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Empreendedorismo estratégico: Criação e gestão de pequenas empresas
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E-book596 páginas10 horas

Empreendedorismo estratégico: Criação e gestão de pequenas empresas

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Sobre este e-book

Esta obra permite ao leitor entender os conceitos sobre empreendedorismo e, com isso, aplicar as melhores práticas na gestão de pequenas empresas. Os doze capítulos contemplam desde a criação de um pequeno negócio até a sua eficaz administração, perpassando conceitos sobre as diversas áreas do conhecimento, como marketing, finanças, produção, recursos humanos e sistemas de informação, além de informar sobre o plano de negócios e outras importantes decisões, como legalização de empresas, avaliação do desempenho e solução de conflitos e pressões. Cada capítulo contempla questões sobre seu conteúdo, sites úteis para pesquisa e estudos de caso (no site do livro, em www.cengage.com.br) com o apoio didático às aulas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento28 de out. de 2020
ISBN9786555582437
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    Pré-visualização do livro

    Empreendedorismo estratégico - Osvaldo Elias Farah

    Inovação

    Empreendedores das arábias

    O avô Miguel Cônsul, vindo da Síria acompanhado de sua filha Najla e de seu filho Elias, viajou de trem para a cidade de Óleo a fim de visitar um amigo. Como não havia estação de trem na cidade, ele e os filhos acabaram descendo na estação de Cerqueira César, que era a mais próxima de Óleo. Como não podiam prosseguir no mesmo dia, pois o próximo trem só sairia no dia seguinte, começaram a andar pela cidade à procura de um local para descansar e pernoitar.

    Ao passar pela loja de Antonio Salomão, Miguel escutou pessoas conversando em árabe. Entrou, apresentou-se e começaram a conversar. Quando foi convidado a pernoitar na casa de Salomão, prontamente aceitou. Miguel descobriu que Salomão também era natural de Yabroud, na Síria. A notícia se espalhou e outros patrícios acorreram à residência.

    Depois de uns dias, Miguel acertou o casamento de Najla com o bem-sucedido comerciante. Negócio fechado. Dos dez filhos que tiveram, restaram quatro homens e quatro mulheres, pois um casal tinha falecido. Para se ter uma ideia da situação financeira de Salomão, sua festa de casamento durou uma semana. Iniciava por volta do almoço e só terminava às 21 horas. Os convidados não paravam de chegar. Era aquela fartura.

    Salomão e seus dois irmãos eram donos da maior venda da cidade. Vendiam muito. Chegavam a receber um vagão de trem carregado de arroz ou açúcar. No entanto, em razão da quebra do café em 1930, seguido da revolução de 1932, perderam tudo.

    Salomão viu-se em uma situação muito difícil. Sem nunca ter usado uma colher de pedreiro, decidiu abraçar essa profissão até que as coisas melhorassem. Partiu para o meio rural. Fez serviços de pedreiro, carpinteiro, encanador, eletricista e pintor.

    Sem quaisquer meios de locomoção, ia e voltava a pé. Em 1940, construiu seu primeiro cômodo de alvenaria – era um salão que servia para montar um negócio. Descontente por ter perdido seu comércio, decidiu, porém, alugar o imóvel. Após dez anos de trabalho pesado, sentindo-se muito cansado, Najla convenceu-o a montar um comércio.

    – Antonio, vamos montar um bar. Você fica no atendimento e eu na cozinha fazendo o que for necessário.

    Iniciaram na véspera do Natal de 1949, com uma caixa de cerveja, uma de aguardente de cana, uma peça de mortadela e alguns pães. No dia de Natal fizeram pernil e pastéis. A clientela foi gostando e começou a aumentar. Com esse bar, conseguiram criar os filhos. Além disso, criavam carneiros, próximo ao estabelecimento, para vender a carne. E também curtiam o couro (pelego).

    Quando se aproximava a Semana Santa, Salomão ia com os filhos menores buscar bambu, com os quais fabricava archotes para serem colocadas as velas para as procissões.

    Euzelina, a filha mais velha, costurava peças de roupa e fazia flores para a confecção de coroas que seriam vendidas no dia de Finados. José, Zaque, Beethoven, Terezinha e Iolanda auxiliavam-na neste trabalho. Salomão ainda passou a consertar máquinas de costura de mão: comprava máquinas usadas e as reformava e vendia.

    O casal agitava a família. Não tinha o que não fizessem e passassem o aprendizado para os filhos.

    Eram os melhores empreendedores que conheceram.

    Eram os seus heróis.

    Os primeiros mestres na arte de negociar e empreender negócios.

    Conteúdo

    1.1 Empreendedorismo

    1.2 Empreendedor

    1.3 Perfil do empreendedor de sucesso

    1.4 Características de gestão

    1.5 Características gerais

    1.6 Motivos para iniciar um negócio

    1.7 Recomendações para se lançar na atividade empresarial

    1.8 Empreendedorismo na pequena e média empresa

    "No alto do trampolim, bem como no empreendedorismo, a coragem não é a ausência de medo; ao contrário, é a capacidade de tomar medidas para alcançar uma meta digna, apesar da presença do medo."

    CACCIOTTI E HAYTON

    Objetivos do capítulo

    Este capítulo tem como objetivo explicar o significado de empreendedorismo na prática e identificar as características gerais do perfil empreendedor capazes de levá-los ao sucesso, verificando se estas são inatas ou desenvolvidas. Apresenta ainda os motivos a serem perseguidos quando da iniciação de um negócio.

    Entrando em ação

    Ser empreendedor significa, acima de tudo, ser um realizador que produz novas ideias por meio da congruência entre a criatividade e a imaginação; porém a pessoa deve ser motivada pela realização e pelo desejo de assumir responsabilidades e ser independente.

    Estudo de caso

    Alberto, 35 anos, sempre trabalhou como empregado. Sua vida profissional vai bem; ele tem uma carreira estável e remuneração compatível com o mercado. Alberto, porém, sempre desejou ter um negócio; sente que poderia fazer mais, tem ideias frequentes sobre empreendedorismo, sonha em ter sua empresa e, mesmo sem se dar conta disso, faz pesquisas sobre novos negócios, aprecia livros de empreendedorismo, assiste a palestras de empreendedores de sucesso e admira histórias de pessoas corajosas que montaram a própria empresa. Mas sempre que toca nesse assunto com seus familiares (esposa e pais), eles o desencorajam, dizendo que ele está bem empregado, que ter um negócio é arriscado demais, que deve conhecer muitas histórias de pessoas que faliram, que não terá tempo para a família, e assim Alberto acaba ficando em sua zona de conforto, mas sentindo-se infeliz.

    •O que Alberto pode fazer para minimizar os riscos do seu negóci