Jeito de cravar eternidades
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Book preview
Jeito de cravar eternidades - Fanini Cundumbila
Biografia
I
Desistir é um ato repugnante,
É uma ofensa à humanidade
Não te prendas nesta pandora.
Assim de nada valeria a fuga da caverna
Teu sonho é inédito, e é falta de siso para o
[presente.
Desistir é um ato repugnante
Para toda alma desistente que a morte lhe deva
[o dobro da morte
Para toda alma desistente que se lhe amputem
[os verbos.
Se desistirmos, quem anunciará novos mundos?
Quem propagará o amanhã, quem venderá os
[sonhos?
Se desistirmos quem anunciará o perdão?
Desistir é repugnante, é uma ofensa a Deus
I
Quão profundo é o que sinto
Por esta razão não fujo
Não me importa esta lacuna
Nem as lutas que fujas
Este sentimento é profundo
Meu código
Não posso transgredi-lo
Se fugir!
Estaria a oferecer-me ao vulgo
Talvez ao inferno
Quando contigo sento em minh’alma
Sinto a ausência de não oferecer-te dizeres
E a tua distância fere-me a alma
Que por vezes sinto ela nas entranhas a desterrar
Como se meu corpo estivesse sendo arrancado
[de si mesmo
Quão profundo é o que sinto.
Por mais que reinvento fazeres
Faz-se luz na saudade a tua ausência
Quão mafioso, bandido e mortífero
É este sentimento
Se o vender!
Far-me-ei anos-luz de ti
Portanto prefiro amar-te.
II
Na decomposição do dia
Ginga ela de maneira serena
Decorando-se sem luz e silêncio
No amputar de alguns passos faz-se sublime.
Como ela é esbelta! Como ela é astuta!
Com o seu cálice viciante
Liberta todo tipo de desejos
Desde a liberdade a libertinagem
Todos os filhos do tempo são lindos
Mas só ela desmente os momentos tenazes.
Dela todos esperam…
Nos dias, finais de sete dias
Calça-se de zelo e furor
Oferecendo a ela momentos de folia.
Como ela é esbelta e astuta!
E quando se faz presente…
Só ela tem o jeito de cravar eternidades.
LIII
Na noite silenciada pela ausência
Adormecida, sussurra entre os ventos, calada
Na arte pelo luar desvendada
Brisa dúlcida que transcende o relento
Suscitando o tempo cálido
Insípido aos insanos que perpetuam prantos
Metade da noite é surda, carece de solvência
Com susto de enlear a morte.
Inconfidências frias, manifestam a ilusão
Pedaço de trevas destoam o amor
Agasalho imprescindível ao coração.
III
A estética torna-nos trivial, roubando-nos a
[essência
Com grilhões dissipa dos atos a inocência.
Decorando-nos com adornos comuns,
Multiplica os passos em cadeia
Como se dela não existíssemos ausente
E não