BEN-HUR
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About this ebook
Lewis Wallace
Lewis Wallace nacido en Brookville (Indiana) el 10 de abril de 1827 y fallecido en Crawfordsville (Indiana) el 15 de febrero de 1905 fue un abogado, militar, político, diplomático y escritor estadounidense.Lewis Wallace obtuvo el grado de general luchando en las filas del ejército de la Unión durante la Guerra de Secesión. Además fue elegido gobernador del Territorio de Nuevo México (1878-1881) y ministro plenipotenciario (embajador de Estados Unidos) en el Imperio Otomano (1881-1885).Pero su fama le vino por ser el autor de Ben-Hur: A Tale of the Christ (1880), un exitoso libro desde el mismo momento de su publicación que luego fue convertido en obras de teatro y dos célebres películas que coadyuvaron a hacerlo mas famoso.
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BEN-HUR - Lewis Wallace
Lewis Wallace
BEN-HUR
1a edição
img1.jpgIsbn: 9786586079999
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Prefácio
Prezado Leitor
Quando, motivado por uma discussão casual sobre a vida de Jesus, o militar Lewis Wallace começou a escrever uma história épica sobre vingança e aventura com temas religiosos em mente, provavelmente não imaginava que Ben-Hur se tornaria simplesmente um dos romances americanos mais conhecidos e mais vendidos na história. No romance, Ben-Hur, é o jovem filho de uma tradicional familia judaica, que sem querer, deixa cair uma telha que atinge um oficial romano, e é falsamente acusado de assassinato e enviado às galés pelo antigo amigo Messala, um nobre romano. As sementes da luta e da redenção épicas são semeadas quando um estranho oferece a Ben-Hur um copo d'água. A partir daí, sua luta pela cidadania e a missão de Cristo se entrelaçam num enredo extraordinário.
A popularidade do épico de Hollywood de 1959, com sua espetacular corrida de bigas, acabou ofuscando a mescla de parábola religiosa e aventura, mas o texto nada perdeu de sua mensagem poderosa, representando o desejo do autor de avaliar algumas doutrinas centrais da crença cristã por intermédio da figura de um homem aparentemente comum. Ben-Hur faz parte da famosa coletânea: 1001 Livros para ler antes de morrer, de Peter Boxall.
Uma excelente e deliciosa leitura.
LeBooks Editora
Sumário
APRESENTAÇÃO
Sobre o autor e obra
Sobre a obra
BEN-HUR
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI
XII
XIII
XIV
XV
XVI
XVII
XVIII
XIX
XX
XXI
XXII
XXIII
XXIV
XXV
XXVI
XXVII
XXVIII
XXIX
XXX
XXXI
XXXII
XXXIII
XXXIV
XXXV
XXXVI
XXXVII
XXXVIII
APRESENTAÇÃO
Sobre o autor
img2.pngSó existe uma maneira de nos tornarmos grandes, aprendendo a nos tornar pequenos.
Lewis Wallace
Lewis Wallace (1807 -1905) foi oficial do exército da União, diplomata e autor do best-seller: Ben-Hur. Wallace foi um grande militar. Juntou-se ao exército da União como coronel da 11ª Infantaria de Indiana em abril de 1861 e seu maior feito no campo de batalha pode ter sido na defesa de Washington, quando ele reuniu uma força de 5.800 homens e controlou o avanço do exército confederado de 15.000 homens do general Jubal Early na Batalha de Monocacy, em 9 de julho de 1864.
Em 1865 serviu no tribunal militar que julgou os acusados do assassinato do presidente Abraham Lincoln. Mais tarde naquele ano, Wallace presidiu o tribunal militar que condenou o major confederado Henry Wirz, comandante do notório campo de prisioneiros de Andersonville.
Após a guerra, Wallace serviu como governador do Território do Novo México de 1878 a 1881. Em 1881 ele aceitou uma nomeação como Ministro dos EUA para o Império Otomano, servindo até 1885. Hoje, Wallace é talvez mais lembrado como um romancista, especialmente por seu trabalho Ben-Hur que se tornou uma peça de teatro e um grande filme e é até hoje o romance americano mais vendido de todos os tempos.
Sobre a obra
Motivado por uma discussão casual sobre a vida de Jesus, Lewis Wallace começou a escrever sua história épica sobre vingança e aventura com temas religiosos em mente, e Ben-Hur foi o resultado: uma parábola que contrapõe Judah Ben-Hur, um judeu de Jerusalém, a vida concomitante de Jesus Cristo.
Quando Ben-Hur, sem querer, deixa cair uma telha que atinge um oficial romano, é falsamente acusado de assassinato e enviado às galés pelo antigo amigo Messala, um nobre romano. As sementes da luta e da redenção épicas são semeadas quando um estranho oferece a Ben-Hur um copo d'água.
A partir daí, sua luta pela cidadania e a missão de Cristo se entrelaçam. A popularidade do épico de Hollywood de 1959, com sua espetacular corrida de bigas, acabou ofuscando a mescla de parábola religiosa e aventura que se prestou tão bem ao palco e depois à tela. Mas o filme é aquela criação incomum: uma adaptação forte do texto que aborda seus temas chave sem perder a intensidade religiosa.
Ben-Hur costuma ser lembrado por elementos que compõem apenas uma parte minúscula do próprio texto: um evento mais do que uma narrativa, uma cena espetacular mais do que um épico gradual. Mas o texto nada perdeu de sua mensagem poderosa, representando o desejo do autor de avaliar algumas doutrinas centrais da crença cristã por intermédio da figura de um homem aparentemente comum.
BEN-HUR
I
Já se estendia o império de Roma por todo o mundo então conhecido. Era o mês de dezembro do ano de 747, segundo a cronologia romana, e o inverno reinava sobre todas as regiões orientais do Mediterrâneo. Mais além da cordilheira de Jebel-es-Zubleh, que se ergue como dique oposto às areias arrastadas pelo simum para que inundem as terras de pasto de Moab e de Amon, lá onde, olhando para o Oriente, só se distinguem as ardentes solidões arenosas do deserto da Arábia, três viajantes montados em camelos brancos se encontraram ao meio-dia, procedentes de pontos diversos.
Não se conheciam. Chegaram ao lugar guiados por uma misteriosa estrela e seguindo a ordem que lhes dera o Espírito para irem adorar o Salvador. Um era Gaspar, filho de Cleantro, ateniense; o outro Melchior, indiano de nascimento e pertencente à classe dos brâmanes; o terceiro era Baltasar, egípcio.
Sob a tenda de Baltasar partilharam a frugal refeição dos viajantes do deserto e deram-se a conhecer mutuamente. A história dos três era semelhantíssima: tinham vivido longos anos de oração e penitência adorando ao Deus único e verdadeiro, ao Deus do Espírito, até que um dia, a voz do Espírito lhes mandou: «As tuas orações triunfaram! A redenção se aproxima.
Com outros dois chegados das mais remotas regiões do mundo, verás o Salvador e darás testemunho dele. Levanta-te amanhã, e vai procurá-lo, e quando, todos juntos, tiverdes chegado à cidade de Jerusalém, pergunta ao povo: «Onde está o que nasceu Rei dos Judeus? Vimos a sua estreia no Oriente e fomos enviados a adorá-lo. Deposita confiança no Espírito, que seguirá constantemente.» E a luz se converteu em um interno resplendor que os guiou constantemente e os conduziu ao encontro, no meio das desoladas areias do deserto».
Continuaram a jornada, e no décimo primeiro dia depois do nascimento de Jesus atingiram Jerusalém, perguntaram pelo que nascera Rei dos Judeus, conversaram com Herodes o Grande e partiram rumo a Belém. A estreia que os guiara ficou suspensa sobre a abóbada, embora menos brilhante.
À medida que se foram aproximando, foi-se levantando o foco luminoso. Quando chegaram à porta, já se encontrava a tal altura que começava a empalidecer; ao entrarem, perdeu-se a estreia, de vez, nos céus.
O recinto estava fracamente iluminado por uma lanterna, mas a luz bastou para permitir que os presentes contemplassem a Mãe com o Menino acordado no regaço.
Era aquele o Salvador que tinham vindo procurar de tão longe! Adoraram-no sem a menor dúvida, pois a fé lhes repousava sobre os sinais enviados por aquele a quem, desde então, conhecemos por Pai, e porque eram dessa gente simples a quem as Suas promessas foram tão suficientes que nada perguntaram sobre os misteriosos desígnios.
II
Será necessário, agora, levar o leitor vinte e um anos mais tarde, quando já o reino dos judeus sofrera profundas transformações políticas. Herodes, o Grande, morrera durante o primeiro ano do nascimento de Cristo, e o César Romano, embora tivesse, a princípio, aceitado que sucedesse o filho Arquelau, não tardou em tirar o título de Etnarca, mandando-o para a Gália, desterrado.
Em seguida, reduziu a Judeia a província romana anexando-a à prefeitura da Síria, e assim, em lugar de um rei que governava livremente do palácio deixado por Herodes no Monte Sion, a cidade de Jerusalém caiu nas mãos de um oficial de segundo grau, de um governador chamado procurador, subordinado à autoridade do legado da Síria, o qual residia em Antioquia.
O procurador reivindicara para si toda sentença de morte e a justiça era administrada em nome das leis romanas, e de acordo com elas.
Como sinais visíveis e patentes da dominação romana sobre o território da Judeia, podiam ver os habitantes de Jerusalém o Administrador de Rendas, com a sua coorte de registradores, coletores, publicanos e espiões ocupando a Casa Real, embora o chefe nominal desta continuasse sendo um judeu, o Sumo Sacerdote. Por outro lado, uma guarnição romana se havia estabelecido na Torre Antônia, e não tardou uma coorte inteira de legionários em reforçar a primitiva guarnição fazendo os judeus ver que o jugo imposto por Roma não poderia ser facilmente sacudido.
Valério Grato, o procurador, não quis seguir o exemplo dos predecessores que se tinham abstido cuidadosamente de intervir nos sagrados assuntos do culto dos súbditos; pelo contrário, o seu primeiro ato oficial foi depor o Sumo Sacerdote Anás, para conferir tal dignidade