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O bate-papo entre o intestino e o cérebro - o que há de novo?
O bate-papo entre o intestino e o cérebro - o que há de novo?
O bate-papo entre o intestino e o cérebro - o que há de novo?
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O bate-papo entre o intestino e o cérebro - o que há de novo?

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A microbiota intestinal é o conjunto de bactérias que habitam lá no seu intestino... mas não só de fermentar fibras e formar puns vive nossa microbiota... ela não regula só o que acontece lá no intestino. Ela é responsável também por controlar o equilíbrio no nosso corpo todo! Todo dia sai na literatura científica algum artigo dando uma nova função pras bactérias que vivem no nosso intestino! Hoje entendemos um pouco melhor seu comportamento e sabemos que elas influenciam diretamente no funcionamento do nosso corpo todo. E não é só isso... os produtos do seu metabolismo também têm funções importantes em diversos órgãos e sistemas! Sabia que nossa microbiota está envolvida na regulação do nosso estado de humor? Sabia que nossa microbiota vai mudando desde a barriga da nossa mãe, tenta manter uma estabilidade durante a vida toda e sofre de novo alterações quando vamos envelhecendo? Sabia que nossa microbiota pode controlar nosso comportamento alimentar e até mesmo nosso peso corporal? Sabia que você tem uma microbiota única (assim como são suas digitais)? Sabia que ela controla até mesmo nossos ritmos circadianos? Pois é... tem muita coisa acontecendo no papo entre o intestino e o cérebro... E é sobre essas e outras coisas que eu quero te contar nesse livro!
LanguagePortuguês
PublisherLisbon
Release dateSep 28, 2020
ISBN9789895271535
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    O bate-papo entre o intestino e o cérebro - o que há de novo? - Rosana Dantas

    Prefácio

    Caro leitor, Se eu pudesse te pedir alguma coisa para levar para a vida seria essa: NÃO SUBESTIME os intestinos. Se eu soubesse o quanto era importante entender como funciona o aparelho digestivo, o que aquele cocô meio esquisito do meu filho queria me dizer, me alertar antes do autismo, talvez toda nossa história teria sido diferente. Os sintomas de autismo começaram por volta de 1 ano e 2 meses, e lembro que nessa época as fezes mais pareciam um líquido fedorento, ele tinha aquele barrigão, os gases eram bem perturbadores. Depois de um tempo, essa característica permanecia e os sintomas de autismo pioravam. E o diagnóstico veio, as dores de ouvido, a dificuldade de andar, correr, os distúrbios sensoriais… paramos de ir à praia por conta da sensibilidade nos pés, vieram as crises noturnas, o hiperfoco, a regressão da fala, aquele olhar perdido que parecia que não reconhecia mais ninguém da família. E no meio disso tudo iniciei uma jornada de reconhecimento de um novo terreno e autoconhe-cimento também: OS INTESTINOS.

    Eu conheci a @dietacientifica nesse período, e logo já me tornei fã! Aquela nutricionista neurocientista top falando de ciência e nutrição!! Era tudo o que eu queria no meu caminho, nos meus estudos sobre autismo, intestinos e alimentação! Comecei a rastrear o que fazia o cocô dele ficar bom (ou hamburguinho, como minha mãe dizia) e o que fazia aquele cocô ficar bem ruim, ao ponto de dar dolorosas assaduras, e intermináveis. E aí entendi que se no autismo há uma inflamação crônica de base, ela começa no intestino, se no autismo temos uma disfunção imunológica (em maior grau para uns em menor para outros) essa disfunção PASSA PELO INTESTINO. E você pode estar se perguntando: mas como se trata o intestino?… com comida! Durante muito tempo a ciência ainda acreditou que o autismo seria uma resposta anormal do cérebro às pessoas e ao meio ambiente, mas e se boa parte dessa resposta (até então desorganizada) for decorrente de causas FORA do cérebro? E esse cérebro atacado acaba fazendo o melhor que pode com as ferramentas que tem. E quando essas ferramentas, a matéria prima não permite que haja um bom desenvolvimento dos órgãos, tecidos, e suas inter­-relações entre eles, os sinais e sintomas podem ser incompreendidos e o pior: ROTULADOS. Não há nenhum problema em ser autista, na verdade hoje em dia eu consigo ver a beleza da mente completamente única e diferenciada do meu filho, mas há problema em rotular o autista como um ser humano que não precise nada mais do que qualquer outro ser humano precisa no meio de uma investigação e planejamento de conduta / tratamento: o benefício da dúvida!!! E se…. Esse questionamento pode salvar vidas, pode trazer dignidade à pessoa autista e sua família, pode mudar destinos, e o futuro de toda uma sociedade! Segundo a DSM­-V o autista pode ser diagnosticado se apresentar a tríade de sinais e sintomas: Dificuldade na comunicação, interação social e comportamentos repetitivos e restritivos, no autismo não há um exame para se encaixar nesses critérios, mas se essa mesma criança for diagnosticada tiver só no seu hemograma: uma anemia, deficiência de células brancas, e ainda um exame sugestivo de alergia, infeções? Ou se no exame físico apresentar unhas fracas, sinais de desidratação, saburra em língua, olheiras, perda de cabelo, assaduras? Ou ainda uma história de infeções de via aérea superior recorrentes e em uso constante de antibióticos, cortóides e acetaminofeno?

    Somando a isso conseguimos observar na prática clínica e nos estudos mais recentes sobre as comorbidades e sinais e sintomas comuns (não normais) que encontramos no autismo:

    • Alergias e intolerâncias alimentares

    • Dermatite atópica

    • Doenças metabólicas

    • Síndrome Disabsortiva e desnutrição

    • Problemas com o sono

    • Doença Inflamatória Intestinal / Colite Autística

    • Síndrome do intestino Irritável

    • Disfunção mitocondrial

    • Problemas endócrinos (cortisol, principalmente)

    • Aumento do estresse oxidativo, redução de glutationa

    • Infeções em via aérea e intestinais

    • Doenças autoimunes

    • Ativação da glia e neuroinflamação crônica.

    E te conto um segredinho: tratar o intestino é etapa de toda e qualquer condição médica, inclusive no autismo. Não há pílula mágica para selar o intestino, muitas pessoas passam logo em probióticos, ou dietas mirabolantes que prometem trazer o intestino selado em 3 dias (kkkkk), o que existe é: PACIÊNCIA e seguir orientações do seu nutricionista. Muitos pais e infelizmente, muitos médicos, ainda tem na cabecinha alguns paradigmas de que nutrição se aprende nas redes sociais, ou no programa de receitas da TV. Esse é um erro muito comum, mas que pode atrasar a sua vida e principalmente do seu filho. Eu espero do fundo do meu coração que você leia esse livro incrível e absorva os micronutirentes de sabedoria invisíveis para alimentar seu conhecimento, se você é mãe ou pai de uma pessoa autista esse pode ser o primeiro passo para entender melhor o seu filho, sem achismos, sem pseudociência!! Com base científica da melhor qualidade! E profissionais de saúde: tenham em mente que vocês NÃO vão encontrar o retrato do seu paciente nos artigos, nas revisões, nos livros, procure entender o TODO, busque revisões

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