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    Formação de Professores para a Alfabetização de Alunos com Deficiência
    Formação de Professores para a Alfabetização de Alunos com Deficiência
    Formação de Professores para a Alfabetização de Alunos com Deficiência
    Ebook199 pages2 hours

    Formação de Professores para a Alfabetização de Alunos com Deficiência

    By Elci Schroeder Lucachinski and Celso Francisco Tondin

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    About this ebook

    Formação de professores para a alfabetização de alunos com deficiência analisa a formação proposta pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), programa que tem como meta a alfabetização de todas as crianças brasileiras até os oito anos de idade, visando conhecer e compreender as relações que se estabelecem entre o que é previsto nos documentos oficiais e o que é vivenciado na formação cotidiana, no que tange à orientação da prática alfabetizadora com alunos com deficiência. Por seu caráter inédito, esta leitura instiga professores e gestores das políticas educacionais a discutirem o programa na perspectiva das suas contribuições para a redução das desigualdades escolares e sociais. Aponta também para a formação integralmente orientada dos professores, tendo como base a teoria histórico-cultural como possibilidade de redimensionar a prática pedagógica do professor alfabetizador em direção à inclusão escolar de todos os alunos.
    LanguagePortuguês
    PublisherEditora Appris
    Release dateJun 18, 2020
    ISBN9786555236682
    Formação de Professores para a Alfabetização de Alunos com Deficiência

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      Formação de Professores para a Alfabetização de Alunos com Deficiência - Elci Schroeder Lucachinski

      Editora Appris Ltda.

      1ª Edição - Copyright© 2018 dos autores

      Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

      Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.

      Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores.

      Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.

      COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE

      A todas as pessoas com deficiência e seus familiares, que lutam por uma educação escolar de qualidade e com quem aprendemos o compromisso com a educação inclusiva.

      Às professoras alfabetizadoras brasileiras, pela importante tarefa e pelo grande desafio que têm em suas mãos.

      AGRADECIMENTOS

      Às professoras participantes da pesquisa que originou este livro, pelas contribuições que suscitaram a nossa escrita.

      Elci: À minha filha, Camila, que é minha motivação para sempre seguir em frente, ao meu esposo Valmir e aos meus pais Univaldo (in memoriam) e Holanda

      Celso: ao Renato e a minha família, de modo especial a meus pais Braz e Adelina (in memoriam), que são a base de quem sou e do que produzo.

      APRESENTAÇÃO

      Este livro emergiu de longa trajetória de práticas e estudos na área da educação, especificamente na educação especial, com base na concepção de que todas as pessoas aprendem e que elas precisam de interações e mediações sociais significativas que oportunizem a aprendizagem e o desenvolvimento. No entanto, na contramão dessa perspectiva, alunos com deficiência são historicamente desacreditados em suas potencialidades.

      Nesse percurso, a constatação da importância da formação inicial e continuada proporcionar fundamentos teóricos e práticos em relação à educação especial, numa perspectiva da educação inclusiva, sempre esteve presente em nossa atuação. Porém, é frequente que colegas professores alfabetizadores relatem sobre a existência de dificuldades no desenvolvimento de uma prática pedagógica comprometida com um ensino com qualidade para todos os alunos. Muitos deles referem falta ou insuficiência de formação como sendo um dos grandes entraves para a melhoria da sua prática pedagógica, principalmente no que diz respeito ao atendimento às necessidades e ao respeito às peculiaridades dos alunos com deficiência.

      Nesse cenário, a presente obra analisa a formação proposta pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) – que tem como meta a alfabetização de todas as crianças brasileiras até os oito anos de idade –, visando conhecer e compreender as relações que se estabelecem entre o que é previsto nos documentos oficiais e o que é vivenciado na formação cotidiana, no que tange à orientação da prática alfabetizadora com alunos com deficiência.

      Os autores

      PREFÁCIO

      Esta obra apresenta uma contribuição significativa para a educação e convida os leitores a refletir sobre o maior programa de alfabetização brasileira, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic).

      Os autores, Elci Schroeder Lucachinski e Celso Francisco Tondin, brindam-nos com uma obra inédita e contemporânea, na medida em que nos instigam a pensar o Pnaic e a formação de professores para a alfabetização de crianças com deficiência, seus impactos e suas contribuições para a redução das desigualdades escolares e sociais.

      O Pnaic representa um acordo formal entre os governos federal, estaduais e municipais para garantir a alfabetização de todas as crianças até os oito anos de idade, por meio de um forte investimento na formação continuada de professores em todo o país. Nesse programa, a formação continuada foi compreendida como componente essencial da profissionalização docente, integrada ao cotidiano da escola e alicerçada no respeito e na valorização dos saberes e da experiência docentes.

      Considerando a extensão e capilaridade desse programa de formação de professores, o estudo realizado pelos autores representa uma contribuição valiosa para a política pública, especialmente para a política nacional de educação especial, na perspectiva da educação inclusiva. Trazer à tona a alfabetização de sujeitos com histórico de deficiência é, sem dúvida, direcionar a lente para uma questão colocada à margem durante muitos anos, nos quais o direito à aprendizagem não foi garantido aos sujeitos com histórico de deficiência.

      Nessa perspectiva, os autores resgatam o histórico da educação escolar dessas pessoas, desde os movimentos de inclusão a partir de 1990, e à luz da concepção histórico-cultural aprofundam o debate sobre inclusão escolar, alfabetização de sujeitos com deficiência e formação de professores.

      Partindo da obrigatoriedade da matrícula de todos os alunos nas escolas regulares de ensino, garantida pela Resolução CNE/CEB nº 02/2001, foi urgente a reorganização do sistema educacional para o atendimento dos alunos com deficiência, levando em consideração suas necessidades educacionais especiais. Nesse movimento, as escolas regulares com orientação inclusiva configuram os meios mais eficazes para combater o preconceito e a discriminação, e possibilitam a criação de comunidades acolhedoras, com vistas a atingir uma educação para todos.

      O texto vai demonstrando que as políticas públicas desempenham um papel fundamental para a efetivação da inclusão escolar, mas que a sociedade precisa ser reestruturada para se constituir inclusiva. Nessa esteira, a formação de profissionais da educação precisa estar impregnada de uma concepção inclusiva; isso significa dizer que os sujeitos com histórico de deficiência precisam ter uma participação ativa na construção de conhecimentos, para que o patrimônio cultural de humanidade possa estar acessível a todos os alunos. As políticas públicas ampliaram o acesso à educação básica, mas os dados sobre o analfabetismo demonstram que ainda não oferecem garantias quanto à permanência e ao êxito universal, tendo em vista que os maiores impactos do processo de exclusão escolar são registrados em alunos pertencentes a classes sociais vulnerabilizadas.

      À luz da concepção histórico-cultural para a educação de sujeitos com deficiência, a partir dos estudos de Vygotsky, o texto amplia a compreensão acerca da aprendizagem e do desenvolvimento peculiar das pessoas com deficiência. Para Vygotsky, as crianças com deficiência se desenvolvem de outro modo, portanto necessitam de metodologias, estratégias e recursos diferenciados para que os signos culturais lhes sejam acessíveis.

      O estudo realizado e aprofundado neste livro respondeu com propriedade às relações que se estabelecem entre o que é proposto nos documentos do Pnaic e a experiência formativa de professores para a alfabetização de alunos com deficiência. Como bem demonstrado, a alfabetização dos sujeitos com histórico de deficiência está alicerçada nas concepções que os professores têm sobre deficiência e alfabetização. Por isso, os programas de formação precisam garantir experiências formativas capazes de auxiliá-los a refletir e ressignificar a práxis no atendimento de todos os alunos em sala de aula, tendo em vista que os sentidos atribuídos pelos professores à alfabetização de alunos com deficiência podem ser transformados no decorrer do Pnaic, como sinalizam os autores.

      Estou orgulhosa por apresentar este livro, que difunde uma experiência de sucesso na formação de professores e contribui para boas práticas educacionais, especialmente na alfabetização de alunos com deficiência.

      Que permaneçam vivos nossos ideais diante do combate às desigualdades escolares e sociais! Boa leitura.

      Chapecó, julho de 2017

      Lísia Regina Ferreira

      Docente da Universidade Federal da Fronteira Sul/Chapecó

      LISTA DE SIGLAS

      Sumário

      INTRODUÇÃO

      capítulo 1

      O PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA (PNAIC)

      capítulo 2

      EDUCAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E AS CONTRIBUIÇÕES DA CONCEPÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL: ENTRELAÇAMENTOS COM A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO PNAIC

      2.1 Contexto da educação escolar de pessoas com deficiência a partir da década de 1990

      2.2 A contribuição da concepção histórico-cultural para a educação de alunos com deficiência

      2.3 Formação continuada de professores alfabetizadores e o Pnaic: processos de aprendizagem e desenvolvimento

      2.4 Alfabetização no Brasil: direito de todos?

      2.5 Alfabetização e a prática pedagógica com alunos com deficiência

      2.5.1 Deficiência física

      2.5.2 Deficiência intelectual

      2.5.3 Deficiência visual

      2.5.4 Deficiência auditiva

      capítulo 3

      A CONSTITUIÇÃO DOS SENTIDOS ATRIBUÍDOS PELAS PROFESSORAS À ALFABETIZAÇÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO VIVENCIADO NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE CHAPECÓ

      3.1 Sentidos atribuídos pelas professoras à alfabetização de alunos com deficiência

      3.2 Conhecimentos construídos no processo de formação continuada proporcionada pelo Pnaic sobre alfabetização de alunos com deficiência

      3.3 Contribuições da formação continuada proporcionada pelo Pnaic à alfabetização de alunos com deficiência

      3.4. Pnaic: contribuição para a redução das desigualdades?

      CONSIDERAÇÕES FINAIS

      REFERÊNCIAS

      INTRODUÇÃO¹

      Entre tantas ações a serem desenvolvidas, e percebendo a precariedade no que se refere à alfabetização e à inclusão de alunos com deficiência, constatamos que diversas políticas educacionais brasileiras foram implantadas ou reestruturadas pretendendo a garantia dos

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