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Serviços Ambientais e Responsabilidade Civil por Danos ao Meio Ambiente: uma análise da correlação jurídica dos institutos como instrumento de preservação ambiental
Serviços Ambientais e Responsabilidade Civil por Danos ao Meio Ambiente: uma análise da correlação jurídica dos institutos como instrumento de preservação ambiental
Serviços Ambientais e Responsabilidade Civil por Danos ao Meio Ambiente: uma análise da correlação jurídica dos institutos como instrumento de preservação ambiental
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Serviços Ambientais e Responsabilidade Civil por Danos ao Meio Ambiente: uma análise da correlação jurídica dos institutos como instrumento de preservação ambiental

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Este livro objetivou analisar a Responsabilidade Civil Ambiental, apontando as falhas doutrinárias e jurisprudenciais e, sobretudo, elaborar uma melhor sustentação científica para a construção de uma doutrina com mais robustez jurídica. Objetivou também a análise da Responsabilidade Civil Ambiental, sob o viés do pagamento por serviços ambientais, enaltecendo o seu uso como fator preventivo, sem olvidar dos instrumentos repressivos diante da degradação ambiental. Para a consecução dos objetivos, o Princípio do Desenvolvimento Sustentável foi um norte perseguido, na certeza de que é o mote jurídico para que vivamos em um meio ambiente ecologicamente equilibrado, como preceitua a Constituição.
LanguagePortuguês
Release dateMar 25, 2022
ISBN9786525231266
Serviços Ambientais e Responsabilidade Civil por Danos ao Meio Ambiente: uma análise da correlação jurídica dos institutos como instrumento de preservação ambiental

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    Serviços Ambientais e Responsabilidade Civil por Danos ao Meio Ambiente - Raphael de Abreu Senna Caronti

    capaExpedienteRostoCréditos

    A todos que contribuíram na produção e criação desse trabalho, aos meus pais e em especial a minha mãe Laudiney de Abreu Senna Caronti por sua história de vida, sua luta e por sua insistência em educar os seus filhos. Ao Elcio Nacur Rezende, meu orientador e amigo que muito me ajudou no mestrado, pelas dicas dadas e pelas oportunidades que me foram dadas e que ajudaram em muito em meu crescimento pessoal e intelectual. À Dom Helder Câmara e aos seus professores que me acompanham e que contribuíram para meu crescimento, desde a graduação e que se estendeu para a pós-graduação. E, aos amigos que de alguma forma contribuíram para chegar até esse momento. Assim, é só através da ciência e da academia que podemos construir uma sociedade melhor.

    Agradecimentos

    À Dom Helder Câmara e a todo seu corpo docente que me possibilitaram a oportunidade de descobrir quão maravilhosa é a pesquisa cientifica e a possibilidade de mudança social a partir dela.

    Ao meu orientador, Dr. Elcio Nacur Rezende, pela paciência, parceria e pela ajuda em me guiar para o caminho de uma pesquisa melhor e pelas dicas preciosas que me foram dadas e que melhoraram meu pensamento, minha forma de escrever e a forma como o mundo é pensado.

    Aos meus colegas que contribuíram nas aulas ou nas produções, compartilhando seus conhecimentos e pontos de vista, tornando a aula tão especial e rica.

    Aos meus pais, amigos, familiares e a todos que me ajudaram e que me acompanharam nessa jornada.

    E, por fim, a Deus por realizar esse sonho, me dar forças a escrever, condições e de continuar motivado para finalizar essa nova etapa de vida.

    O que adquire entendimento ama a sua alma; o que conserva a inteligência achará o bem

    (PROVÉRBIOS, 19:8).

    Lista de Abreviaturas e Siglas

    Prefácio

    Com grande alegria vejo nos noticiários desta manhã que estamos, no nosso querido Brasil, superando a maior pandemia que vivemos. Este fato, enaltece, com os melhores elogios, o povo brasileiro que se engajou em prol da vida, ao contrário de outros países, comumente chamados de desenvolvidos, que infelizmente resistiram à vacinação e, agora, em lamento, não conseguem reduzir os tristes efeitos da patologia.

    Minha alegria matutina foi ainda mais efusiva quando recebi o convite para prefaciar esta obra!

    Raphael de Abreu Senna Caronti foi meu aluno de Mestrado e membro do Grupo de Pesquisa que lidero na Dom Helder Escola de Direito, sempre com excelente conduta acadêmica e demonstrando grande vocação para a pesquisa científica na área jurídica.

    Neste livro, fruto da sua Dissertação de Mestrado, Raphael faz uma inteligente análise de dois importantes institutos jurídicos afetos ao Direito Ambiental, quais sejam: o Pagamento por Serviços Ambientais e a Responsabilidade Civil decorrente do Dano Ambiental.

    Com efeito, a almejada preservação ambiental, preocupação constante em qualquer pessoa minimamente lúcida, perpassa por incentivar financeiramente todos que optam por preservar o ambiente em detrimento de explorá-lo ainda que licitamente, bem como, por imputar implacável reponsabilidade civil aquele que, de forma repugnante, destrói nosso mundo.

    Jamais podemos olvidar da importância do dinheiro em nossas vidas, sob pena de nefelibatismo e, justamente essa afirmativa, é o supedâneo deste livro.

    O Pagamento por Serviços Ambientais é, inexoravelmente, um recurso jurídico e político que, proposto com eficácia, proporciona a preservação ambiental em todos os países. O Autor, com perspicácia e inteligência, apresentou casos concretos nos Estados Unidos, França, Austrália, China e Costa Rica, demonstrando a exitosa experiência internacional, parte desta obra que, particularmente, entendo como leitura obrigatória para todos os gestores públicos, políticos, legisladores, estudiosos do Direito, enfim, para todas as pessoas que têm uma honrosa curiosidade sobre o tema.

    Para além da experiência de outros países, o Raphael também pesquisou que no Brasil também o PSA já foi utilizado, expondo casos de cidades de Minas Gerais, São Paulo e Amazonas, nas quais se pode verificar a efetividade da iniciativa no cuidado ambiental em compasso com a questão econômica.

    Não obstante, por cediço, aprende-se ainda quando criança que todo comportamento indevido gera consequências, quer na dimensão moral quer jurídica. A palavra responsabilidade tem por origem o verbo responder e, assim, a imputação de uma resposta séria e implacável aquele que destrói o Meio Ambiente é imperiosa e não podemos, como pessoas sérias, admitir que o Poder Público, quer no exercício de legiferar, administrar, denunciar ou julgar, seja complacente com qualquer degradador. Nesse diapasão, surge a Reponsabilidade Jurídica como necessária imposição sancionatória e/ou reparatória a ser imposta aos que infelizmente destroem nossa casa.

    Assim, estimado(a) leitor(a), estou honrado em prefaciar este livro e pugno, veementemente, por sua leitura, como instrumento de reflexão e, sobretudo, como impulso para mudança comportamental em prol de um planeta melhor.

    Belo Horizonte, na esperança de superação da pandemia, novembro de 2021.

    Elcio Nacur Rezende

    Professor

    SUMÁRIO

    Capa

    Folha de Rosto

    Créditos

    1. Introdução

    2. Da Responsabilidade Civil

    2.1. BREVES CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS DA RESPONSABILIDADE CIVIL

    2.2. DA RESPONSABILIDADE CIVIL NO BRASIL

    2.3. DO CARÁTER DA INDENIZAÇÃO ADOTADO NO BRASIL

    2.4. MODALIDADES APLICADAS NO BRASIL

    2.4.1. Responsabilidade Civil Subjetiva

    2.4.2. Responsabilidade Civil Objetiva

    3. Responsabilidade Civil Ambiental

    3.1. História do Direito Ambiental

    3.2. CONCEITOS BÁSICOS E PRINCÍPIOS

    3.3. MODALIDADE DE RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL ADOTADA PELO BRASIL

    3.4. TEORIA DO RISCO INTEGRAL VERSUS RISCO CRIADO

    4. Falhas da Responsabilidade Ambiental, Possíveis Soluções e Punitives Damages

    5. Pagamentos por Serviços Ambientais

    5.1. CONCEITOS INTRODUTÓRIOS E HISTÓRICO

    5.2. CONCEITO E LEGISLAÇÃO

    5.3. PSA E A SUA FUNÇÃO PROMOCIONAL

    5.4. VALORAÇÃO DOS SERVIÇOS AMBIENTAIS

    5.5. MODALIDADES DE PSA

    6. Pagamentos por Serviços Ambientais na Prática

    6.1. CASOS DE SUCESSOS MUNDIAIS

    6.1.1 Nova Iorque para Catskill/Delaware (Eua)

    6.1.2. Vittel (França)

    6.1.3. Conservation Reserve Program (EUA)

    6.1.4. Bush Tender Program (Austrália)

    6.1.5. Grain for Green Program (China)

    6.1.6. Pagos por Servicios Ambientales (Costa Rica)

    6.2. CASOS DE SUCESSOS NO BRASIL

    6.2.1. Ecocrédito de Montes Claros

    6.2.2. Extrema

    6.2.3. Programa Carbono Seguro

    6.2.4. Bolsa Verde

    6.2.5. Programa Bolsa Floresta

    7. Considerações Finais

    Referências

    Landmarks

    Capa

    Folha de Rosto

    Página de Créditos

    Sumário

    Bibliografia

    1. Introdução

    O Direito Ambiental é uma área do Direito contemporânea, devido a seu desenvolvimento ter ocorrido somente durante a segunda metade do século XX. Esse desenvolvimento ocorreu devido ao acontecimento de tragédias ambientais fruto da ação humana no meio ambiente.

    Criou-se instrumentos repressivos para combater as externalidades negativas causadas pela ação humana e o Direito Brasileiro possui três diferentes ramos, para essa função, que podem se cumular, ou seja, os instrumentos repressivos são a responsabilidade administrativa, a penal e a civil, sendo a responsabilidade civil um dos objetos da pesquisa.

    Isso se dá pelo reconhecimento da vulnerabilidade (hipossuficiência) do meio ambiente, que possui diversas peculiaridades em comparação com ramos tradicionais do direito. Por conta disso, há diversos mecanismos para facilitar a reparação ambiental e a responsabilização do degradador.

    Entretanto, os instrumentos repressivos, embora de extrema importância, não estão dando conta de frear a degradação ambiental, de agir preventivamente e de proporcionar uma regeneração ambiental em áreas já degradadas.

    Diante dessa necessidade, surge o instrumento econômico do Pagamento por Serviços Ambientais, com objetivo de premiar a conduta positiva do cidadão que preserva ou regenera o meio ambiente, possuindo forte apelo preventivo, tão desejável no Direito Ambiental.

    Logo, os problemas a serem enfrentados são: a responsabilidade civil é efetiva na função de dissuadir a degradação ambiental? O que pode ser melhorado? E, qual instrumento pode ser adicionado buscando o reforço da proteção, em melhorar e auxiliar a alcançar o desenvolvimento sustentável?

    Para tal, é objetivo da pesquisa analisar a Responsabilidade Civil Ambiental, apontando as falhas doutrinárias e jurisprudenciais e, sobretudo, elaborar uma melhor sustentação científica para a construção de uma doutrina com mais robustez jurídica.

    Também objetiva a análise da Responsabilidade Civil Ambiental, sob o viés do pagamento por serviços ambientais, enaltecendo o seu uso como fator preventivo, sem olvidar dos instrumentos repressivos diante da degradação ambiental.

    Para a consecução dos objetivos, o Princípio do Desenvolvimento Sustentável foi um norte perseguido, na certeza que é o mote jurídico para que vivamos em um meio ambiente ecologicamente equilibrado, como preceitua a Constituição.

    Justifica-se a presente pesquisa pela inquietação acerca da crescente degradação ambiental e pelo fato de os instrumentos repressivos não se apresentarem suficientes para obstá-la, necessitando, deste modo, de mudanças nos instrumentos repressivos e do uso de outros, como aliado.

    A metodologia adotada pela pesquisa foi pelo método dedutivo, quanto à técnica de pesquisa será feito por meio de bibliografia e jurisprudência e quanto aos fins a pesquisa será qualitativa.

    A pesquisa foi segmentada em quatro capítulos de conteúdo. No primeiro será tratada a responsabilidade civil, começando pela sua história para entendimento, para, então, apresentar a responsabilidade civil no Brasil, as suas modalidades e o caráter de indenização adotado pelo Brasil.

    O segundo capítulo vai ser dedicado ao estudo da responsabilidade civil ambiental, começando por um breve estudo da história do Direito Ambiental, dos conceitos básicos e princípios norteadores para, então, tratar da responsabilidade civil ambiental, sua modalidade e um contraposto entre as duas principais correntes de teoria do risco.

    Já o terceiro capítulo será aplicado para o diagnóstico das falhas que o

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