Meditação: Conexões Médico-Espíritas
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Sobre este e-book
É curioso que, em nosso meio, somente há pouco tempo se tenha quebrado certo preconceito em relação à meditação. Infelizmente, uns advogam que tais recursos são oriundos de outras religiões, como se houvesse por aí algum monge proprietário ou portador de direitos autorais. Sentar-se sobriamente, fechar os olhos e silenciar a mente são atitudes tão espontâneas e humanas quanto caminhar, respirar e dormir.
Dessa forma, não pode haver inventores ou proprietários, pois é postura natural, que a maturidade psíquica faz o homem buscar sem preparo prévio, uma postura que favorece a interiorização, a vida psicológica, o autoencontro. É uma prática, portanto, perfeitamente adaptada às necessidades de todos aqueles que buscam a paz, a felicidade e a quietude".
Neste livro você encontrará informações fundamentais que lhe darão segurança para experimentar a jornada interior por intermédio da meditação.
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Meditação - Paulo Rogério Dalla Colletta de Aguiar
distrair.
O termo primazia
significa algo ou alguém que ocupa um nível de superioridade em relação aos demais, que está em primeiro lugar ou que ocupa o lugar mais importante. São sinônimos: preferência, prioridade, vantagem, prevalência, principalidade. Neste capítulo, desenvolvemos justamente a ideia de que a consciência ocupa um lugar de destaque em nossa constituição biopsicoespiritual, assumindo posição central e causal sobre todos os demais fenômenos.
No mundo acadêmico
, em que se processam as pesquisas científicas e sua difusão no ambiente universitário, a consciência humana é considerada produto inerente à estrutura neurofisiológica. Em qualquer curso de pós-graduação em neurologia, psicologia ou psiquiatria, por exemplo, raramente observaremos algum professor colocar em xeque o dogma do epifenomenalismo, teoria que atribui à complexidade neural a causa suficiente e objetiva da consciência.
Para a maior parte dos cientistas, não há razões práticas que levem ao questionamento desse princípio sobre o qual se sustenta a compreensão contemporânea a respeito das doenças psíquicas, cerebrais e o próprio funcionamento normal da mente humana. Tudo enfim reduz-se ao estado dos neurônios, suas redes associativas, suas expressões gênicas, seus movimentos eletrolíticos, suas moléculas indutoras e inibidoras, num jogo elegante de elementos químicos e elétricos. Esse estudo é mesmo fascinante!
Do ponto de vista histórico, apenas muito recentemente a medicina passou a compreender melhor o funcionamento cerebral e a desenvolver tecnologias capazes de adentrar certos mistérios ocultos no interior dessa resistente estrutura óssea chamada crânio. Sempre foi muito difícil saber o que se passava dentro da cabeça, e rudimentares foram os avanços até poucas décadas atrás. Para se ter uma ideia, quando a psiquiatria ainda dava seus primeiros e vacilantes passos no sentido de tratar com algum sucesso os fenômenos alucinatórios com a utilização de psicofármacos, a ciência da aviação exibia resultados mais auspiciosos, cruzando os céus com o Boeing 707. Em razão disso, nas últimas décadas, as neurociências tentam correr atrás do tempo perdido
em relação a outras áreas do conhecimento, se apegando à férrea crença de que seus esforços fisicalistas
darão os frutos da plena compreensão dos fenômenos mentais pelo desvelar progressivo de novos neuropeptídios e seus sistemas de ação. Várias gerações de respeitáveis profissionais têm desenvolvido suas carreiras vinculadas a essa proposta de trabalho, que viabiliza projetos de pesquisa dentro do modelo paradigmático vigente: materialista e reducionista.
É relevante observar que há um sério problema ao se conceber e lidar com o cérebro da mesma forma que com o pâncreas ou com os ossos. O cérebro expressa nossa natureza humana, como inteligência, valores morais, crenças, memória, enfim, tudo o que nos constitui como indivíduos, e obedece a um comando cuja essência reside fora de sua organização física. Nossos cérebros funcionam como válvulas redutoras
, segundo o neurocientista Mario Beauregard (2010). Nosso cérebro é uma engenhosa antena psíquica, que capta e expressa nossa natureza espiritual, assim como, para fins de compreensão por analogia, operam os aparelhos televisivos. O que vemos na tela repleta de pixels coloridos dos modernos televisores são apenas reconstruções, mais ou menos fidedignas, de uma realidade que se opera em outro espaço-tempo, ou seja, é apenas um retransmissor de informações que se difundem na forma de ondas e se reorganizam no aparelho de captação. Assim, nossa consciência, elemento imaterial e irredutível em componentes menores
, dialoga com nosso cérebro – esse órgão tão complexo para nós, seres encarnados – de forma a expressar uma parte de sua natureza.
A mente
ou consciência
(não faremos esforços filosóficos de distinção dos termos nesta obra, os tomemos, portanto, como sinônimos) exerce uma ascendência sobre o universo celular, determinando-lhe o funcionamento, impondo-lhe um ritmo determinado a partir de sua natureza imaterial. Há a necessidade de se considerar a consciência como um fator causal sobre o cérebro (e sobre o corpo todo!), curiosamente o oposto do que acredita a ciência atual.
Dessa forma, começamos a entender o que é meditação! Dentro de uma visão meramente reducionista, são exercícios mentais que conduzem à harmonização celular e ao bem-estar físico e emocional. Na visão ampliada que propomos, resgatando as milenares tradições orientais, estamos, além disso, entrando em contato com elementos sutis de nossa natureza essencial e refinando nossa antena psíquica.
Há razões absolutamente pragmáticas e dentro do paradigma vigente para abandonarmos essa visão ingênua do epifenomenalismo das relações mente-cérebro. Pesquisas em experiências de quase morte (EQM), telepatia, mediunidade (psicografia, psicofonia, xenoglossia), telecinesia, casos sugestivos de reencarnação, meditação, psicoterapia, estudos de neuroimagem funcional etc. apontam para uma fundamental incoerência na visão atual.
Deixaremos o leitor com essa informação e faremos o convite para que se aprofunde com a leitura de obras que se dedicam exaustivamente a demonstrar as fartas evidências em favor do entendimento espiritual da consciência. Assim, sugerimos a leitura dos seguintes livros: Exploring Frontiers of the Mind-Brain Relationship, dos colegas Alexander Moreira-Almeida e Franklin Santana Santos (2012.), Consciência imortal, de Emanuel B. dos Santos (2019), O cérebro espiritual, de Mario Beauregard (2010), e, para se ter uma visão abrangente das informações trazidas pelo autor espiritual André Luiz, pela mediunidade de Chico Xavier, a belíssima obra O cérebro triúno, de Irvênia L. S. Prada, Décio Iandoli Júnior e Sérgio L. S. Lopes (2017). Certamente, deixamos de fora outros tantos que abordam com propriedade esse tema.
Acreditamos que a compreensão da natureza da consciência, ainda que parcial, é o ponto de partida para que tenhamos um melhor aproveitamento dos esforços empreendidos no terreno da meditação. Há milênios, a medicina chinesa intuía que a mente é fator decisivo e determinante de nosso estado de saúde, nossos processos de cura e longevidade (Klein, 2017). Para os chineses, nossos estados mentais e emocionais influenciam diretamente todos os nossos órgãos internos (Zang-Fu), visão hoje confirmada pela espiritualidade superior.
Vemos na cultura chinesa o conceito de Alma etérea
(Hun), que corresponde, de modo geral, ao nosso conceito ocidental de Alma ou Espírito. De natureza sublime, após a morte, a Alma etérea sobrevive ao corpo e flui de volta para o céu
(Tian), deixando o corpo e carregando com ela uma aparência de forma física. Curiosamente, nos tempos antigos da tradição chinesa, essas Almas que vagueiam no mundo dos Espíritos (demônios) eram consideradas a causa principal das doenças. A Alma etérea é considerada a responsável pelo equilíbrio emocional e, principalmente, impede que as emoções se tornem excessivas, gerando doenças (Maciocia, 1996). As práticas meditativas fazem parte dessa cultura, como o Tai Chi, que é associado à consciência