Haroldo de Campos: para sempre
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Pré-visualização do livro
Haroldo de Campos - Lucia Santaella
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
Reitora: Maria Amalia Pie Abib Andery
EDITORA DA PUC-SP
Direção: José Luiz Goldfarb
Conselho Editorial
Maria Amalia Pie Abib Andery (Presidente)
Ana Mercês Bahia Bock
Claudia Maria Costin
José Luiz Goldfarb
José Rodolpho Perazzolo
Marcelo Perine
Maria Carmelita Yazbek
Maria Lucia Santaella Braga
Matthias Grenzer
Oswaldo Henrique Duek Marques
Fronstispício© Lucia Santaella. Foi feito o depósito legal.
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Reitora Nadir Gouvêa Kfouri / PUC-SP
Santaella, Lucia. Haroldo de Campos : para sempre / Lucia Santaella. - São Paulo : EDUC, 2019.
1. Recurso on-line: ePub
Disponível no formato impresso: Santaella, Lucia. Haroldo de Campos : para sempre / Lucia Santaella. - São Paulo : EDUC, 2019. 80 p. ; 18 cm. ISBN 978-85-283-0626-2.
Disponível para ler em: todas as mídias eletrônicas.
Acesso restrito: http://pucsp.br/educ
ISBN 978-85-283-0633-0
1. Campos, Haroldo de, 1929-2003 - Crítica e interpretação. 2. Poesia brasileira - História e crítica. I. Título.
CDD 928.699
869.915
EDUC – Editora da PUC-SP
Direção
José Luiz Goldfarb
Produção Editorial
Sonia Montone
Preparação e Revisão
Otacílio Nunes
Editoração Eletrônica
Gabriel Moraes
Waldir Alves
Capa
Kalynka Cruz-Stefani
Fotos de capa e da última página
Acervo Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos - Reprodução autorizada
Administração e Vendas
Ronaldo Decicino
Produção do ebook
Waldir Alves
Revisão técnica do ebook
Gabriel Moraes
Rua Monte Alegre, 984 – sala S16
CEP 05014-901 – São Paulo – SP
Tel./Fax: (11) 3670-8085 e 3670-8558
E-mail: educ@pucsp.br – Site: www.pucsp.br/educ
Dedico este livro a José Luiz Goldfarb
e ao vínculo que continua nos unindo a Haroldo de Campos
Por isso, hoje precisamos ainda encarnar Haroldo de Campos. Seu espírito ambicioso é um grande sol interno para nós, que olhamos estupefatos o século passado se dissolvendo. Precisamos encarná-lo, compreender seu percurso e a amplitude de seu pensamento: o diálogo amplo e corajoso que estabeleceu com tantos e tão múltiplos pensadores. [...] Desde 2003, o poeta não está mais, de corpo presente, entre nós. Seu pensamento, sim, está vivo e se desdobra em novas edições de seus livros e em novos ensaios sobre sua obra, iluminando e animando o debate no campo das letras. Por isso mesmo, precisamos (também) encarar Haroldo de Campos. Colocá-lo à prova do tempo presente, ininterruptamente. Seus olhos de lince não puderam acompanhar as transformações deste novo século – e é nosso dever fazê-lo. Essa é uma das formas mais generosas de homenagem.
(Renan Nuernberger, 2015)
SUMÁRIO
Dedicatória
Homenagem
Sumário
Apresentação
Vida regada de obras
O poeta
O transcriador
O teórico-crítico-ensaísta
O professor
O amigo
Referências
Foto
Apresentação
O cientista e filósofo norte-americano C. S. Peirce – fundador da semiótica, ciência dos signos – desenvolveu uma teoria da imortalidade humana que me parece oportuna para abrir este breve livro sobre a obra de Haroldo de Campos. Para Peirce, nós temos dois tipos de existência. Uma é a existência individual, corpórea, fechada em uma caixa de carne e sangue, a outra é a existência espiritual, que o ser humano tem em si e que leva consigo nas suas opiniões e sentimentos, simpatia, amor.
Cada ser humano tem uma identidade que transcende de muito o mero animal; – uma essência, um significado tão sutil quanto possa ser. Ele não pode conhecer sua própria significância essencial; de seu olho, ele é a olhadela. Mas que ele verdadeiramente tem essa identidade expandida é a expressão verdadeira e exata da simpatia, companheirismo – junto com todos os sentimentos não egoístas – e tudo aquilo que nos faz sentir que o ser humano tem um valor absoluto. [...] Esta é a existência que a lógica considera certamente imortal, uma imortalidade que depende de o homem ser um verdadeiro símbolo. (CP 7.593-594)
Exemplar da imortalidade do ser humano como símbolo é a preservação dos mortos na memória dos vivos, nas lembranças que deixaram, nas falas que os relembram, nas cerimônias e rituais da dor e da saudade. Entretanto, nada poderia ser mais demonstrativo da verdade simbólica humana e de sua eternização do que a capacidade de alguns seres humanos para imprimir em obras o brilho do seu espírito. Esses são os que inventam, criam, dão corpo ao pensamento e à sensibilidade em símbolos externos que se incorporam ao acervo dos grupos, das nações, dos povos, da espécie. Não é casual que essas pessoas são muito justamente chamadas de imortais, na medida exata da grandeza da obra em que se eternizam, aliás, uma grandeza que