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FILHOS DA RUA!: BONS DE BRIGA
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Ebook62 pages39 minutes

FILHOS DA RUA!: BONS DE BRIGA

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About this ebook

Filhos da Rua conta a história de um menino do interior que foi para São Paulo com doze anos... Chegando lá, foi roubado, espancado e preso como menino de rua. Na prisão, os outros garotos o maltratavam, espancando-o. Até que um belo dia conheceu “Escurinho”, menino bom de briga que o protegia da maldade dos outros. Os dois foram marcados de morte. Rafael aprendeu a lutar e, juntos, tornaram-se imbatíveis. Arquitetaram um plano perfeito e, fugiram. Rafael entrou para a gangue de Escurinho. Sua primeira missão foi assassinar o chefe dos seus inimigos, o comandante Rubião. Era inteligente e carregava na memória uma lição que a mãe lhe ensinou antes de morrer: ”Nunca matar”. em todas as suas ações; dava uma lição nos seus perseguidores. É uma história envolvente, com ação do início ao fim.BOM DIVERTIMENTO
LanguagePortuguês
PublisherBibliomundi
Release dateApr 3, 2021
ISBN9781526040381
FILHOS DA RUA!: BONS DE BRIGA

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    FILHOS DA RUA! - Icedlav Adiemla

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    Icedlav Adiemla

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    EBS

    EDITORA

    Capítulo I ____

    O vício

    Tudo é silêncio. A noite está clara como o dia, o céu, divino com sua monocromia azulada. O brilho florescente da lua reflete-se sobre os telhados das casas. As luzes estão apagadas. Todos dormem sob a brisa gelada da noite, exceto numa casa. São exatamente três horas da madrugada. Filomena acorda, acende a luz e confere as horas. O marido não havia chegado. Quase todos os dias a mesma coisa, até altas horas: quando não se embriagava, entregava-se ao jogo, perdendo tudo o que tinha.

            Filomena é uma mulher forte, mas não enfrenta o marido, alheio a tudo. Sofre calada.

    Em casa falta tudo. Não há o que comer. O marido gasta o salário com o vício. Filomena reza todos os dias pedindo a Deus que liberte o marido do mal que o domina.

    Sebastião, o marido de Filomena, antes de passar a beber com frequência, era um homem honesto, trabalhador, calmo e carinhoso; não deixava faltar nada em casa, tinha muitos amigos. Agora, tornara- se um homem irresponsável.

    O sono dele é tão pesado que, para acordá-lo, a mulher precisa atirar-lhe água no rosto. Ele anda sempre nervoso. A bebida o domina tanto que não resiste quando passa em frente a um bar. Ali entra e, ao sair, mal consegue ficar de pé: mais um dia perdido. Sai cambaleando rua afora, sujeito a ser uma vítima do trânsito. Os amigos fogem dele, pois torna-se inconveniente, constrangendo a todos. Chega ao serviço na hora que deveria retornar à casa. Não se fixa em emprego nenhum. Ao final do mês, o dinheiro que recebe mal dá para pagar as contas das biritas. Retorna à casa sem nada. O filho e a esposa às vezes têm de pedir auxílio às pessoas, para não passar fome.

    E assim a vida se arrasta.

    Na rua, todos tratam Sebastião como um joão-ninguém. Todas as vezes que sai, o pessoal grita:

    — Vejam lá, o Tião cachacinha, o bafo de onça!

    A moral do Tião está baixa. A cachaça o desmoralizou. Nem as crianças o respeitam. Tornou-se agressivo.

    E o quadro repete todos os dias, num enfadonho e desesperançoso cenário.

    Agora são exatamente quatro horas da madrugada, e lá vem o Tião Cachacinha, cambaleante e nervoso.

    — Cadê você, mulher? — grita, chutando uma mesa que está à sua frente. Em seguida, pega um jarro sobre a mesa e atira-o contra a parede, e vai quebrando tudo que encontra diante de si.

    Filomena encolhe-se no canto da cama toda trêmula e, com um terço, reza. O marido entra no quarto exalando um odor insuportável.

    Então, você está aí, mulher?... Onde está a janta?

    — São quatro horas da manhã... Sebastião, e... não há nada pra fazer! — gagueja Filomena.

    — Sua infeliz, então vá procurar alguma coisa, que eu estou morrendo de fome.

    — Mas Sebastião...

    —      Deixe de conversa e vá logo fazer alguma coisa! — disse, pegando-a pelos cabelos.

    Sebastião começa a espancar a mulher. Filo-mena grita, tenta correr. Ele a segura. Rafael, o único filho do casal, um menino

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