1 João Explicado

Livro de 1 João Explicado

Copyright@2019 da Edição : Andrey Waldeck

Proibida a reprodução em parte ou total sem autorização

ANDREYWALDECK@COMCAST.NET

_____________________________________________________________________

EDITOR CHEFE: Andrey Waldeck

COORDENAÇÃO EDITORIAL: A&L Publishing

AUTOR: Andrey/Leia Waldeck

VERSÃO DA BÍBLIA SAGRADA:  ARC

REVISÃO:  A&L Publishing

CAPA E EDIÇÃO DE ARTE:  A&L Publishing

FOTOGRAFIA:  Arquivo Pessoal

DIREÇÃO DE ARTE GRÁFICA:  A&L Publishing

This book is based in total or partial on the work of Ken Cayce

Livro de 1 João Explicado

Título:  O título da epístola sempre foi 1 João. É o primeiro e maior de uma série de três epístolas que levam o nome do apóstolo João. Como a carta não identifica nenhuma igreja, local ou indivíduo específico para quem foi enviada, sua classificação é como uma epístola geral. Embora 1 João não exiba algumas das características gerais de uma epístola comum àquela época (por exemplo, nenhuma introdução, saudação ou saudação final), seu tom e conteúdo íntimos indicam que o termo epístola ainda se aplica a ela.

Autoria: A epístola não identifica o autor, mas o testemunho forte, consistente e mais antigo da igreja o atribui a João, o discípulo e apóstolo (compare Lucas 6:13-14). Esse anonimato afirma fortemente a identificação da epístola pela igreja primitiva com João apóstolo, pois apenas alguém com o status conhecido e preeminente de João como apóstolo seria capaz de escrever com tanta autoridade inconfundível, esperando total obediência de seus leitores, sem se identificar claramente. (por exemplo, 4:6). Ele era bem conhecido pelos leitores, por isso não precisava mencionar seu nome.

Essa carta provavelmente poderia ser classificada como uma carta geral. É tão atual para a nossa igreja hoje, como era para então. O apóstolo João, que escreveu o Evangelho de João e Apocalipse, é sem dúvida o autor. Ele se autodenomina o ancião (ver 2 João 1), que parece ter sido a designação pessoal de João nos últimos anos de seu ministério. O propósito da carta era provavelmente ajudar a igreja a evitar erros em seus ensinamentos.

João e Tiago, seu irmão mais velho (Atos 12:2), eram conhecidos como os filhos de Zebedeu (Mateus 10:2-4), a quem Jesus deu o nome de Filhos do Trovão (Marcos 3:17). João foi um dos três associados mais íntimos de Jesus (junto com Pedro e Tiago; compare Mateus 17:1; 26:37), sendo testemunha ocular e participante do ministério terrestre de Jesus (1:1-4). Além das três epístolas, João também foi o autor do quarto evangelho, no qual ele se identificou como o discípulo a quem Jesus amava e como aquele que se reclinou no peito de Jesus na Última Ceia (João 13:23; 19:26; 20:2; 21:7, 20). Ele também escreveu o livro de Apocalipse.

Data: A carta provavelmente foi escrita em Éfeso, mas é incerta. A data exata da redação também é incerta. Provavelmente foi escrita nos anos 90 DC. Esta carta traz ensinamentos especiais sobre Jesus como Luz, Vida e Amor.

A tradição da igreja identifica consistentemente João em sua idade avançada como vivendo e escrevendo ativamente durante esse período em Éfeso, na Ásia Menor. O tom da epístola apoia essa evidência, pois o escritor dá a forte impressão de que é muito mais velho que seus leitores (por exemplo, meus filhinhos; 2:1, 18, 28). 

A epístola e o evangelho de João refletem vocabulário e maneira de expressão semelhantes. Essa semelhança faz com que muitos datem a escrita das epístolas de João ocorrendo logo depois que ele compôs seu evangelho. Uma vez que muitos datam o evangelho durante a última parte do primeiro século, eles também preferem uma data semelhante para as epístolas. 

Além disso, a heresia que João combate provavelmente reflete o início do gnosticismo que estava em seus estágios iniciais durante o último terço do primeiro século, quando João estava escrevendo ativamente. Como nenhuma menção é feita à perseguição de Domiciano, iniciada por volta de 95 DC, ela pode ter sido escrita antes do início (da perseguição de Domiciano). 

Considerando esses fatores, uma data razoável para 1 João é 90-95 DC. Provavelmente foi escrita em Éfeso para as igrejas da Ásia Menor, sobre as quais João exercia liderança apostólica.

Antecedentes e configuração: Embora ele tenha sido bastante avançado quando escreveu esta epístola, João ainda estava ministrando ativamente às igrejas. Ele foi o único sobrevivente apostólico remanescente que teve uma íntima associação de testemunhas oculares com Jesus por todo o Seu ministério terrestre, morte, ressurreição e ascensão. 

Os Pais da igreja (por exemplo, Justino Mártir, Irineu, Clemente de Alexandria, Eusébio), indicam que, depois desse período, João viveu em Éfeso, na Ásia Menor, realizando um extenso programa evangelístico, supervisionando muitas das igrejas que haviam surgido e conduzindo um extenso ministério da escrita (por exemplo, epístolas, O Evangelho de João e Apocalipse). 

Um pai da igreja (Papias), que teve contato direto com João, o descreveu como uma voz viva e permanente. Como o último apóstolo restante, o testemunho de João era altamente autoritário entre as igrejas. Muitos procuraram ansiosamente ouvir quem teve experiência em primeira mão com o Senhor Jesus.

Éfeso (compare Atos 19:10) ficava no centro intelectual da Ásia Menor. Como previsto anos antes pelo apóstolo Paulo (Atos 20:28-31), os falsos mestres surgidos nas próprias fileiras da igreja, saturados com o clima predominante das tendências filosóficas, começaram a infectar a igreja com falsas doutrinas, pervertendo o ensino apostólico fundamental. 

Esses falsos mestres defendiam novas ideias que acabaram sendo conhecidas como gnosticismo (da palavra grega conhecimento). Após a batalha paulina pela liberdade da lei, o gnosticismo foi a heresia mais perigosa que ameaçou a igreja primitiva durante os primeiros 3 séculos. Provavelmente João estava combatendo o início dessa heresia virulenta que ameaçava destruir os fundamentos da fé e das igrejas.

João escreve para que saibais que tendes a vida eterna (5:13). Em certo sentido, ele busca, portanto, apenas fortalecer a fé de seus leitores. No entanto, ele escreve também para combater uma ameaça específica à fé de seus leitores: o gnosticismo. Essa era uma forma desviante do cristianismo. As visões de seus adeptos variavam, mas tendiam a valorizar o conhecimento como o meio de salvação (e não a cruz), afirmar que a matéria física era má e ensinar que o Filho de Deus não poderia, portanto, ter entrado em carne. Esses e outros ensinamentos aberrantes parecem ser o alvo de muitas das declarações de João.

A falta de amor pelos irmãos na fé caracteriza os falsos mestres, principalmente porque eles reagem contra qualquer pessoa que rejeite sua nova maneira de pensar (3:10-18). Eles separaram seus seguidores enganados da comunhão daqueles que permaneceram fiéis ao ensino apostólico, levando João a responder que essa separação manifestava externamente que aqueles que seguiram falsos mestres careciam de salvação genuína (2:19). 

Sua partida deixou os outros crentes, que permaneceram fiéis à doutrina apostólica, abalados. Respondendo a essa crise, o apóstolo idoso escreveu para tranquilizar os que permaneceram fiéis e combater essa grave ameaça à igreja. Visto que a heresia era tão aguda e perigosa e o período de tempo era tão crítico para a igreja que corria o risco de ser dominada por falsos ensinamentos, João gentilmente e amorosamente, mas com inquestionável autoridade apostólica, enviou esta carta às igrejas em sua esfera de influência para impedir essa propagação da praga da falsa doutrina.

Temas históricos e teológicos: 1 João é distinta em sua