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Modelo contemporâneo da gestão à brasileira
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Modelo contemporâneo da gestão à brasileira

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O livro Modelo Contemporâneo da Gestão à Brasileira discute o estilo brasileiro de administrar tendo como base a cultura nacional e organizacional brasileira e os impactos recentes da globalização da economia na gestão. O estilo brasileiro deriva da história socioeconômica e cultural do Brasil, mas foi e continua a ser impactado pelo engajamento do país à economia internacional e pela adesão aos referenciais estrangeiros de gestão. O ponto central da obra é o MCGB, mas ela também retoma aspectos essenciais da cultura nacional e organizacional brasileira, apresenta os principais impactos da globalização na gestão, propõe um modelo da dinâmica cultural brasileira e indica os impactos do MCGB nas principais dimensões organizacionais.

Esta obra faz parte da Coleção Debates em Administração, que busca fornecer ao leitor informação sucinta a respeito dos assuntos mais atuais e relevantes da área de Administração.
LanguagePortuguês
Release dateOct 28, 2020
ISBN9786555582192
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    Modelo contemporâneo da gestão à brasileira - Rebeca Alves Chu

    livro.

    capítulo 1

    Cultura Organizacional

    SURGIMENTO

    O tema da cultura organizacional surgiu dentro do campo da teoria das organizações na década de 1980, no contexto norte-americano. Nesse período, revistas conceituadas no campo da teoria organizacional publicaram números especiais sobre o assunto, universidades americanas promoveram diversos programas, conferências e simpósios focados em cultura organizacional e muitos artigos e livros foram publicados (Freitas, 1991; Cunha, Rego, Campos e Cunha e Cabral-Cardoso, 2005; Alvesson, 2002).

    As causas levantadas para o interesse em cultura organizacional na década de 1980 são diversas. Dentre as mais importantes estão: (i) o declínio da produtividade norte-americana e o ganho da competitividade dos modelos japoneses de negócios nessa década – a época do milagre japonês. O sucesso das técnicas japonesas levou à ideia de que diferenças culturais entre as sociedades – no caso, a americana e a japonesa – poderiam constituir um elemento importante para alcançar melhor desempenho; (ii) a necessidade de respostas a problemas práticos identificados no âmbito gerencial e (iii) a necessidade de um contra-ataque a problemas de desintegração da sociedade em função da fragmentação e da heterogeneidade de padrões culturais no período. A argumentação colocada neste caso por Alvesson (2002, apud Freitas 1991) é a de que o desenvolvimento econômico na sociedade americana no período teria resultado em um processo de quebra da uniformidade e da coesão cultural do país. Por este motivo, o interesse pela questão cultural teria se tornado relevante.

    O tema da cultura organizacional tornou-se bastante popular tanto na esfera acadêmica quanto na gerencial. Ela foi considerada a arma secreta para a obtenção de vantagem competitiva e de sucesso organizacional. Esta noção contribuiu para reforçar a ideia de que uma cultura organizacional sólida compartilhada e fundamentada em valores e crenças profundos resultaria em um desempenho excelente. A popularidade do tema foi tão elevada que acabou gerando a massificação do assunto nas décadas de 1980 e 1990 (Freitas, 1991; Cunha, Rego, Campos e Cunha e Cabral-Cardoso, 2005; Schneider e Barsoux, 2003).

    No entanto, apesar de sua popularidade, o conceito de cultura ainda está longe de ser algo universal, preciso ou evidente. A variedade de visões e definições de cultura e de sua relação com a sociedade e as organizações ainda é grande e revela a multiplicidade de perspectivas epistemológicas e metodológicas coexistentes (Freitas, 1991; Smircich, 1983).

    CONCEITUAÇÕES SOBRE O TEMA

    Diante da diversidade de conceitos desenvolvidos sobre cultura organizacional (Smircich, 1983; Alvesson, 2002; Freitas, 1991), são apresentadas, a seguir, algumas das principais definições existentes. A apresentação dos conceitos tem o objetivo de apresentar o tema ao leitor e indicar sua complexidade, sem a pretensão de desencadear uma discussão profunda ou de caráter epistemológico e metodológico. Para este fim, foram considerados alguns dos principais autores que discorreram sobre o tema em seus primeiros anos (nos anos de 1980), entre eles Pettigrew (1979), Smircich (1983) e Shrivastava (1985), e as abordagens mais recentes e respeitadas como as de Schein (1984, 1992) e Hofstede

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