Minha princesa: Um guia para mães que desejam o melhor para suas filhas

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Parte I

Prepare-se para a batalha

Capítulo 1

Sou uma mãe, ouça meu rugido!

Já não aguento mais. Se continuar exposta aos títulos indecentes das matérias nas capas das revistas de moda feminina toda vez que parar na fila do supermercado é possível que desista de comer. Sussurros e gemidos – você não gostaria de saber o que ele pensa sobre o nível de seus ruídos na hora de fazer amor? Que tal: Deixe-o louco por você – o modo mais erótico de abrir seu sutiã e outros truques para provocá-lo ou Sexo na cabeça – o que seus colegas de trabalho estão realmente pensando. Os 126 segredos sexuais dele – os detalhes cafajestes que estão passando pela mente dele exatamente agora! O ponto G, o ponto C e, agora, o ponto V. O que sobrou? Já passamos pelo alfabeto inteiro? Será que as mulheres se tornaram meras viciadas em sexo em busca de mais uma dose? A ênfase desses artigos é quase sempre a mesma: Use sua capacidade de sedução para conseguir seu homem. Não espere que ele vá lhe reparar a menos que você faça uma apresentação da dança do ventre no quarto ou o provoque com a técnica mais recente de agarrar um homem.

Infelizmente, revistas para adolescentes voltadas para meninas dos 13 aos 17 anos não são muito melhores. Alguns exemplos dos títulos das matérias são: Seja um imã de garotos, Tome a iniciativa… P.S.: Ele está esperando, Conquiste aquele garoto! Como usar o ‘Olhar do amor’ mais três outros truques que farão com que ele fique doido para aproximar-se de você, Vinte e dois jeans que gritam: ‘Que bumbum!’ Ou, que tal estes: Os biquinis que o deixarão de boca aberta e Beijeo! Como tomar a iniciativa. Mais um: "Os biquinis que valorizam seu bumbum e tops que provocam e agradam." Provocam e agradam quem? Sem dúvida, as revistas são a realização dos sonhos dos meninos adolescentes que estão com seus hormônios borbulhando.

Tudo o que sei é que estou cansada dessas influências negativas de nossa cultura sobre as mulheres. Porém, as revistas são apenas parte do problema. Adicione televisão, filmes e músicas e nossas filhas são bombardeadas com essa sujeira desde o momento em que acordam até a hora de irem para a cama. Como alguém que está nas trincheiras do ministério com garotas pré-adolescentes e adolescentes, sem mencionar suas mães, estou testemunhando em primeira mão as consequências devastadoras que nossa cultura provocativa está causando sobre as mulheres, sejam jovens ou velhas.

Lembro de uma mãe arrasada em uma conferência em que fui a preletora. Ela chorou em meu ombro enquanto falava sobre uma Noite do Pijama a que sua filha, que frequentava o ensino fundamental, tinha ido. O grupo de garotos populares havia chamado as garotas no meio da noite. Nada diferente das festas do pijama dos meus dias de ensino fundamental, foi o que pensei de início. Infelizmente, aqueles rapazes haviam visitado sites pornográficos antes de chamar as garotas e eles queria testar seus novos conhecimentos de sexo por telefone. Não era o tipo de Noite do Pijama do meu tempo. Um de cada vez, os garotos descreviam em detalhes o que fariam com cada garota se lhes fossem dada a oportunidade. Não pense que esse tipo de coisa não possa acontecer com sua filha. Aqueles meninos eram da igreja.

Se essa não foi a gota d’água que me levou a escrever este livro, pode ter sido quando uma empresa lançou uma nova linha de roupas íntimas destinadas a meninas com idade entre 7 a 14 anos, trazendo na frente mensagens sensuais impressas. Ou a gota d’água pode ter sido a camiseta regata que vi enquanto fazia compras para minha filha. Em seu logotipo estava escrito: Feita para provocar… um produto excitante. Era uma pequena camiseta tamanho 8. Sem sombra de dúvida, o sonho de todos os pedófilos se realizou. Independente do que tenha sido a gota d’água, estou farta disso tudo e aposto que você também está. Com certeza, você é uma mãe que cuida e se importa, senão não teria se interessado por este livro.

Nós, que estamos comprometidas em criar nossas filhas para serem jovens virtuosas e tementes a Deus, temos uma tarefa desafiadora à frente. Minha geração esteve sujeita à sua cota de mensagens negativas, mas nada que se compare à barragem constante de mensagens negativas que nossas princesas enfrentam hoje por meio de televisão, cinema, música, revistas e Internet.

As mensagens negativas de minha época estavam nas mãos de alguns poucos grupos que constituíam a minoria. Infelizmente, muitos dos que antes eram minoria se tornaram agora a voz popular do dia.

A boa notícia é que há muitos cristãos neste país. A má notícia é que aparentemente perdemos nossa voz porque nos tornamos calados. Se algo não for feito em oposição às influências negativas em nossa cultura, temo que poderemos perder uma geração inteira de garotas para o sistema do mundo. Não sejamos tolas em pensar que o prejuízo se dará apenas em curto prazo. Se não encontrarmos nossa voz e não a usarmos para falar contra as influências negativas da sociedade, nossas filhas serão moldadas pela voz do momento.

O prejuízo resultante produzirá um efeito colateral que se estenderá ao casamento de nossas filhas e ao seu papel de mãe, impactando, assim, as gerações futuras.

Muitas mães bem-intencionadas têm sido pegas de surpresa pelo declínio gradual e progressivo da cultura. Para aquelas que recentemente despertaram para a furiosa batalha que está saindo do controle e que determinaram que algo precisa ser feito, qual é o próximo passo?

Quando os israelitas estavam marchando para a guerra, o rei Davi convocou os homens de Issacar, pois eram destros na ciência dos tempos, para saberem o que Israel devia fazer (1Cr 12.32, ACF). Da mesma forma, antes de entrarmos na batalha, precisamos primeiro obter a compreensão dos tempos.

O QUE SÃO OS TEMPOS?

(AVISO: Ler as estatísticas a seguir, relativas à realidade dos Estados Unidos, pode levá-la a adicionar a prática do arrebatamento à sua lista diária de coisas para fazer).

Problemas que afligem as famílias de hoje

•Metade de todos os primeiros casamentos terminará em divórcio.¹

•Cristãos convertidos têm a mesma probabilidade de se divorciar do que os cristãos de berço. Mais de 90% desses cristãos convertidos se divorciaram depois da conversão.²

•Quarenta por cento das crianças dos Estados Unidos vão para a cama toda noite sem ter um pai biológico em seus lares para colocá-las para dormir.³

•Quase metade de todas as crianças passará parte de seus anos vivendo com apenas um dos pais.⁴

•No ano 2000, 33% de todos os bebês nasceram de mães solteiras, comparados aos 3,8% de 1940.⁵

•Casas chefiadas por parceiros não casados (pais solteiros, mães solteiras e casais homossexuais) aumentam significativamente, enquanto – pela primeira vez na História – casas chefiadas por um casal casado caíram para menos de 25% de todos os lares.⁶

•Trinta por cento dos americanos afirmam que a bebida é um problema em seus lares.⁷

•De acordo com a empresa NetValue, crianças gastam 64,9% de tempo a mais em sites de pornografia do que gastaram em sites de jogos em setembro do ano 2000.

•Mais de um quarto (27,5%) das crianças com 17 anos ou menos visitaram um site adulto, o que representa três milhões de visitantes menores de idade. Desses menores, 21,2% tinham 14 anos ou menos, e 40,2% eram meninas.⁸

•Sexo é o assunto mais procurado na Internet hoje.⁹

•O número de livrarias para adultos ultrapassa o de lanchonetes do McDonald’s nos Estados Unidos, numa proporção de três para um.¹⁰

•Dois de cada três programas de televisão possuem conteúdo sexual.¹¹

Problemas que afligem diretamente nossas filhas

•O desejo número um das meninas entre 11 e 17 anos é de serem mais magras.¹²

•Um estudo sobre os comerciais de brinquedos exibidos numa manhã de sábado demonstrou que 50% dos comerciais dirigidos para meninas falavam sobre atração física, enquanto nenhum dos comerciais dirigidos para meninos falava sobre a aparência.¹³

•Trinta por cento dos alunos do terceiro ano do ensino médio relataram terem bebido pelo menos cinco drinques consecutivos nas duas semanas anteriores.¹⁴

•Vinte e cinco por cento dos alunos do terceiro ano do ensino médio relataram ter usado drogas ilícitas nos trinta dias anteriores.¹⁵

•Por toda a América, 46% dos alunos do ensino médio fizeram sexo.¹⁶

•Catorze por cento de todos os adolescentes de 13 anos fizeram sexo.¹⁷

•Cerca de 35% de todas as jovens dos Estados Unidos engravidaram pelo menos uma vez antes de completar vinte anos – quase 850 mil por ano.¹⁸

•Aproximadamente, 1,5 milhão de mulheres americanas com gestações indesejadas optam pelo aborto todos os anos.¹⁹

•Oitenta e três por cento dos adolescentes afirmam que a verdade moral depende da situação.²⁰

•Os namoros nos campi das faculdades tornaram-se obsoletos, tendo sido substituídos pela cultura do ficar, em que um garoto e uma garota se juntam em alguma forma de encontro físico (que abrange do beijo até o ato sexual) sem nenhum compromisso posterior.²¹

Os tempos estão claramente perturbadores, e demoraram bastante para ficarem assim. Nós não acordamos numa bela manhã e encontramos o mundo desprovido de virtude. Não podemos culpar um grupo ou organização por todos os males da sociedade, mas acredito que, quando se trata das influências negativas sobre nossas filhas, existe um evento na história dos Estados Unidos que impactou de forma negativa as mulheres de todas as idades, incluindo nossas filhas, mais do que qualquer outro. Qual é esse evento? A revolução sexual.

A LIBERAÇÃO DA MULHER E A REVOLUÇÃO SEXUAL

Vamos voltar nossos relógios para o início dos anos 1960. Pense nas roupas coloridas. Pense no festival de Woodstock. Pense nos hippies. Pense na revolução sexual.

A maioria de nós já viveu o bastante para ter no mínimo um conhecimento básico sobre o movimento radical da liberação das mulheres que surgiu no início dos anos 1960.

Na verdade, o movimento feminista já existia. Teve sua origem como uma causa positiva que evoluiu em meados da década de 1850 ao lado de outros grupos de reforma social, incluindo os movimentos de abolição da escravatura, puritanismo e controle do álcool. As mulheres começaram a perceber que, para transformar os males da sociedade, elas precisavam desenvolver suas próprias organizações.

A campanha original abrangia vários assuntos, incluindo a guarda de crianças, direitos sobre a propriedade, divórcio, acesso à educação superior e igualdade de salários. O movimento inicial tornou-se mais bem conhecido por conquistar o direito das mulheres ao voto em 1928.

Posteriormente, durante a Segunda Guerra Mundial, as mulheres começaram a ingressar no mercado de trabalho, movidas pela necessidade. Dessa forma, desafiaram o estereótipo da mulher tradicional, que fica em casa e é sustentada pelo marido, o único provedor. Então, nas décadas de 1960 e 1970, o movimento das mulheres assumiu um comportamento mais radical com o aparecimento da pílula anticoncepcional, que deu início à revolução sexual.

A pílula permitiu que muitas mulheres acreditassem que poderiam fazer sexo sempre que quisessem, com quem quisessem, sem se sentir amarradas. E, nos casos em que a pílula não funcionava, as feministas exigiam o direito ao aborto sempre que fosse necessário.

A mulher mais citada como a fundadora do movimento radical feminino é Betty Friedan. Em 1963, ela publicou A mística feminina (Editora Vozes, 1971, Rio de Janeiro), livro que afirmava que a sociedade põe pressão sobre as mulheres para que sejam donas de casa e as desencoraja a buscarem uma carreira. Em 1966, Friedan fundou a National Organization for Women (NOW). Pouco tempo depois, Gloria Steinem entrou na história. Junto com Betty Friedan e outras, publicou o primeiro exemplar da revista Ms. [Srta.], em 1971, e começou a publicá-la mensalmente a partir de 1972. Gloria Steinem é conhecida como a principal influência na revolução sexual do final da década de 1960 e início da de 1970. Ela desencorajou a instituição do casamento e, certa vez, disse: Uma mulher precisa de um homem assim como um peixe precisa de uma bicicleta. Mais tarde, afirmou: Eu não acho que casamento seja algo positivo… Legalmente falando, ele foi planejado para uma pessoa e meia. Você se torna uma pessoa pela metade quando se casa.²² Poucas mulheres se dispuseram a abandonar totalmente a instituição do casamento por sugestão da Srta. Steinem, mas muitas foram influenciadas a abandonar a ideia de esperar até o casamento para fazer sexo.

Ironicamente, no ano 2000, Gloria Steinem casou-se, aos 66 anos. Parece que ela encontrou um peixe que precisava de um aquário. Para alguém que influenciou um incontável número de mulheres com sua visão radical sobre os direitos femininos, ela falhou no final ao aderir à sua própria visão contra o casamento. Se ela não pôde caminhar de acordo com sua própria visão, por que outras mulheres deveriam fazê-lo?

Já que Gloria Steinem provou não ser a representante confiável de um movimento que influenciou muitas mulheres, e quanto a Betty Friedan? Em Betty Friedan, Her Life [Betty Friedan, sua vida], biografia escrita por Judith Hennessee, a autora acha difícil conciliar a Betty Friedan visionária com a Betty Friedan mulher. Acontece que a grande libertadora de mulheres era mal-humorada, egoísta, egocêntrica, arrogante e totalmente desagradável.

Mais adiante, os leitores ficam sabendo que Srta. Friedan não achava irônico convocar uma reunião de feministas em seu apartamento de Nova Iorque e empregar uma criada negra, vestindo um uniforme branco, para servir refrescos. Ela não era a líder do movimento que supostamente buscava a igualdade para todas as mulheres? Talvez o mais chocante seja o fato de que Friedan é normalmente conhecida como a feminista que não gostava de mulheres!²³

Como é triste que tantas mulheres tenham se desviado por um movimento que foi guiado e representado por essas duas. Elas criaram as regras, e, quando era conveniente ou útil para atender às suas próprias preferências ou planos pessoais, ignoravam ou mudavam suas normas.

Infelizmente, quando suas falhas de caráter foram expostas já era tarde demais. O movimento radical de mulheres havia adquirido suas próprias asas e alçado voo.

No texto de 1Coríntios 3.18,19, as palavras do apóstolo Paulo parecem aplicar-se a essas mulheres:

Não se enganem. Se algum de vocês pensa que é sábio segundo os padrões desta era, deve tornar-se ‘louco’ para que se torne sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura aos olhos de Deus. Pois está escrito: ’Ele apanha os sábios na astúcia deles’.

Então, para que a aula de história? Ela é necessária? Pode apostar que sim! Se quisermos criar nossas filhas para serem mulheres de Deus e virtuosas, precisamos antes de mais nada compreender o que foi responsável pela desvalorização da virtude entre as mulheres. Eu acredito que a revolução sexual, que evoluiu a partir do movimento radical de liberação feminina, é responsável por muitas das influências negativas que afligem nossas filhas hoje. Um cristão imparcial precisa reconhecer alguns méritos do movimento feminino – como sua justificada campanha por salários iguais para trabalhos iguais – mas, de forma geral, o movimento tem causado um impacto devastador em nossa sociedade por meio de suas campanhas pela liberdade sexual, pelo aborto e autossuficiência.

Hoje, o movimento radical de liberação feminina, liderado inicialmente por Friedan e Steinem, parece ter morrido. No final, as mulheres não se mostraram dispostas a abraçar os princípios radicais do movimento, como sua proposta anticasamento. De forma geral, as mulheres descobriram que realmente precisam dos homens. Agora, no entanto, uma versão nova e revisada do movimento feminino começou a evoluir. Aguardando nos bastidores para tomar o lugar do movimento radical de liberação feminina está o que é normalmente chamado de ideologia feminista revisada. Se você acha que o movimento original foi prejudicial para as mulheres jovens, o efeito colateral desse movimento será ainda mais devastador. Nossas filhas sofrerão grande pressão para escapar da influência da ideologia feminista revisada. Sua mensagem é espalhada por televisão, filmes, revistas, músicas e outros meios de expressão – tornando virtualmente impossível escapar dessa pressão.

DOS SUTIÃS QUEIMADOS AOS SUTIÃS ‘PUSH-UP’

O que é a ideologia feminista revisada? É um ramo do movimento radical de liberação das mulheres, sem os extremos. É a favor da carreira e contra as mães que ficam em casa. É a liberdade sexual sem compromisso. É a autossuficiência e a independência. É uma ideologia que diz para meninas e mulheres estabelecer suas próprias regras e fazer o que lhes agrada porque o que importa são elas. Em termos gerais, é uma mensagem que diz para meninas e mulheres: Você pode ter tudo!

Deixe-me lhe dar um exemplo absurdo, até mesmo ridículo, da ideologia feminista revisada que recentemente entrou em minha caixa de mensagens. Era um anúncio da popular revista para adolescentes americana CosmoGIRL! (a versão adolescente da revista feminina Cosmopolitan). A revista estava promovendo uma campanha dirigida para meninas adolescentes chamada Garotas no topo. Em um anúncio on-line usado a fim de atrair as garotas para participar, veja o que eu li:

PROJETO 2024

Quer saber em que apostamos? No ano de 2024, uma leitora da CosmoGIRL! se tornará presidente dos Estados Unidos. As demais leitoras serão diretoras de empresas, grandes executivas e líderes. Considere esta revista como seu mapa para o poder.

Qual é o seu sonho? Você quer ter um milhão de dólares quando chegar aos 25 anos? Você voltará todas as noites para sua mansão e beijará seu marido gatão e seus filhos adoráveis antes de correr para fazer as malas para sua viagem de negócios. Será que eles querem ir com você? Por que não? Você é a chefe! Ou talvez queira ser a maior chefe de todos! Como uma líder mundial. Como a presidente dos Estados Unidos. Não, CosmoGIRL! – isso não é uma fantasia. Bem-vinda à sua realidade…

Hmmm … Eu não pude deixar de perceber que eles não incluíram a possibilidade de que algumas meninas podem querer ser mães. E, cá entre nós – um milhão de dólares, uma mansão e um marido gatão – tudo isso aos 25 anos? Sejamos realistas. Que Deus nos ajude se uma garota CosmoGIRL! se tornar presidente dos Estados Unidos. Será o tempo de fazer as malas e nos mudarmos para o Canadá!

Está claro que o termômetro para ter tudo são as conquistas obtidas no local de trabalho. Infelizmente, a mensagem do você pode ter tudo tem encorajado muitas mulheres a postergar o casamento e/ou a ter filhos a fim de primeiro se estabelecerem em suas carreiras. Todavia, um livro escrito por Sylvia Ann Hewlett, intitulado Maternidade tardia: mulheres profissionais em busca da realização plena (Novo Século, 2008), revela que muitas mulheres profissionais que sucumbiram à mensagem da ideologia e se dedicaram à construção de suas carreiras agora se sentem excluídas e traídas quando percebem que estão na faixa dos quarenta anos e incapazes de ter filhos. A pesquisa, publicada na revista Time, descobriu que mais da metade das mulheres profissionais pesquisadas com 35 anos e 42% das que tinham 40 anos não tinham filhos. A Srta. Hewlett disse à revista Time que as mulheres estão chocadas, devastadas e furiosas.²⁴

Da mesma maneira que a serpente enganou Eva no jardim com a solução rápida para ter tudo, muitas mulheres hoje caem na armadilha do inimigo. Em vez de aprenderem uma lição com a mulher que deu ouvidos à serpente, elas continuam a formar uma fila para provar do fruto proibido por si mesmas. As mães precisam ser fieis em apresentar às suas filhas o plano atual do inimigo, revelando como ele realmente é: uma mentira que pode levá-las ao poder, ao sucesso e à riqueza, mas, no final, ao sentimento de vazio.

O grande problema com a ideologia feminista revisada é que ela se contradiz descaradamente. Deixe-me explicar. Um de seus maiores princípios é que as mulheres devem ser independentes (ou seja, não depender dos homens). Outro grande princípio é que as mulheres têm o direito à liberdade sexual.