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A Vida em Cristo
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A Vida em Cristo

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A fé cristã e a vida cristã autênticas têm como base a centralidade de Jesus Cristo. O que isso significa?

Prático e fácil de ler, "A Vida em Cristo" apresenta as implicações da vida cristã a partir das "preposições" usadas no Novo Testamento. Para John Stott, viver em Cristo, por meio de Cristo, sob Cristo, com Cristo, por Cristo e para Cristo mostra os diferentes aspectos do relacionamento com ele e, em cada caso, com o próprio Jesus Cristo no centro.

Mais. Deus quer nos tornar semelhantes a Cristo. Então, como desenvolver nosso relacionamento com ele? Como Jesus Cristo pode ocupar o lugar central em nossas vidas? Com a palavra, John Stott.
LanguagePortuguês
Release dateJul 22, 2021
ISBN9786586173543
A Vida em Cristo

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    A Vida em Cristo - John Stott

    Livro, A vida em Cristo. Autores, John Stott. Editora Ultimato.Livro, A vida em Cristo. Autores, John Stott. Editora Ultimato.Livro, A vida em Cristo. Autores, John Stott. Editora Ultimato.

    Sumário

    Capa

    Folha de rosto

    Prefácio

    Prefácio do editor para a edição revisada

    Introdução: A centralidade

    1. Por meio de cristo, nosso mediador

    2. Sobre cristo, nosso fundamento

    3. Em cristo, o doador de nossa vida

    4. Sob cristo, nosso senhor

    5. Com cristo, nosso segredo

    6. Por cristo, nosso alvo

    7. Por cristo, nosso amante

    8. Como cristo, nosso modelo

    Conclusão

    Créditos

    AGRADECIMENTOS

    Expresso minha sincera gratidão a várias pessoas que, de muitas maneiras, contribuíram para a redação deste livro, sobretudo a Robert Potter, Bill Godden, Roy McCloughry, Tom Cooper e Frances Whitehead.

    JOHN STOTT

    PREFÁCIO

    QUANDO EU FAZIA SEMINÁRIO, fui convidado duas vezes para almoçar com John Stott. Foi como se eu tivesse sido convidado para conhecer um super-herói! Fiquei todo atrapalhado enquanto me apresentava a ele e comecei com uma lista de perguntas que havia preparado. Mas, para minha surpresa, esse gigante da fé revelou-se acessível, humilde, amável e muito humano! Ele falou de seu fascínio por pássaros e mostrou-se empolgado como uma criança ao falar sobre quanto podemos aprender sobre Deus se simplesmente os observarmos com cuidado.

    Somente Deus saberia que dezessete anos mais tarde eu seria convidado para liderar o Movimento de Lausanne que John Stott e Billy Graham, usados por Deus, iniciaram. Dentro do Movi­mento de Lausanne, nós nos referimos a Stott como tio John. Talvez a maior contribuição do tio John para o movimento e para a igreja global tenha sido o Pacto de Lausanne, do qual ele foi o principal arquiteto. Esse pacto continua a ser a confissão de fé e missão mais aceita no mundo.

    O apelo do Movimento de Lausanne para que a igreja inteira leve o evangelho integral ao mundo todo é tão oportuno hoje quanto o era em 1974. Desde aquele tempo, passamos por duas mudanças históricas: o hemisfério sul agora constitui a maior parte da igreja global, e o hemisfério sul agora fornece a maioria dos missionários do mundo. Acredito que estamos à beira de outra mudança histórica à medida que cristãos e líderes do hemisfério sul ocupam seu lugar nas conversas e na liderança do cristianismo global.

    Enquanto essas mudanças drásticas acontecem ao nosso redor, precisamos ouvir a mensagem que é enfatizada de modo claro e poderoso em A Vida em Cristo. A igreja global, presente entre todas as tribos, línguas, povos e nações, precisa de uma bela e poderosa convicção em Cristo. Precisamos lembrar que todo o propósito de Deus, concebido em uma eternidade passada, sendo desenvolvido para – e em – seu povo na história, para ser concluído na glória por vir, pode ser resumido neste único conceito: Deus intenta tornar-nos semelhantes a Cristo (p. 138).

    No Movimento de Lausanne, falamos com frequência de nosso compromisso de criar e enfatizar obras de valor duradouro, e este volume é certamente isso. O ensino do tio John aqui, como em todos os seus escritos, é perspicaz, envolve o mundo e está centrado em Cristo. Jesus é, de fato, tudo de que precisamos.

    Ao enfrentarmos os desafios e oportunidades em nosso mundo e na igreja global de nossos dias, não há nada de que precisemos mais do que a âncora que é Cristo. O mundo não precisa de nada mais e nada menos do que Cristo. A igreja global não precisa de nada mais e nada menos do que Cristo. Este livro mostra lindamente a tapeçaria bíblica dessa verdade.

    DR. MICHAEL YOUNG-SUK OH

    Diretor-executivo global/CEO, Movimento de Lausanne

    Abril de 2019

    PREFÁCIO DO EDITOR PARA A EDIÇÃO REVISADA

    O TRABALHO DE JOHN STOTT é amado, e com razão. Muitos foram abençoados por sua forma devota de entender as Escrituras e sua capacidade de comunicar a verdade com clareza. Seria trágico se sua voz não fosse ouvida por uma nova geração ao redor do mundo.

    Contudo, nos quarenta anos desde que este livro foi publicado pela primeira vez, muita coisa mudou no modo como nos comu­nicamos. Os livros agora precisam competir por atenção com o material disponível na internet. Na era dos websites e do Twitter, as frases são mais curtas e a comunicação, em geral, é mais direta.

    A outra grande diferença nesses quarenta anos desde a publicação deste livro é que o mundo cristão se expandiu, mas também se encolheu. Expandiu na medida em que o número de cristãos e de igrejas ao redor do mundo aumentou, e encolheu no sentido de que agora é muito mais fácil disponibilizar livros aos cristãos ao redor do mundo. Os leitores de John Stott já não são, sobretudo, anglicanos e episcopais na Grã-Bretanha e nas Américas. Eles estão em todos os continentes e pertencem a todas as denominações e também a uma série de igrejas independentes, e, para muitos deles, o inglês é sua segunda língua.

    Tornou-se evidente para os testamenteiros literários de John Stott que já era tempo de tornar a escrita dele mais acessível para uma nova geração. Assim, neste livro, eles usaram uma das tra­duções modernas mais populares das Escrituras, a Nova Versão Internacional (NVI).

    Às vezes, a redação alterada nesta tradução exigiu pequenas alterações no texto adjacente. Também retiramos alguns termos que já não estão em uso – o mais proeminente é a preposição unto [a], que é usada 7.361 vezes na versão King James da Bíblia e apenas uma vez na NVI. Assim, leitores atentos notarão que agora há dois capítulos que tratam da preposição por, que substituiu quase completamente a preposição "á.

    Como sempre, ao escrever esta obra, John Stott falou ao mundo contemporâneo. Mas esse mundo agora está quarenta anos no passado. Portanto, alguns tempos verbais tiveram de ser alterados do presente para o passado, e algumas alusões culturais precisa­ram ser resgatadas da obscuridade ou relegadas ao esquecimento.

    Ao fazer isso, foram realizados todos os esforços para ser fiel à voz de John Stott e à sua mensagem. Que este livro continue a abençoar mais uma geração de leitores e a convocá-los a viver por meio de Cristo, sobre Cristo, em Cristo, sob Cristo, com Cristo e por Cristo, de modo que se tornem como Cristo.

    Introdução

    A centralidade

    É NOTÁVEL que em alguns lugares Jesus de Nazaré seja mais popular fora das igrejas históricas do que dentro delas. De forma estranha, muitos dos membros das igrejas têm vergonha de falar sobre Jesus e, quando pressionados a fazer isso, muitas vezes são ambíguos em suas crenças sobre ele. Alguns líderes da igreja escandalizam os cristãos tradicionais questionando – e até ne­gando – abertamente a divindade de Jesus. Tal deslealdade a Jesus entre aqueles que deveriam ser seus seguidores foi a principal causa do crescimento do Movimento Jesus na década de 1960 e do movimento de igrejas domésticas na década de 1970. Incon­dicionalmente comprometidos com Jesus como Deus e Salvador, os adeptos desses movimentos perderam a esperança nas igrejas institucionais e passaram a considerá-las irremediáveis.

    Mesmo aqueles que não professam uma confissão de fé cristã clara e distinta às vezes parecem mais fiéis a Jesus do que aqueles que a professam. Embora, sem dúvida, a maioria não tenha uma compreensão teológica sobre Jesus, eles mostram pouco ou nenhum constrangimento de falar dele, e alguns têm um respeito por ele que beira a reverência. Os humanistas, por exemplo, que negam enfaticamente a Deus e o sobrenatural, reconhecem em Jesus um verdadeiro humanista, que, de forma altruísta, se dedicou à causa humana.

    Os musicais Godspell e Jesus Christ Superstar oferecem evidên­cias claras do apelo de Jesus para aqueles que rejeitam a igreja. Nenhum deles pode alegar ser uma representação fiel do Jesus dos Evangelhos. Ainda assim, Godspell recupera algo da alegria contagiante de Jesus. E Superstar, embora indiscutivelmente tenha ofendido os cristãos por causa de sua incerteza persistente sobre a identidade de Jesus, foi um sucesso de bilheteria ainda maior. O musical ainda está em cartaz pelo mundo há mais de 45 anos após sua produção original, e agora existem duas adaptações para o cinema. O filme de Franco Zeffirelli Jesus de Nazaré se aproximou mais das narrativas dos Evangelhos. Quando foi ao ar pela primeira vez, em 1977, atingiu 21 milhões de espectadores na Grã-Bretanha e 91 milhões nos Estados Unidos, ao mesmo tempo que dizem que 84% do público italiano assistiu ao filme.

    Esse fascínio pela história de Jesus não está de forma alguma restrito ao Ocidente, que, mesmo sendo agora chamado de pós­-cristão ou subcristão, ainda mantém um alto grau da cultura cristã. Ele também pode ser encontrado em culturas não cristãs.

    Jesus é bastante reverenciado pelos hindus. Mahatma Gandhi, o fundador da Índia moderna, embora tenha declarado em sua autobiografia que era impossível para ele considerar o cristia­nismo uma religião perfeita ou a maior de todas as religiões,¹ ainda assim tinha uma profunda admiração por Jesus e amava o Sermão do Monte, que, escreveu Gandhi, foi direto ao meu coração.² Um professor hindu que foi convidado pela Universi­dade de Durham me disse há alguns anos que ele se considerava um cristão. Foi sua maneira de reconhecer seu grande apreço por Jesus. Os hindus incorporariam Jesus com muito gosto ao hinduísmo se tão somente ele renunciasse suas reivindicações exclusivas.

    Os muçulmanos também respeitam Jesus e reconhecem-no como um dos grandes profetas. Existe uma dezena ou mais de passagens no Alcorão que fazem referência a Jesus. Estas passagens afirmam seu nascimento virginal, sua pureza, seus milagres, sua inspiração pelo Espírito Santo e sua segunda vinda. Eu vi o minarete de Jesus na mesquita de Damasco, para a qual acredita-se que ele retornará. E, embora Maomé negasse que Jesus era o Filho de Deus e interpretasse erroneamente esse título em termos físicos, ele o reconheceu como a palavra de Deus. Além disso, houve e ainda há grupos de pessoas de Jesus no islamismo que, de diferentes maneiras, honram a Jesus.

    Os marxistas, que estão sempre prontos (muitas vezes com razão) para criticar a religião – sobretudo o cristianismo institu­cional – como o ópio que leva as pessoas a aceitarem passivamente as injustiças do status quo, são muito mais reservados nas críticas que fazem a Jesus. Eles são rápidos em reconhecer que ele con­frontou o sistema e mostrou uma solidariedade compassiva para com os pobres. Pasolini, o cineasta marxista italiano, ofereceu um retrato notavelmente preciso de Jesus em seu Evangelho segundo São Mateus (1967), sem qualquer conotação revolucionária dis­torcida, e dedicou o filme ao papa Paulo VI. Mais tendencioso é o livro do tcheco Milan Machovec Jesus para os Marxistas (1976). Indignado com o pietismo cristão, que está preocupado com a felicidade no mundo vindouro, não com a justiça neste mundo, ele afirmou que Jesus proclamou o despontar de uma nova era suscitada pelo esforço humano, de modo que os verdadeiros seguidores de Jesus hoje não são cristãos, mas marxistas, uma vez que são eles que lutam por uma mudança social profunda.

    Os judeus também, apesar de rejeitarem Jesus como seu Messias, e a despeito do vergonhoso antissemitismo de gerações de cristãos gentios, nunca perderam o interesse por Jesus. Houve comentários judaicos acadêmicos como os dois volumes de The Synoptic Gospels [Os Evangelhos Sinópticos] (1927), de C. G. Montefiore, e reconstruções mais populares como The Passover Plot [A conspiração da Páscoa] (1966), de Hugh Schonfield. Grande parte da hostilidade judaica tem sido dirigida ao cristianismo apresentado nas formas culturais gentílicas, não ao próprio Jesus. De particular interesse, portanto, é o movimento Judeus por Jesus nos Estados Unidos, fundado por Moishe Rosen, em 1973. É a expressão mais forte do chamado judaísmo messiânico, que combina uma adoração fiel de Jesus como Salvador, Messias e Deus com a conservação de práticas culturais judaicas.

    Assim, humanistas e hindus, muçulmanos, marxistas e judeus são todos, de maneiras diferentes, atraídos por Jesus de Nazaré. Eles representam um desafio direto para nós cristãos, quer sejamos membros de uma igreja tradicional ou de uma das muitas igrejas contemporâneas independentes. O que pensamos acerca de Jesus? Qual é nossa atitude e relacionamento com ele?

    Meu argumento neste breve livro é que Jesus Cristo é o centro do cristianismo e, portanto, tanto a fé quanto a vida cristã, se tiverem de ser autênticas, devem estar focadas em Cristo.

    É verdade que o termo cristianismo não aparece na Bíblia. Jesus e seus apóstolos não imaginavam que estavam fundando uma nova religião. Eles estavam dando testemunho da verdade de Deus e compartilhando com as pessoas a boa notícia da nova vida à disposição de todos naquele momento. Aqueles que criam nessa verdade e experimentavam essa vida não eram, a princípio, chamados cristãos. Este título aparece apenas três vezes em todo o Novo Testamento. O próprio Jesus, naturalmente, nunca o usou. O termo não é encontrado em nenhum dos quatro Evangelhos. Os grandes apóstolos Paulo e João não o empregaram. O apóstolo Pedro o usou apenas uma vez, quando se referiu a um seguidor de Jesus que estava sofrendo como cristão (1Pe 4.16). As outras duas ocorrências do termo estão em Atos. Aqui Lucas diz-nos que foi na igreja cosmopolita de Antioquia da Síria que os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos e que a resposta do rei Agripa à defesa de Paulo no tribunal, com um misto de diversão e

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