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O Matador de aluguel
O Matador de aluguel
O Matador de aluguel
Ebook43 pages24 minutes

O Matador de aluguel

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About this ebook

Um homem traído contrata um matador de aluguel para dar cabo de sua esposa infiel e do amante dela.
LanguagePortuguês
PublisherBibliomundi
Release dateMar 1, 2023
ISBN9781526011169
O Matador de aluguel

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    O Matador de aluguel - Batuta Ribeiro

    Parte 1

    O que você seria capaz de fazer para conquistar o coração de uma mulher?

    Uma boa pergunta, não?

    Mas, sim, eu sei o que seria capaz de fazer.

    Muitas coisas.

    E uma dessas coisas eu vou fazer daqui a pouco.

    Pensei que ele fosse demorar um pouco mais para acordar.

    Agora aqui está ele, olhando para mim.

    Mas, ele não me vê.

    Não pode me ver.

    Está escuro.

    Mas, ele sabe que estou aqui.

    Posso ver o seu braço se esticando.

    Posso ver a sua mão alcançar o abajur.

    Eis a luz.

    Ele se assusta.

    Lógico que se assusta.

    Quem não se assustaria de ver um homem sentado ao lado de sua cama, coberto por uma capa de chuva amarela e com luvas de plástico nas mãos?

    Em um movimento rápido, ele se curva de lado e tenta pegar algo debaixo do colchão.

    — Não está aí – digo, erguendo o pequeno revólver calibre 32.

    Ele levanta as mãos.

    É um homem grande.

    Deve ter mais de cem quilos.

    E tem o corpo repleto de pentelhos.

    Parece o Tony Ramos.

    Está só de cueca.

    Culpa deste calor carioca.

    — Quem é você?

    — Estava esperando você acordar.

    — Como entrou aqui?

    — Não me preocuparia com isso.

    — Espere aí, eu estou te reconhecendo. Você é o...

    — É, sou eu mesmo.

    Vejo o medo se dissipar no rosto do homem.

    Pelo jeito, o simples fato de me conhecer o faz se sentir mais confortável com a situação.

    — O que foi? Aquela piranha deu algum problema?

    — Ela não é piranha.

    Ele para de sorrir com a minha seriedade.

    — Você não pode entrar na minha casa desse jeito. Cometeu um grande erro vindo aqui, meu amigo.

    Ele faz menção de sair da cama, mas eu aponto o revólver.

    — Melhor ficar aí.

    — Não tem colhões para atirar em mim – ele provoca, debochado – você é só um imbecil que não sabe o que está fazendo.

    — Você tem razão em uma coisa.

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