Astrologia, Horóscopos e Previsões: Astrologia

A ASTROLOGIA É CONFIÁVEL?

Numa experiência, cientistas acompanharam a vida de bebês nascidos num mesmo dia. Ao longo dos anos, as observações permitiram a conclusão de que a astrologia não influenciou em nada os destinos dessas pessoas, que tomaram rumos totalmente diferentes. Seria estranho se fosse de outra forma. Tais conclusões e tais estudos nada acrescentam ao nosso conhecimento e não desmistificam a astrologia. Poderíamos, em oposição, apresentar outra argumentação.

Vamos imaginar o destino de cinco carros, de um lote de veículos fabricados no mesmo dia, independente de sua marca. O que o destinou reservou a cada um desses cinco poderia ter sido determinado pela astrologia? Vejamos o que ocorreu. Um deles foi vendido ao governo do país, recebeu acessórios de luxo e é usado hoje para transportar visitas importantes. Outro recebeu uma blindagem de aço e transporta a família de um alto executivo. Um terceiro foi adquirido, através de um consórcio, por uma família da classe média, usado pelo filho, que faz faculdade. Outro, ainda, foi adquirido por um traficante, que o empresta a seus amigos para realizarem assaltos, sequestros e crimes. Outro, finalmente, foi comprado por um casal de aposentados, que o usa esporadicamente para visitar os filhos.

O carro do governo continua rodando, com a manutenção em dia, cuidados especiais e aparência de zero quilômetro. O do executivo, apesar de muito usado, continua rodando normalmente, pois recebe constantes revisões e cuidados. O que foi adquirido pela família de classe média, um pouco pelo desleixo do rapaz, um pouco pelo seu jeito esportivo de rodar, está detonado. Roda, mas vive dando problemas de oficina. Estão pensando em trocá-lo. O do traficante, após um assalto, bateu num poste e deu perda total. O do casal de aposentados ainda continua cheirando a novo e o velho está pensando em dá-lo de presente ao filho mais velho, que está desempregado e precisa de um veículo para se candidatar a uma vaga de trabalho.

Os astros nada influenciaram no destino dos carros, muito embora tivessem sido fabricados no mesmo dia, da mesma forma que os astros em nada influenciam no destino das pessoas nascidas no mesmo dia. O que a astrologia ensina é que as pessoas nascidas no mesmo dia têm um mesmo potencial e características gerais semelhantes. A família, o meio, as oportunidades que cada uma conseguir na vida, e aproveitar, é que vão estabelecer o que cada um será no futuro. Muitos, mesmo desempregados, não conseguem realizar trabalhos simples como vender e reconhecem que são incapazes de fazer isso. Outros, no entanto, vendem geladeiras a esquimós. Uns são fechados, outros são expansivos. Uns gostam de roupas coloridas, outros de roupas sóbrias. Há pessoas que se dão bem nos esportes e outras que se dão melhor nos estudos. Essas diferenças podem ser estabelecidas a partir da astrologia. E a grande lição da astrologia é aproveitar seu conhecimento para um desenvolvimento pessoal mais efetivo. Se a astrologia ensina quais são as minhas virtudes, devo trabalhar para desenvolvê-las cada vez mais. Se me ensina as minhas deficiências, preciso procurar superá-las para ser uma pessoa mais completa.

Assim, não espere lições milagrosas nem previsões fatalistas através da astrologia, porque esse não é seu objetivo. Ela aponta tendências, possibilidades, eventualidades que podem ocorrer e... Que podem também ser evitadas. Se o ariano pode ser agressivo, deve estar sempre atento para evitar criar atritos com ideias intransigentes. Deve aprender a ouvir, quando lidar com as pessoas. O leonino gosta de brilhar, de ocupar lugar de destaque e luta por isso. Deve, no entanto, evitar pisar ou devorar pessoas para atingir seus objetivos.

Conheça a verdadeira astrologia e o que ela pode ensinar para que sua vida, e a dos que o cercam, seja melhor.

UM POUCO DE HISTÓRIA

A astrologia é uma prática antiga, desenvolvida de forma independente entre diferentes civilizações de todas as partes do mundo, ao longo de toda a história da Humanidade. Os caldeus, na Babilônia, hoje Iraque, já haviam codificado uma das formas originais da astrologia há mais de 3.000 anos a. C. Há registros de que os chineses já praticavam a astrologia em 2000 A.C. Variações de estudos astrológicos também foram registradas na Índia antiga e entre os maias, na América. As bases desse conhecimento foram, com certeza, as observações feitas dos astros e sua ação sobre a natureza. Perceberam que o sol determinava as mudanças de estações e que o sucesso ou não das colheitas dependia da ocorrência de determinados fatores.

A partir dessas observações, um sistema mais abrangente foi sendo desenvolvido, baseado na observação de que os movimentos dos planetas influenciavam outros aspectos da vida. Os caldeus foram mais além nessas conclusões. Vênus, o astro mais luminoso e claro do firmamento, foi associado à fecundidade. A Marte, com seu aro resplandecente vermelho, foi atribuída a responsabilidade pela ocorrência de mudanças violentas e guerras. É preciso esclarecer que essas ligações não foram atribuídas aleatoriamente, mas foram deduzidas da observação de que, quando a presença desses astros era mais ativa no firmamento, determinados fatos ocorriam na natureza ou às pessoas. Essas observações envolveram dados coletados ao longo de milhares de anos e os estudos foram se tornando cada vez mais detalhados e precisos, abordando o movimento dos sete corpos celestes mais conhecidos desde então: Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. O Zodíaco foi dividido em doze partes iguais, cada uma com trinta graus, que receberam nomes de constelações.

Os primeiros horóscopos, compilados pelos sacerdotes caldeus, tratavam do rei e do futuro do estado, que ele representava. Isso porque esses sábios eram mantidos nas cortes dos grandes governantes e trabalhavam para ele. Em 410 a. C., foi registrado o primeiro horóscopo pessoal, feito para o filho do rei Shuma Usur. A partir do século V a. C., a astrologia chegou à Grécia, onde filósofos como Pitágoras e Platão a incorporaram a seus estudos sobre religião e astronomia. Durante a Idade Média foi amplamente praticada na Europa, onde sofreu as primeiras perseguições, pelo arcebispo de Canterbury, em 600 d. C.

Até o século XVI, os sábios e estudiosos consideravam a astrologia e a astronomia como ciências complementares. Na Itália e na Alemanha era estudada nas universidades, com a astronomia. Importantes descobertas realizadas por Nicolau Copérnico e Galileu mudaram esse pensamento, mas a relação entre filósofos, astrônomos e matemáticos persistiu. Kepler sustentava que os astros emitiam um tipo de radiação extrafísica que influencia diretamente os seres humanos. Outros autores deram destaque à astrologia em suas obras, destacando-se, entre eles, Tomaso Campanella, cuja obra A Cidade do Sol, em que propunha a aplicação da astrologia a vários setores da vida, como no governo, na educação dos jovens e orientação profissional, tendência essa hoje observada nas grandes empresas, que mandam realizar acurados estudos do mapa astral dos candidatos