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Manual Prático de Licitações e Contratos Administrativos
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Ebook426 pages5 hours

Manual Prático de Licitações e Contratos Administrativos

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Concebido para debater de forma sucinta e prática os temas recorrentes do processo licitatório em face da complexa, fragmentada e esparsa jurisprudência relacionada à licitação no Brasil, o manual foi escrito a partir da sólida experiência dos autores na área e reúne uma densa pesquisa da doutrina e da jurisprudência das cortes de contas e dos tribunais.
LanguagePortuguês
Release dateApr 12, 2020
ISBN9786580788040
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    Manual Prático de Licitações e Contratos Administrativos - Orestes Fernando Corssini Quércia

    www.amanuense.com.br

    SUMÁRIO

    Apresentação

    Legislação aplicável

    CAPÍTULO 1 ASPECTOS GERAIS E CONCEITOS

    CAPÍTULO 2 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA LICITAÇÃO

    CAPÍTULO 3 OBJETO DA LICITAÇÃO

    CAPÍTULO 4 COMISSÕES DE LICITAÇÕES. RESPONSABILIDADES E OBRIGAÇÕES

    CAPÍTULO 5 FASES DA LICITAÇÃO

    CAPÍTULO 6 MODALIDADES LICITATÓRIAS

    CAPÍTULO 7 DO EDITAL

    CAPÍTULO 8 FASE HABILITATÓRIA (arts. 27 a 31 da Lei de Licitações)

    CAPÍTULO 9 FASE DE JULGAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSTAS

    CAPÍTULO 10 ASPECTOS PROCEDIMENTAIS DO PROCEDIMENTO RECURSAL

    CAPÍTULO 11 HOMOLOGAÇÃO E ADJUDICAÇÃO. EFEITOS

    CAPÍTULO 12 ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO DO CERTAME

    CAPÍTULO 13 CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

    CAPÍTULO 14 PRAZO CONTRATUAL

    CAPÍTULO 15 EXIGÊNCIA DE GARANTIA

    CAPÍTULO 16 PRAZO DE VALIDADE DA PROPOSTA

    CAPÍTULO 17 RECUSA DO VENCEDOR EM ASSINAR O CONTRATO

    CAPÍTULO 18 ALTERAÇÕES CONTRATUAIS QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS

    CAPÍTULO 19 REAJUSTE E REVISÃO CONTRATUAL

    CAPÍTULO 20 FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO

    CAPÍTULO 21 RECEBIMENTO PROVISÓRIO E DEFINITIVO DO OBJETO CONTRATADO

    CAPÍTULO 22 RESCISÃO CONTRATUAL

    CAPÍTULO 23 APLICAÇÃO DE SANÇÕES

    CAPÍTULO 24 RESPONSABILIDADES DA CONTRATADA

    CAPÍTULO 25 ENCARGOS TRABALHISTAS, PREVIDENCIÁRIOS, FISCAIS E COMERCIAIS

    CAPÍTULO 26 SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS

    CAPÍTULO 27 LEI COMPLEMENTAR Nº 123/06 – CONTRATAÇÕES PÚBLICAS DE MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE

    CAPÍTULO 28 PREGÃO PRESENCIAL E ELETRÔNICO

    Bibliografia

    APRESENTAÇÃO

    Ao longo de mais de uma década trabalhando diariamente com questões administrativas e judiciais de licitações e contratos administrativos, o advogado Fernando Quércia e a advogada Renata Bonavolontá notaram as frequentes dificuldades, tanto da Administração Pública quanto das empresas privadas que participam de processos licitatórios, para enfrentar temas polêmicos na doutrina e também a escassez de obras práticas sobre o tema para auxiliá-los.

    Daí nasceu a ideia deste Manual Prático de Licitações e Contratos Administrativos que o leitor tem nas mãos. O livro visa debater, de forma sucinta e prática, os temas mais recorrentes e que apresentam as maiores dificuldades àqueles que de alguma forma participam do processo licitatório, seja em razão da complexidade do assunto ou em razão da esparsa e conflituosa jurisprudência quando o tema é licitação.

    Ao vivenciar as dúvidas de seus clientes e muitas vezes ver todo um processo licitatório ser anulado por falhas que poderiam ser evitadas, os autores resolveram se dedicar à pesquisa de doutrina e jurisprudência das cortes de contas e dos tribunais para elaborarem um manual que responda rapidamente às dúvidas de quem o consultar.

    Não é demais lembrar os termos da Súmula nº 222 do Tribunal de Contas da União: As Decisões do Tribunal de Contas da União, relativas à aplicação de normas gerais de licitação, sobre as quais cabe privativamente à União legislar, devem ser acatadas pelos administradores dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

    O conteúdo do livro é dividido em duas partes: Licitações, em que é tratado todo o procedimento licitatório, suas modalidades, o que pode ou não constar em um edital, o que pode ser exigido para fins habilitatórios, dentre outros assuntos. A segunda parte, a partir do Capítulo 13, cuida de Contratos Administrativos, onde se debatem suas cláusulas, formas de alteração, rescisão, aplicação de penalidades, revogação e anulação.

    Dentre os capítulos também constam dois que os autores consideram de suma importância: os que tratam da participação de microempresas e empresas de pequeno porte em licitações e do Sistema de Registro de Preços, já devidamente atualizado com as alterações implementadas pelo Decreto nº 9.488, de 30 de agosto de 2018.

    Com essa obra, os autores visam contribuir para o aprimoramento dos servidores e dos departamentos de licitações das empresas, auxiliando a adequação de seus procedimentos à legislação e jurisprudência mais recente dos tribunais do país.

    LEGISLAÇÃO APLICÁVEL¹

    • Constituição Federal

    • Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964 – Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

    • Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 – Regulamenta o art. 37, inc. XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

    • Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 – Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras providências.

    • Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002 – Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inc. XXI, da Constituição Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências.

    • Lei nº 11.079, de 30 de dezembro 2004 – Institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da Administração Pública.

    • Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005 – Dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos e dá outras providências.

    • Lei nº 12.232, de 29 de abril de 2010 – Dispõe sobre as normas gerais para licitação e contratação pela Administração Pública de serviços de publicidade prestados por intermédio de agências de propaganda e dá outras providências.

    • Lei nº 12.462, de 5 de agosto de 2011 – Institui o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC).

    • Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 – Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.

    • Decreto nº 1.054, de 7 de fevereiro de 1994 – Regulamenta o reajuste de preços nos contratos da Administração Federal direta e indireta, e dá outras providências.

    • Decreto nº 1.094, de 13 de março de 1994 – Dispõe sobre o Sistema de Serviços Gerais (Sisg) dos órgãos civis da Administração Federal direta, das autarquias federais e fundações públicas, e da outras providências.

    • Decreto nº 2.031, de 11 de outubro de 1996 – Dispõe sobre a contratação dos serviços de vigilância, de limpeza e conservação no âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional (terceirização).

    • Decreto nº 3.722, de 9 de janeiro de 2001 – Regulamenta o art. 34 da Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993, e dispõe sobre o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf).

    • Decreto nº 4.939 de 29 de dezembro de 2003 – Dispõe sobre a execução de atividades de administração de pessoal, material, patrimônio, serviços gerais e de orçamento e finanças, relativas a manutenção dos órgãos que menciona, e dá outras providências.

    • Decreto nº 6.017, de 17 de janeiro de 2007 – Regulamenta a Lei n° 11.107, de 6 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos.

    • Decreto nº 7.174, de 12 de maio de 2010 – Regulamenta a contratação de bens e serviços de informática e automação pela Administração Pública Federal, direta ou indireta, pelas fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público e pelas demais organizações sob o controle direto ou indireto da União.

    • Decreto nº 7.546, de 2 de agosto de 2011 – Regulamenta o disposto nos §§ 5° a 12 do art. 3° da Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993, e institui a Comissão Interministerial de Compras Públicas.

    • Decreto nº 7.581, de 11 de outubro de 2011 – Regulamenta o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), de que trata a Lei n° 12.462, de 4 de agosto de 2011.

    • Decreto nº 7.709, de 3 de abril de 2012 – Estabelece a aplicação de margem de preferência nas licitações realizadas no âmbito da Administração Pública Federal para aquisição de retroescavadeiras e motoniveladoras descritas no Anexo I, para fins do disposto no art. 3o da Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993.

    • Decreto nº 7.713, de 3 de abril de 2012 – Estabelece a aplicação de margem de preferência nas licitações realizadas no âmbito da Administração Pública Federal para aquisição de fármacos e medicamentos descritos no Anexo I, para fins do disposto no art. 3° da Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993.

    • Decreto nº 7.746, de 5 de junho de 2012 – Regulamenta o art. 3° da Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993, para estabelecer critérios e práticas para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável nas contratações realizadas pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional e pelas empresas estatais dependentes, e institui a Comissão Interministerial de Sustentabilidade na Administração Pública (Cisap).

    • Decreto nº 7.756, de 14 de junho de 2012 – Estabelece a aplicação de margem de preferência em licitações realizadas no âmbito da Administração Pública Federal para aquisição de produtos de confecções, calçados e artefatos, para fins do disposto no art. 3º da Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993.

    • Decreto nº 7.767, de 27 de junho de 2012 – Estabelece a aplicação de margem de preferência em licitações realizadas no âmbito da Administração Pública Federal para aquisição de produtos médicos para fins do disposto no art. 3º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

    • Decreto nº 7.810, de 20 de setembro de 2012 – Estabelece a aplicação de margem de preferência em licitações realizadas no âmbito da Administração Pública Federal para aquisição de papel-moeda, para fins do disposto no art. 3° da Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993.

    • Decreto nº 7.812, de 20 de setembro de 2012 – Estabelece a aplicação de margem de preferência em licitações realizadas no âmbito da Administração Pública Federal para aquisição de veículos para vias férreas, para fins do disposto no art. 3º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

    • Decreto nº 7.816, de 28 de setembro de 2012 – Estabelece a aplicação de margem de preferência em licitações realizadas no âmbito da Administração Pública Federal para aquisição de caminhões, furgões e implementos rodoviários, para fins do disposto no art. 3° da Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993.

    • Decreto nº 7.840, de 12 de novembro de 2012 – Estabelece a aplicação de margem de preferência em licitações realizadas no âmbito da Administração Pública Federal para aquisição de perfuratrizes e patrulhas mecanizadas, para fins do disposto no art. 3º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

    • Decreto nº 7.841, de 12 de novembro de 2012 – Altera o Anexo I ao Decreto nº 7.709, de 3 de abril de 2012, que dispõe sobre a margem de preferência para aquisição de retroescavadeiras e motoniveladores, para fins do disposto no art. 3º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

    • Decreto nº 7.843, de 12 de novembro de 2012 – Estabelece a aplicação de margem de preferência em licitações realizadas no âmbito da Administração Pública Federal para aquisição de disco para moeda, para fins do disposto no art. 3º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

    • Decreto nº 7.892, de 23 de janeiro de 2013 – Regulamenta o Sistema de Registro de Preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

    • Decreto nº 7.983, de 8 de abril de 2013 – Estabelece regras e critérios para elaboração do orçamento de referência de obras e serviços de engenharia, contratados e executados com recursos dos orçamentos da União, e dá outras providências.

    • Decreto nº 8.538, de 6 de outubro de 2015 – Regulamenta o tratamento favorecido, diferenciado e simplificado para as microempresas, empresas de pequeno porte, agricultores familiares, produtores rurais pessoa física, microempreendedores individuais e sociedades cooperativas de consumo nas contratações públicas de bens, serviços e obras no âmbito da Administração Pública Federal.

    • Decreto nº 9.178, de 23 de outubro de 2017 – Altera o Decreto n° 7.746, de 5 de junho de 2012, que regulamenta o art. 3° da Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993, para estabelecer critérios, práticas e diretrizes para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável nas contratações realizadas pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional e pelas empresas estatais dependentes, e institui a Comissão Interministerial de Sustentabilidade na Administração Pública (Cisap).

    • Decreto nº 9.412, de 18 de junho de 2018 – Atualiza os valores das modalidades de licitação de que trata o art. 23 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

    • Decreto nº 9.450, de 24 de julho de 2018 – Institui a Política Nacional de Trabalho no âmbito do Sistema Prisional, voltada à ampliação e qualificação da oferta de vagas de trabalho, ao empreendedorismo e à formação profissional das pessoas presas e egressas do sistema prisional, e regulamenta o § 5º do art. 40 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o disposto no inc. XXI do caput do art. 37 da Constituição e institui normas para licitações e contratos da Administração Pública firmados pelo Poder Executivo Federal.

    • Decreto nº 9.507, de 21 de setembro de 2018 – Dispõe sobre a execução indireta, mediante contratação, de serviços da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional e das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União.

    • Decreto nº 9.450, de 24 de julho de 2018 – Institui a Política Nacional de Trabalho no âmbito do Sistema Prisional, voltada à ampliação e qualificação da oferta de vagas de trabalho, ao empreendedorismo e à formação profissional das pessoas presas e egressas do sistema prisional, e regulamenta o § 5º do art. 40 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o disposto no inc. XXI do caput do art. 37 da Constituição e institui normas para licitações e contratos da Administração Pública firmados pelo Poder Executivo Federal.

    • Instrução Normativa STN nº 1, de 15 de janeiro de 1997 – Disciplina a celebração de convênios de natureza financeira que tenham por objeto a execução de projetos ou realização de eventos e dá outras providências.

    • Instrução Normativa nº 4, de 19 de maio de 2008 – Dispõe sobre o processo de contratação de serviços de Tecnologia da Informação pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional.

    • Instrução Normativa nº 1, de 19 de janeiro de 2010 – Dispõe sobre os critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional e dá outras providências.

    • Instrução Normativa nº 4, de 12 de novembro de 2010 – Dispõe sobre o processo de contratação de Soluções de Tecnologia da Informação pelos órgãos integrantes do Sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática (Sisp) do Poder Executivo Federal.

    • Instrução Normativa nº 2, de 16 de agosto de 2011 – Estabelece procedimentos para a operacionalização dos módulos e subsistemas que compõem o Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (Siasg), para os órgãos da Presidência da República, Ministérios, Autarquias e Fundações que integram o Sistema de Serviços Gerais (Sisg), assim como para os demais órgãos e entidades que utilizam o Siasg.

    • Instrução Normativa nº 3, de 16 de dezembro de 2011 – Estabelece procedimentos para a operacionalização do pregão, na forma eletrônica, para aquisição de bens e serviços comuns, no âmbito dos órgãos e entidades integrantes do Sistema de Serviços Gerais (Sisg), bem como os órgãos e entidades que firmaram Termo de Adesão para utilizar o Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (Siasg).

    • Instrução Normativa nº 5, de 7 de novembro de 2013 – Estabelece procedimentos para a operacionalização do Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), na forma eletrônica, de que trata a Lei nº 12.462, de 5 de agosto de 2011, regulamentada pelo Decreto nº 7.581, de 11 de outubro de 2011.

    • Instrução Normativa nº 7, de 29 de agosto de 2014 – Altera a Instrução Normativa nº 5, de 27 de junho de 2014, que regulamenta os procedimentos administrativos básicos para realização de pesquisa de preços.

    • Instrução Normativa nº 4, de 11 de setembro de 2014 – Dispõe sobre o processo de contratação de Soluções de Tecnologia da Informação pelos órgãos integrantes do Sistema de Administração de Recursos de Tecnologia da Informação e Informática (Sisp) do Poder Executivo Federal. Dispõe sobre o processo de contratação de Soluções de Tecnologia da Informação pelos órgãos integrantes do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (Sisp) do Poder Executivo Federal.

    • Instrução Normativa nº 2, de 6 de dezembro de 2016 – Dispõe sobre a observância da ordem cronológica de pagamento das obrigações relativas ao fornecimento de bens, locações, realização de obras e prestação de serviços, no âmbito do Sistema de Serviços Gerais (Sisg).

    • Instrução Normativa nº 5, de 26 de maio de 2017 – Dispõe sobre as regras e diretrizes do procedimento de contratação de serviços sob o regime de execução indireta no âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional.

    • Instrução Normativa nº 3, de 26 de abril de 2018 – Estabelece regras de funcionamento do Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf), no âmbito do Poder Executivo Federal.

    • Instrução Normativa nº 6, de 6 de julho de 2018 – Dispõe sobre cláusulas assecuratórias de direitos trabalhistas quando da execução indireta de obras públicas, no âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional.

    • Instrução Normativa nº 8, de 27 de setembro de 2018 – Estabelece procedimentos para o suprimento de material de consumo administrativo, por meio do serviço de outsourcing, para os órgãos da Administração Pública direta, no âmbito do Poder Executivo federal, localizados no Distrito Federal.

    • Portaria Interministerial nº 217, de 31 de julho de 2006 – Dispõe sobre limites, prazos e condições para a execução do Decreto nº 5.504, de 5 de agosto de 2005.

    • Portaria Interministerial nº 127, de 29 de maio de 2008 – Estabelece normas para execução do disposto no Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007, que dispõe sobre as normas relativas as transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse, e da outras providências.

    • Portaria/MOG nº 306, de 13 de dezembro de 2001 – Aprova a implantação do Sistema de Cotação Eletrônica de Preços, fornece instruções para utilização do sistema e estabelece Condições Gerais da Contratação.

    • Portaria SLTI/MP nº 2, de 16 de março de 2010 – Dispõe sobre as especificações padrão de bens de Tecnologia da Informação no âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional e dá outras providências.

    • Portaria nº 16, de 27 de março de 2012 – Estabelece procedimentos para adesão ao acesso e utilização do Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (Siasg), pelos órgãos e entidades da Administração Pública, não integrantes do Sistema de Serviços Gerais (Sisg), no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, serviços sociais autônomos e entidades privadas sem fins lucrativos que atendam ao disposto nesta Portaria.

    • Portaria nº 31, de 18 de junho de 2012 – Altera a Portaria nº 16, de 27 de março de 2012, que estabelece procedimentos para adesão ao acesso e utilização do Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (Siasg), pelos órgãos e entidades da Administração Pública, não integrantes do Sistema de Serviços Gerais (Sisg), no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, serviços sociais autônomos e entidades privadas sem fins lucrativos que atendam ao disposto nesta Portaria.

    • Portaria Interministerial nº 3, de 11 de setembro de 2018 – Dispõe sobre o procedimento de contratação de mão de obra formada por pessoas presas ou egressas do sistema prisional, em atendimento ao disposto nos arts. 5º e 6º do Decreto nº 9.450, de 24 de julho de 2018, bem como sobre a fiscalização de seu cumprimento.

    1 Atualizado até 30 de novembro de 2018.

    CAPÍTULO 1

    ASPECTOS GERAIS E CONCEITOS

    As contratações públicas (obras, serviços – inclusive de publicidade – compras, alienações, concessões, permissões e locações), ressalvados os casos específicos de dispensa e inexigibilidade de licitação previstos na legislação, só poderão ser realizadas mediante procedimento licitatório, conforme preceitua o art. 37, inc. XXI da Constituição Federal, nos seguintes termos:

    Art.37.....................................................

    XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

    Portanto, a regra é o procedimento licitatório e a exceção são os arts. 17, 24 e 25 que preveem, respectivamente, a licitação dispensável, dispensa e inexigibilidade de licitação.

    Ressalte-se que tanto o art. 37 da Constituição Federal quanto o art. 1º da Lei nº 8.666/93² vinculam todos os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) à obrigatoriedade de observar o devido procedimento licitatório.

    Além disso, Tribunais de Contas, Ministério Público, autarquias, fundações com personalidade jurídica de direito público, consórcios públicos criados pela Lei nº 11.107/05 também são obrigados a observar toda a legislação licitatória em suas contratações.

    Para o saudoso mestre Diogenes Gasparini, licitação é "o procedimento administrativo através do qual a pessoa a isso juridicamente obrigada seleciona, em razão de critérios objetivos previamente estabelecidos, de interessados que tenham atendido à sua convocação, a proposta mais vantajosa para o contrato ou ato de seu interesse".³

    Terceiro Setor. As entidades do Terceiro Setor, para suas aquisições, serviços e obras para o cumprimento do Contrato de Gestão ou Termos de Parceria não se sujeitam à Lei de Licitações.

    Especificamente em relação às Organizações Sociais, o Supremo Tribunal Federal já se manifestou no julgamento da ADI nº 1.923/DF, no seguinte trecho do voto do Ministro Ayres Britto (relator):

    55. Por fim, ainda no tema das licitações, cabe apreciar se as Organizações Sociais, em suas contratações com terceiros fazendo uso de verbas públicas, estão sujeitas ao dever de licitar. As organizações sociais, como já dito, não fazem parte da Administração Pública Indireta, figurando no Terceiro Setor. Possuem, com efeito, natureza jurídica de direito privado (Lei nº 9.637/98, art. 1º, caput), sem que sequer estejam sujeitas a um vínculo de controle jurídico exercido pela Administração Pública em suas decisões. Não são, portanto, parte do conceito constitucional de Administração Pública. No entanto, o fato de receberem recursos públicos, bens públicos e servidores públicos há de fazer com que seu regime jurídico seja minimamente informado pela incidência do núcleo essencial dos princípios da Administração Pública (CF, art. 37, caput), dentre os quais se destaca a impessoalidade.

    56. Isso significa que as Organizações Sociais não estão sujeitas às regras formais dos incisos do art. 37, de que seria exemplo a regra da licitação, mas sim apenas à observância do núcleo essencial dos princípios definidos no caput. Essa incidência dos princípios administrativos deve ser compatibilizada com as características mais flexíveis do setor privado, que constituem justamente a finalidade por detrás de todo o marco regulatório do Terceiro Setor, porquanto fiado na premissa de que determinadas atividades podem ser mais eficientemente desempenhadas sob as vestes do regime de direito privado. Assim, a conciliação desses vetores leva justamente ao que dispõe o art. 4º, VIII, da Lei nº 9.637/98, segundo o qual o Conselho de Administração da OS deve aprovar por maioria, no mínimo, de dois terços de seus membros, o regulamento próprio contendo os procedimentos que deve adotar para a contratação de obras, serviços, compras e alienações e o plano de cargos, salários e benefícios dos empregados da entidade. Ou seja, embora não façam formalmente licitação, tais entidades devem editar um regulamento próprio para contratações, fixando regras objetivas e impessoais para o dispêndio de recursos públicos (24 Nesse sentido, OLIVEIRA, Gustavo Justino de. As organizações sociais e o Supremo Tribunal Federal: comentários à medida cautelar da ADI nº 1.923/DF, In: Direito administrativo democrático, Belo Horizonte: Ed. Fórum, 2010, p. 205).

    Serviços Sociais Autônomos (Sistema S). As entidades que o compõem não integram a Administração Pública, sendo consideradas instituições privadas, criadas para atuar ao lado do Estado na persecução de interesses sociais relevantes.

    "Embora possuam natureza privada, em razão de seu peculiar regime jurídico, em especial, pelo fato de gerirem recursos advindos de contribuição parafiscal, de desempenharem atividades de relevante valor social e por gozarem de privilégios próprios dos entes públicos, submetem-se a certas regras típicas da Administração Pública, tais como o dever de licitar e de prestar contas aos órgãos de controle"⁴. Porém, suas contratações não se submetem aos ditames da Lei nº 10.520/02, da Lei nº 8.666/93, podendo cada entidade Sistema S⁵ editar regulamentos próprios, os quais devem observar apenas os princípios que regem as contratações públicas.

    Através do Acórdão nº 3.037/2014, o Plenário do Tribunal de Contas da União firmou entendimento de que "somente deve induzir a modificação das normas próprias sobre licitações e contratos das entidades do Sistema S, por meio de determinações ou recomendações, nos casos em que, efetivamente, verificar afronta – ou risco de afronta – aos princípios regentes do processo licitatório, da despesa e da administração que lhes forem aplicáveis em decorrência da natureza dessas entidades ou das contribuições que arrecadam, ou, ainda, quando verificar a existência de lacuna ou a inexistência de regra específica".

    Estatais. A Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, que dispôs sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios trouxe nos arts. 28 a 84 as regras para as licitações, excluindo o regime tradicional de licitações, disciplinado pelas Leis nº 8.666/93, nº 10.520/02 (modalidade pregão) e nº 12.462/12 (Regime Diferenciado de Contratações – RDC).

    Em que pese o objetivo

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