Eros e Psiquê - Apuleio
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Eros e Psiquê - Apuleio - Lucio Apuleio
Lúcius Apuleius
EROS E PSIQUÊ
Data estimada de publicação:
Final do Século 2
1a edição
img1.jpgIsbn: 9788583864424
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Prefácio
Prezado Leitor
Eros e Psiquê é um fragmento da obra Metamorfoses, mais conhecida como O asno de Ouro
, escrita no século II por Lucius Apuleio.
Apuleio inseriu no contexto de sua obra o mito de Eros e Psiquê,uma das mais interessantes e debatidas histórias da mitologia grega, muito rica em símbolos e alegorias. Os personagens que dão nome à lenda, são: Eros, ou Cupido, e Psichê, uma jovem tão bela que causou ciúmes à própria Deusa Vênus.
Uma excelente leitura.
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É impossível manter preso o amor.
Lucio Apuleio
Sumário
APRESENTAÇÃO
Sobre o autor: Lúcio Apuleio
Sobre a obra Eros e Psiquê
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
APRESENTAÇÃO
Sobre o autor: Lúcio Apuleio
img2.jpgData de nascimento: 125 Data de falecimento: 170
Lucius A. Apuleius ou Lúcio Apuleio foi um escritor e filósofo médio platônico romano. Apuleio nasceu em Madaura, pequena mas importante colônia romana. Sua família, proveniente da Itália, era abastada e influente: o pai fora cônsul, a mais alta magistratura municipal da Roma antiga, e deixara aos dois filhos uma consistente herança de quase dois milhões de sestércios.
Após os primeiros estudos de gramática e retórica transferiu-se para Cartago, onde aprofundou seus conhecimentos de poesia, geometria, música e sobretudo de filosofia, cujos estudos concluiu posteriormente em Atenas. Interessava-se também pelos ritos esotéricos: em Cartago, pelos mistérios de Esculápio, o correspondente romano de Asclépio, o deus grego da medicina e da cura, e, em Atenas, pelos mistérios eleusinos.
Casou-se com uma viúva rica, Emília Pudentila, e foi acusado pelos parentes de sua esposa de haver utilizado magia para obter seu amor. Defendeu-se através de uma célebre Apologia, que se conservou até os nossos dias.
Sua obra mais famosa é Metamorphoseon Libri XI , mais conhecida como O Asno de Ouro. Apuleio escreveu também: Floridas e De Deo Socratis.
Sobre a obra Eros e Psiquê
A narração do mito de Eros e Psiquê é introduzida, no livro IV da obra, O Asno de Ouro, de Apuleio{i} pela voz de uma velha senhora, a qual consola uma moça que havia sido raptada por ladrões. Em posse desses ladrões, estava Lúcio, em corpo de asno, que também ouve o relato.
A história do mito inicia em uma dada cidade onde havia um rei e uma rainha com suas três filhas: duas delas de rara beleza mortal, e a outra, mais moça, de beleza sem igual na terra. Psiquê possuía uma beleza tão divina, que passou a ser comparada com a da deusa Vênus. Ao saber das adorações e sacrifícios que o povo devota à mortal Psiquê, Vênus sente-se afrontada e designa seu filho Eros para executar sua vingança.
Devido à sua beleza divina Psiquê, não recebia nenhum pedido para ser desposada e isso era a causa de sua grande tristeza. Suas irmãs, entretanto, já haviam se casado com reis. No desejo de acabar com a insatisfação da filha, o rei dirige-se até o templo de Apoio, temendo que sobre ela houvesse recaído alguma maldição. Para o terror do pai, o oráculo confirma seu temor dizendo que a moça deveria celebrar seu funéreo himeneu com um monstro viperino, alado e imortal, o qual causa pavor nos deuses, até mesmo em Júpiter.
Psiquê, obedecendo ao oráculo, vai até um rochedo, acompanhada por todo o povo, para encontrar o seu destino. Então...
A partir dai se desenvolve uma emocionante história que o leitor irá desvendar e saborear a partir de agora.
EROS E PSIQUÊ
CAPÍTULO I
Uma velha mãe, comovida de piedade das lágrimas da donzela, que estava presa, contou-lhe uma fábula para ocupá-la que não chorasse.
–– Havia em uma cidade um rei e uma rainha, tinham três filhas muito formosas: das quais, duas as maiores, como eram formosas e bem dispostas, podiam ser elogiadas por louvores de homens; mas a menor, era tanta sua formosura, que não bastam palavras humanas para poder exprimir, nem suficientemente elogiar sua beleza. Muitos de outros reinos e cidades, aos quais a fama de sua formosura ajuntavam, espantados com admiração de sua tão grande formosura, onde outra donzela não podia chegar, pondo suas mãos à boca e os dedos estendidos, assim como à deusa Vênus, com suas religiosas adorações, honravam-na e adoravam-na. Já a fama corria por todas as cidades e regiões próximas; que esta era a deusa Vênus, a qual nasceu nas profundezas do mar e o rocio de suas ondas a criou. E diziam deste modo