Sem Revoluções: Os Dilemas das Democracias Neoliberais Andinas
()
About this ebook
Related to Sem Revoluções
Related ebooks
América platina: fronteiras de diversidades e resistência Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsPolíticas Sociais e Desenvolvimento na América Latina: Paradigmas e Tendências Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsTeoria e prática da política Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsA Trajetória do INEP no Contexto das Políticas Públicas Brasileiras Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsJuventude e Engajamento Social: O Movimento de um Programa Socioeducativo Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsAtuar como Mulheres: Um Olhar sobre a Política Institucional Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsCesar Guimarães: Uma Antologia de Textos Políticos Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsPolíticas Públicas para a Cultura: Teoria e Prática Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsA diplomacia mediatizada: Em busca do refrão de um brasil megalonanico Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsO governo do estado e a assembleia legislativa: entre a submissão e os limites da independência Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsCisões e Paradoxos na Política Brasileira: Efeitos para o Sujeito Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsAfro-Latinos em Movimento: Protesto Negro e Ativismo Institucional no Brasil e na Colômbia Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsEsquerda e Direita Hoje: Uma Análise das Votações na Câmara dos Deputados Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsHegemonia e jurisdição Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsDinâmicas do mundo do trabalho na Argentina e no Brasil: transições, mobilidades, deslocamentos Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsTramas e Trajetórias da Integração Regional Latino-Caribenha no Século XXI Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsHistória e Historiografia da Educação Brasileira: Teorias e Metodologias de Pesquisa Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsPoder e desigualdades: Gênero, raça e classe na política brasileira Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsEconomia Brasileira na Encruzilhada: Ensaios sobre Macroeconomia, Desenvolvimento Econômico e Economia Bancária Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsEducação e agronegócio: a nova ofensiva do capital nas escolas públicas Rating: 1 out of 5 stars1/5Planejamento Estratégico Governamental no Brasil: Autoritarismo e Democracia (1930-2016) Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsMovimento Quilombola no Maranhão: Estratégias Políticas da Aconeruq e Moquibom Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsEnsaio Sobre o Processo da Colonização e da Educação: Brasil e EUA: A Fase de um Mesmo Processo Histórico Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsIntelectuais e Nação: Leituras de Brasil na República Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsA burguesia brasileira e a política externa nos governos fhc e lula Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsO Novo Jogo Eleitoral Brasileiro: PT e PSDB na Democracia de Público Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsPolíticas de gênero na América Latina: Aproximações, Diálogos e Desafios Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsBrasil: Terra da Contrarrevolução – Revolução Brasileira e Classes Dominantes no Pensamento Político e Sociológico Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsSistemas de governo: organizando a relação entre executivo e legislativo Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsO ato estético-político Rating: 0 out of 5 stars0 ratings
Teaching Methods & Materials For You
Sou péssimo em português: Chega de sofrimento! Aprenda as principais regras de português dando boas risadas Rating: 5 out of 5 stars5/5A raiva não educa. A calma educa.: Por uma geração de adultos e crianças com mais saúde emocional Rating: 5 out of 5 stars5/5Massagem Erótica Rating: 4 out of 5 stars4/5Temperamentos Rating: 5 out of 5 stars5/5Aprender Inglês - Textos Paralelos - Histórias Simples (Inglês - Português) Blíngüe Rating: 4 out of 5 stars4/5Raciocínio lógico e matemática para concursos: Manual completo Rating: 5 out of 5 stars5/5Sexo Sem Limites - O Prazer Da Arte Sexual Rating: 4 out of 5 stars4/5Piaget, Vigotski, Wallon: Teorias psicogenéticas em discussão Rating: 4 out of 5 stars4/5Como Estudar Eficientemente Rating: 4 out of 5 stars4/5Pedagogia do oprimido Rating: 4 out of 5 stars4/54000 Palavras Mais Usadas Em Inglês Com Tradução E Pronúncia Rating: 5 out of 5 stars5/5Cérebro Turbinado Rating: 5 out of 5 stars5/5Ensine a criança a pensar: e pratique ações positivas com ela! Rating: 5 out of 5 stars5/5Técnicas de Invasão: Aprenda as técnicas usadas por hackers em invasões reais Rating: 5 out of 5 stars5/5Ludicidade: jogos e brincadeiras de matemática para a educação infantil Rating: 5 out of 5 stars5/5BLOQUEIOS & VÍCIOS EMOCIONAIS: COMO VENCÊ-LOS? Rating: 5 out of 5 stars5/5A Bíblia e a Gestão de Pessoas: Trabalhando Mentes e Corações Rating: 5 out of 5 stars5/5Como Escrever Bem: Projeto de Pesquisa e Artigo Científico Rating: 5 out of 5 stars5/5Jogos e Brincadeiras para o Desenvolvimento Infantil Rating: 3 out of 5 stars3/5101 Erros mais comuns de português Rating: 4 out of 5 stars4/5Como se dar muito bem no ENEM: 1.800 questões comentadas Rating: 5 out of 5 stars5/5Manual do facilitador para dinâmicas de grupo Rating: 5 out of 5 stars5/5A arte de convencer: Tenha uma comunicação eficaz e crie mais oportunidades na vida Rating: 4 out of 5 stars4/5Didática Rating: 5 out of 5 stars5/5Curso Básico De Violão Rating: 4 out of 5 stars4/5Curso De Inglês Básico Rating: 5 out of 5 stars5/5
Reviews for Sem Revoluções
0 ratings0 reviews
Book preview
Sem Revoluções - Renata Peixoto de Oliveira
Editora Appris Ltda.
1ª Edição - Copyright© 2019 dos autores
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.
Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores.
Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO CIÊNCIAS SOCIAIS
Aos meus amados pais, a meus ancestrais, à espiritualidade e à luta por justiça social dos povos desta nossa América.
AGRADECIMENTOS
Agradeço imensamente a meus queridos pais, Maria de Lourdes Peixoto de Oliveira e Antônio Francisco de Oliveira (in memoriam), por todo o apoio e pelo exemplo de dignidade, honestidade e solidariedade que sempre me deram.
Aos meus professores e professoras, mestres e mestras, de incansáveis lutas pelo saber e por justiça.
Aos amigos e amigas de todas as horas, por acreditarem em mim e por sua presença amorosa em minha vida.
Aos meus alunos e alunas, aos orientandos e orientandas, por nossa caminhada, pela confiança depositada e por me permitirem aprender sempre.
Aos companheiros e companheiras de pesquisa do extinto Região Andina em Foco e dos grupos Cespi-América do Sul e Dalc-Alacip, por todo o conhecimento compartilhado.
Aos colegas do Ilaesp-Unila, e, em especial, do curso de Relações Internacionais e Integração, do PPG-ICAL e do PPG-PPD.
APRESENTAÇÃO
O projeto de pesquisa (Re)configuração geopolítica hemisférica no início do século XXI: América Latina e a falta de ‘consenso’ (2012-2014)
, que desenvolvi logo do meu ingresso na Unila, foi um passo fundamental para o surgimento desta obra, anos mais tarde. Na ocasião, criei o grupo de pesquisa Região Andina em Foco, que de maneira exitosa, em 2013, realizou a organização e publicação da obra América Andina: Integração Regional, Segurança e outros olhares (Eduepb). Naquele momento, já seria possível destacar que findo o período que marcara o consenso imposto pelo neoliberalismo, nos idos dos anos 1980 e 1990; ingressamos em uma era marcada pelo dissenso e uma dicotomia que sinalizava um sentido de novas alternativas políticas e econômicas ou um caminho de manutenção do modelo neoliberal e de uma visão minimalista e procedimental da democracia. O peso da variável democracia em minhas investigações também foi ganhando maior destaque a partir de minha maior inserção, na condição de coordenadora (2015-2018), e ainda membro, do grupo de pesquisa Democratização na América Latina em perspectiva comparada da Associação Latino-Americana de Ciência Política, o Dalc-Alacip.
Em 2016, buscando aprofundar as análises do eixo neoliberal, abandonei, por um momento, as reflexões sobre o eixo refundador e de esquerda, exemplificado pelas experiências venezuelana, boliviana e equatoriana. Seria agora o momento de me dedicar às análises das experiências que representavam a via não revolucionária, em termos democráticos, e de resistência quanto à manutenção do modelo neoliberal.
Assim sendo, a investigação primou por avaliar o contexto sócio-político de três outros países da região pacífico-andina-amazônica. E, para essa nova empreitada, o estabelecimento de um novo grupo de pesquisa, o Centro de Estudos Sócio-Políticos e Internacionais da América do Sul (Cespi-América do Sul) e um novo projeto de pesquisa intitulado Modelos de Desenvolvimento e densidade democrática: um exercício comparativo entre Chile, Peru e Colômbia
.
Os capítulos apresentados nesta obra são fruto da primeira fase desse projeto de pesquisa. Segue-se, assim, três artigos originalmente apresentados nos encontros da Associação Latino-Americana de Ciência Política (Alacip), em 2015 em Lima e 2017 em Montevidéu, e um artigo apresentado em 2018, no encontro da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP) em Curitiba. Além disso, uma publicação datada de 2013, na Revista Sul Americana de Ciência Política da UFPel, também inspirou discussões no último capítulo.
O objetivo da obra é o de abarcar o público universitário brasileiro, pouco familiarizado com as experiências políticas, sociais e econômicas de nossa América andina. Sua leitura propiciará uma aproximação quanto à história política recente desses países sul-americanos por meio de seus modelos políticos e econômicos. Além disso, este livro visa contribuir com reflexões sobre o próprio processo de integração regional e seus modelos e perspectivas, a partir desses dissensos e diferentes giros democráticos regionais.
Renata Peixoto de Oliveira
Foz do Iguaçu, 25 de março de 2019.
PREFACIO
En SEM REVOLUÇÕES. OS DILEMAS DAS DEMOCRACIAS NEOLIBERAIS ANDINAS, Renata Peixoto de Oliveira nos presenta un estudio de la política latinoamericana en la perspectiva comparada, dividido en tres secciones. La primera examina la dinámica política regional en términos de la dicotomía izquierda-derecha. El actual giro a la derecha es contrastado al giro a la izquierda de la primera década del siglo XXI, en la cual gran parte de los países sudamericanos fueron gobernados simultáneamente por coaliciones centro-izquierdistas y populistas, para dar paso a una reacción de centro-derecha y populismos derechistas. Esta oscilación es simultánea, a la vez, al estancamiento del progreso democrático observado al comienzo de este siglo.
La segunda parte del estudio aborda la política en la Era Neoliberal, en tres países andinos: Chile, Perú y Colombia. Las políticas neoliberales se han abocado a liberalizar la actividad económica y a reformar la actividad de los gobiernos, especialmente a rediseñar las políticas sociales. En esta perspectiva, puede hablarse de dos grandes coaliciones políticas típicas, la centro-derecha y la centro-izquierda. La segunda dimensión es la institucionalización del régimen democrático. En esta matriz conceptual, los regímenes democráticos pueden ser examinados no solo por la calidad
de sus instituciones, sino en base a la polarización y la articulación de las coaliciones dominantes y su capacidad de impulsar las reformas neoliberales y democráticas.
En el contexto regional, Chile ha sido señalado con frecuencia como el modelo de éxito de la combinación de institucionalización neoliberal y democrática. En Chile se ha reinstalado un bipartidismo entre un polo centro-derechista y centro-izquierdista. El primero propugna por las políticas de liberalización económica y el segundo, además de esto, con políticas sociales distributivas. El primero tiene su origen reciente en las fuerzas políticas que la dictadura militar logró articular en una serie de partidos políticos y la segunda es la fusión entre los restos del Partido Socialista y el partido Democracia Cristiana, que constituyeron los ejes de la política pre-Pinochet. La observación central de Peixoto es que el régimen político, lejos de ser una arena neutral de competencia electoral, nació sesgado por las preferencias políticas de la Dictadura y los partidos centro-derechistas. La coalición centro-derechista ha mantenido poder de veto legal y factual sobre la trayectoria de la democratización chilena. Cuando la coalición de centro izquierda ha logrado victorias electorales, ha buscado promover políticas distributivas limitadas con relativo éxito. Es importante observar que la política de la dictadura no logró erradicar las instituciones sociales desarrolladas en el Estado chileno en el siglo XX, sobre todo en las instituciones de educación