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Primeiros Fazendeiros do Sudoeste Goiano e do Leste Mato-Grossense: Genealogia e História
Primeiros Fazendeiros do Sudoeste Goiano e do Leste Mato-Grossense: Genealogia e História
Primeiros Fazendeiros do Sudoeste Goiano e do Leste Mato-Grossense: Genealogia e História
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Primeiros Fazendeiros do Sudoeste Goiano e do Leste Mato-Grossense: Genealogia e História

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About this ebook

A presente obra é fruto de longa e árdua pesquisa realizada pelos autores sobre os pioneiros que colonizaram o sudoeste do estado de Goiás e parte do estado de Mato Grosso, na metade do século XIX. Do estado de Minas Gerais, vieram para Goías os pioneiros José Manoel Vilela, José Antônio de Carvalho e Serafim José de Barros. De Franca, São Paulo, veio José Carvalho Bastos, juntando-se aos mineiros com o objetivo de criar gado nas pastagens naturais, ainda inexploradas, além do Rio Paranaíba. Um pouco mais tarde, chegou, também de Minas Gerais, outro pioneiro importante, que foi José Primo da Costa Lima. Posteriormente, filhos e netos desses pioneiros continuaram rumo ao oeste, pulando o Rio Araguaia, montando fazendas e fundando cidades no estado de Mato Grosso.
O leitor terá a oportunidade de apreciar a história de cada um desses pioneiros, suas dificuldades para montar suas fazendas em terras habitadas por índios hostis, falta de estradas e longas distâncias para adquirir suprimentos tais como sal, arame e remédios.
Grande parte do livro, no entanto, é sobre a genealogia desses homens corajosos e aventureiros, que com suas esposas, tão bravas quanto seus maridos, enfrentaram o grande desafio de colonizar e encher de filhos uma nova terra. Alguns desses pioneiros deixaram documentos que permitem rastrear suas ascendências até o século XVII, em Portugal.
Muito provavelmente, mais da metade dos mais de 100 mil habitantes da cidade de Jataí descende de, pelo menos, um dos grandes pioneiros citados neste livro. Mesmo sem saber, seu nome talvez esteja em alguma página deste livro. Boa leitura.
LanguagePortuguês
Release dateJan 17, 2022
ISBN9786525011387
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    Primeiros Fazendeiros do Sudoeste Goiano e do Leste Mato-Grossense - Binômino da Costa Lima (Meco)

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    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO CIÊNCIAS SOCIAIS

    * Capa: foto de um quadro pintado por Vanderlei Vilela para o Almério B. França em 1983, retratando a Fazenda Bonfim de José Antônio de Carvalho.

    AGRADECIMENTOS

    São tantos os que nos ajudaram que seria até enfadonho enumerar a todos, sem falar no risco de, por inadvertência, deixar de referir alguém e cometer injustiças.

    Mas, em particular, gostaríamos de agradecer a José Feliciano de Moraes os incentivos para prosseguirmos neste trabalho e, em especial, a sua valorosa colaboração na genealogia da família Vilela de Caiapônia e de seus parentes de Alto Garças e Guiratinga.

    À Amélia Costa Lima, que nos auxiliou nas pesquisas na cidade de Mineiros.

    À Nícia Carvalho Ferreira, que, por meio da prima Olésia Rezende de Carvalho, enviou-nos de Araguari os descendentes da caçula de José Antônio de Carvalho, Antônia Justiniana de Carvalho, sua mãe.

    À Zildinete Santos de Carvalho, residente em Rondonópolis, que nos auxiliou com os descendentes de Jonas Cândido de Carvalho.

    A Luiz Braz de Souza e Idelina Cabral de Assis, que nos forneceram dados preciosos sobre a família de José Primo da Costa Lima.

    À Dr.a Leyde de Moraes, viúva do Dr. José Guimarães, de Ouro Fino, a assistência com material de pesquisas genealógicas do Dr. Guimarães.

    Ao Dr. Antônio Soares Gedda, nosso incansável consultor, que muito nos ajudou, e a todos os outros nosso, muito obrigado.

    À Cláudia Paniago Vilela, que colaborou com os descendentes de Virgílio Vilela.

    Os autores gostariam de agradecer de modo especial àqueles que contribuíram com apoio financeiro para o sucesso na publicação deste livro: Airton Katzer da Agropecuária B&G, Antônio de Padua Carvalho, Luis Antônio Monteiro da Nutroeste Nutrição Animal e Dermeval da Cunha Jr.

    Agradecemos à Editora Appris, em especial a Andréa Silva e Jhonny Alves, pela preciosa ajuda na revisão e edição de nosso livro.

    Sumário

    INTRODUÇÃO 9

    CAPÍTULO I

    JOSÉ ANTÔNIO DE CARVALHO 14

    Combate 151

    CAPÍTULO II

    JOSÉ CARVALHO BASTOS 167

    CAPÍTULO III

    JOSÉ MANOEL VILLELA 249

    CAPÍTULO IV

    JOSÉ VILELA JUNQUEIRA 279

    CAPÍTULO V

    GABRIEL JUNQUEIRA VILELA 305

    CAPÍTULO VI

    JOAQUIM JOSÉ VILELA 313

    CAPÍTULO VII

    JOAQUIM FABIANO VILELLA 315

    CAPÍTULO VIII

    MANOEL FRANCISCO VILELA 321

    CAPÍTULO IX

    JOSÉ PRIMO DA COSTA LIMA 327

    CAPÍTULO X

    JUSTINO DA COSTA LIMA 403

    CAPÍTULO XI

    JOAQUIM ANTÔNIO DE MORAES 407

    Capítulo XII

    SERAFIM JOSÉ DE BARROS 423

    CAPÍTULO XIII

    EVENTOS, CAUSOS, FOTOS E ESTÓRIAS DO JATAÍ ANTIGO 429

    Alguns Eventos Importantes na História de Jataí 429

    Em busca do Sal 430

    Primeira Sessão de Cinema em Jataí 431

    Fotos Históricas de Jataí 432

    REFERÊNCIAS 437

    GLOSSÁRIO 439

    INTRODUÇÃO

    O homem sempre se preocupou com suas origens. Perguntas como De onde viemos? e O que fazemos aqui? são feitas há muito tempo na história da humanidade. A busca da verdade sobre essas questões tem contribuído com a evolução da ciência em diversas áreas. A curiosidade do homem em relação ao planeta em que vive, e sobre si mesmo, é um dos fatores que contribuíram e contribuem para a evolução de nossa espécie. Se algum dia a vontade de aprender desaparecer da mente humana, o homem perderá sua maior força interna. A curiosidade faz-nos pesquisar, e a pesquisa sempre nos leva a descobertas, invenções ou, simplesmente, a uma satisfação pessoal.

    Pesquisar faz parte do dia a dia de todos nós, não é privilégio dos cientistas em seus laboratórios. A dona de casa faz pesquisa de preços antes de fazer suas compras; o pecuarista não compra a primeira boiada que lhe oferecem; nem o agricultor arrisca sua lavoura com uma semente desconhecida.

    A pesquisa apresentada neste trabalho tem o objetivo principal de conhecer um pouco mais a história dos pioneiros que chegaram à Jataí em meados do século passado e de seus descendentes. Uma história que já começou a ser contada por Basileu Toledo França em Os Pioneiros.

    Inúmeras dificuldades surgem quando se propõe executar uma pesquisa dessa natureza, tais como documentos importantes que foram destruídos, analisar documentos ilegíveis, identificar fotos, entrevistas com pessoas distantes, gente que não gosta de falar de seus pais e avós ou, pior ainda, que conta fatos distorcidos. Há passagens engraçadas e embaraçosas, como a do Meco, que, quando pesquisava a árvore genealógica de sua família e bateu à porta de uma parenta distante, disse ao senhor, já bastante idoso, que lhe atendeu que gostaria muito de falar com uma certa senhora moradora daquela casa para checar alguns nomes de parentes. O senhor olhou-o surpreso e, com a calma bem típica dos Costa Lima, informou-lhe: "Só si a gente fô no centro espríta, porque ela já morreu há uns déis anos atrás".

    Há toda sorte de situação. É necessário um filtro de bom senso antes de se decidir. Mesmo assim, alguns erros involuntários podem ter sido incorporados na primeira edição do nosso trabalho, e, de antemão, agradecemos a indicação desses enganos para correções em uma nova edição. Agora, em 2021, ainda em meio à pandemia que assola todo o planeta, preparamos a presente edição com algumas correções e acréscimos de dados.

    Esperamos que você, descendente ou não dos pioneiros que aqui chegaram, aprecie a leitura do que foi levantado nesta pesquisa e passe a gostar ainda mais de sua terra e de seu povo.

    A história do homem no Sudoeste do estado de Goiás iniciou-se há cerca de 11 mil anos. Vestígios de sua presença estão espalhados por vários municípios goianos e mato-grossenses. Um dos mais espetaculares está no município de Serranópolis, a aproximadamente 50 km de Jataí, onde o Meco — um dos autores deste livro — com os professores Altair Sales Barbosa, da Universidade Católica de Goiás, Pedro Ignacio Schmitz da Unisinos (RS) e colaboradores pesquisaram, em detalhes, as pinturas rupestres em grutas naturais em arenito silicificado. Escavações realizadas nas grutas revelaram uma ocupação humana datada de aproximadamente 11 mil anos. Encontraram até mesmo um sepultamento em uma dessas escavações. O esqueleto encontrado nesse sepultamento está exposto no Museu Francisco Honório de Campos, em Jataí.

    No museu em Jataí, além do esqueleto, estão dispostos para visitação inúmeros artefatos líticos e de cerâmica de várias épocas de ocupação humana, desde 11 mil anos atrás. Para detalhes dos estudos em Serranópolis, indicamos: 1. Arqueologia dos Cerrados do Brasil Central – Serranópolis I, de Pedro Ignacio Schmitz e outros (1989); 2. Pesquisas – Antropologia n. 44, do Instituto Anchietano de Pesquisas, São Leopoldo (RS); 3. Andarilhos da Claridade – Os Primeiros Habitantes do Cerrado, de Altair Sales Barbosa (2002), Universidade Católica de Goiás, Instituto do Trópico Subúmido.

    A história contemporânea de Jataí, no entanto, começa em 1723 na Ilha de Faial, uma possessão portuguesa no Arquipélago dos Açores, a cerca de 1.600 km a oeste de Lisboa. De lá, partiu um navio com destino ao Brasil trazendo três irmãs: Antônia da Graça, Júlia Maria da Caridade e Helena Maria, que ficaram conhecidas como As Três Ilhoas (Guimarães, 1990). As três irmãs vieram para Minas Gerais, onde deixaram grande descendência. Alguns desses descendentes povoaram o Sudoeste do estado de Goiás, fundando várias cidades, entre elas Jataí.

    A grande família descendente das Três Ilhoas, iniciada em São João Del Rei em 1724, começou sua descida ao longo do Rio Grande. Uns vieram pela sua margem esquerda e habitaram terras paulistas, fundando Ribeirão Preto e Franca. Outros, pela margem direita, desceram para o Triângulo Mineiro edificando povoações, sempre na azáfama de criar bois. Ao contrário dos paulistas, que enfrentavam matos para abrir suas fazendas, os mineiros procuravam campos limpos para criar extensivamente o boi. Foram afazendando-se em Perdões, Bonsucesso, Campo Belo, Candeia, Formiga, Piumhi, Vargem Bonita, Conquista, Sacramento, Uberaba e Campo Florido, daí entrando para o pontal do Rio Prata com São José do Tijuco, e fundaram Prata e Ituiutaba, com suas posses chegando às margens do Rio Paranaíba, na divisa com Goiás.

    Por volta de 1830, os criadores de gado descendentes das Três Ilhoas vieram para Goiás à procura de campos limpos para suas criações extensivas na região do Sudoeste goiano e trouxeram o boi para viver no nosso cerrado. No entanto, o boi ainda era um animal alienígena em adaptação ao cerrado. A convivência secular homem-boi-cerrado propiciou ao fazendeiro subsídios para extrair dessa combinação o seu sustento com o mínimo de dano ao ambiente.

    Figura 1 – Binômino da Costa Lima, o Meco, sentado nos arenitos silicificados do Grupo Bauru (Cretáceo) apreciando o local onde, há 11 mil anos, moravam os primeiros habitantes do Sudoeste goiano. Pousada das Araras, em Serranópolis

    Fonte: foto gentilmente cedida por Weimer Carvalho

    Figura 2 – Prof. Altair Barbosa e Meco, em uma das grutas, na Pousada das Araras. Detalhes das pinturas no arenito

    Fonte: fotos gentilmente cedidas pelo Weimer Carvalho

    Figura 3 – Crânio e outros ossos do Zé Gabiroba, como ficou conhecido um dos mais antigos moradores do estado de Goiás (11 mil anos). À direita, uma de suas residências, às margens do Rio Verdinho. Pousada das Araras

    Fonte: fotos gentilmente cedidas por Weimer Carvalho

    O imigrante, depois de escolher sua área, sempre no costado do último posseiro, procurava demarcá-la por acidentes geográficos bem definidos. Às vezes, para ser mais claro nas suas descritivas, tomava posse de áreas enormes, maiores até que uma sesmaria (em torno de 32.400 alqueires), estendendo-se por léguas e léguas à procura de um rio ou um espigão mestre — muitas vezes não por interesse nessa grande extensão, mas por receio de que uma divisa mal feita, mal entendida, pudesse no futuro levá-lo a uma demanda judicial.

    Com o fim da produção de ouro em Goiás no começo do século XIX, o governo português, que antes pressionava e obrigava que toda mão de obra da capitania de Goiás fosse dirigida exclusivamente para as minas de ouro, passou a incentivar a agricultura e a pecuária no estado.

    Corria a notícia de que a margem direita do Rio Paranaíba era habitada por índios e que havia uma aldeia Caiapó em Cachoeira Dourada. Com isso, refreou-se a entrada de posseiros nessa região. Além disso, a sesmaria, que era uma concessão dada pelo governo português em troca de um sexto da produção, também constituía um empecilho ao avanço para o interior do Brasil.

    Em 1822, com a independência do Brasil, houve a extinção do sistema de sesmarias, criando, de imediato, incentivo para se aventurar Brasil adentro, exercendo, assim, forte influência na grande integração do sertão pelo homem simples. Homem que tivesse peito para enfrentar um mundo desconhecido, hostil, mas capaz de lhe dar uma oportunidade de um dia ser um grande fazendeiro, criador de muito gado. Movimento que nunca parou, e que hoje já alcança a Amazônia.

    Com o fim das sesmarias, a nova lei era apossar e ser dono da terra. Além disso, os posseiros que se aventuraram a pular o Rio Paranaíba não encontraram resistência dos índios, já enfraquecidos, mas sim terras excelentes para criar gado. E a notícia espalhou-se pelo Triângulo Mineiro.

    Tanto posseiros do Prata quanto do São José do Tijuco deixaram suas regiões e partiram para Goiás. Alguns vinham, demarcavam grandes extensões, voltavam ao lugar de origem para vender o que possuíam por lá e retornavam em definitivo para Goiás, a exemplo dos Vilelas e dos Moraes. Outros demarcavam sua área, retornavam e vendiam a outro o seu direito de posse.

    O obstáculo maior na época era cruzar o Rio Paranaíba. Por certo, alguns pioneiros, ao chegarem pela primeira vez às margens do grande rio, fizeram reconhecimento para encontrar o melhor ponto para a travessia e, posteriormente, instalar um porto para atravessar com suas mudanças, em canoas.

    Para atravessar o carro de boi, por exemplo, colocava-se cada roda em uma canoa e o cabeçalho em outra. Com as três canoas presas entre si, remava-se até a outra margem e, ao aportar, amarrava-se uma corda forte ao cabeçalho, que se prendia a uma árvore. Levantava-se o cabeçalho retirando-se a canoa da frente, dando condições às outras para se aproximarem do barranco. A seguir, o carro, em cima de pranchas, era tracionado pelos bois, que já tinham atravessado a nado. Pronto, estavam em terra nova e dispostos a iniciar uma grande aventura, uma nova vida.

    Conforme história oral, José Rodrigues de Mendonça foi o primeiro homem que veio observar, no Sudoeste goiano, a possibilidade de apossar-se de grandes áreas de terras limpas e boas para criar gado e, principalmente, averiguar a existência de índios na região. Veio em companhia de um filho e um genro. Constatando a ausência de índios moradores e a excelência dos campos, voltaram convictos de que as terras eram ótimas para a criação extensiva de gado.

    Em 1830, com a mulher, seis filhos e dois genros, José Rodrigues chega à região onde hoje se localiza Rio Verde. Apossou-se de uma área correspondente a sete sesmarias. Foi quem doou as terras para a criação do patrimônio de Rio Verde. Assim descreve os limites de sua fazenda para o Registro Paroquial do Rio Verde, em 1856:

    O abaixo assignado declara que possui huma fazenda denominada São Thomaz, situada na Freguesia de Nossa Senhora das Dores de Rio Verde do município da Província de Goyaz, a qual tem a extensão de sete sesmarias mais ou menos, limita-se ao Nascente com a fazenda do Bauzinho ao Sul com a fazenda do João Crisóstomo e José Francisco de Guimarães, ao Poente com a fazenda dos Pereira e João Mathias e com Belarmino José dos Santos; ao Norte com Quintiliano da Silva, e com as terras do patrimônio e o Felisberto, e com a fazenda de Joaquim da Silva Prata, e com a fazenda do Manoel Prata, pelo rio Verde a baixo athe o espigão do Bauzinho onde teve principio. Esta diviza segundo consta dos Títulos. Dores do Rio Verde primeiro de outubro de mil e oitocentos e cincoenta e seis. São Thomaz. Arrogo de José Rodrigues de Mendonça. Vicente de Oliveira Pontes.

    Com a notícia de que poucos eram os índios e que os campos eram limpos, próprios para a criação de gado, houve grande interesse em se apossar de terras no Sudoeste goiano, até então totalmente desabitado.

    Foi como uma grande corrida do ouro: centenas de pessoas partiram com o sonho de serem possessoras de vastas extensões de terras e transformarem-se em grandes criadoras de gado. Era o maior sonho da época, entre os tradicionais criadores de boi.

    Entre 1836 e 1842 foram demarcadas terras pelas famílias Vilela, Garcia, Moraes, Carvalho, Junqueira e Costa Lima, indo do Córrego do Lageado a Santana do Paranaíba e ao longo da nascente do Rio Araguaia até a barra do Rio Caiapó.

    José Manoel Villela requereu o pontal do Córrego da Ariranha com o Rio dos Pasmados (hoje Rio Claro). Além desse ponto, em direção ao oeste, José Manoel Vilela requereu terras até o Rio Araguaia. A sudoeste, José Joaquim de Moraes demarcou a margem direita do Córrego da Ariranha às águas do Ribeirão Bom Jardim, e apossou-se do local seu genro José Carvalho Bastos. Na mesma direção, várias posses foram sendo demarcadas pelos irmãos Luiz Antônio de Moraes e Antônio Joaquim de Moraes; por José Primo da Costa Lima e Justino da Costa Lima. Mais para o sul, na margem direita do Rio dos Pasmados, o padre Antônio Dias de Gouveia, tinha quatro fazendas na região e era criador de escravos puro sangue.

    Era costume denominar as cidades com o mesmo nome dos rios que passam pela vizinhança. Por sorte, Jataí não foi denominada Pasmado, que era o primeiro nome do Rio Claro. O nome Jatahy é derivado do tupi-guarani:

    YA-ATA-YBA = árvore-de-fruto-duro

    YA-ATA-YBA = Yatay = Jatay

    Em 1836, Francisco Joaquim Vilela demarcou terras às margens do Córrego Jataí — a Fazenda Bom Sucesso — e seu filho José Manoel Villela apossou-se de terras no outro lado do Rio dos Pasmados — a Fazenda Ariranha. Posteriormente, José Manoel Vilela demarcou terras próximas ao Rio Araguaua fundando as fazendas Araguaia e Matrinchã.

    Ainda em 1836, chegaram à região José Joaquim de Moraes, que veio com seus irmãos para conhecerem o potencial de criar gado em Goiás. José Joaquim demarcou as terras que formaram a Fazenda do Bom Jardim. Antônio Joaquim de Moraes montou as fazendas Varginha e Boa Vista do Rio Claro e Luís Antônio de Moraes, a Fazenda Santa Bárbara. Os irmãos Moraes vieram de São José do Triunfo, Minas Gerais.

    Em 1939, vieram para a região de Caiapônia, GO, o Gabriel Vilela Junqueira que montou a Fazenda das Pedras (Piranha) e a Fazenda Babilônia (Mineiros). José Vilela Junqueira montou a Fazenda Três Pontes (Caiapônia), Fazenda Bonfim (Perolândia) e a Fazenda São Domingos. Joaquim José Vilela fundou a Fazenda Campos Belos e Fazenda Anhuma, e Manoel Francisco Vilela, montou a Fazenda Cana Verde.

    Em 1837, vieram e apossaram-se da fazenda Bom Jardim: José Carvalho Bastos e José Antônio de Carvalho, genros de José Joaquim de Moraes. José Joaquim nunca morou em Jataí; preferiu comprar a Fazenda Irara em Sant’ Ana do Paranaíba, onde morreu em 1882.

    As dificuldades pelas quais passaram os pioneiros são inenarráveis. Somente a convicta decisão de aqui permanecer e a companhia da esposa heroína foram capazes de consolidar a radicação desses pioneiros, que tinham de produzir tudo que era necessário para sua subsistência. Alguns chegavam a levar uma vida de índio para sobreviver.

    A criação extensiva de gado no cerrado exige grandes extensões de terra. Uma média de um alqueire para se criar uma rês e de dois alqueires nos terrenos arenosos.

    A prosperidade da criação de boi em Goiás deu-se mais pelo fato de ser uma mercadoria que entregava a si mesma nos centros de consumo. Sem estradas, sem meios de transportes, o boi, mesmo assim, conseguia chegar aos centros de comercialização, transpondo rios a nado e vencendo enormes distâncias a pé. Só se comercializava o boi em São Paulo e Minas Gerais. O comércio de vaca, garrote, novilha e touro ocorria somente entre os próprios fazendeiros. No entanto, com o tempo a criação de gado no Sudoeste de Goiás cresceu e desenvolveu-se. As reses eram enviadas para novos centros de consumo, como Andradina e Presidente Prudente, em São Paulo. Era o início da recompensa de quem acreditou e aventurou-se por estas bandas no século passado.

    Os respectivos filhos desses pioneiros casaram-se entre si, e seus descendentes formam hoje grande parte da população do Sudoeste do estado de Goiás e parte do Leste de Mato Grosso.

    A genealogia dessas famílias, interesse maior do nosso trabalho, está detalhada a seguir, iniciando-se com José Antônio de Carvalho, que deixou a maior descendência.

    CAPÍTULO I

    JOSÉ ANTÔNIO DE CARVALHO

    (n. 1819?, m. 7/5/1911)

    Figura 4 – Foto rara de José Antônio de Carvalho, com data não identificada. Muito pouco se sabe de sua origem, mas especula-se que poderia ter sido um judeu polonês.

    Fonte: arquivo fotográfico de Binômino da Costa Lima

    José Antônio de Carvalho — filho de Antônio Libório Prado e Francisca Maria de Carvalho —, com 16 filhos, deixou a maior descendência em Jataí. Seu inventário contém 222 páginas, das quais 19 são para relatar seus bens, de fazendas, terras, gado, dinheiro em espécie até dívidas ativas etc. Para se ter uma ideia de suas posses, quando ele faleceu, em maio de 1911, tinha a receber, só de dívidas, o correspondente a 10 mil vacas.

    Basileu de Toledo França, em Os Pioneiros, refere-se muito pouco a José Antônio de Carvalho; quando o faz, é confuso e maledicente, certamente por ter sido mal informado.

    José Antônio de Carvalho faleceu em 1911, e provavelmente muita informação obtida pelo professor Basileu deve ter sido passada por alguém que conhecera José Antônio de Carvalho nonagenário, no fim de sua vida. Ao passo que, sobre os demais pioneiros falecidos anteriormente, as informações eram documentais ou deduzidas. Portanto, afirmar, por exemplo, que o José Antônio de Carvalho era um sovina só pode ser informação repassada por algum de seus inúmeros devedores — típica aversão que a maioria dos devedores tem por seus credores.

    José Antônio de Carvalho tinha como qualidades a grande disposição para o trabalho, a habilidade comercial e o espírito empresarial. Conta-se dele que cedo ia para a roça quebrar milho. O almoço chegava com um menino, que trazia também o carro de bois para levar os 40 jacás, de duas mãos, de milho já quebrados.

    Muito pouco se sabe sobre as origens de José Antônio de Carvalho. Diz-se que ele, então com 18 anos de idade, numa briga lá em Minas, matou um capitão da Guarda Nacional, mas conseguiu fugir e veio parar aqui, com José Carvalho Bastos. Mudou de nome, conservando apenas o sobrenome, Carvalho.

    Morou primeiramente na Fazenda Bom Jardim, na barra do Córrego Galheiro com o Ribeirão Bom Jardim, propriedade de seu sogro, José Joaquim de Moraes. Após alguns de trabalho, de José Manoel Villela compra a Fazenda Boa Vista, vizinha da Fazenda Bom Jardim.

    José Antônio era um exímio seleiro, curtia os couros de vaca e animais silvestre que adquiria dos vizinhos, transformava os materiais em silhões, arreios, baldanas, alforjes, rédeas, cabeçadas, bruacas, cangalhas e trocava-os por gado.

    Conforme já citado, José Antônio de Carvalho teve 16 filhos: todos se casaram e deram-lhe 130 netos, 626 bisnetos, 2.904 trinetos, 5.804 tetranetos e outro tanto de descendentes!

    Doou para cada filho uma fazenda grande, com mil vacas. Posteriormente, no começo do século, deu mais 500 vacas para cada um, ficando ele próprio quase que exclusivamente com o movimento de empréstimo de dinheiro.

    Quanto a essa característica bancária, José Antônio de Carvalho impressiona, graças a sua grande aptidão empresarial, a quantos lhe devotam certa pesquisa.

    Quando do seu inventário, em 1911, não tendo sido apresentado dinheiro para inventariar, o inventário foi rejeitado pelo juiz, pois era de conhecimento geral que havia muito dinheiro de posse do inventariado. Foi exigido pelo juiz a apresentação das letras dos empréstimos, o que foi atendido apenas parcialmente. Mesmo assim, com uma quantia impressionante, suficiente para comprar 10 mil vacas.

    A análise desses e de outros documentos mostra sua larga influência em toda a região do Sudoeste de Goiás até Mato Grosso. Dentre seus clientes, destacam-se: os fundadores de Santana do Paranaíba; os fundadores de Santa Rita do Araguaia; os fundadores de Mineiros e Caiapônia; os grandes comerciantes de Jataí, Rio Verde e até de Minas Gerais; incluindo o padre de Jataí. A larga dispersão de pessoas e valores emprestados mostra-nos sua grande importância no desenvolvimento da região. Tranquilamente, pode-se dizer que foi o Banco do Sudoeste, e não um sovina que vivia com o dinheiro no colchão.

    Somente 29 anos depois apareceu uma casa bancária em Jataí, fundada por dois de seus netos: José Inácio da Costa Lima e Pedro da Costa Lima.

    Em 6 de outubro de 1872, José Antônio de Carvalho comprou de Joaquim Silvério Vilela duas partes na Fazenda Bonfim, onde construiu sua sede. A casa foi construída por volta de 1872, reformada e ampliada em 1888 e destruída em 1998, localizada no atual município de Perolândia, que era na época parte de sua fazenda. Parte da madeira — aroeira — que constituía a casa da Fazenda Bonfim foi adquirida por Cláudio Vilela para construir o Portal do Urutau, nas proximidades de Jataí.

    José Antônio de Carvalho casou-se por volta de 1845 com Maria Vitória Gouveia de Moraes — filha de José Joaquim de Moraes e Isabel Maria de Gouveia, irmã de Ana Cândida de Moraes, mulher de José Carvalho Bastos —, com quem teve sete filhos. Maria Vitória veio a falecer por volta de 1860, e José Antônio casou-se novamente em 1865 com Ambrosina Justiniana Lopes Cançado, natural de Campos Florido (MG), com quem teve mais nove filhos. Ambrosina era a oitava filha de Manoel Lopes Cançado e Justiniana Lucinda dos Santos e faleceu em 1882.

    José Antônio de Carvalho faleceu em 7 de maio de 1911, vítima de varíola preta, em uma epidemia que matou muitos jataienses na época. Está sepultado no cemitério que construiu em sua fazenda, hoje cemitério da Perolândia, onde também estão sepultados sua última esposa e vários filhos, entre eles Zeca Lopes.

    Figura 5 – Fazenda Bonfim, construída por José Antônio de Carvalho por volta de 1872. Foi reformada e ampliada em 1888. Infelizmente, derrubada em 1998

    Fonte: foto de Almério, 1982

    Figura 6 – Fazenda Bonfim: mesma casa da foto anterior. Na época, 1942, de posse do José Silvestre da Costa Lima, esposo de Ambrosina de Carvalho, neta do José Antônio de Carvalho

    Fonte: foto de autor desconhecido. Arquivo Fotográfico de Binômino da Costa Lima

    José Antônio não participou diretamente na política de Jataí. No entanto, era eleitor, participou intensamente da vida comercial, como dono da maior fortuna do Sudoeste goiano — e usava-a no desenvolvimento da região.

    Seu filho José Antônio de Carvalho Jr. (Zeca Lopes), no entanto, foi um grande líder político e teve como mérito ser um grande pacificador, numa época difícil em que passou Jataí, conseguindo manter a grande família unida e prestigiada.

    Os desbravadores do Sertão de Lageado/Rondonópolis eram seus netos, filhos de Antônio Cândido de Carvalho e Serafim José de Carvalho.

    O grande líder Serafim de Carvalho, seu bisneto, foi deputado e comandou os destinos de Jataí por 40 anos — tanto seu pai quanto sua mãe eram netos de José Antônio de Carvalho. Outros bisnetos que foram políticos: Luziano de Carvalho; Dorival de Carvalho; Antônio Soares Gedda, casado com uma sua bisneta (Doralice de Carvalho); e Walkírio Carneiro de Barros, casado duas vezes com duas bisnetas do José Antônio, Balduína Barros Carvalho e Coraci Carvalho. Todos os citados foram prefeitos em Jataí.

    Quadro 1 – Genealogia dos descendentes de José Antônio de Carvalho

    Fonte: os autores

    1.1 JOSÉ ANTÔNIO DE CARVALHO nasceu em 1819; foi casado, pela primeira vez, no ano de 1845, com Maria Vitória Gouveia de Moraes, nascida em 1822, que faleceu por volta de 1860. Maria Vitória era a segunda filha de José Joaquim de Moraes e Isabel Maria de Gouveia, np de Joaquim Antônio de Moraes e Vitória Maria da Conceição. Maria Vitória era irmã de:

    1) Ana Cândida Gouveia de Moraes, cc José Carvalho Bastos

    3) Emerenciana Leopoldina de Gouveia, cc José Alexandre de Moraes

    4) José Gouveia de Moraes, cc Maria dos Anjos

    5) Luís Antônio de Moraes

    6) Joaquim Gouveia de Moraes, cc Isabel Cândida Vilela

    7) Helena Clara de Gouveia, cc Francisco Pereira de Lima

    O casal José Antônio de Carvalho e Maria Vitória Gouveia de Moraes tiveram sete filhos:

    2.1 Maria Bárbara de Carvalho (1846)

    2.2 José Firmino de Carvalho (1848)

    2.3 Isabel Maria de Carvalho (1850)

    2.4 Francisco Antônio de Carvalho (1852)

    2.5 Joaquim Antônio de Carvalho 1854)

    2.6 Antônio José de Carvalho (1856)

    2.7 João José de Carvalho (1858)

    1.1 JOSÉ ANTÔNIO DE CARVALHO casou-se pela segunda vez, em 1865, com Ambrosina Justiniana Lopes Cançado, filha de Manoel Lopes Cançado e Justiniana Lucinda dos Santos, natural de Campos Floridos (MG). O casal teve nove filhos:

    2.8 Francisca Maria de Carvalho (1866)

    2.9 Umbelina Maria de Carvalho (1868)

    2.10 Maria Umbelina de Carvalho (1870)

    2.11 José Antônio de Carvalho Júnior (Zeca Lopes) (1872)

    2.12 Cândida Emília de Carvalho (Dota) (1874)

    2.13 Manoel Antônio de Carvalho (Neca) (1876)

    2.14 Moisés Lopes de Carvalho (Zico) (1878)

    2.15 Ana Rosa de Carvalho (1880)

    2.16 Antônia Justiniana Carvalho (1882)

    2.1 MARIA BÁRBARA DE CARVALHO, nascida em 1846, casada com Joaquim Avelino Franco, nascido em 1834, filho de José Primo da Costa Lima e Ana Claudina de Nazareth, np do alferes Silvestre da Costa Lima e de Ana Pereira de Souza; nm João Inácio Franco e Benta Francisca Romana.

    Joaquim Avelino e seu irmão Silvestre da Costa Lima, filhos de José Primo da Costa Lima, vieram para o chapadão do Bonfim e casaram-se com duas irmãs, filhas do José Antônio de Carvalho, e ali se radicaram. Maria Bárbara de Carvalho e Joaquim Avelino Franco construíram o grande e belo casarão da Fazenda Bom Jardim, afluente do Bonfim, onde tiveram 10 filhos.

    Figura 7 – Maria Bárbara de Carvalho, nascida em 1846. À direita, Fazenda Bom Jardim, construída por seu esposo, Joaquim Avelino Franco. Nesta foto, tirada pelo Almério Barros França em 1982, admiram a fazenda: sua avó, Ana de Carvalho Barros (neta de José Antônio de Carvalho) e sua mãe Maria de Carvalho Barros (bisneta do José Antônio de Carvalho).

    Fonte: Maria Bárbara: arquivo Fotográfico do Meco.

    3.1 Eloy de Carvalho Franco (n. 1866)

    3.2 Ana Vitória de Carvalho (n. 1868)

    3.3 Moisés Avelino Franco (n. 1870)

    3.4 Isabel de Carvalho Franco (n. 1872)

    3.5 Ambrosina de Carvalho Franco (n. 1875)

    3.6 Maria de Carvalho Franco (n. 1877)

    3.7 Joaquim Avelino Franco (n. 1879)

    3.8 Balbina Carlota Franco (n. 1881)

    3.9 João Avelino Franco (n. 1885)

    3.1 ELOY FRANCO DE CARVALHO, casado com (1) Helizena Romualda de Carvalho, nascida em 1874, filha de João Manoel Carvalho Bastos e Genoveva Maria Vilela. Helizena era neta paterna de José Carvalho Bastos e Ana Cândida Gouveia de Moraes e neta materna de José Manoel Villela e Leocádia Perpétua da Silveira. Eloy e Helizena tiveram dois filhos:

    4.1 Godofredo Carvalho Franco, cc Antônia Balbino de Moraes, filha de João Vilela de Moraes e Emerenciana Vilela. João Vilela, apelidado de João Balbino, passou a usar este sobrenome; np de Antônio de Moraes e Mariana Silveira Vilela; nm de José Firmino de Carvalho e Josefa Cândida de Moraes.

    5.1 José Carvalho Franco

    5.2 Maria Felicidade Franco

    5.3 Joaquim Carvalho Franco (Quinca)

    5.4 Emerenciana Carvalho Franco

    5.5 Eloy Carvalho Franco

    5.6 João Carvalho Franco

    5.7 Esmeralda Carvalho Franco

    5.1 José Godofredo de Carvalho, cc Alzira Rezende

    6.1 Alcides Rezende Carvalho, cc Leonice Brandão Carvalho

    7.1 Míriam, cc Dirceu

    7.2 Luciana, cc Ivon Martins

    7.3 Sandro

    7.4 Samuel

    6.2 Osmar Rezende de Carvalho, cc Alda Almeida

    7.1 Marcelo

    7.2 Fábio

    6.3 Odésia Rezende Carvalho, cc Hélio Batista Oliveira

    7.1 Márcio Oliveira Carvalho, cc Cecília

    8.1 André

    7.2 Maristela Oliveira Carvalho

    8.1 Adriana Oliveira Carvalho

    8.2 Renata Oliveira Carvalho

    6.4 Raul Rezende Carvalho, cc Ivonete Gomes

    7.1 Cláudia Beatriz Gomes Carvalho

    7.2 Daniel Gomes Carvalho

    7.3 Márcia Gomes Carvalho

    5.2 Maria Felicidade Carvalho, cc Homero Brandão Castro

    6.1 Milton Carvalho de Castro, cc Telma Sabino

    7.1 Rodrigo

    7.2 Marcelo

    7.3 Milton Jr.

    6.2 Vera Lúcia Carvalho Castro, cc Nilton Carvalho de Souza

    7.1 Regina

    7.2 Nilton Carvalho de Souza Jr.

    7.3 Marcelo

    6.3 Antônio Carlos Carvalho de Castro, cc Maria Emília

    7.1 Guilherme

    7.2 Gustavo

    7.3 Gabriela

    6.4 Godofredo Carvalho Castro, cc Maria Elí Rezende

    7.1 Renata

    7.2 Juliano

    7.3 Fernanda

    5.3 Joaquim Carvalho (nc)

    5.4 Emerenciana Carvalho Franco, cc Sebastião Carrijo

    6.1 Êda Carvalho Carrijo, cc Eduardo

    7.1 Juliana

    7.2 Laura

    6.2 Elza Carvalho Carrijo, cc Francisco

    7.1 Fernando

    7.2 Cristiana

    5.5 Eloy Antônio de Carvalho, cc Oscalina Carvalho

    6.1 Maria José Carvalho, cc Altomar Rezende

    6.2 Sebastiana Carvalho, cc Ariomar Rezende

    7.1 Ariomar Rezende

    7.2 Fabiana

    7.3 Clarice

    6.3 Pedro Barbosa Carvalho

    5.6 João Antônio Carvalho, cc Virgilina Cardoso

    6.1 Eloi Cardoso Carvalho, cc Vanilda Rondon

    6.2 João Carlos Carvalho

    7.4 Rogério Gomes Carvalho

    5.7 Esmeralda Carvalho, cc Ciro Rossi

    6.1 Ciro Henrique Carvalho Rossi, cc Meg

    7.1 Letícia

    7.2 Marcelo

    4.2 João Epaminondas Carvalho Franco, casado com (1) Helena Carvalho, filha de Francisco Antônio de Carvalho e Balduína Cândida Vilela; np de José Antônio de Carvalho e Maria Vitória Gouveia de Moraes; nm José Manoel Villela e Leocádia Perpétua da Silveira.

    5.1 Sebastião Ottoni de Carvalho Franco, casado com Maria José de Carvalho, filha de José Flávio de Carvalho e Leopoldina Balbino de Moraes; np de Gabriel Flávio de Carvalho e Ana Vitória de Carvalho; nm. João Balbino de Moraes e Emerenciana Vilela.

    6.1 José Ottoni de Carvalho, cc Precildina David Campos

    7.1 José Maria Carvalho

    7.2 Mauro Antônio De Carvalho

    7.3 Marta Maria Carvalho

    7.4 Delza Ottoni de Carvalho

    7.5 Lúcia Ottoni Carvalho

    7.6 Wendel Ottoni Carvalho

    6.2 Antônio Ottoni de Carvalho, cc Esmeralda Carvalho Fernandes

    7.1 Edésio Carvalho Fernandes

    7.2 Bosco Carvalho Fernandes

    7.3 Ronaldo Ottoni Carvalho

    7.4 Paulo Roberto de Carvalho

    6.3 Epaminondas Ottoni de Carvalho, cc Ivanilde A. Ferreira

    7.1 Rosimeire

    7.2 Epaminondas

    6.4 Conrado Ottoni de Carvalho, cc Maria Nogueira

    7.1 Kleuber Nogueira Carvalho

    7.2 Alexandra Nogueira Carvalho

    7.3 Helena Nogueira Carvalho

    4.2 João Epaminondas Carvalho Franco, casado com (2) Glorcinda Carvalho, filha de Serafim Augusto de Carvalho e Maria Vitória de Carvalho; np de Francisco Antônio de Carvalho e Balduína Cândida Vilela; nm de Joaquim Antônio Carvalho e Ana Cândida de Carvalho.

    5.2 Maria de Lourdes Carvalho

    5.3 Sebastiana Franco de Carvalho

    5.4 Dalva Carvalho

    5.5 José Geraldo de Carvalho

    5.6 Terezinha Carvalho

    5.7 Adaleno Franco de Carvalho

    5.8 Alda Carvalho

    5.2 Maria de Lourdes de Carvalho, cc José de Carvalho (Zezé)

    6.1 João Bosco Carvalho, cc Glória Rejane Araújo

    7.1 José de Carvalho Neto

    7.2 Danilo Araújo Carvalho

    7.3 Ricardo Araújo Carvalho

    6.2 Maria Aparecida de Carvalho, cc Arédio Ferreira Troncoso

    7.1 Caroline Carvalho Troncoso

    7.2 Corena Carvalho Troncoso

    6.3 José Roberto Carvalho, cc Francisca Motta

    7.1 Roberta Motta Carvalho, cc Santinone G. Pereira

    8.1 Ana Carolina Gimenes Carvalho Pereira Mota

    7.2 Luciana Motta Carvalho, cc Américo da Cruz Neto

    5.3 Sebastiana de Carvalho, cc Serafim Franco de Carvalho

    6.1 Maria das Graças Carvalho, cc Abdom Vilela Moraes

    7.1 Silvano Carvalho Vilela

    7.2 Juliana Carvalho Vilela

    6.2 Sandra Carvalho, cc Israel

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