca permanecera tempo suficiente no mesmo lugar para fazer amigos.

    Por isso, apreciava ter Sam na sua vida, mesmo que o homem o enlouquecesse.

    – Ena, muito obrigado.

    – De nada. E, então, o que achas da tua senhoria?

    Pondo um ar sério, Micah reconheceu silenciosamente que estava a tentar não pensar em Kelly Flynn. Não que estivesse a resultar, mas continuava a tentar.

    Nos últimos dois meses, fizera de tudo para manter as distâncias, mas a sua vontade era aproximar-se. Porém, a última coisa de que precisava era envolver-se com alguém. Moraria ali apenas por mais quatro meses. Se começasse algo com Kelly, isso poderia resultar em… complicações.

    Se fosse um romance de uma noite apenas, ela poderia ficar zangada e Micah teria de aturar isso por mais quatro meses. Caso se tornasse um envolvimento mais longo, ela intrometer-se-ia no seu tempo de escrever e começaria a tecer fantasias sobre um futuro que nunca se realizaria. Não precisava do drama. Tudo o que queria era tempo e espaço para escrever o seu livro, para a seguir poder deixar aquela cidadezinha e voltar para a civilização.

    – Hummm – murmurou Sam. – Silêncio. Isso é muito revelador.

    – Não é nada revelador – argumentou Micah, tentando convencer a Sam e a si mesmo. – Assim como não há nada a acontecer.

    – Estás doente?

    – Como assim?

    – Quero dizer, ora, vá lá – disse Sam, e Micah pôde imaginá-lo a recostar-se na poltrona e a apoiar os pés sobre a escrivaninha, enquanto admirava a vista de Manhattan da sua janela. – Diabos – prosseguiu. – Eu sou casado e reparei. Ela é linda! E se disseres à Jenny que eu disse isto, nego-o.

    Abanando a cabeça, Micah olhou para Kelly a trabalhar

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