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A adversária da serpente: O auxílio de Maria no combate ao Mal
A adversária da serpente: O auxílio de Maria no combate ao Mal
A adversária da serpente: O auxílio de Maria no combate ao Mal
Ebook97 pages1 hour

A adversária da serpente: O auxílio de Maria no combate ao Mal

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Nada alegra mais o coração de Deus do que ver uma alma resgatada das garras do Mal. Segundo o Evangelista: "Digo-vos que haverá júbilo entre os anjos de Deus por um só pecador que se arrependa" (Lc 15,10). Jesus entregou a Sua vida para nos livrar da condenação eterna, que Satanás procura levar as almas. Diz o Catecismo da Igreja Católica que: "o Mal não é uma abstração, mas designa uma pessoa, Satanás, o Maligno, o anjo que se opõe a Deus" (n. 2851). Vivemos um combate espiritual entre o Reino de Deus e o Reino de Satanás. E Deus confi ou à Virgem Maria, desde os primórdios, o poder e a missão de esmagar a cabeça da infernal Serpente. É preciso salientar a existência deste ser perverso e tentador.
LanguagePortuguês
Release dateFeb 15, 2022
ISBN9786587768205
A adversária da serpente: O auxílio de Maria no combate ao Mal

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    A adversária da serpente - Pe.Gabriel Vila Verde

    O MAL: ABSTRAÇÃO OU REALIDADE?

    Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, onde foi tentado pelo demônio durante quarenta dias (Lc 4, 1-2).

    Para acreditar na existência do demônio, é preciso crer na existência de Deus. Simplesmente pelo fato de que Satanás não é uma espécie de ‘deus do mal’. Ele é uma criatura, um anjo, que por sua rebeldia e revolta contra o Deus que o criou, foi expulso da celeste habitação.

    Caíste dos céus, astro brilhante, filho da aurora! Então! Foste abatido por terra, tu que prostravas as nações! Tu dizias: Escalarei os céus e erigirei meu trono acima das estrelas. Assentar-me-ei no monte da assembleia, no extremo norte. Subirei sobre as nuvens mais altas e me tornarei igual ao Altíssimo. E, entretanto, eis que foste precipitado à morada dos mortos, ao mais profundo abismo. (Isaías 14, 12-15)

    Os povos antigos acreditavam no demônio. Gregos, babilônicos, persas, todos eles acreditavam em seres com forças divinas e maléficas. No entanto, a Bíblia nos mostra que os demônios não são divindades, mas sim, anjos caídos, criaturas com um poder limitado.

    As Escrituras Sagradas nos falam constantemente sobre a existência deste ser maligno chamado diabo. O próprio Jesus Cristo nos fala desta criatura perversa. O Apóstolo São João nos diz claramente: Eis por que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do demônio (1Jo 3,8). Nos relatos da vida pública de Jesus, muitos possessos eram libertos por Sua ordem.

    Há quem sustente a opinião de que os possuídos da época de Jesus, não passavam de pessoas doentes, pois, devido à cultura judaica, as pessoas acabavam por atribuir certas doenças ao demônio. Afirmar isto, é colocar o Filho de Deus no patamar de pessoas tolas, que não sabe distinguir uma doença de um problema espiritual.

    A própria Bíblia nos mostra que, sem dúvidas, aquelas pessoas estavam realmente possuídas por espíritos impuros. Vejamos:

    À tarde, depois do pôr-do-sol, levaram-lhe todos os enfermos e possessos do demônio. Toda a cidade estava reunida diante da porta. Ele curou muitos que estavam oprimidos de diversas doenças, e expulsou muitos demônios. Não lhes permitia falar, porque o conheciam. (Marcos 1, 32-34)

    O evangelista faz uma diferenciação entre a doença e a libertação dos possessos. Ainda diz que Jesus não permitia que os demônios falassem pela boca dos possuídos, pois eles O conheciam:

    Quando os espíritos imundos o viam, prostravam-se diante dele e gritavam: Tu és o Filho de Deus! Ele os proibia severamente que o dessem a conhecer (Marcos 3,11-12).

    Aqui estamos diante dos primeiros sinais da missão de Jesus, no início de sua vida pública, quando as pessoas ainda O desconheciam. Apenas sabiam que era um novo profeta que fazia milagres.

    Como então afirmar que pessoas doentes iriam proclamar a sua Divindade? No evangelho de Mateus, também vemos a diferença entre doença e possessão:

    Sua fama espalhou-se por toda a Síria: traziam-lhe os doentes e os enfermos, os possessos, os lunáticos, os paralíticos. E ele curava a todos (Mateus 4,24).

    Quando ocorria de levarem a Jesus algum doente, ele apenas dizia uma palavra ou tocava no enfermo, para que o mesmo ficasse curado, diferente daqueles que se encontravam atormentados por demônios, pois Jesus ordenava que estes deixassem o possesso, proibindo-os severamente de revelar quem Ele era:

    Jesus o repreendeu, e disse: Cale-se e saia dele! Então o demônio jogou o homem no chão diante de todos, e saiu dele sem o ferir (Lucas 4,35).

    Também aos discípulos foi conferido o poder de expulsar demônios (Mc 6, 7-13). Ao retornarem das missões que realizavam pelas cidades, os discípulos ficavam maravilhados, pois até os espíritos impuros lhes obedeciam ao ouvir o nome de Jesus.

    Jesus disse-lhes: Vi Satanás cair do céu como um raio. Eis que vos dei poder para pisar serpentes, escorpiões e todo o poder do inimigo. Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos estão sujeitos, mas alegrai-vos de que os vossos nomes estejam escritos nos céus. (Lc 10, 17-20).

    Não há espaço para duvidarmos da existência do demônio e das consequências da possessão. O Evangelho é claro, menos para aqueles que teimam em dizer que tudo se explica pela ‘cultura’ da época. Seria melhor admitirem que não acreditam nas Escrituras Sagradas, que as consideram como uma literatura antiga, e não como Palavra de Deus revelada aos homens. Há muitos que usam a máscara de católico (a) para escamotear a sua incredulidade.

    São Vicente de Lérins, em seu clássico Commonitorium, nos dá pistas para distinguir a verdadeira fé católica das perigosas heresias:

    O verdadeiro e autêntico católico é o que ama a verdade de Deus e a Igreja, corpo de Cristo; aquele que não antepõe nada à religião divina e à fé católica: nem a autoridade de um homem, nem o amor, nem o gênio, nem a eloquência, nem a filosofia; mas que depreciando todas estas coisas e permanecendo solidamente firme na fé, está disposto a admitir e a crer somente o que a Igreja sempre e universalmente tem crido.

    Se a Igreja sempre ensinou que o diabo existe, não será a eloquência de certos teólogos ou a autoridade de um clérigo que nos fará abraçar o contrário. A verdade sempre prevalecerá, mesmo quando todos quiserem escondê-la ou deixá-la de lado. São Paulo é quem nos faz um alerta:

    Estai de sobreaviso, para que ninguém vos engane com filosofias e vãos sofismas, baseados nas tradições humanas, nos rudimentos do mundo, em vez de se apoiar em Cristo. (Cl. 2, 8)

    Quantos sãos os seminaristas espalhados pelo mundo que não recebem uma doutrina segura sobre demonologia, e acabam por não crerem na existência dos demônios! Professores de uma teologia ‘moderna’, que incutem nos futuros padres um profundo descrédito a tudo aquilo que diz respeito ao mundo dos anjos e ao sobrenatural. Sendo assim, quando são ordenados sacerdotes, repassam este mesmo aprendizado aos leigos. Como resultado desta empreitada, temos um grande exército de soldados sem armas que não acreditam na existência de um

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