Por que lutamos?
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About this ebook
Este é um livro sobre feminismo através do olhar amoroso, da acolhida generosa, do entendimento de que este é um assunto de todas, todos, todxs nós. Não pretende ser uma bíblia do feminismo, mas sim, uma conversa, um abraço, um ponto de apoio, um boas-vindas pra quem acaba de chegar, um "que bom que você está aqui" pra quem já anda cansada de lutar. Escrito em tom de conversa, traz referências, sugere reflexões e desfaz o medo. Sin perder la ternura.
"Manuela nos oferece nessas páginas o seu caminho, até, como dizia Simone de Beauvoir, se tornar a mulher que é hoje: alguém que pode até não ter um selo de 'cem por cento feminista' – como se isso existisse – mas que, todos os dias, busca fazer diferença na igualdade, não só entre meninos e meninas, mas, principalmente, entre a gente, que cresceu ouvindo que 'mulher não é amiga de mulher'". – MARIA RIBEIRO
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Reviews for Por que lutamos?
26 ratings6 reviews
- Rating: 5 out of 5 stars5/5Incrível! De fácil leitura, é gostoso de ler do começo ao fim, da vontade de abraçar a Manuela. Têm assuntos super gatilhos mas muito necessários da gente debater entre a gente, obrigada pelas palavras! Temos que acordar e sair do conto de fadas, ele nunca existiu.
- Rating: 1 out of 5 stars1/5Livro com viés ideológico e comunista, infelizmente não resgata a verdade sobre o ser feminina.
- Rating: 4 out of 5 stars4/5O livro traz muitas reflexões que até então ainda não tinha me feito. Não se trata de viés político, e sim sobre reflexões!!
- Rating: 1 out of 5 stars1/5Lixo comunista impregnado de ódio e rancor. Não serve nem para limpar a bunda!
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- Rating: 4 out of 5 stars4/5Livro bem esclarecedor e reflexivo, nos faz repensar sobre qual o papel da mulher em nossa sociedade atual e o que se pode fazer para mudar. Considero um livro essencial para quem quer conhecer o feminismo.
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- Rating: 5 out of 5 stars5/5Esse livro é perfeito em todos os sentidos, uma leitura que nos permite uma vasta reflexão sobre a sociedade e todas as atitudes q tomamos, amei!
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Book preview
Por que lutamos? - Manuela d'Ávila
salvar.
Prefácio
Em algum momento deste livro, Manuela D’Ávila escreve que nem sempre foi feminista. Que, mais moça – eu sei, ela nem chegou aos quarenta, mas tem gente que é assim mesmo, BFF do tempo. Tipo o Caetano. Mas voltando: que ela, em algum momento da sua vida de a mais jovem várias coisas
, se gabou de, diferentemente da maioria das garotas, só ter amigo homem
– como se isso a distinguisse positivamente de alguma forma (com o que, aliás, vergonhosamente, me identifiquei).
Que quando sua mãe se separou em 1977, ano da lei do divórcio, a fez perceber, ainda menina, que o novo estado civil de sua mãe – desquitada – a excluía de vários lugares no mundo
, e que isso era considerado perfeitamente natural
.
Que uma única frase de sua amiga Marcia Tiburi a fez ler o feminismo pela lente mais doce e amorosa que existe, já que, na definição da filosofa, feminismo é o contrário da solidão
. #Amei.
Que até os 23 anos, quando foi eleita vereadora, não tinha a menor ideia do quão protegida era dos efeitos do machismo, tanto dos homens – maioria absoluta na Câmara e também no Congresso – quanto das mulheres, o que doeu ainda mais.
Que o dia em que foi entrevistada pelo tradicional programa da TV Cultura, o Roda Viva, em junho de 2018, foi um dos piores e melhores de sua trajetória até aqui – lê que você vai entender.
Que a maternidade que já estava apontada com a criação de seu enteado Guilherme ampliou infinita e irreversivelmente sua consciência de privilegiada, já, que poucas brasileiras podem, assim como ela fez, amamentar sua filha Laura exclusivamente com o leite materno até os 6 meses. Aliás, recomendo agora um Google na foto delas em Brasília...
E por aí vai. Uma descoberta atrás da outra, sendo algumas bastante surpreendentes. Manuela – pra mim a detentora oficial da camiseta Lute como uma garota
– nos oferece nestas páginas o seu caminho, até, como dizia Simone de Beauvoir, se tornar a mulher que é hoje: alguém que pode até não ter um selo de 100% feminista
– como se isso existisse – mas que, todos os dias, busca fazer diferença na igualdade, não só entre meninos e meninas, mas, principalmente, entre a gente, que cresceu ouvindo que mulher não é amiga de mulher
.
Eu quero ser amiga dela, e acho que você também vai querer.
Maria Ribeiro,
Atriz e escritora
"Se és uma mulher forte
protege-te com palavras e árvores.
E invoca a memória de mulheres antigas.
Tens que saber que és um campo magnético
para onde viajarão gritando os pregos enferrujados
e o óxido mortal de todos os naufrágios.
Ampara, mas ampara-te primeiro.
Guarda as distâncias.
Constrói-te. Cuida-te.
Entesoura teu poder.
Defende-o.
Faça-o por ti.
Te peço em nome de nós todas."
Conselho para uma mulher forte
Gioconda Belli
Luta. Substantivo feminino. Feminino? Feminismo não é antifeminino? É o contrário do machismo? Não, feminismo é o contrário da solidão. [1] Feminismo, corpos, pelos, cabelos. Aborto. Estupro. Salário menor, assédio, trabalho maior. Filhos: melhor não tê-los, mas se não tê-los, como sabê-los?
[2] Maternidade compulsória, creches, trabalho doméstico, trabalho não remunerado. Solidão, cuidado. Cuidado é diferente de amor. Classe social. Identidade? Desigualdade. Racismo, lesbofobia, transfobia: existe espaço para mulheres trans no nosso feminismo? Antifeminista, feminista porém feminina, igualdade e não superioridade das mulheres, mansplaining, micromachismo, cultura de estupro, manterrupting, gaslighting, objetificação, patriarcado, feminicídio, misoginia, interseccionalidade, bropriating, revenge porn, empoderamento, sororidade. Lugar de homem, lugar de mulher, brincadeira de menino, brincadeira de menina, segura esse choro, cruza as pernas direito, que roupa masculina! Gorda demais, magra demais, bunda demais, bunda de menos. Violência. Em casa: pai, marido, irmão, vizinho. Poder, espaço público, participação, visibilidade, voz. Cotas, rivalidade, sororidade, dororidade. [3]
Você está aí?
Apresentação
A internet berra. Diz que as feministas odeiam homens. E a verdade? O feminismo é uma jornada de amor. O primeiro, por vezes doloroso para nós mulheres, o amor-próprio. O segundo, o amor pela ideia de que podemos ser livres para viver a potência de nossas possibilidades. O terceiro, o amor pela humanidade em toda sua diversidade. Como você ama a si mesma é como você ensina todo mundo a te amar
, escreveu a poetisa