Hidráulica proporcional
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Hidráulica proporcional - Ilo da Silva Moreira
1. Hidráulica proporcional
Em sistemas eletro-hidráulicos industriais, as válvulas que controlam a pressão, a vazão e a direção do fluxo hidráulico, apesar de precisas, não permitem o controle do seu acionamento, funcionando como componentes que somente podem ser abertos ou fechados e acionados ou desacionados para posições de comando preestabelecidas.
Em muitas aplicações industriais, o recurso de poder abrir ou fechar gradativamente a válvula hidráulica que controla a alimentação de óleo para um atuador é fundamental, principalmente nos casos em que se necessita de inversões suaves dos movimentos de avanço e retorno de um cilindro, ou de um controle preciso de seu posicionamento, assim como de reversões suaves do sentido de rotação de um motor hidráulico ou, ainda, quando se deseja que as velocidades dos atuadores sejam variáveis, com total controle de sua aceleração ou desaceleração.
Com o objetivo de oferecer a mesma eficiência de uma válvula eletro-hidráulica convencional, mas ao mesmo tempo permitir o controle de seu acionamento de forma precisa, surgiu, em meados da década de 1970, a Hidráulica Proporcional. Com ela, as válvulas, que até então somente podiam ser abertas ou fechadas, sem posições intermediárias, passaram a ser acionadas progressivamente, oferecendo, assim, um controle bem mais preciso em seu acionamento, de acordo com a necessidade do sistema hidráulico.
Portanto, a tecnologia hidráulica proporcional permitiu substituir o acionamento digital das válvulas eletro-hidráulicas convencionais por um acionamento analógico, efetuado por meio de cartelas eletrônicas de comando e controle.
Na tecnologia hidráulica proporcional, um amplificador eletrônico converte um sinal elétrico de entrada de tensão variável, geralmente de 0 V a 10 V, em um sinal proporcional de corrente elétrica de 0 A a 1,5 A. Essa corrente elétrica de saída do amplificador é enviada a um solenoide que produz força e curso proporcionais à corrente elétrica recebida.
Com isso, é possível ajustar continuamente as regulagens de pressão e de vazão do óleo das válvulas hidráulicas acionadas por esse tipo de solenoide, o que permite alterar progressivamente não somente as forças e as velocidades de um atuador, como também a sua aceleração ou desaceleração.
2. Solenoides proporcionais
Solenoide proporcional de força
Solenoide proporcional de curso
Características de desempenho dos solenoides proporcionais
Os solenoides proporcionais diferem dos convencionais quanto aos princípios de funcionamento. Enquanto os solenoides convencionais possuem apenas duas opções de comando, energizados ou desenergizados, os solenoides proporcionais respondem ao comando proporcionalmente à corrente elétrica a eles aplicada.
Ao aumentar a corrente elétrica que alimenta o solenoide, a força de atuação ou o curso de deslocamento da haste do solenoide que movimenta o carretel da válvula proporcional, torna-se maior. Por outro lado, ao reduzir a corrente elétrica, a força ou o curso de deslocamento da haste é menor, conforme o tipo de solenoide proporcional empregado.
Portanto, há dois tipos de solenoides proporcionais: os que produzem força e os que geram um curso de deslocamento de sua haste proporcional à corrente elétrica de alimentação.
Solenoide proporcional de força
Os solenoides proporcionais de força são comumente empregados no acionamento e no controle de válvulas hidráulicas do tipo assento, tais como as limitadoras e as redutoras de pressão. Nessas válvulas, o ajuste da tensão da mola, que