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Ensaio sobre a embriaguez
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Ebook241 pages5 hours

Ensaio sobre a embriaguez

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About this ebook

Neste seu livro de estreia, Vicente de Britto Pereira se lança a um ambicioso exame histórico da dependência alcoólica – na prática, um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Em dez consistentes ensaios, que articulam vasta bibliografia e enredam disciplinas tais como a psicanálise e a literatura, o autor propõe uma discussão instigante, de proporções eruditas e fundo mitológico, de todo desapegada de preconceitos.
LanguagePortuguês
PublisherRecord
Release dateJun 28, 2013
ISBN9788501403445
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    Ensaio sobre a embriaguez - Vicente de Britto Pereira

    Vicente Britto Pereira

    Ensaios sobre a embriaguez

    1ª edição

    2013

    CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTE

    SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

    Pereira, Vicente de Britto, 1943-

    P496e

    Ensaios sobre a embriaguez / Vicente de Britto Pereira. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Record, 2013.

    Inclui bibliografia

    ISBN 978-85-01-40181-6

    1. Alcoolismo. 2. Alcoolismo – Aspectos sociais. I. Título.

    13-1154

    CDD: 362.292

    CDU: 613.81

    Copyright © Vicente de Britto Pereira, 2013.

    Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, armazenamento ou transmissão de partes deste livro através de quaisquer meios, sem prévia autorização por escrito. Proibida a venda desta edição em Portugal e resto da Europa.

    Texto revisado segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

    Direitos exclusivos de publicação em língua portuguesa para o Brasil

    adquiridos pela

    EDITORA RECORD LTDA.

    Rua Argentina 171 – 20921-380 – Rio de Janeiro, RJ – Tel.: 2585-2000

    que se reserva a propriedade literária desta tradução

    Produzido no Brasil

    ISBN 978-85-01-40181-6

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    Atendimento e venda direta ao leitor:

    mdireto@record.com.br ou (21) 2585-2002.

    À Lya, companheira e parceira sempre.

    À minha família humana pela ajuda.

    SUMÁRIO

    1. Entendimento inicial

    2. A partir de Dioniso

    3. A expansão do uso de bebidas alcoólicas

    4. Os desafios do homem: as saídas artificiais

    5. As novas visões médica e psicológica

    6. As exigências da modernidade

    7. As várias faces do narcisismo

    8. O fenômeno da toxicomania

    9. A sutileza do alcoolismo

    10. A recuperação possível

    Bibliografia

    1. Entendimento inicial


    O objetivo deste livro é entender o discurso e a busca de milhares de pessoas que se tornam dependentes do álcool ou que, mesmo não dependentes, são afetadas de forma significativa pelo seu consumo. Esta questão é hoje considerada o principal problema de saúde pública para inúmeros países, atingindo indistintamente todos os segmentos da sociedade a partir de idades cada vez menores, entre 12 e 13 anos. Meu ponto de partida é totalmente isento de preconceito e de quaisquer ideias preconcebidas sobre o assunto. Pretendo trazer alguns elementos à discussão e propor, através de diversas abordagens e da experiência de ter vivido o problema da dependência alcoólica, reflexões sobre essa importante questão.

    Nesse sentido, inicialmente consideraremos algo bem simples: que a intenção daqueles que buscam alguma coisa no consumo de álcool não difere da dos demais, sempre à procura da felicidade ou de algo que não sabem bem o que é, ou mesmo atendendo a um chamado interior. Em geral, a essência do que se busca e a forma a que se recorre neste caminho não são claras àqueles que procuram, a não ser através de lampejos ou de vislumbres. O homem, ao longo do tempo, teve sempre grandes dificuldades de reconhecer e aceitar as limitações de sua própria condição humana, de ser finito, limitado no tempo e no espaço, ao mesmo tempo que procurava se afirmar em sua eterna luta enquanto mortal para se diferenciar dos deuses e dos animais.

    Os desafios enfrentados pelo homem em sua trajetória são portanto inquietantes e por vezes insuportáveis, levando-o a buscar incessantemente um significado, e mesmo uma salvação para sua vida. Neste sentido, diz-se que o homem nasceu buscador. Segundo Henri Tracol:¹

    Tal é a sua verdadeira vocação, o seu direito inato. Pode esquecê-lo, negá-lo, escondê-lo nas profundezas do seu ser inconsciente, pode desencaminhar-se, tratar mal esse dom oculto e aumentar seu próprio alheamento da realidade; pode até tentar convencer-se de que atingiu as plagas da verdade eterna. Não importa; esse chamado secreto ainda está vivo instigando-o desde o seu interior a tentar, e a tentar cada vez mais, compreender o sentido de sua presença aqui na Terra. Pois ele aqui está para despertar, para lembrar-se e para buscar, muitas e muitas vezes. (Tracol, 1989)

    Neste percurso, desde tempos imemoriais o homem vem utilizando ritualmente certas substâncias que poderiam facilitar a busca pela verdade ou a criação de uma realidade totalmente nova, o apagamento de si, a gestação de outra personalidade, mas que de alguma forma tangenciam questões ainda mais sérias como a aceitação de uma vida limitada, da morte inevitável, e quem sabe de um desejado renascimento.

    Portanto, tentar entender, nos dias atuais, a busca e o discurso dos consumidores de álcool — uma droga lícita, parte do dia a dia de muitos, utilizada para os mais diversos propósitos, inclusive para atingir determinados estados de consciência, ainda que com a possibilidade de sérios riscos pessoais — não é certamente uma tarefa fácil, sobretudo pelo que tem de imaginativo, simbólico e dissimulado, conforme será visto mais adiante.

    De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem atualmente no mundo 2 bilhões de pessoas que consomem bebidas alcoólicas, seja por hábito, por prazer, para relaxar ou por outros motivos. No Brasil não é diferente. Segundo estudos recentes da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), mais da metade da população adulta no país consome bebidas alcoólicas em maior ou menor grau.

    Trata-se de um comportamento extremamente difundido, que se apoia em uma série de condições sociais, econômicas e culturais aliadas a um verdadeiro bombardeio da mídia, e que tende a se alastrar a um contingente maior da população, haja vista os jovens hoje começarem a beber cada vez mais cedo. No Brasil, a partir dos 12 anos, ou menos.

    Na cultura dos povos, beber sempre fez parte da vida, da mesma forma que comer. Em certo sentido, beber é até mais importante, pois não é possível sobreviver muitos dias sem bebida. No início, a água era a bebida por excelência, o que obrigou as populações a se estabelecerem junto a áreas onde ela era abundante e potável. O homem acabou descobrindo outras bebidas, em especial as que continham uma substância que viria a ser conhecida como álcool. Atualmente, as chamadas bebidas alcoólicas são consumidas pela maior parte das populações; a presença e a importância dessas bebidas para o homem moderno é um fenômeno indiscutível, que chama atenção de analistas e profissionais de distintas atividades, pela sua extensão e profundidade.

    Normalmente, a relação das pessoas com as bebidas alcoólicas é adequada e positiva. Às vezes o álcool é usado como alimento, remédio; na busca de prazer, sociabilidade; em celebrações familiares, religiosas, políticas; para relaxar, acalmar, despertar; como fonte de inspiração, de ânimo, de sexualidade. Essa relação, porém, também pode se mostrar inadequada e negativa, voltada para a necessidade, o vício, o isolamento, a dependência, bem como provocar mudanças de comportamento, agressão, violência, destruição pessoal, familiar e das relações de trabalho. O álcool pode tanto exaltar a vida como namorar a morte.

    As bebidas e as drogas não são boas nem ruins em si mesmas. Isso depende do uso que se faz delas, e o homem as usou ao longo do tempo das mais variadas formas, e com consequências distintas. O uso de drogas em geral sempre suscitou controvérsias, relacionadas em última análise com a capacidade de autodisciplina, contenção e controle do homem.

    Entretanto, o mais preocupante é que, apesar do grande espaço já ocupado pela bebida no cotidiano das pessoas, a tendência é que o mesmo continue crescendo. Fatores não controláveis, especialmente de caráter cultural, levam a associações de comportamentos, de uso do tempo livre, de utilização de espaços públicos e privados, e de participação em eventos, onde o consumo de álcool acaba por se transformar na principal motivação, atingindo uma parcela significativa das pessoas, em praticamente todas as células da sociedade.

    Nas famílias, as bebidas alcoólicas estão cada vez mais banalizadas e fazem parte não apenas do dia a dia dos pais (às vezes de forma solitária), mas também de reuniões familiares, celebrações, festas, jantares sociais — crianças e jovens são inclusive incentivados a consumi-las, ainda que membros da própria família tenham problemas evidentes relacionados a esse consumo.

    No trabalho, são conhecidos e disseminados os almoços de negócios, o happy hour, as festas de aniversário dos funcionários e os fins de noite com ou sem clientes, sobretudo durante viagens. Nos encontros sociais entre amigos, a bebida está sempre presente (no início, durante ou após), independentemente do tipo de programa: jantar fora, cinema, teatro, show de música, boates e outros. De outro lado, é muito difundido o hábito tanto masculino como feminino de procurar assiduamente bares, botequins e pubs para beber e encontrar pessoas conhecidas, uma espécie de fraternidade, para passar um tempo, jogar conversa fora, fazendo desses espaços prolongamentos do lar e do escritório. Isso sem falar nas pessoas que procuram tais espaços para beber em paz e sozinhas, procurando exercer seu pseudodistanciamento em relação às coisas e pessoas.

    Outra importante associação que se costuma fazer é entre álcool e lazer. Pessoas que trabalham arduamente durante a semana, e durante o ano todo, quando têm direito a folga de fim de semana, um feriado, ou mesmo férias, adotam em geral um comportamento de compensação que leva sistematicamente a um consumo desenfreado de bebidas alcoólicas, como se tivessem recebido um alvará interno e externo para tal. Lugares de descanso e lazer como praias, montanhas e outros, e mesmo viagens para lugares diferentes são utilizados de preferência para beber até à embriaguez completa, independentemente dos atrativos locais e da perspectiva de alguns dias de descanso e relaxamento. Mesmo as atividades esportivas praticadas ao longo dos dias de trabalho servem de pretexto para beber nos fins de semana.

    No âmbito público, praticamente todos os eventos recreativos, esportivos, culturais, e mesmo os de caráter político, são oportunidades para beber e se expandir: festas tradicionais, religiosas e mundanas, bem como novas comemorações em todos os recantos são associadas ao uso de álcool. Datas significativas como Páscoa, Natal e Ano-Novo são hoje comemoradas como se fossem dias de carnaval. Datas recém-criadas para incentivar o consumo de maneira geral (dia dos pais, mães, namorados, crianças, avós) passaram também a ser vistas como ocasiões para se beber intensamente. É difícil mapear adequadamente a extensão dessa verdadeira epidemia, podendo-se acrescentar, entretanto, que a participação das pessoas nesse processo é de certa forma inconsciente e automática, em grande parte devido às qualidades e ilusões associadas ao álcool, e também ao tremendo bombardeio da mídia sobre o assunto, além da enorme facilidade de comprar e consumir bebidas alcoólicas. Na grande maioria dos países, não existem restrições à venda de álcool pelo comércio varejista (tendas, mercados, supermercados, postos de gasolina), e são poucos os que têm algum tipo de regulação quanto à comercialização por estabelecimentos especializados (bares, restaurantes, pubs, botequins).

    A produção e comercialização de bebidas alcoólicas são sem dúvida um dos maiores negócios do mundo capitalista em termos de geração de renda e emprego. No estágio atual do mercado, as empresas produtoras de boa parte das bebidas se transformaram em grandes conglomerados transnacionais, com imenso poderio econômico, financeiro e de manipulação da demanda. Políticas de preços mais baixos e acessibilidade extensiva ao mercado têm efeitos significativos sobre o nível de consumo das pessoas, sem falar que as empresas produtoras são sempre os maiores anunciantes de propaganda na maior parte dos veículos de mídia.

    No Brasil, de acordo com dados do Monitor Evolution, serviço que monitora os investimentos de anunciantes, a área de bebidas gastou R$ 4,8 bilhões em 2011 com propaganda. Deste total, o setor de bebidas alcoólicas responde por algo em torno de 70%, sendo os maiores anunciantes a Ambev (3ª no cômputo geral), com R$ 1,3 bilhão investidos em propaganda, e a Cervejaria Petrópolis (6ª no cômputo geral), com R$ 1,06 bilhão, cifras que revelam a estratégia agressiva de comunicação da indústria do álcool, especialmente as fabricantes de cerveja, para expandir o mercado.

    As campanhas são feitas de acordo com uma regulação totalmente ultrapassada, sem nenhum tipo de cuidado com os horários e as faixas etárias da população, usando preferencialmente a televisão aberta, e em geral estão dirigidas ao público jovem: os temas recorrentes são ligados a sexualidade agressiva, festas, glamour, alegria, samba e futebol. A estratégia básica é aumentar a dimensão do mercado criando estímulos para se beber em todas as situações possíveis, em todos os dias da semana, sobretudo nas horas felizes (parodiando a propaganda), ou happy hours.

    A influência do meio ambiente no costume de beber não para por aí. Para não me tornar enfadonho, já que a lista de fatores que atuam nesses processos é imensa, gostaria apenas de chamar a atenção para mais alguns aspectos importantes.

    A venda da bebida é realizada sempre de uma forma ilusória, com intenções claras que visam à repetição. No mundo atual, do hiperconsumo, onde a ilusão acompanha qualquer produto de consumo, onde as marcas se fortalecem independentemente do produto, da venda de um conceito, de um estilo de vida associado à marca (Klein, 2006), o caso da venda de bebidas alcoólicas é emblemático e sui generis. Na primeira vez que se toma uma bebida, ela é quase repulsiva: destilados, vinhos, cervejas têm um gosto estranho e não agradam de imediato. Leva-se algum tempo para se acostumar. Os efeitos são bons: relaxam e dão certo prazer.

    Entram em cena as ilusões, em geral associadas a um estilo de vida. No caso dos jovens, mercado prioritário, se concentra o poder da mídia: todos bebem; cara que não bebe não é aceito, as meninas não valorizam; a vida, a sorte, a alegria, o companheirismo, a macheza, a beleza, o se dar bem, o sexo, o poder aquisitivo individual estão do lado de quem bebe. Não há quem resista: todos os jovens são naturalmente levados a experimentar e a se acostumar com as bebidas. A iniciação está encaminhada: com o uso frequente, o gosto passa a ser agradável, e ainda por cima proporciona uma sensação de bem-estar. A pessoa está marcada. Jamais vai esquecer: para o bem ou para o mal.

    Uma vez cooptada, insere-se automaticamente no grande circuito de consumo dessas bebidas, reforçado por novas ilusões de bebedores contumazes, que transmitem sua experiência de forma natural e corriqueira. A dura vida que enfrenta a ampla maioria das pessoas pode ser amenizada em parte pela ingestão de bebidas alcoólicas. Estresse, cansaço, depressão, infelicidades, desgostos, tristeza pedem uma bebidinha para aliviar. Da mesma forma, sucesso, alegria, felicidade ficam ainda melhores e mais completos com um pouco de álcool. A bebida se transforma em um santo remédio: serve para qualquer problema, ou não problema. Como diz o cronista, a vida é bem melhor com três tragos.

    A questão que começa a ser criada é que realmente o álcool, nesta fase inicial, corresponde às expectativas, e a pessoa reconhece isto, não somente devido à obtenção de um prazer individual estimulante, como a uma série de outros aspectos relacionados com o seu consumo. Trata-se de um produto socialmente aceito e estimulado por todos, que não leva a qualquer tipo de discriminação, sendo, ao contrário, socialmente integrador, que facilita a criação de hábitos e de rituais onde o indivíduo se sente mais seguro, que não é tecnologicamente inovador (o que simplifica e atende as necessidades conservadoras dos usuários) e que, além disso, é altamente acessível, temporal, espacial e financeiramente. Assim, sem entrar por enquanto na discussão sobre ilusão e realidade, o fato é que a bebida é vendida inicialmente com um caráter de socialização e depois será reconhecida como uma necessidade individual, seguindo sempre um ritual montado e voltado para si mesmo.

    De outro lado, é interessante notar que os aspectos negativos, mesmo nesta fase, não são percebidos, o que é paradoxal, pois contraria a ideologia consumista reinante. Neste sentido, o que mais chama atenção é a ausência quase total do sentimento do risco envolvido, levando a pessoa a abandonar sua segurança existencial, esquecendo todos os cuidados preventivos com relação a quase tudo, típicos de nossa civilização. Margarina e ovo aumentam o colesterol, carne tem gordura, Coca-Cola tem muito açúcar, sexo sem camisinha nem pensar, sol provoca câncer, mar e rios poluídos podem até matar, gordura trans e alimentos geneticamente modificados são venenos. O álcool, uma droga altamente perigosa,² ao contrário, não tem problema algum, e algumas campanhas chegam ao extremo de qualificar seu consumo como desejável.

    Além disso, esse tipo de consideração alimenta ainda mais a onipotência do bebedor, atitude marcante desde o início do seu consumo: eu controlo o quanto eu bebo, como se a bebida não tivesse poder algum. Demais fatores de risco, derivados de condições gerais da sociedade de consumo, também não são vistos: o álcool como eventual colonizador de sua existência, desregulador de normas, de horários, de comportamentos e de atitudes, causador de desequilíbrio dos gastos familiares e dificultador da prática de contenção em todos os aspectos da vida cotidiana.

    De qualquer maneira, o circuito se fecha, atingindo parcelas expressivas da população adulta, e cerca de 35% dos menores de idade (12 a 17 anos). Entretanto, o que mais chama a atenção no I Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira realizado pela Senad é que quase metade dos bebedores bebe de forma frequente e pesada, admitindo, na própria pesquisa, ter problemas com a ingestão dessas bebidas. Além disso, verifica-se pelo levantamento que a Secretaria trabalha com um índice de 12% da população brasileira como dependentes ou usuários nocivos de álcool, o que significa que aquela metade dos bebedores ficará dependente, tendo suas vidas destruídas lentamente, e os demais

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