A educação escolar indígena vivenciada na etnia Karipuna, do Oiapoque
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À compreensão sobre a historicidade do Município de Oiapoque, buscamos entender como se deu a origem desta etnia, focando os aspectos culturais relevantes desta etnia, enfatizando também a evolução e organização dos indígenas em busca de assegurar seus direitos, principalmente na regularização de suas terras, que são demarcadas e homologadas.
Conhecendo o processo de construção cultural, este estudo buscou verificar a origem da Aldeia Manga e o processo de escolarização tanto da etnia Karipuna como também da Escola Indígena Estadual Jorge Iaparrá.
Neste processo fez-se necessário uma pesquisa documental com intuito de conhecer as leis que fundamentam a educação escolar indígena, a criação do Núcleo de Educação Indígena, as políticas educacionais viabilizadas por este núcleo em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e Universidade Federal do Amapá (Unifap).
Essas políticas educacionais afetaram diretamente o processo de construção e evolução da educação escolar indígena no Amapá, e especialmente o lócus de estudo, que foi a Escola Indígena Estadual Jorge Iaparrá.
Nesta escola desvelamos todo o fazer pedagógico e a relação entre escola e comunidade. Como se dá esta relação, como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais são considerados e respeitados enquanto parte do cotidiano pedagógico da escola.
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A educação escolar indígena vivenciada na etnia Karipuna, do Oiapoque - Risonete Santiago da Costa
Sumário
Capa
CONSELHO EDITORIAL BIG TIME EDITORA/BT ACADÊMICA
PREFÁCIO – por Maurício Silva
INTRODUÇÃO
1. O MUNICÍPIO DE OIAPOQUE E A TERRA INDÍGENA UAÇA
2. A ETNIA KARIPUNA
3. A ORIGEM DA ALDEIA MANGA
4. A EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
5 COMO SURGIU A ESCOLA INDÍGENA JORGE IAPARRÁ
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7 REFERÊNCIAS
8. APÊNDICES
Risonete Santiago da Costa
A EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA VIVENCIADA NA ETNIA KARIPUNA, DO OIAPOQUE
Macapá-AP | Brasil | Maio 2021
1ª Edição Epub
Big Time Editora Ltda.
Rua Planta da Sorte, 68 – Itaquera
São Paulo – SP – CEP 08235-010
Fones: (11) 2079-3460 | (11) 96573-6476
Email: editorial@bigtimeeditora.com.br
Site: bigtimeeditora.com.br
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CONSELHO EDITORIAL BIG TIME EDITORA/BT ACADÊMICA
PROF. ANTONIO MARCOS CAVALHEIRO – (Editor)
Graduado em Letras pela Universidade Nove de Julho – Uninove. Editor de livros Acadêmicos e Literários. Escritor.
PRESIDENTE
PROF. DR. JOSÉ EUSTÁQUIO ROMÃO – Graduado em História, pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em 1970 e Doutor em Educação, pela Universidade de São Paulo (USP), em 1996. Diretor Fundador do Instituto Paulo Freire do Brasil. Secretário Geral do Conselho Mundial dos Institutos Paulo Freire.
MEMBROS
PROF. DR. AFONSO CELSO SCOCUGLIA – Professor Titular da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Pós-Doutorado em Ciências da Educação (Université de Lyon, França, 2009) e Pós-Doutorado em História e Filosofia da Educação (Unicamp, 2010).
PROF. DR. CASEMIRO MEDEIROS DE CAMPOS – Graduado em Pedagogia pela Universidade Federal do Ceará (1989), mestrado em Educação pela Universidade Federal do Ceará (1996) e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Ceará (2013).
PROF. DR. CÉLIO DA CUNHA – Doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1987). Pós-doutoramento na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia(Lisboa).
PROF. DR. DANTE CASTILLO – Chileno, sociólogo. Académico de la Facultad de humanidades de la Univesidad de Santiago de Chile. Investigador de la Unidad de Recherche de I’École Doctorale (ICAR-UMR5191) de la Université Lumière II, Francia.
PROF. DR. JASON FERREIRA MAFRA – Doutor (2007) e mestre (2001) em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Graduado e licenciado em História pela Unisal.
PROFA. DRA. MARTHA APARECIDA SANTANA MARCONDES – Doutora em Educação pela Universidade do Minho/Portugal (2004), validado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
PROF. DR. MAURÍCIO PEDRO DA SILVA – Doutor em Letras Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (2001). Pós-Doutorado em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (2005).
PROF. DR. REMI CASTIONI – Graduado (Bacharelado) em Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul (1991) e doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2002).
MAGALI SERAVALLI ROMBOLI – ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – Graduação em Comunicação Social, com Habilitação em Jornalismo, pela Faculdade Cásper Líbero (1996).
Ficha Catalográfica
Ficha Técnica
Projeto gráfico: Big Time Editora | Diagramação: Marcello Mendonça Cavalheiro | Capa: Big Time Editora com imagem cedida pela autora | Revisão: Autora
A Ana Carolina, minha filha, pelo amor e companheirismo nos momentos de angústia.
A minha avó, Maria Santiago, in memoriam, pelos ensinamentos e grande sabedoria.
A todos os índios do Estado do Amapá, que sempre me acolheram de forma respeitosa, companheira e fraterna em suas terras, o que possibilitou a realização deste estudo.
Ao querido amigo Leslie Karipuna (Café), pelo exímio apoio em todos os momentos da pesquisa e em nossas viagens pelo Uaça.
PREFÁCIO
Maurício Silva
A ideia de nós, os humanos, nos descolarmos da terra, vivendo numa abstração civilizatória, é absurda. Ela suprime a diversidade, nega a pluralidade das formas de vida, de existência e de hábitos
.
Ailton Krenak
Se há uma certeza, no mundo de incertezas em que vivemos atualmente, é a de que a diversidade cultural tem se afirmado como um dos principais legados dos muitos povos, nações e etnias aos homens do tempo presente, assumida como uma lição de vida das gerações passadas e como um exemplo de resistência às gerações futuras.
Evidentemente, a educação – entendida, na ótica freiriana, como processo permanente
(FREIRE, 2009) – torna-se elemento crucial nesse processo de valorização do pluralismo e da diversidade, pois é por meio dela que ideias e valores criam raízes, adquirem efetividade e se perpetuam. Entender como se dá, portanto, o processo educativo das mais distintas culturas é, de fato, um notável exercício de diálogo e comunhão entre os seres humanos, que implica não apenas um ato de humanitarismo, mas a mais abnegada aceitação do outro.
Os povos primitivos – que, entre nós, receberam o nome indevido de indígenas, denominação, contudo, relativamente bem aceita tanto pelo senso comum quanto pelo meio acadêmico – têm, nesse sentido, muito