7 melhores contos de Manuel de Oliveira Paiva
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O escritor cearense, Manuel de Oliveira Paiva, era também jornalista e militante abolicionista. Foi das suas contribuições aos jornais da época que saíram alguns de seus poemas e contos realistas, mas a maior parte de sua obra só seria publicada após sua morte.
O crítico literário August Nemo selecionou os seguintes contos para este livro:
A barata e a vela;
O velho vovô;
Pobre Moisés que não foste!;
Da pena atrás da orelha;
De preto e de vermelho;
Ao cair da tarde.
Conteúdo Bônus:
Um romancista do Norte;
A melhor cartada
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7 melhores contos - Especial
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7 melhores contos de Manuel de Oliveira Paiva - Manuel de Oliveira Paiva
O Autor
Era filho do mestre João Francisco de Oliveira, português, dos Açores, e de Dona Maria Isabel de Castro Paiva. Cursou o seminário do Crato, mas trocou a vida eclesiástica pela militar, indo estudar na Escola Militar do Rio de Janeiro, retornando à terra natal em 1883, devido a problemas pulmonares. Teve participação ativa na campanha abolicionista, colaborando no jornal Libertador. Destacou-se, também, como membro do Clube Literário.
Sua única obra publicada em vida foi A Afilhada, novela que saiu em folhetins no Libertador em 1889. Neste jornal e em A Quinzena saíram alguns de seus poemas abolicionistas e seus contos realistas. Em livro, porém, seus escritos só seriam publicados postumamente, algumas dezenas de anos depois da sua morte.
Sua obra-prima, Dona Guidinha do Poço, escrito em 1892, é um dos maiores romances do Naturalismo brasileiro e possui uma história interessante: seus originais foram entregues pelo próprio autor ao amigo Antônio Sales, que entregou uma cópia a Lopes Filho, que a perde, e outra a José Veríssimo, que iniciou a publicação, interrompida com a falência da sua Revista Brasileira; no fim dos anos 40, porém, Lúcia Miguel-Pereira encontra uma cópia com Américo Facó, depois de intensa pesquisa. Ela publicou, finalmente, Dona Guidinha do Poço em 1952.
A Afilhada ganhou edição em livro em 1961, e seus contos foram publicados pela Academia Cearense de Letras em 1976.
Um romancista do Norte
Araripe Junior¹
No momento em que as letras pátrias parecem receber um: poderoso impulso e, com as agitações políticas, todas as forças vivas da nação se levantam para amparar o futuro e consolidar a crença no próprio valor; não estranharão os leitores do Tempo que um amoroso da terra venha lembrar aqui o nome de um escritor desconhecido, que muito trabalhou para o engrandecimento das letras de seu país com o amor de um artista e a coragem de um batalhador.
Trata-se de um moço cearense, que dispersou muito talento e estesia pelos jornais de sua província, e que estava destinado a representar um papel brilhante entre os romancistas brasileiros. Infelizmente refiro-me a um morto, porque, quando os seus escritos prometiam a conversão dos projetos em formosa realidade, a eterna inimiga desmoronou os castelos, que se esboçavam numa imaginação já perfeitamente cultivada para as fortes construções do romance de observação.
Chamava-se Manoel de Oliveira Paiva esse moço, que a 29 de Setembro de 1892 sucumbiu do mal dos poetas brasileiros, aos 31 anos de sua idade, deixando atrás de si uma saudade imorredoura traduzida no soluço da nova geração do Ceará. Sentimento igual a este pungiu o coração do autor destas