Funções Executivas na Educação Infantil :: Melhoria no Desempenho Escolar Programas de Intervenção
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Sobre este e-book
É comum encontrar alunos com baixo desempenho em Funções Executivas no segmento Educação Infantil e encontrar estratégias e possibilidades de melhoria no desempenho escolar é fundamental para o processo de aprendizagem e formação de uma base sólida para as demais etapas da vida acadêmica.
Quando as crianças têm oportunidade de desenvolver essas habilidades executivas, vivenciam benefícios de longo prazo. Essa é a fase mais importante para a formação da arquitetura do cérebro e de se construir competências sociais, emocionais e cognitivas.
O conteúdo deste livro mostra que as defasagens podem ser prevenidas, trabalhadas e superadas por meio do treinamento das Funções Executivas na própria sala de aula em atividades da rotina escolar. Ele auxilia os educadores e educadoras a melhorarem a vida de crianças no desempenho de suas tarefas, conscientizando-as de sua capacidade de realizar, de fazer e de conseguir alcançar seus objetivos.
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Pré-visualização do livro
Funções Executivas na Educação Infantil : - Monica Bernardino Mazzo
1. INTRODUÇÃO
A ideia inicial para o desenvolvimento deste livro partiu da realidade vivenciada em minha prática pedagógica nos últimos anos como diretora de Educação Infantil, que possibilitou observar, refletir, intervir e buscar alternativas que colaborassem com os professores em situações de alunos com baixo desempenho escolar. Encontrei professores dedicados, que se empenhavam no processo de aprendizagem do aluno e que muitas vezes, depois de utilizar estratégias variadas com atendimento individualizado e discussões com seus pares, não conseguiam chegar a resultados positivos.
Ao ter conhecimento do conceito, da importância e do desenvolvimento de funções executivas em um indivíduo, surgiu o objetivo desse livro: construir referenciais e indicadores que comprovem a eficácia do treinamento em funções executivas para crianças da Educação Infantil com baixo rendimento escolar e auxiliar os docentes na sua prática, avaliando programas nacionais e internacionais, promovendo, assim, possibilidades de intervenção.
Acredito que todas as crianças, independentemente da sua origem, devem ter a oportunidade de desenvolver seu potencial cognitivo, para ter um futuro de sucesso acadêmico e no mercado de trabalho. Davidson (2011) apud Resnick (2020) estima que aproximadamente dois terços dos estudantes do ensino fundamental de hoje trabalharão em alguma função que ainda não existe. Para que as pessoas consigam prosperar nesse cenário de constantes mudanças, a capacidade de pensar e agir de maneira criativa é mais importante do que nunca e é uma qualidade essencial citada por Diamond (2011). Para acompanhar as mudanças será necessário desenvolver habilidades para aprender e criar coisas novas e para isso terá que frequentemente se reinventar.
O desenvolvimento das crianças é moldado pelas oportunidades de aprendizagem e interações que vão acontecendo durante seu desenvolvimento e a escola deve garantir os direitos de aprendizagem dessas crianças, reorganizando espaços e tempos, desenvolvendo competências para aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e a conviver. A Base Nacional Comum Curricular (2017) enfatiza que a escola deve construir processos educativos que visem a formação e o desenvolvimento humano global, assumindo uma visão plural e integral da criança, considerando-a sujeito de sua aprendizagem. É nesse contexto, que ela assume uma visão singular e integral da criança e promove uma educação voltada ao acolhimento, desenvolvimento pleno nas suas singularidades e diversidades. O conceito de educação integral se refere à construção de processos educativos que promovam aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as possibilidades e reconheça as diferentes necessidades dos estudantes. A BNCC (2017) estabelece um parâmetro de igualdade, que é definir as aprendizagens que todos tem direito e a equidade, que é oferecer condições adequadas às especificidades e necessidades de cada indivíduo.
Partindo dessas questões, vinculadas ao suporte da BNCC (2017) e às pesquisas desenvolvidas por autores, vejo a relevância do tema para a prática educacional, sendo um eixo condutor na promoção de uma aprendizagem crítica, criativa e significativa.
1.1 Funções Executivas: conceito e contribuição
O dia a dia em uma classe de Educação Infantil surpreende, às vezes, com situações em que alguns alunos apresentam baixo desempenho em atividades cognitivas e sociais. Muitas vezes, são diagnosticados como distúrbios de aprendizagem, preguiça, desmotivação, irresponsabilidade (Dias, Seabra, 2013). O professor, após aplicação de estratégias diversificadas, se sente impotente para auxiliar os alunos em dificuldades específicas.
Com o avanço da neurociência e da neuropsicologia, Muñoz-Céspedes (2004) afirma que existe um interesse maior em se compreender as funções neurais dos processos cognitivos, pois parte da premissa de que tudo o que somos e fazemos responde a pautas de atividade cerebral.
Na conduta de se compreender o processo cognitivo, Dias et al. (2010) apontam Funções Executivas como um conjunto de habilidades cognitivas que permitem ao sujeito engajar-se em comportamentos orientados a objetivos, realizando ações voluntárias, independentes, auto-organizadas e direcionadas a metas. Essas funções são fundamentais ao direcionamento e regulação de várias habilidades intelectuais, emocionais e sociais. São requeridas sempre que o indivíduo se engaja em tarefas ou situações novas, para as quais não possui um esquema comportamental prévio ou automatizado, bem como na resolução de problemas e no estabelecimento de objetivos, fundamentais ao seu funcionamento adaptativo no dia a dia (Dias, Seabra,