PRAZER, PORTUGAL

equeno e poderoso. Apesar de ser um pequeno produtor mundial de vinho, Portugal não passa despercebido no cenário mundial e conta com uma importante parcela no comércio internacional. Os números portugueses são notáveis: as exportações de vinho ultrapassaram os 580 milhões de euros até setembro de 2019 , ocupando a, Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha. O que, de fato, justificam os belos números? Sem dúvida, o marketing desenvolvido no país visando ao mercado externo faz toda a diferença e tem uma parcela do mérito; são inúmeras feiras e eventos promovidos pela ViniPortugal, além da participação dos produtores nos demais eventos não promovidos por ela (infelizmente, fortemente impactados em razão da pandemia de Covid-19 em 2020). ViniPortugal é uma Organização Interprofissional que por meio da marca Wines of Portugal promove o vinho local em vários países do globo. A estimativa, para se ter uma ideia, era de que em 2020 houvesse um investimento de mais de 6,5 milhões de euros para a promoção internacional. Além do belo desenvolvimento de marketing, a habilidade dos produtores para trabalhar com os distintos solos, como argilo-calcário, xisto e granito, as diferenças topográficas, a diversidade de climas e a imensidão de variedades de uvas autóctones e internacionais são capazes de dar vida a vinhos dos mais leves, dos aromáticos aos mais complexos, com camadas de aromas e sabores, muitos capazes de envelhecer por anos em garrafas. Para a realização dos grandes tesouros engarrafados, Portugal não esqueceu a tradição e, sim, está cada vez mais ligado a ela, com toques de inovação e a valorização de uvas que ficavam muito escondidas em blends, como a Mourisco, destacando regiões antes nem lembradas como a Bairrada, Dão, entre outras, experimentações com ânforas fora das fronteiras do Alentejo e até co-fermentações com uvas brancas e tintas. Portugal está muito além dos tintos pesados que uma vez se faziam presentes no mercado – é um país a se explorar constantemente.