Formação e Forma no Pensamento Brasileiro
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Formação e Forma no Pensamento Brasileiro - Rafael Marino
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO CIÊNCIAS SOCIAIS
À Daniela, minha eterna companheira
Aos meus pais, Marli e Osmar
À minha avó, Noêmia
Ao meu avô, Rubens (in memoriam)
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente ao professor Bernardo Ricupero, meu orientador, por ter confiado em mim e por ter oferecido uma orientação rigorosa e propiciadora de autonomia, com quem pude – e posso – aprender muito. Agradeço também ao professor André Singer, responsável, juntamente com Bernardo Ricupero, pelo grupo de pesquisa Pensamento e política no Brasil
, pelo aprendizado e pelos profícuos debates sobre os destinos do Brasil e a existência de um possível fio de esperança.
Agradeço à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior (Capes) pela concessão de minha bolsa de metrado, sem a qual a pesquisa, base desta obra, não poderia ser realizada. Agradeço também à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a qual concedeu-me, no ano de 2015, uma bolsa de iniciação científica a partir da qual pude travar os primeiros contatos com o tema desenvolvido aqui.
Agradeço às professoras Maria Arminda do Nascimento Arruda, Mariana Miggiolaro Chaguri e ao professor André Botelho pelas contribuições atentas e benfazejas dadas ao meu trabalho no exame de qualificação e em minha defesa.
Às companheiras e companheiros do grupo Pensamento e Política no Brasil, com as quais debati e debato a tradição crítica brasileira, suas críticas, diagnósticos e desdobramentos: Caio Marcondes, Fernanda Perrin, Gabriel Nunes, Daniela Costanzo de Assis Pereira, João Brant, Leonardo Brito, Luiz Fernando Aguiar, Vinicius do Valle, Caetano Patta, Daniela Mussi entre tantas outras pessoas com as quais travei contato. Aos companheiros e às companheiras de vários cursos de graduação e pós-graduação na FFLCH com quem tive contato e mantive trocas intelectuais importantes.
Aos companheiros e às companheiras do Grupo Sequências Brasileiras, com os quais tive e tenho um aprendizado sem igual sobre estética, política e crítica dialética: Lindberg Campos Filho, Vitor Soster, Fabiana Vilaço, Leonardo Brito, Alysson Oliveira, Maurício Reimberg, entre outras e outros. Aos amigos e às amigas do (breve) grupo de estudos Ressentimento e dialética na periferia do capitalismo. Às amigas e aos amigos da Articulação Discente para Divulgação do Pensamento Brasileiro na USP pela boa convivência intelectual e sentimental: Max Luiz Gimenes, Daniela Costanzo, Ana Beatriz Carvalho e Silva, Ivo Soares, Bruna Della Torre, Ronaldo Tadeu, Gabriel Siracusa, Lutti Mira, entre outras (os). Aos professores Luiz Sérgio Repa e Rurion Soares Melo, coordenadores do Grupo de Formação Crítica e Política (realizado entre os anos de 2014 e 2016), e às companheiras e companheiros partícipes deste.
Agradeço especialmente minha família, a qual me deu muito mais que um começo e sempre me cercou do melhor apoio, incentivo e carinho. À minha mãe, Marli de Fátima da Silva Marino, e ao meu pai, Osmar Marino, os quais sempre me apoiaram nos meus momentos decisivos e sempre deram o melhor deles para mim. À minha eterna companheira, Daniela Costanzo, que diariamente apresenta-me o melhor da vida e envolve-me pelo melhor amor. Ao meu irmão, Osmar Marino Filho, carinhosamente apelidado – por mim, aliás – Vado, e à minha irmã, Mônica Cristina Marino. À minha avó, Dona Noêmia e ao meu avô, Seu Rubens (in memoriam). Aos meus tios e às minhas tias, aos meus primões e às minhas primas e aos outros familiares: Elenise Costanzo, Fernanda Costanzo, Rafael Costanzo, Danilo Costanzo, Edson Benassi Júnior, Salete Silva, Magali Silva, Noêmia Marino, Loíde Marino, Lauren Messias, Karina Messias, Claudia Almeida, Carol Almeida, Arthuzinho e tantos outras pessoas que povoam e povoaram minha vida.
Agradeço novamente à minha companheira, Daniela Costanzo de Assis Pereira, que nesta seção já apareceu algumas vezes, mas que ainda não seriam suficientes para representar a sua importância em minha vida e o fato de a tessitura das minhas lembranças e de minhas esperanças desdobrarem-se a partir de sua presença. Obrigado pelo melhor amor e por seu meu esteio em meio à barbárie e à (necessária) negatividade.
[...] o que me causava um prazer específico era a descoberta do ponto comum a vários seres. Só ao vislumbrá-los, meu espírito – até então sonolento, mesmo sob a aparente vivacidade das palavras, cuja animação, na conversa, mascarava para outrem um completo torpor espiritual – lançava-se de súbito à caça, mas o que nesses momentos perseguia – por exemplo, identidade em diversos lugares e épocas do Salão Verdurin – situava-se a certa profundidade, para além da aparência, em zona um pouco mais recuada.
Proust (1998, p. 28)
PREFÁCIO
Paulo Arantes (1992) notou, já há quase trinta anos, que a quantidade de livros sobre o Brasil com a palavra formação
no título indica uma verdadeira obsessão. Os exemplos que dá são Formação do Brasil contemporâneo (1942), de Caio Prado Jr., Formação econômica do Brasil (1959), de Celso Furtado, Formação da literatura brasileira (1959), de Antonio Candido, e Formação política do Brasil (1967), de Paula Beiguelman. Além deles, o termo está presente no subtítulo de Casa Grande & Senzala: formação da família brasileira sob o regime de economia patriarcal (1933), de Gilberto Freyre, e em Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro (1958), de Raymundo Faoro. Por fim, não é difícil perceber que a mesma ordem de preocupações se encontra em Raízes do Brasil (1936), de Sérgio Buarque de Holanda.
Não por acaso, a questão ganha relevância num país que foi colônia e que, desde pelo menos a independência, procura(va) se tornar uma nação. Em outras palavras, deseja(va) deixar uma condição de subordinação, tornando-se mais autônomo. No entanto, como indicou Roberto Schwarz (2012c), a obsessão com a formação apareceu de maneira diferenciada em variadas áreas. O contraste principal é entre a literatura e a economia. Enquanto o processo estudado por Candido se completa com o estabelecimento de um sistema literário – composto por escritores, leitores e linguagem – a construção da economia, nas palavras de Furtado, foi interrompida.
Nem por isso deixa de ser sugestivo explorar a relação entre as diferentes formações. Candido, de maneira reveladora, termina sua Formação da literatura brasileira no final do século XIX, quando já foi criado o sistema literário. Por sua vez, Schwarz continua onde seu mestre parou, mostrando que Machado Assis, ao assumir nos seus romances maduros o ponto de vista do grupo senhorial, internaliza as condições de uma determinada sociedade má formada, no caso, a brasileira. Nesse sentido, é possível defender que a formação se realiza na forma (Ricupero, 2008). Até porque, como já indicara o jovem Lukács, quando se realiza a forma há a conciliação do exterior e do interior
(LUKÁCS, 1974, p. 21).
Não menos significativo, críticos como Rodrigo Naves e Ismail Xavier levaram adiante a análise formal ao tratarem das agruras das artes plásticas e do cinema no Brasil. O crítico de arte mostra, em A forma difícil (1996), como muito do mais interessante da sua especialidade expressou uma tensão entre o ambiente brasileiro e suas manifestações artísticas. Já o crítico de cinema indica em Sertão mar: Glauber Rocha e a estética da fome (1983) como o diretor baiano foi capaz de fazer da carência elemento constitutivo da sua obra. Já antes, Gilda Mello e Souza apontara como a pintura de um Almeida Júnior incorporou a experiência do caipira brasileiro até mesmo nos gestos que lhe seriam próprios.
Por esta pequena amostra não é difícil de perceber que o leitor tem acesso com Formação e forma no pensamento brasileiro a uma rica e não menos complexa bibliografia. Um dos grandes méritos de Rafael Marino é, além do mais, indicar como esses trabalhos estão relacionados, confundindo-se, de certa maneira, com o que gosta de chamar de tradição crítica brasileira
. Talvez se possa dizer que ele não é o primeiro a apontar para o ar de família
dessa bibliografia. No entanto, até onde sei, é o primeiro a demonstrar, de maneira mais sistemática, a existência da relação. O que, em si, já é um grande feito.
No entanto, o tratamento dos autores no livro não deixa de ser desigual, o que, na verdade, é inevitável, se tratando de um número tão grande e não menos intricado de obras. Mesmo assim, Marino nunca deixa de conduzir o leitor de maneira honesta e bastante exaustiva por uma espécie de labirinto de trabalhos de variadas disciplinas acadêmicas que procuram fazer sentido do Brasil.
Curiosamente, os melhores momentos do livro aparecem quando lida com questões formais em Schwarz, Neves e Xavier. Tal realização parece ser, até certo ponto, inusitada tanto por se chocar com o predomínio da especialização acadêmica como porque, diferente da discussão sobre a literatura da formação, não há tantas análises sobre trabalhos que lidam com questões formais, especialmente apontando a relação entre livros que tratam do romance, das artes plásticas e do cinema. Marino mostra, além do mais, como a análise da forma vincula-se à obsessão com a formação, constituindo o que se pode chamar de uma tradição – em que ocorre uma serialização – e, não menos importante, se toma uma perspectiva crítica, tensionada com a realidade social.
Essa talvez seja a principal prova da persistência do potencial heurístico da literatura sobre a formação, como defende nosso autor. Não aceita, portanto, a avaliação de uma plêiade de trabalhos que, desde a década de 1990, defendem que a categoria da formação teria se esgotado, bibliografia que é igualmente discutida em Formação e forma no pensamento brasileiro. Tal vaticínio não deixa de estar vinculado ao avanço do que até recentemente era chamado de globalização, especialmente em razão de colocar em questão a nação como horizonte que, de certa maneira, orientava o ponto de vista da formação
.
Por outro lado, é possível argumentar que as nações integradas do centro capitalista, que serviam de referência para a literatura da formação, já não parecem ser capazes de incluir todos seus habitantes. Autores como Ulrich Beck, Guy Standing e Robert Kurz, também discutidos em Formação e forma no pensamento brasileiro, têm chamado a atenção para o fenômeno, o primeiro significativamente tendo cunhado o termo brasilianização
para se referir a algo como a flexibilização do trabalho em sua sociedade.
No entanto, tal desenvolvimento ao invés de tornar o ponto de vista da formação
menos interessante faz dele ainda mais relevante. Até porque se um país como o Brasil nunca foi capaz de completar a sua formação como nação, por outro lado, sua má formação
é hoje capaz de revelar uma situação que não diz respeito apenas a ele, mas pode ser considerada até como constitutiva do capitalismo. No caso brasileiro, temos agora, ao menos, a vantagem de não mais termos que acreditar em antigas ilusões.
Formação e forma no pensamento brasileiro traz ao leitor uma espécie de mapa para que possa se situar em meio a alguns dos trabalhos que melhor explicaram e, até certo ponto, ajudaram a constituir essa ilusão chamada Brasil. O que, volto a insistir, não deixa de ser uma realização e tanto.
Bernardo Ricupero
Professor no Departamento de Ciência Política
da Universidade de São Paulo
APRESENTAÇÃO
A constituição social e histórica do Brasil pode e deve ser entendida como específica frente às outras nações, todavia seria uma ilusão acreditar ser ela alheia ao movimento do mundo e às reviravoltas da expansão do capital. Dessa feita, os esquemas e conceituações mentais forjadas nos países centrais do capitalismo, principalmente na Europa, apesar de nos serem indispensáveis, são inequivocamente inadequados e padecem de abstracionismos fatais para os que querem entender e até mesmo transformar a conformação material de nosso país. À vista disso, alguns pretendem dispensar as teorizações a fim de serem fiéis aos fatos brutos, outros, por seu turno, intentam desprezar os fatos com o propósito de servirem lealmente a um campo teórico específico. As teorizações, ensaios e autores sobre os quais nos debruçamos neste livro propõem outra postura intelectual, a saber: que teoria e dados da realidade andem de mãos dadas, a partir da ideia de que os objetos de pesquisa a serem enfrentados possuem primazia em relação às construções mentais. Não obstante, estas não devem ser dispensadas e sim criativamente ajustadas e aclimatas em uma realidade distinta daquela em que se origina, produzindo resultados importantes para a crítica do presente em geral. Mas de que modo fazem isso?
Pode-se dizer que o desbloqueamento da passagem de uma situação de heteronomia colonial para a de autonomia nacional galvanizou os esforços de uma miríade de autores que tentaram superar a existência de um foço civilizacional
entre os países do centro e da periferia capitalista; de sorte que, entre o propósito descritivo e o normativo, esse conjunto de intelectuais pretendia dotar de ossatura a nossa estrutura social violentamente amorfa, tudo isso acalentado por um ideal europeu de civilização integrada e socialmente formada. Dentre esses intelectuais poderíamos destacar, à primeira vista, Caio Prado Jr., Celso Furtado, Antonio Candido e Gilda de Mello e Souza; cujos argumentos iremos explorar sucintamente. E é justamente sobre esse corpus teórico e ensaístico, e seus desdobramentos, que esse livro se concentrará, isto é, nas autoras e autores do que se convencionou chamar de tradição da formação. Mas não só, além disso, intentamos mostrar como esses escritos e ideias são essenciais, até hoje, para se refletir sobre o pensamento político e social brasileiro e como ponto de vista crítico essencial aos intelectuais periféricos.
É possível dizer que os pensamento de Caio Prado Jr. e Celso Furtado (1995), embora carregados de negatividade crítica, tinham grandes esperanças na aposta civilizacional da formação, respectivamente, de uma Nação e mercado interno que fossem voltados para os interesses internos da sociedade brasileira, o que implicaria uma negação e superação da herança colonial. Na obra de Antonio Candido (2013), todavia, um sistema literário integrado, composto por escritores, obras e público, se formou, como provaria o surgimento de um escritor da profundidade de Machado de Assis e de uma crítica literária autoconsciente e influente no mesmo período. Não obstante, a formação sobre a qual discorre o crítico literário teria ocorrido num período em que a escravidão ainda imperava, fazendo com que o ensaio deste fosse visto como dotado de maior sobriedade – visto que a carga de positividade depositada numa formação ainda por ocorrer não se faz presente – e, justamente por isso, as esperanças formativas deveriam ser relativizadas em seu possível impacto estrutural, e, ainda, que formações futuras que vissem a se dar não teriam o potencial de mudança civilizatória esperado, por exemplo, por Prado Jr. e Furtado, como o que ocorreu com a literatura. Em sentido próximo, a formação de um sistema de artes plásticas também era entrevisto pelos ensaios de Gilda de Mello e Souza a respeito tanto da incorporação do gesto do caipira nas obras de Almeida Júnior, quanto dos questionamentos modernistas às ideias e esquemas conceituais europeus, e que fora se formar, enquanto sistema integrado de autores, obras e público, nos anos de 1980. Pois, nesse período, é que se poderia ver a coincidência entre qualidade artística, reconhecimento público das obras e autores, crítica adensada e constituição de uma tradição sistemática que serviria de filtro material para se olhar a arte nacional e estrangeira.
Não obstante, essa tensões têm um saldo crítico importante, uma vez que, com a constituição da literatura como sistema integrado em Machado de Assis, ocorreu a formação de uma forma capaz de transfigurar os dados estruturais do país, forjando um ponto de vista a partir da qual seria possível tanto criticar e relativizar as produções do espírito que vinham do centro capitalista, quanto os pressupostos materiais deste. Algo que poderia também ser visto na forma difícil e na figuração das artes plásticas, ou na constituição estética do Cinema Novo. Isso se dá justamente porque, mesmo as dinâmicas sociais e políticas no Brasil sendo diversas das do restante do mundo, elas não são alheias a ele e aos movimentos do capital em sua dinâmica de desenvolvimento desigual e combinado. Por conseguinte, nessas obras, seriam figurados processos sociais aparentemente locais, mas que possuem uma ressonância crítica global, como é o caso da volubilidade da personagem Brás Cubas, princípio ordenador do romance maduro de Machado, a qual submete todas as ditas conquistas da modernidade ao arbítrio de classe dominante, colocando em xeque os seus potenciais emancipatórios e mostrando uma dialética do esclarecimento que, no centro, ainda estava recoberta pelas aparências socialmente necessárias do capitalismo concorrencial, mas que se pareciam em sua essência. Ou, para citar outro exemplo, conforme o que fora feito no Cinema Novo, em que a fome era criticamente jogada na tela não como dado culturalmente local, mas como necessidade interna ao processo ampliado de reprodução geral do capital.
Nesse mesmo diapasão, as obras da formação, de um modo geral, ao descreverem e exporem as determinações essenciais de um país constituído desde o princípio sob a égide da lógica da mercadoria, mostravam de maneira muito mais direta a dinâmica de funcionamento nuclear dos países europeus e serviam de laboratório e ponto de arrimo crítico de esquemas atuais nesses países. Evidência disso é que boa parte das dinâmicas que teóricos críticos europeus e estadunidenses criticam como barbáries da desintegração atual já eram conhecidas em nossa tradição crítica, ao modo dos fenômenos de precarização, insegurança social e física sistemática e o colapso de instituições centrais da modernidade.
Destarte, sem tal ponto de vista, talvez, a crítica perca a sua concretude e o pensamento passe ou a ser galvanizado por soluções ilusórias de modernidades alternativas baseadas em sociabilidades e modos de vida locais
, deixando de lado o andamento efetivo do mundo – e mais: hipostasiando, num verdadeiro orientalismo às avessas, andamentos bárbaros da sociedade e os tornando espécies de vantagens do atraso ou distinções mercantis da cultura local
. Ou, tomando trilha distinta, o pensar passe a ser estruturado, como é habitual no pensamento liberal, de modo que por meio de ajustes e reformas necessárias
e galvanizadas pela letra da lei, o Brasil deixaria de lado suas especificidades e finalmente estaria às portas do ocidente capitalista moderno – esquecendo-se todos que, desde sua gênese colonial, o Brasil faz parte deste e que a barbárie é sua espinha dorsal, escondida, por vezes, mas estruturante em seu corpo.
Sumário
INTRODUÇÃO 21
PARTE 1
FORMAÇÃO, ENTRE VIRTUALIDADE E REALIZAÇÃO
1
CAIO PRADO JR.: EXPERIÊNCIA INTELECTUAL E A POSSIBILIDADE DE UM MARXISMO BRASILEIRO 41
1.1 – Formação do Brasil contemporâneo: inorganicidade e
Nação como virtualidade 46
2
CELSO FURTADO: CRÍTICA AO FALSO SENSO DE UNIVERSALIDADE DA ECONOMIA CENTRAL 53
2.1 – Formação econômica do Brasil: a esperança em um mercado interno 59
3
ANTONIO CANDIDO: PROVIDÊNCIAS DE UM CRÍTICO NA PERIFERIA DO CAPITALISMO 71
3.1 – Formação da literatura brasileira: sistema literário nacional
e tradição crítica 78
4
GILDA DE MELLO E SOUZA: FIGURA E FORMA BRASILEIRA 89
5
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES INTERMEDIÁRIAS SOBRE
O TEMA FORMATIVO 97
PARTE 2
FORMA E FORMAÇÃO
6
PEQUENO PREÂMBULO 101
7
CHAVES PARA ROBERTO SCHWARZ: FORMA(ÇÃO)
E VOLUBILIDADE 103
8
ARTES PLÁSTICAS SOB O CRIVO DA FORMAÇÃO: RODRIGO NAVES, FORMA DIFÍCIL E FORMAÇÃO 131
9
ISMAIL XAVIER: ENTRE SERTÃO, MAR E FORMA 145
10
(MÁ)FORMAÇÃO E FORMA DIFÍCIL 165
PARTE 3
EPÍLOGO
11
PEQUENA INTRODUÇÃO DE TEMAS: BRASILIANIZAÇÃO DO MUNDO, POTENCIAIS DA FORMAÇÃO E O PONTO DE VISTA DO CRÍTICO NA PERIFERIA CAPITALISTA 171
11.1 – Brasilianização do mundo e o ponto de vista do crítico periférico 171
11.2 – Alguns críticos e críticas à formação 182
REFERÊNCIAS 195
ÍNDICE REMISSIVO 217
INTRODUÇÃO
A presente obra tem como principal objetivo tentar esquadrinhar o potencial crítico e heurístico, do que ficou