Discover millions of ebooks, audiobooks, and so much more with a free trial

Only $11.99/month after trial. Cancel anytime.

Canção de Pedra: Série A Ilha do Destino, #1
Canção de Pedra: Série A Ilha do Destino, #1
Canção de Pedra: Série A Ilha do Destino, #1
Ebook269 pages5 hours

Canção de Pedra: Série A Ilha do Destino, #1

Rating: 5 out of 5 stars

5/5

()

Read preview

About this ebook

A autora de best-sellers do New York Times e USA Today, Tricia O'Malley, apresenta um fascinante romance de magia na moderna Dublin.

Clare MacBride tem sua vida exatamente do jeito que ela quer. Em um ano, ela terá concluído sua dissertação de geologia, embora não esteja mais perto de descobrir a resposta para uma pergunta que a atormenta.

Por que ela sente pedras pulsando com energia?

Uma maldição secular, uma misteriosa facção de protetores e uma pedra mitológica soam como bobagens de conto de fadas do velho mundo para Clare. Leva apenas uma noite chuvosa com uma fada de olhos prateados e um belo estranho prometendo proteção para agitar seu mundo para sempre.

Com seus planos de vida jogados a seus pés, as linhas da ciência e da ficção se confundem enquanto Clare é forçada a jogar tudo o que sabe sobre o mundo pela janela e procurar no fundo de seu coração por respostas.

LanguagePortuguês
Release dateJul 17, 2019
ISBN9781071500408
Canção de Pedra: Série A Ilha do Destino, #1

Related to Canção de Pedra

Titles in the series (2)

View More

Related ebooks

Paranormal Romance For You

View More

Related articles

Related categories

Reviews for Canção de Pedra

Rating: 5 out of 5 stars
5/5

1 rating0 reviews

What did you think?

Tap to rate

Review must be at least 10 words

    Book preview

    Canção de Pedra - Tricia O'Malley

    Capítulo Um

    E vocês, filhos de Danu, irão para a terra que será chamada Inisfail, a Ilha do Destino. É o seu destino povoar a terra e trazer a ela a grande sabedoria e direção que vocês aprenderam sob nossas mãos, Bianca entoou enquanto Clare revirava os olhos e piscava para sua colega de quarto, que estava conduzindo um tour mitológico em Dublin para um grupo de americanos ansiosos. Olhem agora, lá vai uma das grandes belezas dos Filhos de Danu. Uma deusa viva. O grupo virou-se para encarar Clare enquanto ela passava por eles, sacudindo a cabeça para Bianca.

    Eu sou tão deusa quanto você é uma rosa delicada, Clare disparou de volta, e o grupo caiu na gargalhada.

     E assim os filhos de Danu vieram para a Ilha do Destino, que vocês conhecem hoje como a Irlanda, com apenas quatro tesouros em suas mãos para protegê-los contra aqueles que estavam determinados a governar a ilha na escuridão.

    A lição de mitologia de Bianca desapareceu atrás de Clare enquanto ela enfiava uma massa revolta de cachos castanhos sob um gorro de lã, sua mente já estava concentrada em seu projeto de dissertação. Era seu último trabalho a ser concluído antes que ela pudesse se chamar de uma genuína doutora.

    Uma pessoa com doutorado em geologia, não obstante, é uma doutora, lembrou a si mesma enquanto atravessava as portas de vidro que abrigavam a ala de ciências do Trinity College.

    Ela teve a sorte de ser aceita para o programa de geologia recíproca em uma faculdade tão estimada, e ainda mais sortuda por ter ganhado uma bolsa de estudos integral. Seus pais ficaram perplexos- imaginando o que uma filha de fazendeiro da pequena cidade de Clifden, na Irlanda, iria querer com um doutorado.

    Estudar pedras, não menos.

    Ela ainda podia ver o pai caminhando para o quintal, as botas sujas de lama, quando ele se inclinou e pegou uma pedra do chão e a ergueu em direção à luz.

    Isso? Isso é o que você está querendo estudar então? Claro e não há muito o que aprender sobre elas agora, há?

    Embora ele tivesse ficado confuso com a escolha dela, Madden MacBride tinha sido rapidamente encontrado se gabando de sua filha brilhante no Paddy's, o bar da esquina que ele preferia.

    Clare ainda se lembrava de seus primeiros momentos de pânico quando seus pais a deixaram na cidade, o caminhão ziguezagueando para longe da faculdade, parecendo visivelmente fora do lugar ao lado dos carros reluzentes que atravancavam as movimentadas ruas de Dublin. Quando ela olhou de relance para as calças jeans desgastadas e a camisa desbotada, imaginou que se parecia muito com o caminhão em ruínas do qual ela havia sido deixada.

    A melhor forma de ser desprezada, ela lembrou a si mesma, erguendo o queixo enquanto voltava para o apartamento que ela alugou com uma garota de uma lista que a faculdade havia lhe dado. E embora tivessem se falado algumas vezes ao telefone durante o verão, ela ainda se sentia desconfortável enquanto esperava que sua nova colega de quarto chegasse.

    Demorou menos de trinta segundos, e um olhar de relance para as lágrimas escorrendo pelo rosto da loira bochechuda, antes que Clare tivesse se ligado instantaneamente à Bianca.

    Elas moraram juntas desde então, mudando para um apartamento ligeiramente melhor, aperfeiçoando seu senso de moda, e adquirindo aquele ar sofisticado dos que finalmente decidem seu rumo pela cidade como um adulto.

    Bianca, que se formou em História com uma habilitação secundária em Mitologia, estava atualmente, a cerca de um ano, num debate consigo mesma sobre se deveria ou não, fazer seu doutorado. Enquanto isso, ela trabalhava em tempo integral no Museu Nacional da Irlanda e, em meio período, como guia para aqueles que almejavam aprender sobre alguns dos mitos celtas que envolvem a rica história da Irlanda.

    Embora a bolsa de estudos de Clare cobrisse suas mensalidades, ela ainda precisava de algum dinheiro extra para certas coisas essenciais- como a câmera que ela estava observando há eras, e um café da manhã irlandês completo depois de suas noites na cidade com Bianca. Clare complementava sua renda trabalhando uma ou duas noites por semana em um bar na rua do seu apartamento, e algumas tardes por semana em uma loja de cristais local.

    Cristais eram rochas, afinal. Geodos, se ela fosse ser específica.

    Clare estremeceu ao pensar em seu segundo emprego. Ela realmente não sabia explicar como acabara passando pela loja de cristais em um dia ensolarado de outono, mas a bela exibição de pedras cintilantes tinha atraído sua atenção. Artisticamente organizados em vários níveis das torres de acrílico, intercaladas com joias delicadas e alguns livros, a vitrine conseguiu ser fantasiosa e de bom gosto ao mesmo tempo.

    Incapaz de resistir, Clare se viu entrando na loja. Sua pele tinha vibrado com a energia pulsando dos cristais, e as luzes quentes e o sorriso brilhante da mulher em pé atrás do balcão, fizeram com que ela se sentisse como se estivesse sendo acolhida em casa.

    Aquilo incomodou Clare, que até hoje não consegue entender por que as pedras falavam com ela. Bem, não literalmente tinham falado com ela, mas ela conhecia cada uma de suas energias exclusivas, sabia o que precisavam ou com quem precisavam estar, e podia até mesmo avaliar de onde vinham com apenas um relance.

    Claro, parte disso foi resultado de sua educação. Para que ela obteria uma graduação em geologia se não conseguisse ver uma pedra e estimar sua idade? Mas a energia e o poder das pedras? Bem, ela ainda não entendia como poderia sentir isso fisicamente.

    Não que ela tenha contado isso para qualquer um de seus professores. Ter uma educação em um campo científico - especialmente como mulher - não permitia atitudes fantasiosas. Em vez disso, ela provou ser uma cientista racional, brilhante e comprometida. Uma vez por semana, Clare dava aulas para estudantes universitários com boa frequência- embora alguns diriam que era porque a professora era sexy.

    Clare bufou ao pensar, enquanto abria a porta da ala de ciências e acenava para o rapaz que trabalhava na recepção.

    Pouco importava como você aparentava quando estava no fundo do pântano, retirando pedras para serem analisadas. Quanto mais cedo seus alunos percebessem que as aparências não eram necessariamente um benefício neste campo de estudo, melhor eles estariam.

    Ei, Seamus, Clare chamou o atendente do laboratório quando ela entrou no pequeno laboratório dedicado ao seu campo de estudo. Não que as rochas e a formação da Terra não fossem um ramo interessante da ciência- mas Clare sabia que os engenheiros e químicos biomédicos dispunham de laboratórios muito melhores no último andar do prédio da ciência, para não mencionar melhor financiamento. Às vezes ela sentia como se tivessem sequestrado seu departamento para as profundezas de uma masmorra.

    E a tempestade, continua? Perguntou Seamus com naturalidade, colocando uma hortelã em sua boca enquanto cruzava os braços sobre o peito e recostava-se na cadeira. Com um metro e oitenta de altura, ele era desajeitado, tinha uma cabeleira escura que caía por toda a cabeça. Ele compensou sua magreza com um estilo naturalmente descolado.

    Só um pouco enevoado, eu diria. Bianca estava com um grupo lá fora, então não está tão ruim assim- disse Clare, enquanto tirava a mochila e pendurava na parte de trás da cadeira.

    Ah, talvez eu devesse ir dizer oi, disse Seamus, com as bochechas ruborizadas. Ela ainda está namorando com Conor?

    Clare olhou para ele de relance. Não, ela deu um pé na bunda dele depois que ele passou a noite toda com sua banda, há algumas semanas.

    Seamus se endireitou, seus pés batiam forte no chão.

    "Talvez eu devesse dizer oi. Apenas, você sabe, para recuperar tempo perdido" Seamus murmurou, enquanto pegava seu casaco e batia a porta quase correndo.

    Clare riu quando colocou os fones de ouvido e ligou o computador.

    Sua dissertação não iria se escrever por si mesma.

    Capítulo Dois

    V ocê não tem que trabalhar na loja hoje?

    Clare voltou a si quando Seamus puxou o fone de sua orelha, o gemido da guitarra de Jimi Hendrix soava do minúsculo alto-falante quando ele caiu na mesa à sua frente.

    Merda, merda, merda, você está certo, Clare jurou. Eu me distraí. Preciso correr. Ela fez questão de salvar seu trabalho, checou duas vezes salvando-o em seu pen drive, e salvando-o em sua conta na nuvem, mais uma vez, antes de saltar.

    Venha tomar uma cerveja mais tarde, disse Clare, parando para beijar as bochechas de Seamus.

    Você também está no O'Flannery, então?

    Não, vá até a nossa casa. Você quer ver Bianca, não é?

    Clare não esperou por sua resposta quando saiu correndo pela porta e se dirigiu para a loja de cristais. Ela sabia que em algum momento precisaria administrar melhor o seu tempo, mas era tão difícil para ela desligar a mente quando estava absorta em um assunto.

    Não que Branna se importasse tanto quando ela chegava alguns minutos atrasada. Entre os funcionários de Branna, Clare detinha o maior recorde de vendas, de modo que Branna se contentou em dar a Clare alguma indulgência com seus atrasos.

    A Celtic Crystals ficava a cerca de quinze minutos a pé do Trinity College, em uma rua lateral de paralelepípedos, onde ventava bastante. Haviam algumas lojas ao redor, mas na maior parte do tempo, a loja ficava bastante isolada do tráfego da rua - razão pela qual foi uma surpresa constante para Clare que a loja tivesse um fluxo regular de negócios.

    Ela teve que admitir, porém, que havia algo inteiramente acolhedor e, bem, ousaria dizer quase mágico sobre a loja. Clare tirou a touca do cabelo enquanto abria a porta, os pequenos sinos de vento afixados na porta deixaram escapar um suave som de boas-vindas.

    Me desculpe, estou atrasada, Clare imediatamente falou, quando sacudiu seus cachos e enfiou a touca no bolso de sua jaqueta de lona forrada de couro.

    Branna sorriu para ela de onde estava com um cliente, perto de uma prateleira contendo alguns pedaços intrincados de ametista. Aos cinquenta anos de idade, Branna poderia facilmente aparentar ser bem mais jovem. Algumas linhas marcavam sua pele macia e seus cachos escuros e volumosos pendiam quase até a cintura. Braceletes de prata e ouro cobriam seus pulsos, colares amarrados com cristais forravam sua garganta, e lindos brincos de peridoto cintilavam em suas orelhas. Branna, prontamente, acenou para Clare e continuou sua argumentação com o cliente.

    Respirando aliviada, Clare pendurou o casaco e a mochila no quarto dos fundos e serviu-se de uma xícara de chá, da chaleira elétrica que começava a ferver. Branna, nunca falhava, sempre tinha água pronta para uma xícara de chá para Clare.

    Clare colocou as mãos em torno de uma caneca com o logotipo da Celtic Crystals gravado delicadamente ao lado, e se moveu em direção a seu canto na sala da frente. Parte do apelo da Celtic Crystals é que ela não foi montada como uma loja típica. Em vez disso, a loja era pintada com uma rica cor de mel e era toda dividida em pequenos recantos de conversação, cada área oferecendo um lugar para alguém se sentar, pegar um livro ou passar o tempo com uma xícara de chá enquanto olhava pedras bonitas. Não havia vitrines de vidro na fachada, nenhum sinal que dizia por favor, não toque e nem mesmo um caixa se encontrava. Em vez disso, um pequeno armário ao lado de uma poltrona em um canto continha todos os equipamentos, sacolas e caixas que os clientes precisavam. Quando um cliente estava pronto para finalizar suas compras, Clare envolvia seus produtos em papel de seda roxo e sacolas cor de prata com o logotipo da loja e passava seus cartões de crédito em um pequeno dispositivo portátil.

    Só porque a loja parecia extravagante, não significava que Branna não estivesse por dentro da mais recente tecnologia. Clare creditou suas vendas estáveis à base de clientes altamente engajados com os quais Branna mantinha interações no Instagram e no Facebook.

    Clare se acomodou em sua poltrona, o couro gasto a envolveu, e ela sentiu que começava a relaxar, um centímetro de cada vez, enquanto o feitiço quente da loja flutuava sobre ela. Era difícil ficar estressada com sua dissertação- ou praticamente qualquer outra coisa na vida- quando ela estava nessa loja. Parecia dizer, quando estiver aqui, deixe seus problemas do lado de fora e apenas relaxe por um tempo.

    Essa foi uma das razões pelas quais ela continuou a trabalhar ali. Era uma realidade tão distante de sua escola altamente arregimentada, que era quase como ir a uma aula de ioga todas as tardes. Ou então ela pensou - não que já tivesse feito aulas de ioga. Clare revirou os olhos envolta nesse pensamento, quando começou a folhear a pasta do inventário para anotar o que precisariam pedir em breve.

    Eu tenho um presente pra você, disse Branna, e Clare inclinou a cabeça para olhar para sua chefe sorridente.

    Um presente? Por estar atrasada o tempo todo? Bem, eu vou ter que ir embora mais tarde e mais tarde todos os dias então, Clare brincou.

    Porque todo mundo merece presentes às vezes, disse Branna com naturalidade, puxando duas caixas pequenas de trás das costas. Um deles foi primorosamente embrulhado em papel prateado, com manchas douradas. O outro era apenas uma caixa branca simples.

    Uau, como presentes de verdade. Qual deles devo abrir primeiro? Perguntou Clare.

    Você escolhe, disse Branna, com um sorriso estampado em seu rosto bonito.

    Decidindo guardar o melhor para o final, Clare abriu a pequena caixa branca e deu uma risada.

    Sombra pros olhos?

    Ah sim, eles estavam vendendo apenas os tons mais bonitos. Eu não pude evitar de comprar uma de cada cor, Branna disse com entusiasmo.

    Clare sorriu para ela. Claro, com seus olhos cinzentos você pode muito bem usar qualquer cor. Mas, roxo? Pra mim?

    Bem, é mais um ameixa profundo, não é? Confie em mim, apenas um leve toque disso e esses seus olhos verde-esmeralda vão aparecer.

    E você acha que eu preciso que eles apareçam mais do que eles aparecem? Perguntou Clare. Isso era verdade também. Seus olhos eram a característica sobre as quais as pessoas mais comentavam, e em seguida havia uma profusão de cachos ruivos na cabeça.

    Confie em mim. Apenas experimente. Te faria bem se enfeitar de vez em quando.

    Você está dizendo que eu não sou elegante o suficiente? Eu acho que estou indo melhor do que antes, Clare apontou.

    Você é adorável por dentro e por fora. Mas uma mulher deve usar todas as ferramentas de sua caixa de ferramentas, se é que você entende o que eu estou dizendo.

    Clare balançou a cabeça e riu de sua chefe quando começou a tirar o papel do outro presente. Ela parou quando começou a sentir a pulsação do poder que irradiava de dentro. Com um olhar curioso para Branna, ela voltou a tirar o papel suavemente da caixa.

    Elas não conversaram muito sobre a intuição de Clare com pedras. Branna pareceu reconhecê-la, mas deu a Clare seu espaço sobre o assunto. Não era algo que ela se sentisse à vontade para falar – com ninguém.

    Clare ficou ofegante quando abriu a caixa.

    Branna, ele é absolutamente adorável, Clare murmurou quando ela puxou o colar suavemente da caixa. Pendurado em um fio prateado liso, havia um intrincado nó celta, torcido em quatro laçadas com um círculo de interseção. Clare agora entendia de onde vinha o pulso de poder. Pendurada, suspensa no meio do nó, havia uma esfera pequena mas ferozmente polida de nuumita.

    A Pedra Filosofal, Clare murmurou.

    Eu pensei que o símbolo ressonaria com você também, disse Branna, inclinando a cabeça para Clare, um olhar conhecedor em seus olhos cinzentos.

    Clare segurou o pingente para que ele balançasse em frente ao seu rosto.

    É apenas um nó celta, certo? Quero dizer, tem o círculo conectando os quatro cantos, então isso é um pouco incomum, mas por outro lado, é bem tradicional, não é?

    Branna não disse nada, apenas sorriu gentilmente e pressionou a mão no ombro de Clare quando se virou para cumprimentar o próximo cliente que já passava pela porta. Clare não admitiria que o símbolo a deixara abalada. Por que razão? Ela considerou o desenho do nó e a linda pedra que balançava no meio. Não foi como se ela nunca tivesse tido contato com a nuumita por aí antes. Era uma pedra bem popular - e bastante poderosa - embora ela estivesse longe de admitir a alguém que a pedra emitiu seu próprio pulso de energia. Uma coisa era falar sobre a lenda de uma pedra para vender - e outra coisa, totalmente diferente, era admitir que ela tinha uma reação muito real e visceral à pedra em sua mão.

    Enquanto olhava para o nó celta, a baixa pulsação vinda de alguma coisa, quase como se quisesse cumprir uma intenção, pressionou contra sua nuca. Irritada, Clare esfregou o dedo no lugar.

    Clare, você poderia ajudar a Sra. Miller com seu pedido? Eu acabei de terminar este pedido que iniciei pela Internet.

    Não há tempo para devaneios fantasiosos, Clare pensou, mas ela colocou o colar pela cabeça, era um presente de Branna. O encanto se instalou entre seus seios, o metal frio contra sua pele, seu toque íntimo e inquietante.

    E Clare jurou que podia sentir o calor da pedra, exatamente no centro do colar, pulsando suavemente perto de seu coração.

    Capítulo Três

    As condições do tempo não haviam melhorado quando Clare terminou de fechar a loja, contar o caixa e fazer o pedido de inventário. Não atipicamente para uma noite de janeiro em Dublin, o vento soprava pelo beco e ameaçava arrancar seu gorro de lã da cabeça. Clare puxou-o para baixo e se encolheu no casaco, mantendo os olhos no pavimento escorregadio à sua frente, enquanto se apressava para chegar em casa antes que a umidade a encharcasse.

    Não era tão surpreendente

    Enjoying the preview?
    Page 1 of 1