As cadeias fisiológicas
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No entanto, seu papel é primordial, como observou Suzanne B. Robert Ouvray: "A saúde não é somente a ausência de malformações e de patologias. Ela é também, e principalmente, um bom desenvolvimento dos processos estruturais. E a motricidade tem um papel a desempenhar na estruturação psíquica da criança".
Quando o corpo é liberado das zonas de "parasitagem", constatamos em nossa prática que ele se orienta naturalmente para o equilíbrio, isto é, para a simetria na postura e para a harmonia do movimento
O método das cadeias fisiológicas, ao respeitar a fisiologia, garante ao bebê esse equilíbrio. Esse método considera a criança como um ser inteiro, enquanto concentra suas ações de relaxamento sobre os pontos-chave dos movimentos: cabeça, eixo vertebral e cinturas escapular e pélvica.
Ela aborda esses pontos principais graças ao relaxamento pela massagem e pela liberação das cadeias neurovascular, visceral e muscular.
Quando a liberação é obtida, suas consequências são duradouras. A harmonização das cadeias fisiológicas permite uma liberdade motora que se repercute como um bem- estar psicológico.
O tratamento dá ao corpo a possibilidade de retomar sua autonomia física por meio de técnicas simples, seguras e eficazes. Ela induz uma cadeia de resultados somato-psicoemocionais.
O bebê descobre um estado de relaxamento tanto físico quanto psíquico, a partir a partir do qual estabelece uma bela interatividade. O mundo exterior é abordado com a serenidade necessária a uma aprendizagem vivenciada com prazer.
Espero que a leitura deste livro e que a prática pelas cadeias fisiológicas lhe proporcione a felicidade que todos os dias os bebês e seus pais me oferecem. Um bebê relaxado em nossas mãos de terapeuta faz parte dos belos presentes da vida. Todos os dias, desfruto desses momentos maravilhosos.
MICHÈLE BUSQUET-VANDERHEYDEN
Titles in the series (4)
- As cadeias fisiológicas- tratamento do crânio: A relação "contentor-conteúdo"
5
Léopold Busquet propõe neste quinto volume a continuidade das cadeias fisiológicas ao nível do crânio. O autor é conhecido por suas obras e competência em osteopatia craniana. Porém neste livro Léopold Busquet sai completamente da teoria osteopática a fim de colocar um proposta totalmente inovadora. É a primeira vez que o crânio é integrado ao funcionamento das cadeias. Eis aqui um livro que marcará por sua inovação, ele confirma a coerência do me- todo das cadeias fisiológicas. Nesta nova edição é proposto, pela primeira vez, um tratamento para a apneia do recém-nascido.
- As cadeias fisiológicas- a cadeia visceral: abdome-pelve: descrição de tratamento
6
Com o objetivo de evidenciar a presença efetiva de uma cadeia visceral, propomos uma descrição da anatomia abdominal e pélvica no homem e na mulher. A descrição do peritônio, de suas propriedades e de seus prolongamentos é o ponto de partida e, de certa maneira, o ponto de referência permanente, pois, na medida em que o nosso propósito é demonstrar a verdadeira continuidade – e não uma simples contigüidade entre o nível visceral e o nível músculo-esquelético –, as propriedades dessa membrana nos interessam particularmente. De fato, o peritônio, como indica a sua origem etimológica grega (periteinõ), é aquele que "se estende em volta". Em outras palavras, ele reveste toda a cavidade abdominal. Desde já, neste estágio da descrição, ele aparece como o intermediário capaz de assegurar uma verdadeira continuidade entre o conteúdo visceral e o "recipiente" muscular. Antes mesmo de precisarmos mais detalhadamente a nossa descrição do peritônio, podemos citar a análise de eminentes anatomistas. Segundo Rouvière, em Anatomie humaine descriptive, topographique et fonctionelle (Volume II, página 353): "Peritônio visceral, peritônio parietal, mesos, omentos e ligamentos são partes de uma mesma membrana que é contínua e limita uma cavidade virtual: a cavidade peritoneal". Segundo J. Brizon, I. Castaing e F.G. Hourtaulle em Le Péritoine; Embryologie, Anatomie (página 11): "Peritônio visceral e peritônio parietal formam uma continuidade". Segundo A. Bouchet e J. Cuilleret em Anatomie topographique, descriptive et fonctionnelle (Volume IV, página 1868): "O peritônio forma um saco totalmente fechado (com exceção da linha de Farre na mulher) cuja face superficial parietal se molda sobre as paredes músculo-aponeuróticas da cavidade abdomino-pélvica". Segundo P. Kamina em Anatomia clínica (volume 3, 2ª edição, página 222): O peritônio visceral constitui a serosa da víscera e une as vísceras, entre si ou à parede para constituir os ligamentos viscerais e os omentos ou epiplons. Segundo E.P. Widmaier, H. Raff e K.T. Strang em Fisiologia humana, os mecanismos do funcionamento do organismo (5a edição, página 612)... Finalmente, em torno da face externa do tubo (digestivo), encontramos uma fina camada de tecido conjuntivo chamada serosa. Folhetos de tecido conjuntivo ligam a serosa à parede abdominal, apoiando assim o trato gastro-intestinal na cavidade abdominal. À leitura desses pontos de vista, a nossa hipótese de uma interdependência do sistema peritoneal e do sistema musculoesquelético não parece reforçada? Isto posto, e considerando que o nosso projeto de pesquisa parece pertinente, procedamos a um estudo detalhado da anatomia do peritônio e de seus prolongamentos.
- As cadeias fisiológicas- a cadeia visceral: tórax, garganta e boca: descrição e tratamento
7
A análise das cadeias fisiológicas dá grande importância às repercussões das tensões viscerais sobre a estática do homem. A cadeia visceral foi estudada primeiramente na região da cavidade abdominal e pélvica. Seguindo a mesma lógica, empreendemos o presente estudo sobre os efeitos das tensões viscerais, desta vez na região da cavidade torácica e da garganta. Ao descrever anatomicamente essas duas regiões específicas, nós destacaremos os efeitos: -de contiguidade conteúdo-contentor entre o sistema visceral e o sistema musculoesquelético, -de continuidade da cadeia visceral entre as cavidades pélvica-abdominal-torácica-garganta e boca. Como no caso da esfera abdominopelviana, a relação anatômica entre contentor e conteúdo no caso do tórax depende do tecido conjuntivo. Esse tecido é denominado pleura e pericárdio. Eles têm as mesmas propriedades do peritônio e são, como ele, uma membrana serosa. A pleura e o pericárdio estabelecem uma continuidade tissular entre os órgãos torácicos e sua cavidade musculoesquelética. Essa continuidade tissular é admitida de modo empírico quando se diagnostica tradicionalmente: -um tórax enfisematoso -um tórax asmático. A asma e o enfisema apresentam a peculiaridade de serem patologias crônicas, isto é, que se instalam de modo durável e governam a relação conteúdo-contentor sem aparecer como causas diretas de suas eventuais disfunções. Todos os profissionais já observaram pacientes que, depois de apresentarem problemas pulmonares e cardíacos, podem vir à consulta em virtude de dores nas regiões dorsal, cervical, nos ombros, no esterno, nos músculos intercostais, etc. Assim, mesmo que o paciente não cite nenhum traumatismo diretamente associado à dor sentida, ele muitas vezes teve anteriormente uma disfunção respiratória e/ou cardíaca (bronquite, broncopneumopatia, pleurisia, infarto, valvulopatia, etc.). Embora o agente patogênico tenha sido tratado medicamente, a organização das cadeias musculares foi transformada, adaptando a relação conteúdo-contentor tendo como prioridade o conforto. As tensões internas "inscritas" no tecido conjuntivo irão exprimir-se no tecido musculoesquelético em razão das conexões anatômicas das diferentes estruturas circundantes. Dessa forma, a estática modifica-se de maneira coerente. Essas adaptações posturais são feitas com modulações na programação das cadeias. Observe-se que elas adotam um funcionamento estático. A fisiologia não é mais respeitada integralmente. Observa-se a instalação metódica de dores crônicas, de disfunções, de deformações programadas no decorrer do tempo.
- O bebê em suas mãos: método das cadeias fisiológicas
8
O tratamento do recém-nascido pelo método das cadeias fisiológicas permite de analisar e aliviar tensões e compressões. Este método aborda as disfunções, mas não trata patologias psíquicas, orgânicas ou psicológicas. No entanto, seu papel é primordial, como observou Suzanne B. Robert Ouvray: "A saúde não é somente a ausência de malformações e de patologias. Ela é também, e principalmente, um bom desenvolvimento dos processos estruturais. E a motricidade tem um papel a desempenhar na estruturação psíquica da criança". Quando o corpo é liberado das zonas de "parasitagem", constatamos em nossa prática que ele se orienta naturalmente para o equilíbrio, isto é, para a simetria na postura e para a harmonia do movimento O método das cadeias fisiológicas, ao respeitar a fisiologia, garante ao bebê esse equilíbrio. Esse método considera a criança como um ser inteiro, enquanto concentra suas ações de relaxamento sobre os pontos-chave dos movimentos: cabeça, eixo vertebral e cinturas escapular e pélvica. Ela aborda esses pontos principais graças ao relaxamento pela massagem e pela liberação das cadeias neurovascular, visceral e muscular. Quando a liberação é obtida, suas consequências são duradouras. A harmonização das cadeias fisiológicas permite uma liberdade motora que se repercute como um bem- estar psicológico. O tratamento dá ao corpo a possibilidade de retomar sua autonomia física por meio de técnicas simples, seguras e eficazes. Ela induz uma cadeia de resultados somato-psicoemocionais. O bebê descobre um estado de relaxamento tanto físico quanto psíquico, a partir a partir do qual estabelece uma bela interatividade. O mundo exterior é abordado com a serenidade necessária a uma aprendizagem vivenciada com prazer. Espero que a leitura deste livro e que a prática pelas cadeias fisiológicas lhe proporcione a felicidade que todos os dias os bebês e seus pais me oferecem. Um bebê relaxado em nossas mãos de terapeuta faz parte dos belos presentes da vida. Todos os dias, desfruto desses momentos maravilhosos. MICHÈLE BUSQUET-VANDERHEYDEN
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