PERGUNTAS NO AR
Inúmeras matérias publicadas e postadas em diversos veículos especializados em aviação do mundo, incluindo AERO, mostraram números, informações e estatísticas sobre os impactos na aviação comercial regular da pandemia provocada por um novo coronavírus (o SARS-Cov-2, causador da Coronavirus Disease 2019, ou simplesmente covid-19, uma síndrome respiratória aguda, algumas vezes grave). Este texto não fará o leitor se debruçar em mais dados numéricos; o objetivo aqui é ressaltar alguns fatos e, em especial, lançar um punhado de perguntas para refletirmos sobre o presente e sobre possíveis futuros para a aviação comercial regular no Brasil e no mundo. As perguntas serão provocativas e não devemos esperar respostas imediatas, e nem mesmo no curto prazo (“o apressado come cru” já dizia minha avó, que, por sinal, adorava carne malpassada), pois o objetivo é pensar, refletir. Então, vamos lá...
FALTA PADRONIZAÇÃO
Antes, uma observação: a aviação é um dos setores com uma das maiores padronizações possíveis, certo? Em todo o mundo, a evolução da aviação nos ensinou que quanto maior for a padronização de procedimentos, processos, normas, treinamento, manuais etc., maior será a segurança operacional () e patrimonial/ contra atos ilícitos (). Visto isso, o leitor já reparou como a aviação está mergulhada em uma total falta de padronização quando se trata de exigência de testes de covid, procedimentos de fronteiras, entra-e-sai de países em quarentena e formas de restrição diferentes para viajantes?
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