Discover millions of ebooks, audiobooks, and so much more with a free trial

Only $11.99/month after trial. Cancel anytime.

Anísio Teixeira e a UDF: Uma Análise Marxista
Anísio Teixeira e a UDF: Uma Análise Marxista
Anísio Teixeira e a UDF: Uma Análise Marxista
Ebook307 pages3 hours

Anísio Teixeira e a UDF: Uma Análise Marxista

Rating: 0 out of 5 stars

()

Read preview

About this ebook

Anísio Teixeira e a UDF: uma abordagem marxista analisa, de forma inovadora, a trajetória da criação da Universidade do Distrito Federal, no Rio de Janeiro, examinando as condições históricas em que foi criada a referida instituição. Tais condições históricas condicionaram a UDF a ter uma proposta pedagógica sui generis no contexto de edificação do ensino superior no Brasil. O leitor irá tomar nota de um Brasil analisado pelos mais exímios partícipes do conjunto teórico que compõem a temática da formação social brasileira, como também pelos principais marxistas que analisam os impactos mundiais do capitalismo em regiões periféricas.
LanguagePortuguês
Release dateFeb 28, 2020
ISBN9788547337292
Anísio Teixeira e a UDF: Uma Análise Marxista

Related to Anísio Teixeira e a UDF

Related ebooks

Teaching Methods & Materials For You

View More

Related articles

Reviews for Anísio Teixeira e a UDF

Rating: 0 out of 5 stars
0 ratings

0 ratings0 reviews

What did you think?

Tap to rate

Review must be at least 10 words

    Book preview

    Anísio Teixeira e a UDF - Rachel Aguiar Estevam do Carmo

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE

    Aos meus pais: pela eternidade dos laços

    AGRADECIMENTOS

    Este livro foi possível graças ao apoio da minha família e amigos que caminham sempre comigo. Agradeço imensamente à CAPES e ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal Fluminense, em especial a minha orientadora Kátia Lima: obrigada por me ensinar o voo autônomo.

    Não estou a imaginar que nessa simples difusão da cultura não haja padrões. Por certo há. Mas seu julgamento e sua sanção ficam a cargo da opinião pública e da opinião do beneficiado ou atingido pelo processo de difusão.

    Anísio Teixeira

    A Educação, quando não é esmagada pela ignorância, é esmagada pela escassez de recursos. Essa é a realidade.

    Florestan Fernandes

    PREFÁCIO

    Após a promulgação de nossa primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1961, ao discorrer sobre a educação popular no Brasil, Florestan Fernandes afirmava

    [...] os países subdesenvolvidos são, também, os que mais dependem da educação como fator social construtivo. Tais países precisam da educação para mobilizar o elemento humano e inseri-lo no sistema de produção nacional; precisam da educação para alargar o horizonte cultural do homem, adaptando-o ao presente e a uma complicada trama de aspirações, que dão sentido e continuidade às tendências de desenvolvimento econômico e progresso social; e precisam da educação para formar novos tipos de personalidade, fomentar novos estilos de vida e incentivar novas formas de relações sociais, requeridos ou impostos pela gradual expansão da ordem social democrática. Todavia esses países não encontram na situação sócio-cultural herdada, condições que favoreçam quer uma boa compreensão dos fins, quer uma boa escolha dos meios para atingi-los. Mesmo os recursos materiais, humanos e técnicos, mobilizados efetivamente, acabam sendo explorados de maneira extensamente irracional e improdutiva (Fernandes, Educação e Sociedade no Brasil, p. 351).

    A citação atesta a oportunidade perdida ao final da tramitação de nossa primeira LDB, de construir um sistema educacional que refletisse, da parte de nossos políticos, a percepção das relações existentes entre educação e desenvolvimento social e a inserção do Brasil no contexto do sistema capitalista na época, e a fundamental importância dessa associação para a consecução e consolidação de uma democracia em seu sentido mais amplo, que, além dos direitos civis ou políticos, deve implicar os direitos sociais e garantir que os trabalhadores possam usufruir das riquezas que produzem, bem como dos bens culturais e educacionais a que fazem jus.

    A historiografia da educação brasileira revela as disputas de projeto que marcaram toda a nossa história, de país profundamente marcado pela desigualdade social e por embates que também estiveram presentes no campo educacional, em que a defesa da escola pública, laica, gratuita e da coeducação, foram explicitadas em dois momentos que constituíram marcos importantes para a educação brasileira: o lançamento do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932, mais caracterizado pela defesa dos princípios da Escola Nova e o Manifesto dos Educadores, de 1959, com teor mais afeito à defesa da função social da educação, dos deveres do Estado Democrático e de sua obrigação de prover a todos o acesso à escola pública.

    Anísio Teixeira, um de nossos maiores educadores, foi signatário dos dois manifestos, sendo que o último, de 1959, reuniu na defesa dos mesmos ideais, embora com posições políticas distintas, educadores do porte de Anísio Teixeira e Florestan Fernandes, dentre outros. Ambos se insurgiram contra o arcaísmo presente na sociedade brasileira e lutaram por transformações que beneficiassem as classes populares, ainda que não partilhassem da mesma visão de mundo.

    Se o cenário da década de 1960 ainda era marcado por enorme descompasso entre educação e desenvolvimento social, nos anos de 1930, quando Anísio iniciava a sua vida pública, o contexto nacional apresentava situação ainda mais precária, diante da base heterogênea que dera sustentação à Revolução de 1930 e às tentativas de conciliação do Governo Vargas com as frações burguesas que disputavam espaço na época, tanto no plano político, quanto econômico e educacional.

    Buscando o aprofundamento de questões suscitadas na elaboração de sua pesquisa efetuada na pós-graduação Lato Sensu, Rachel dedicou-se a investigar no mestrado o pensamento e obra de Anísio Teixeira, vislumbrando a grandeza do educador baiano, analisando a sua trajetória a partir de categorias formuladas por Florestan Fernandes, visando elucidar a partir dos estudos histórico-sociológicos de Fernandes acerca do surgimento da burguesia brasileira, o contexto em que se delineou a renhida luta e empenho de Anísio em prol de uma educação democrática, laica, pública, gratuita, que lograsse romper os privilégios da classe dirigente, tão arraigados em nosso processo civilizatório. Percorrendo as muitas realizações de Anísio, Rachel direcionou o seu foco ao projeto e criação da Universidade do Distrito Federal, que a autora identifica como representante da contraposição ao Estatuto das Universidades Brasileiras, de Francisco Campos, na medida em que simboliza a luta pela socialização do conhecimento para todas as camadas sociais e a defesa do incentivo à pesquisa, à educação pública e laica em nosso país.

    Com perseverança, dedicação e afinco, Rachel vem construindo a sua vida acadêmica com muita coerência e seriedade, tendo compreendido a importância de recusar análises fáceis ou simplistas, para, partindo de trabalho árduo e pesquisa mais aprofundada, buscar apreender a complexidade de seu objeto de estudo em abordagem interdisciplinar, articulando educação, política, economia e o contexto social no qual fatos e seres humanos constroem o seu processo histórico.

    Também defensora do acesso ao conhecimento historicamente produzido pela humanidade para todas as camadas sociais e do incentivo à pesquisa e educação pública e laica para os brasileiros e brasileiras, Rachel empenhou-se em seu trabalho em destacar a imprescindível atuação do educador que projetou uma universidade exemplar, que se voltava para as necessidades de modernização de nosso país.

    Com visão arrojada, Anísio, um homem adiante de seu tempo, caminha no sentido oposto ao percorrido até então pela maioria de nossos homens públicos. Destacando o seu profundo compromisso com a democracia e a educação voltada para a participação democrática, Rachel mostra-nos que a atuação de Anísio funda-se em uma concepção filosófica e aguda percepção da história da sociedade brasileira, fruto da reflexão acerca de nosso atraso e suas causas, empenhando-se no processo de difusão da cultura e construção da unidade nacional por meio da instrução pública. A autora enfatiza a importância desse grande educador como pensador social, revelando a relevância que a universidade por ele projetada, a Universidade do Distrito Federal, idealizada como campo cultural e propulsora da reconstrução nacional, viria a ter nessa fundamental tarefa de luta contra os privilégios e compromisso com a difusão da cultura a todas as camadas sociais.

    Enveredando por considerações sobre o contexto econômico da época, endossando as formulações sobre a teoria da dependência e o desenvolvimento desigual e combinado, ao situar as relações de desenvolvimento entre países desenvolvidos e não desenvolvidos, a autora nos dá um panorama da posição ocupada pelo Brasil no cenário internacional de então, passando, em seguida, a abordar os projetos de sociabilidade que disputavam espaço na Era Vargas, para trazer à tona o caldo cultural do período em que Anísio atua no campo da educação brasileira. Enfatizando a ousadia de nosso renomado educador ao elaborar o projeto da Universidade do Distrito Federal, que constitui singular contribuição para o ensino superior brasileiro, no último capítulo da pesquisa, Rachel aborda, criteriosamente, a partir dos referenciais já citados de Florestan Fernandes, em que medida o pensamento educacional de Anísio para o ensino superior brasileiro representa uma revolução dentro da ordem ou contra a ordem.

    Se, em um primeiro momento, a autora considera que as contribuições e ações do pensamento educacional de Anísio para o ensino superior representam uma revolução dentro da ordem, a autora nos instiga a pensar que ao propor transformações das instituições sociais visando romper com as estruturas sociais que nos condicionavam ao atraso, Anísio se insurgiria contra o próprio caráter da burguesia no Brasil, abrindo espaço para que se possa considerá-lo, sugere Rachel, como expoente de um pensamento educacional que representaria uma revolução contra a ordem burguesa. A autora deixa a conclusão em aberto, incitando-nos a refletir.

    Cabe-nos destacar que esta pesquisa traz importante contribuição para a leitura da obra de Anísio Teixeira, um de nossos maiores educadores, capaz de antever a importância de pensar a educação de forma abrangente. Preocupado com o diagnóstico e solução dos problemas cruciais da sociedade brasileira de seu tempo, empenhou-se na organização e difusão da cultura e modernização da nação, defensor incansável da escola pública, concebendo a educação também como campo de intervenção para a implementação de projetos político-sociais.

    Rachel, neste livro, realça a importância da atuação de Anísio para tornar a educação uma experiência cultural acessível a todos, contribuindo para impulsionar a nossa saída do atraso, trazendo-nos, sobretudo, o legado da concepção da Universidade do Distrito Federal, a proposta da universidade moderna, integrada, ministrando ensino em diversos níveis, por meio de colégios de cultura geral, escolas profissionais, pós-graduações, todas se completando, articuladamente, em uma universidade, na qual a pesquisa deveria ter centralidade. A UDF é, segundo a autora, a expressão da visão ampla de Teixeira acerca do sistema escolar. Até porque o ensino superior tem sentido se estiver entrelaçado com outros níveis e modalidades de ensino e vice-versa.

    Na presente pesquisa, Rachel preocupou-se, sobremaneira, em nos mostrar a importância de Anísio como um pensador social, um intérprete do Brasil que pautava em suas formulações os rumos da sociedade brasileira, analisando a nossa formação social e as medidas necessárias para o crescimento social.

    A ênfase na defesa da democracia, concebida como intrinsecamente associada à educação pública e ao acesso aos bens culturais, objetivando romper com a visão elitista e excludente, marcante em nossa história, é aprofundada de forma original neste instigante texto que nos convida a uma nova leitura da obra de Anísio Teixeira.

    Angela Rabello Maciel de Barros Tamberlini

    Professora da Universidade Federal Fluminense

    APRESENTAÇÃO

    Este livro busca analisar o pensamento educacional de Anísio Teixeira para o ensino superior brasileiro por meio de sua mais ousada construção da UDF. Percorremos: a sua trajetória de criação por meio do contexto histórico-sociológico que marca uma etapa singular no processo capitalista mundial e que impacta decisivamente nos rumos da criação e a sua consequente extinção.

    Não nos coube aprofundar no livro – o que já foi densamente aprofundado – o caráter pedagógico da proposta escolanovista, mas destacar que o contexto histórico provocou um movimento outsider em políticas educacionais muito avançadas para a época. Teixeira ainda segue a margem do pensamento educacional não sendo reconhecido como um dos idealizadores mais ousados a defender o direito à educação pública, gratuita e de qualidade, ofuscada, sobretudo pela crítica que o próprio marxismo faz à proposta burguesa escolanovista. No entanto, tal crítica impede que analisemos a fundo os anos de irrupção de sua atuação principalmente nos anos de 1930 no país. Essa é a intenção do presente livro Anísio Teixeira e a UDF: uma analise marxista aprofundar a penetração do capitalismo nos anos de 1930 no Brasil e as condições que foram favoráveis a criar uma universidade fora dos preceitos jurídico-políticos, sinalizados pela Reforma Francisco Campos.

    Esperamos instigar o leitor por meio de uma abordagem original das categorias histórico-sociológicas de Florestan Fernandes para entender o contexto brasileiro dos anos de 1930, bem como a abordagem de Teixeira sobre a problemática estrutural da educação no país, o que o torna como um dos pensadores sociais mais relevantes que contribuíram para o fortalecimento da temática formação social brasileira.

    SIGLAS E ABREVIATURAS

    Sumário

    INTRODUÇÃO GERAL 25

    CAPÍTULO I

    CONDIÇÕES EXTERNAS E INTERNAS QUE CONFIGURARAM A PROBLEMÁTICA DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL ATÉ 1937 33

    1. INTRODUÇÃO 33

    1.1 A fase imperialista do capitalismo 34

    1.2 Brasil de 1870 a 1930: Capitalismo dependente e heteronomia cultural 50

    1.2.1 Introduzindo o debate: revolução dentro da ordem e revolução

    contra a ordem 52

    1.2.2 Condição sociológica da classe trabalhadora no Brasil 54

    1.2.3 A imprevisibilidade histórica na revolução dentro da ordem 64

    1.2.4 Brasil antes de 1930: abordagem histórico-sociológica 75

    2. BREVE PANORAMA DO ENSINO SUPERIOR NA REPÚBLICA VELHA 92

    Capítulo II

    Os projetos de sociabilidade em disputa na

    pós-Revolução de 1930 99

    2. INTRODUÇÃO 99

    2.1 A luta de classes no Brasil entre os anos de 1920 a 1937 104

    2.1.1 A Igreja Católica e o poder secular 105

    2.1.2 O movimento tenentista e a Revolução de 30 111

    2.1.3 A Oligarquia no Brasil: sua função socioeconômica 115

    2.1.4 Da congérie social à burguesia brasileira 123

    2.1.5 A classe trabalhadora no Brasil nos anos de 1910 a 1930 127

    Capítulo III

    O dilema educacional nos anos 1930 até 1937: a contribuição do pensamento educacional de Anísio Teixeira para o ensino superior brasileiro 133

    3. INTRODUÇÃO 133

    3.1 A universidade como lócus da ciência: A Academia Brasileira de Ciência e a Associação Brasileira de Educação 141

    3.1.1 A filosofia pragmatista: panorama geral 148

    3.1.1.1 Antifundacionalismo 150

    3.1.1.2 Consequencialismo 151

    3.1.1.3 Contextualismo 152

    3.1.1.4 Direção social e Educação 154

    3.2 As bases da proposta de Anísio Teixeira para as universidades brasileiras 156

    3.2.1 Autonomia x Heteronomia Cultural 156

    3.2.2 Modernização escolar e capitalismo dependente 158

    3.3 A UNIVERSIDADE DO DISTRITO FEDERAL 167

    3.3.1 Introdução 167

    3.3.2 Panorama geral da Universidade do Distrito Federal 169

    3.3.2.1 A organização da UDF 172

    CONSIDERAÇÕES FINAIS 209

    REFERENCIAS 213

    INTRODUÇÃO GERAL

    Se me é dada a liberdade de dizer o que penso, a primeira coisa que eu queria pedir é que todos se levantassem para nós fazermos uma saudação a Anísio Teixeira, com palmas, com alegria, para recuperar aquela figura humana que deu tanto aos outros e recebeu a exclusão.

    (FLORESTAN FERNANDES, 1991, p. 28)

    Uma das enormes tarefas do pesquisador é exprimir as complexidades e multidimensionalidades do objeto estudado. Tarefa árdua no qual esbarramos não somente nas nossas limitações como também na própria realidade analisada.

    Ao abraçar o percurso metodológico interdisciplinar como base de investigação do campo História da Educação, priorizamos construir uma relação indissociável entre o particular-geral como determinante nas reflexões acerca dos processos político-educacionais que transcorreram ao longo dos anos em nosso país. Ademais, a perspectiva dialética adotada nesta presente obra resgata a pulsão metodológica (sem direcionar um método delimitado de escrita) na elucidação das mais variadas áreas de conhecimento que fundam os estudos da História da Educação.

    A presente obra escrita no auge da juventude da autora registra seus primeiros passos na pós-graduação. Trata-se de uma dissertação de mestrado elaborada no Programa de Pós-Graduação em Educação pela Universidade Federal Fluminense tendo o campo de Confluência Trabalho e Educação a base de socialização e aprendizado das questões concernentes à pesquisa a luz da teoria marxista. O objeto, na verdade, advém dos estudos e militâncias anteriores à entrada da autora no mestrado. Tratava-se de uma continuidade das investigações realizadas na pós-graduação em Teoria Curricular pela mesma instituição, nos anos de 2007 a 2009, em que pôde debruçar na proposta curricular do projeto, na época em vias de implementação, como política de governo denominada Universidade Nova. A fundamentação de uma radical mudança na estrutura curricular do ensino superior no país partia dos estudos do pensador social Anísio Teixeira, autor que não foi densamente estudado no curso de graduação em pedagogia na mesma instituição. Sem muito conhecer os estudos anisianos, a autora parte para a vasta literatura anisiana e suas proposições para o ensino superior brasileiro. Defende na pesquisa acerca da Universidade Nova a incongruência entre a proposta do referido projeto e a ampla dimensão de educação publica defendida pelo Anísio Teixeira. Nesse sentido, aprofundar os estudos anisianos para o ensino superior no Brasil significava adentrar em seu pensamento social.

    Ao entrar no mestrado em 2009, a autora passou a ter a orientação da prof.ª Dr.ª Kátia R. Lima, que não somente foi a parceira/orientadora nesse percurso, mas também o exemplo a ser seguido quanto ao significado do professor-orientador. Suas sugestões (como ela gostava sempre de frisar) ficavam a cargo de uma decisão coletiva, sempre ressaltando que a palavra final competia ao mestrando. O voo autônomo era sua grande consigna pedagógica ao ensinar e estimular os pesquisadores à capacidade de inferência ao dissertar um objeto de pesquisa. Um aprendizado fundamental no sentido do respeito e parceria entre orientador/orientando.

    Ao cursar as disciplinas da professora, a autora mergulhou nos estudos histórico-sociológicos de Florestan Fernandes. Sendo orientada por uma das maiores especialista da obra de Florestan Fernandes no país, o desenho do objeto de pesquisa passa a ter uma configuração em associar os

    Enjoying the preview?
    Page 1 of 1