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20 lições que aprendi com Frida Kahlo
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20 lições que aprendi com Frida Kahlo

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Frida Kahlo foi uma das artistas mais extraordinárias da história. Ela cravou seu nome nas artes plásticas, mas também deixou sua identidade em outros universos. Suas posições políticas, suas ideias sobre o amor, suas experimentações na pintura, suas concepções sobre o feminino, seus códigos estéticos e suas interpretações sobre o inconsciente, o desejo, a paixão, a dor e a morte afetaram e ainda afetam gerações. Provocativa, genuína, rebelde, excêntrica, genial: não há adjetivos suficientes para definir a principal pintora mexicana – e um dos nomes mais expressivos da arte em todo o mundo. Em "20 lições que aprendi com Frida Kahlo", é possível conhecer passagens da vida da artista e entender como ela se comportou diante de desafios, sofrimentos e oportunidades. Sua visão criativa do mundo e das relações pessoais representa um norte para compreender melhor a realidade e seus múltiplos sentidos.
LanguagePortuguês
PublisherParaquedas
Release dateOct 20, 2021
ISBN9786599555909
20 lições que aprendi com Frida Kahlo

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    20 lições que aprendi com Frida Kahlo - Fernanda Villas Bôas

    dedicatória

    Este livro é dedicado

    a todas as pessoas

    que, como Frida, aprenderam a voar.

    Se o meu mundo não fosse humano, também haveria lugar para mim: eu seria uma mancha difusa de instintos, doçuras e ferocidades, uma trêmula irradiação de paz e luta: se o mundo não fosse humano eu me arranjaria sendo um bicho.

    Clarice Lispector,

    Todas as Crônicas, Rocco, 2018

    A arte de Frida Kahlo é um laço de fita em torno de uma bomba.

    André Breton

    (Rauda James, Frida Kahlo,  Martins Fontes, 2015)

    Às mulheres fortes, belas e livres da minha vida: Ana Clara, Rita e Renata. Nossa ciranda nunca vai quebrar.

    Às meninas superpoderosas Lu, Quita, Leca e Dedê (em memória), presentes em todos os projetos – do enxoval do nenê aos livros raros do mestrado.

    Ao papai Álvaro (em memória), que me apresentou as primeiras letras e me ajudou a traduzir este e todos os mundos.

    Ao Pedro: melhor amigo, melhor enigma, melhor surpresa e melhor amor.

    Frida Kahlo ( 1 907- 1 954) foi uma das pintoras mais célebres da história. Nascida no México, ela ficou eternizada por sua obra – e também por sua personalidade vibrante, arrebatadora, apaixonada, revolucionária. Não por acaso, o nome dela figura até hoje na cultura pop. E por quê? Porque Frida soube dar relevância à expressão da mulher do século 20 numa época em que o empoderamento feminino ainda estava engatinhando, ainda era uma semente de luta.

    Seus quadros, tão aclamados, são comunicações vivas das suas experiências emocionais mais viscerais: o encontro com as raízes mexicanas, as dificuldades na infância, o casamento turbulento com o também artista plástico Diego Rivera (1886-1957), os sucessivos e dolorosos abortos, os choques culturais, as vivências políticas, as sequelas do acidente sofrido aos 18 anos... Por meio de autorretratos, uma marca consagrada da artista, Frida desnudou sua alma e impactou o mundo para sempre.

    Mas o legado da pintora não se concentra somente na esfera das artes e da cultura. Ela também embaralhou os códigos sociais ao tomar atitudes incomuns ou revelar condutas inesperadas em diferentes momentos da vida. Defensora contumaz das liberdades individuais, a artista nunca se encaixou em padrões de comportamento. O resultado é que, até hoje, suas ações e reações diante de obstáculos, sofrimentos, recomeços e oportunidades se distinguem pela pulsão de vida, pela resiliência inventiva, pela resistência poética. São posturas que podem trazer motivação para quem se dispõe, como Frida, a experimentar a própria existência sem colete salva-vidas...

    Em 20 lições que aprendi com Frida Kahlo, o leitor descobre passagens da vida da pintora e se inspira na maneira como ela administrava suas adversidades, ao mesmo tempo que, incessantemente, procurava se conhecer melhor, superando seus limites. Um dos episódios mais memoráveis aconteceu em 1953. Naquele ano, Frida faria sua primeira exposição individual no México. O problema é que ela estava se recuperando de sucessivas cirurgias na coluna, uma decorrência do acidente entre um trem e um ônibus do qual havia sido vítima muitos anos antes. Diante da possibilidade de a artista comparecer à abertura da mostra, os médicos foram taxativos: ela deveria recusar o convite, pois precisaria permanecer acamada. Foi quando a artista teve um insight muito original: chamou uma ambulância e foi à galeria deitada em sua própria cama! Na horizontal, sem nenhum constrangimento, recebeu os convidados e brindou com os amigos para celebrar o vernissage.

    Esse é uma das 20 lições que você encontra neste livro. Todas elas, embasadas na biografia da pintora, são comentadas por psicólogos, psiquiatras e terapeutas entrevistados ou mencionados por mim. Os profissionais consultados ou citados ajudam a interpretar o jeito Frida Kahlo de ser. Minha expectativa é que o olhar da artista possa se conectar com o seu, expandindo seus horizontes, ampliando sua compreensão do mundo e inflamando aí dentro a fagulha criativa que nos impulsiona dia após dia.

    Fernanda Villas Bôas

    Aos 6 anos, Frida Kahlo teve poliomielite, doença viral que pode atingir o sistema nervoso central, destruindo neurônios motores. No caso da artista, o resultado foi uma perna mais fina do que a outra e o pé esquerdo atrofiado (outra versão sustenta que a atrofia da perna direita teria sido provocada pela deficiência de ácido fólico da sua

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