Pesponto de calçados
By SENAI-SP
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Pesponto de calçados - SENAI-SP
1. Segurança e higiene no trabalho
Conceito prevencionista
Risco de acidentes
Organização do trabalho
Posto de trabalho
Proteção coletiva versus proteção individual
O direito de viver e trabalhar em um meio ambiente sadio deve ser considerado como um dos direitos fundamentais do homem.
(Carta de Brasília, 25 ago. 1971, VII Reunião do
Conselho da União Internacional dos Magistrados)
Não se sabe ao certo quando o homem começou a se preocupar com os acidentes e as doenças relacionadas ao trabalho. No século IV a.C., já se faziam referências à existência de moléstias entre mineiros e metalúrgicos.
Mas foi com a Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra, no fim do século XVIII, e com o aparecimento das máquinas de tecelagem, movidas a vapor, que a ocorrência de acidentes aumentou.
A produção, que antes era artesanal e doméstica, passou a ser realizada em fábricas mal ventiladas, com ruídos altíssimos e em máquinas sem proteção. Mulheres, homens e principalmente crianças foram as grandes vítimas.
A primeira legislação no campo da proteção ao trabalhador, a Lei das Fábricas, surgiu na Inglaterra em 1833, determinando limites de idade mínima e jornada de trabalho.
No Brasil, onde a industrialização tomou impulso a partir da Segunda Guerra Mundial, a situação dos trabalhadores não foi diferente: as condições de trabalho mataram e mutilaram mais pessoas do que a maioria dos países industrializados do mundo.
Com o objetivo de melhorar as condições de saúde e trabalho no Brasil, a partir da década de 1930, várias leis sociais foram criadas; entre elas, ressalta-se a obrigatoriedade da formação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa).
A partir daí, a Cipa sofreu várias regulamentações, mas a preocupação com a segurança e a saúde do trabalhador ainda é pequena.
Quando o então Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) divulgou as primeiras estatísticas de acidentes de trabalho no Brasil, conheceu-se a gravidade da situação da segurança do trabalho no país: em 1970, a porcentagem de trabalhadores acidentados era de 16,75%.
Diante disso, foram tomadas medidas para tentar reverter a situação, destacan-do-se as seguintes:
•obrigatoriedade da existência de serviços de medicina do trabalho e engenharia de segurança nas empresas (1972);
•alterações do capítulo V da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que modificaram a Legislação Prevencionista (1977) e a regulamentação das 29 normas de segurança e medicina do trabalho, favorecendo uma atuação mais efetiva da CIPA nas empresas;
•amplo programa de formação de profissionais nas áreas de segurança e medicina do trabalho;
•desenvolvimento de programas de orientação à prevenção de acidentes e de formação de cipeiros (obrigatórios a partir de 1978);
•e, mais recentemente, o aparecimento de um empresariado progressista, com uma visão prevencionista que associa a qualidade de produtos e serviços à qualidade de vida do trabalhador.
Essas medidas têm colaborado para a redução do número de acidentes e doenças do trabalho oficialmente divulgados. Porém, a complexidade das questões relativas ao registro de acidentes e doenças profissionais torna difícil precisar o índice dessa redução, pois uma quantidade muito grande de trabalhadores não é registrada e, portanto, seus acidentes e doenças não são comunicados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Diante da persistência de elevados índices de acidentes de trabalho, com grandes perdas humanas e econômicas, surgem o Mapa de Riscos Ambientais (MRA), o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e, em fevereiro de 1999, a portaria 8 modifica a redação da norma regulamentadora n. 5 (NR–5), sobre a Cipa.
Esses instrumentos representam a busca do comprometimento e envolvimento dos empresários e dos trabalhadores na solução de um problema que interessa a todos superar.
Conceito prevencionista
Legalmente, o acidente do trabalho só é caracterizado quando dele decorre uma lesão física, perturbação funcional ou doença, levando à morte, perda total ou parcial, permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.
Os prevencionistas, em especial o cipeiro, não devem se ater somente ao conceito legal, mas procurar conhecer o acidente do trabalho em toda a sua extensão e principalmente em suas possibilidades de prevenção.
Os acidentes que não causam ferimentos pessoais devem ser considerados acidentes de trabalho do ponto de vista técnico-prevencionista, visando evitar os danos físicos que possam ser provocados por eles. Assim, o conceito prevencionista
caracteriza o acidente de trabalho como toda ocorrência não programada, estranha ao andamento normal do trabalho, da qual possa resultar danos físicos e/ou funcionais, ou morte do trabalhador e/ou danos materiais e econômicos à empresa.
Nessa definição, o acidente não fica condicionado à lesão física. Sob o aspecto prevencionista, todo acidente deve ser considerado importante, pois não é possível prever se ele provocará ou não lesões no trabalhador.
Essa conceituação ampla leva ao registro de todos os acidentes do trabalho ocorridos, permitindo a exploração de suas causas e a consequente prevenção, que caracteriza a verdadeira atuação da Cipa.
Um exemplo seria o caso de uma ferramenta que cai do alto de um andaime. Fica caracterizado o acidente sob o enfoque prevencionista, mesmo que a ferramenta não atinja ninguém.
Risco de acidentes
Outros fatores de risco que podem ser encontrados e devem ser eliminados dos ambientes de trabalho são decorrentes de:
•falhas de projeto de máquinas, equipamentos, ferramentas, veículos e prédios;
•deficiências