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Mia
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Ebook198 pages2 hours

Mia

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About this ebook

Mia é uma garota normal, feliz, romântica e sonhadora. Ela tinha dezoito anos quando foi rejeitada por Connor, seu amor platônico da adolescência: “Você é uma menina para mim!” Foi a última coisa que ele disse a ela antes de desaparecer.

Oito anos se passaram, Mia acabou de se formar como médica, continua morando com seu pai, tem sua melhor amiga Allison por perto e um namorado que a ama. Sua vida é calma e rotineira, mas nem tudo é perfeito para Mia como todo mundo acredita, ela está obcecada em descobrir os motivos que sua mãe teve para abandoná-la. Um segredo de família sobre o qual ninguém é capaz de falar.

Connor Blair é um médico cirurgião de sucesso, um homem autoconfiante, ambicioso, insistente e raivoso. Um terrível acidente mudou sua vida e ele se tornou um homem incapaz de manter um relacionamento com uma mulher por mais de uma noite.

Um encontro inesperado com o passado fará com que passem a viver situações que os testem e, embora compartilhem a mesma carreira, ambos têm estilos de vida muito diferentes, mostrando que nem tudo se baseia em emoções fortes e mistérios a serem resolvidos. Mia estará em uma encruzilhada, onde escolher com quem ficar será uma decisão complicada.

LanguagePortuguês
PublisherBadPress
Release dateJun 18, 2020
ISBN9781071552803
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    Mia - A.G. Keller

    Traduzido por Gisele Carara 

    Mia

    Escrito por A.G. Keller

    Copyright © 2020 A.G. Keller

    Todos os direitos reservados

    Distribuído por Babelcube, Inc.

    www.babelcube.com

    Traduzido por Gisele Carara

    Design da capa © 2020 Keller Books

    Babelcube Books e Babelcube são marcas comerciais da Babelcube Inc.

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    Outros títulos da Autora

    ALLY

    CONNOR

    ADICCIÓN

    EUFORIA

    RUNWAY

    TÚ PRINCESA YO SUPERHÉROE

    ALIANZA

    DESTINO

    Ás minhas filhas, que são minha força, que são meu motor e meu mundo... e a você, o senhor dos mil nomes, que com sua paciência e seu apoio incondicional, ajudou-me a realizar este sonho.

    Capítulo 1

    Capítulo 2

    Capítulo 3

    Capítulo 4

    Capítulo 5

    Capítulo 6

    Capítulo 7

    Capítulo 8

    Capítulo 9

    Capítulo 10

    Capítulo 11

    Capítulo 12

    Capítulo 13

    Capítulo 14

    Capítulo 15

    Capítulo 16

    Capítulo 17

    Capítulo 18

    Capítulo 19

    Capítulo 20

    Capítulo 21

    Capítulo 22

    Autora Biografia

    Capítulo 1

    ––––––––

    — Apresse-se para descer Mia, não quero que você perca o vôo — disse impaciente meu pai, ao estacionar em frente a uma das entradas do aeroporto.

    Naquela última semana de outono, papai me levou para o Aeroporto La Guardia, na cidade de Nova York, depois de viajar do nosso apartamento no Upper East Side, em Manhattan, perto do Central Park. Tive que embarcar em um voo para Dallas, onde seria realizado: O II Congresso Nacional de Medicina Moderna, no qual eu havia me inscrito algumas semanas atrás.

    — Calma, eu não vou perdê-lo.

    Eu garanti a ele, dando-lhe um leve aperto no joelho, imediatamente ele desceu do carro para tirar minha bagagem do porta-malas. Peguei a bolsa do banco de trás e me certifiquei de não deixar nada antes de sair do carro.

    — Nos vemos em alguns dias. Ligue para mim para avisar que você chegou bem — ele me pediu e me deu um abraço, dando um beijo no meu rosto.

    Robert Watts, meu pai, aos 46 anos, era bonito. Com uma altura de um metro e oitenta e sete, pele bronzeada e cabelos castanhos, ainda atraía olhares. Sua excelente condição física se devia ao fanatismo por correr todos os dias e manter uma boa alimentação.

    Ele tinha um coração de ouro, era paciente, carinhoso e muito trabalhador. Ele era médico, como meu avô Thomas. Ambos vinham de uma família de cirurgiões e, portanto, eu não poderia ser diferente. Decidi seguir os passos dos dois homens que mais amava e admirava no mundo.

    Há um mês, me formei em médica cirurgiã, com especialização em pediatria na Universidade de Columbia. Eu estava tentando conseguir um emprego no Hospital da Cidade, sabia que não seria fácil se não tivesse a ajuda do meu pai. Eu tinha que expandir meu conhecimento e aumentar o valor do meu diploma, por isso participava do congresso.

    Papai me entregou a alça da mala de rodinhas, e nos despedimos para que eu rapidamente fosse para dentro do aeroporto. Antes que as portas mecânicas se fechassem atrás de mim, eu me virei para ele. Ele estava encostado no carro vendo como eu me afastava. Acenei e continuei a caminho do balcão da companhia aérea, para despachar a bagagem.

    Quando saíamos juntos, muitas vezes eu percebia como as mulheres o observavam, mas no fundo de mim, eu não conseguia entender como nenhuma delas o fisgava. Eu era o que chamam de erro da juventude, papai tinha apenas vinte anos quando teve que cuidar de mim. E minha mãe? Ela simplesmente desapareceu. Mas isso não impediu que Robert fosse um pai maravilhoso.

    A história da minha mãe para mim era um mistério. Um tema Tabu na família. Os avós não falavam dela e a eterna resposta do meu pai para minhas perguntas era:

    Eu não quero falar sobre isso agora.

    Essa atitude sempre me incomodou. Durante anos, insisti que eles me dessem alguma informação, fracassando em cada uma das minhas tentativas. Por isso tinha tomado a decisão de procurá-la por conta própria e descobrir o que tinha acontecido com ela, se ela estava viva ou morta, e as razões que teve para nos deixar e desaparecer sem olhar para trás. Para mim, ela era um mistério, um enigma que eu queria resolver.

    Óliver, meu atual namorado, tinha se oferecido para me ajudar. Ele e eu estávamos namorando há alguns meses, e desde que lhe contei o pouco que sabia sobre minha mãe, ele tinha se tornado meu cúmplice e me dava todo apoio nesta investigação. Com a ajuda dele, contratei os serviços de um investigador particular, para poder virar essa página e saciar de uma vez por todas a minha curiosidade. Eu tinha o direito de saber a verdade.

    Eu sempre tive problemas para assumir compromissos e responsabilidades, e de um tempo para cá, minha inclinação para beber aumentou. Eu sentia que seu abandono tinha muito a ver com isso. Eu precisava fechar esse ciclo, seguir em frente e não me deixar arrastar pela depressão.

    Pessoalmente, eu me considerava uma romântica inveterada. Eu esperava que um dia meu príncipe azul aparecesse. Crente fiel do casamento. Talvez isso se devesse à união tão bonita que eu tinha visto dos meus avós e como eles se complementavam. No entanto, e apesar de parecer contraditório, tinha sérios problemas em manter um relacionamento romântico por mais de três meses.

    Depois de passar pelas irritantes verificações de segurança, fui para a área especial para pessoas que viajam na primeira classe. Os vôos me deixavam um pouco nervosa. Como eu tinha algum tempo, decidi tomar uma bebida e comer um lanche, estava morrendo de fome.

    Andei rapidamente até chegar à sala VIP da companhia aérea com a qual estava viajando. Ao entrar, vi uma mesa comprida, adornada com uma toalha de mesa branca e alguns buquês de cores diferentes, colocados no centro, chamou minha atenção. No centro havia bandejas com diferentes tipos de comida, desde saladas frias até ensopados de carne. Aproximei-me e examinei cada um deles, tentando escolher o que comer.

    — A comida parece boa.

    Falou uma voz masculina ao meu lado, enquanto eu, sem arrependimentos, enchia um prato com uma das saladas frias. Pela pressa da viagem, eu não tinha almoçado e agora meu estômago estava roncando tão alto que eu tinha certeza de que podiam ouvir.

    — Sim, tudo parece delicioso.

    Eu respondi sem olhar para ele, por um momento sua voz tinha soado um pouco familiar, mas eu decidi não dar importância.

    Quando terminei de me servir um pouco de ensopado de carne, levantei o rosto procurando o dono daquela voz doce e profunda, mas era tarde demais. Ele já tinha saido.

    Já sentada no avião, e depois de estar trinta minutos no ar, agradeci ao céus por não ter ninguém sentado ao meu lado, embora, em geral, o voo estivesse um pouco vazio. Peguei o material do congresso para dar uma olhada, não queria que percebessem  que eu acabara de me formar.

    Uma hora depois, ouvi a risada de uma mulher e a voz de um homem sussurrando algo. Do meu assento, eu não conseguia entender o que eles estavam dizendo, mas eu percebi que a voz masculina, parecia muito com a do homem que tinha falado comigo na sala VIP.

    Hum, que coincidência, pensei.

    O casal estava sentado bem atrás de mim. A curiosidade de saber quem era estava me matando.

    Um dos dois pressionou o botão para chamar a aeromoça, a qual não demorou um minuto para aparecer. A garota pediu duas mantas, alegando que estava com frio. Depois de um tempo a aeromoça lhes entregou a manta, e eles entre risos, agradeceram o gesto.

    Por um momento reinou o silêncio, imaginei que eles assistiam ao filme que estava sendo transmitido naquele momento. Sem poder suportar a intriga, me virei para tentar ver o casal entre os dois assentos. O que eu vi me deixou com a boca aberta.

    A primeira coisa que chamou minha atenção foi o bracelete de tecido brilhante que circundava o pulso do homem. A mão dele estava enfiada sob a saia da garota. Entrava e saia com agilidade. Meus olhos não paravam de olhar. A cena, além de erótica, era muito sexy e, embora me incomodasse em admitir, senti minha intimidade se molhar. Fechei os olhos e me incorporei no assento, apertando os lábios. Abri-os quase imediatamente para ter certeza de que ninguém me viu espionando.

    — Você pode continuar olhando, isso não me incomoda... agora vem a melhor parte — ouvi que ele me dizia através da fresta entre os assentos, usando uma voz baixa e estremecedora.

    Eu quase morri de vergonha na hora. Aquele homem sexy e terrivelmente atrevido tinha despertado em mim o desejo de entrar no seu jogo. Ele queria que eu continuasse olhando como ele fazia a garota desfrutar com seu toque. A pior parte era que eu queria ver e imaginar que ele fazia o mesmo comigo.

    Comecei a duvidar, mas ao ouvir o som do zíper das suas calças, não pude resistir. A ansiedade de ver o que aconteceria acelerava meu pulso.

    Virei-me com cuidado para não chamar a atenção. Meu olhar se fixou em um membro, grande, grosso e tenso. Uma mão delicada, com unhas compridas pintadas de vermelho, envolvia-o com firmeza. Subia e descia devagar, sem pressa. Eu olhei para cima até encontrar os olhos do homem. Eles eram azuis, de um tom claro e cristalino. Eram lindos, principalmente com a intensidade com que me olhava.

    A fenda entre os assentos era estreita e não me permitia ver claramente o rosto dele. Além disso, a garota ficou na minha frente para beijá-lo desesperadamente, bloqueando-me completamente.

    Sentei-me reta no meu assento, com pena por ter sido descoberta e chateada por ter caído na sua armadilha. Aquele homem era perigoso, um exibicionista atrevido, que gostava de chamar atenção.

    Eu vou te ignorar, nada disso está acontecendo, repeti mentalmente.

    Aspirei muito ar e segurei-o por alguns segundos nos pulmões, para depois soltá-lo pouco a pouco, concentrando-me na minha respiração. Eu precisava colocar meus pensamentos em ordem, se era possível, depois de ter sido testemunha de uma cena como aquela.

    Deixei passar uns dez minutos e me levantei com cuidado para não olhar para eles. Fui até o pequeno banheiro do avião e tranquei a porta. Olhei meu reflexo no espelho, estava corada, excitada e sufocada.

    Isto não está certo. Eu pensei balançando a cabeça.

    Abri a torneira e joguei água no meu rosto. Sequei-o com cuidado com uma toalha de papel, me sentindo mais calma.

    — Certamente são recém-casados — disse em voz baixa para justificar o fato, mas não conseguia apagar da mente aquele olhar azul.

    Ao retornar para o meu lugar, notei que a mulher sentada atrás de mim não estava mais acompanhada. Por alguma estranha razão, que não posso explicar, isso fez eu me sentir melhor.

    Comecei a me sentar quando encontrei um papel na almofada da poltrona. Peguei para examiná-lo cuidadosamente. Era um cartão pessoal, com a assinatura: Sandra Lagunes, esteticista.

    Eu estreitei os olhos e olhei em volta. Não encontrei vestígios do homem de olhos azuis. Voltei a olhar o cartão e atrás, encontrei uma mensagem escrita de caneta.

    Espero que tenha gostado do que viu, me ligue.... Junto estava o número de um telefone celular.

    — O homem que estava comigo deixou para você — a mulher me disse. — É o meu cartão, entreguei a ele porque não tinha onde escrever. Ligue para ele, você não vai se arrepender — me disse tranquilamente. — Você também pode me ligar, faríamos um ótimo trio — assegurou piscando um olho e sorrindo com malícia.

    Corei até as orelhas e me sentei sem dizer nada, porque havia ficado sem palavras. Era a primeira vez que passava por uma situação dessas.

    Peguei minha bolsa para jogar o cartão dentro. Peguei meu iPod e coloquei meus fones de ouvido, querendo evitar tudo ao meu redor. Eu procurei entre as músicas até encontrar o álbum de Coldplay. Fechei os olhos ao escutar as notas da primeira faixa, bufando de frustração. A situação escapou das minhas mãos. Aquele homem... que achava? Ele tinha muita certeza de si mesmo, mas tinha se equivocado comigo. Isso tinha que provar se eu o encontrasse novamente

    Capítulo 2

    ––––––––

    Cheguei ao hotel por volta das seis da tarde. Só tinha uma hora para me arrumar antes de participar do jantar de boas-vindas. Fiz o check-in na recepção do Omni Dallas Hotel, um lugar elegante e moderno onde o Congresso aconteceria. Papai cuidara da estadia. Ele tinha muitos contatos com os organizadores do evento.

    Fui direto para o quarto, desesperada para tomar um banho que tiraria os restos da excitação que meu corpo havia experimentado através da cena sensual do avião. Deixei tudo ao lado da cama e fui direto ao banheiro. Eu tinha que me apressar se quisesse chegar a tempo.

    Quando eu sair enrolada em uma grande toalha branca, liguei a TV para ouvir barulho. Eu queria esquecer o que aconteceu com aquele casal, pois isso se repetia em minha memória sem poder evitar. Mas acima de tudo, eu queria apagar da minha mente aqueles olhos azuis de olhar intenso, que me

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