Mecânica de motores de popa - 2 e 4 Tempos
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Mecânica de motores de popa - 2 e 4 Tempos - Antonio Eduardo Rosendo dos Santos
1. Motor de combustão interna
Definição
Princípio termodinâmico
Generalidades
Por centelhamento (ICE)
Por compressão (ICO)
Princípios de dimensões e rendimentos
Cilindrada
Cilindrada total
Relação de compressão (Rc)
Potência
Funcionamento
Tipos de motores
Posição do comando de válvulas
Cabeçotes do motor de dois tempos
Cabeçote do motor de quatro tempos
Árvore comando de válvulas
Face de assentamento
Procedimento de inspeção e manutenção
Ajuste da folga de válvulas
Cilindro
Êmbolo
Pino do êmbolo
Anéis de segmento
Biela
Árvore de manivelas
Definição
O motor de combustão interna transforma energia termoquímica em energia mecânica de movimento circular.
Princípio termodinâmico
Para que o motor de combustão interna funcione, é necessário que haja a combinação de três elementos em uma proporção adequada, como se observa na Figura 1.
Figura 1 – Triângulo do fogo.
Generalidades
Os motores à combustão interna do tipo convencional, fundamentalmente, são iguais. Possuem as mesmas peças, a saber: bloco, cabeçote, cárter, árvore de manivelas, cilindros, êmbolos, bomba de água nos motores de dois tempos; nos motores de quatro tempos: bloco, cabeçote, cárter, árvore de manivelas, cilindros, êmbolos, bomba de água, árvore de comando de válvulas, tuchos, varetas, balancins, engrenagens de distribuição. Há, todavia, divergência nos órgãos dos sistemas de combustível e ignição, resultando daí a diferença básica de funcionamento.
Existem dois tipos de combustão: por centelhamento (ICE) e por compressão (ICO).
Por centelhamento (ICE)
Esse processo usa como dispositivo de queima velas de ignição (spark plug), que recebem a corrente elétrica proveniente de uma fonte de energia bateria e/ou gerador
. Elas são instaladas uma em cada cilindro do motor, onde provocam centelhas elétricas, iniciando a queima da massa gasosa (combustível e ar) previamente vaporizada e introduzida nos cilindros. Nos motores de baixa compressão do tipo explosão (gasolina ou álcool), o sistema de combustível é encarregado de dosificar e distribuir proporcionalmente ar e combustível, em uma mistura homogênea, aos cilindros, no tempo de admissão.
Por compressão (ICO)
Esse processo é usado nos motores de combustão lenta (diesel), em que somente o ar é aspirado e comprimido até alcançar uma temperatura elevada (acima de 600°C). Sobre essa massa de ar incandescente, é feita a pulverização de combustível, que, combinado com as moléculas de oxigênio, inflama-se, dando início aos ciclos normais de funcionamento.
Princípios de dimensões e rendimentos
Figura 2 – Medição dos cilindros.
Curso do êmbolo:
•PMS – Ponto morto superior é o ponto máximo que o pistão atinge em seu movimento de subida, invertendo o sentido do movimento em seguida.
•PMI – Ponto morto inferior é o ponto máximo que o pistão atinge em seu movimento de descida, invertendo o sentido do movimento em seguida.
O curso é a distância, expressa em milímetros, que o êmbolo percorre desde o ponto morto superior (PMS) até o ponto morto inferior (PMI).
Figura 3 – Curso do pistão.
A relação entre o curso do pistão e o diâmetro dos cilindros influencia as características do motor. É essa relação que irá estabelecer se o motor terá mais rotação ou mais torque.
O Quadro 1 apresenta as características físicas dos motores.
Quadro 1 – Características físicas dos motores
Cilindrada
É o volume definido pelo espaço criado dentro do cilindro quando o pistão se desloca do PMS ao PMI.
Figura 4 – Cálculo de cilindrada.
Para determinar o volume de um cilindro, primeiro calcula-se a sua área.
A = π · r²
O volume de um cilindro é determinado multiplicando-se a área pelo curso do cilindro de PMI até PMS.
Assim, tem-se que:
V = A · comp.
Esse volume é dado em cm³. Portanto, para efetuar o cálculo, devem-se primeiro transformar todas as medidas em cm.
Cilindrada total
A cilindrada total é a multiplicação do volume de um cilindro pela quantidade de cilindros