Finanças comportamentais e o excesso de confiança
()
About this ebook
Related to Finanças comportamentais e o excesso de confiança
Related ebooks
Pesquisa e informação qualitativa Rating: 3 out of 5 stars3/5Introdução à Avaliação de Impacto e Retorno Econômico de Programas Sociais Rating: 5 out of 5 stars5/5História dos Testes Psicológicos: Origens e Transformações Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsAnálise funcional em psicologia clínica Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsTeoria funcionalista dos valores humanos: Áreas de estudo e aplicações Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsComunicação de Notícias Difíceis: desafios e oportunidades para as práticas em saúde Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsA compreensão das conversões entre registros de representação semiótica para aprendizagem de matemática Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsMetodologia da pesquisa-ação Rating: 5 out of 5 stars5/5Econofísica Para Iniciantes Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsAplicações da Terapia Cognitivo-Comportamental no contexto jurídico Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsManual de psicologia do trânsito Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsA voz do empregado brasileiro: uma análise da intenção de vozear em empresas privadas de grande porte Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsDiscussões interdisciplinares em ciências humanas e sociais: Volume 2 Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsTeoria, Pesquisa e Aplicação em Psicologia – Organizações e Sociedade Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsAprimoramento cognitivo e concurseiros: um estudo etnográfico sobre o sujeito do desempenho Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsEstudos de caso em psicologia clínica comportamental infantil - Volume I Rating: 4 out of 5 stars4/5Intervenção em orientação vocacional / profissional: Avaliando resultados e processos Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsAvaliação psicológica no contexto contemporâneo: Volume II Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsVirtudes E Dilemas Morais Na Administração Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsDecisões financeiras e o comportamento humano Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsGestão Estratégica de Pessoas: Com Foco no Comprometimento Organizacional Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsManda quem pode, obedece quem tem prejuízo Rating: 5 out of 5 stars5/5Análise Da Tipologia Do Comportamento Estratégico De Miles E Snow Aplicada A Saúde: Revisão Sistemática Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsComunicação E Administração Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsPsicologia: avaliação e intervenção analítico-comportamental Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsCapital social e capital humano: um estudo sobre as possíveis relações envolvendo alunos trabalhadores Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsO pensamento clínico em diagnóstico da personalidade Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsEstudos Contemporâneos em Psicologia Rating: 3 out of 5 stars3/5
Business For You
Desvendando O Metodo De Taufic Darhal Para Mega Sena Rating: 4 out of 5 stars4/5O poder da ação: Faça sua vida ideal sair do papel Rating: 4 out of 5 stars4/5Deixe de ser pobre: Os segredos para você sair da pindaíba e conquistar sua independência financeira Rating: 4 out of 5 stars4/5Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes Rating: 4 out of 5 stars4/5Mapeamento comportamental - volume 1 Rating: 5 out of 5 stars5/5Vou Te Ajudar A Fazer As Pessoas Clicar No Seu Link Rating: 5 out of 5 stars5/5A melhor estratégia é atitude: Bora vender Rating: 5 out of 5 stars5/5Dinheiro: 7 passos para a liberdade financeira Rating: 5 out of 5 stars5/5Gestão de Empresa: Tópicos Especiais em Gestão Empresarial Rating: 5 out of 5 stars5/5Estratégias Gratuitas de Marketing Digital: Alavanque seus ganhos na internet Rating: 4 out of 5 stars4/5Do mil ao milhão: Sem cortar o cafezinho Rating: 5 out of 5 stars5/5Coaching Communication: Aprenda a falar em público e assuma o palestrante que há em você Rating: 4 out of 5 stars4/588 Segredos Dos Milionários Rating: 5 out of 5 stars5/5Finanças Organizadas, Mentes Tranquilas: A organização precede a prosperidade Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsFalando Bonito: Uma reflexão sobre os erros de português cometidos em São Paulo e outros estados Rating: 4 out of 5 stars4/5Programação Neurolinguística em uma semana Rating: 4 out of 5 stars4/5O Estranho Segredo Rating: 5 out of 5 stars5/5Como ser um grande líder e influenciar pessoas Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsAssertividade em uma semana Rating: 5 out of 5 stars5/5Seja foda! Rating: 5 out of 5 stars5/5O código da mente extraordinária Rating: 4 out of 5 stars4/5333 páginas para tirar seu projeto do papel Rating: 5 out of 5 stars5/5A ciência de ficar rico Rating: 5 out of 5 stars5/5
Reviews for Finanças comportamentais e o excesso de confiança
0 ratings0 reviews
Book preview
Finanças comportamentais e o excesso de confiança - Yago Caiaffa Cardoso
1.
INTRODUÇÃO
Os desejos do homem são ilimitados, ao contrário dos recursos de produção. Esse é um dos princípios básicos que norteiam as ciências econômicas, para as quais é inerente à natureza humana sempre buscar mais, em uma eterna procura pela melhoria. A Teoria Econômica Clássica diz que essa infindável busca leva o homem a escolhas, seja no momento de consumir, poupar ou investir. Uma vez que os recursos são finitos, quando está prestes a tomar uma decisão, o indivíduo é levado a duas grandes perguntas, em quê?
e quanto?
, seja em que e quanto investir, ou em que e quanto gastar as reservas. Depois de responder às duas perguntas básicas, o indivíduo já pode tomar sua decisão. Por sua vez, segundo a Teoria Econômica Clássica, quando toma uma decisão, sabe perfeitamente o que está escolhendo e do que está abrindo mão, que a decisão é acurada e coerente (OLIVEIRA; MONTIBELER, 2017).
Durante muitos anos, julgou-se correto tal pensamento. No entanto, com o desenvolvimento das ciências e da multidisciplinaridade, desenvolveram-se campos que mesclavam Economia, Finanças, Psicologia, Publicidade, Administração e Contabilidade, criando áreas mistas como a Neuroeconomia, o Psicomarketing, a Contabilidade Mental e as Finanças Comportamentais. Estudiosos como Daniel Kahneman, Amos Tversky e Richard Thaler forneceram diversos estudos dessas novas áreas do conhecimento, nas quais se testava a racionalidade cognitiva humana com estudos empíricos e experimentais, a fim de provar que o homem é sujeito a falhas e erros, comporta-se de maneira inesperada quando confrontado com um viés ou uma armadilha psicológica (GALLO, 2016).
1.1.
FORMULAÇÃO DO PROBLEMA E JUSTIFICATIVA
John Stuart Mill, economista clássico, é identificado como criador da Teoria do Homo Economicus. Segundo a teoria, homem é dotado de conhecimentos e de informações. Munido de saberes, pode calcular e prever todos os possíveis resultados e possui a capacidade de distinguir diferentes opções, sendo racional em sua escolha. Thaler aponta que essa perspectiva fundamenta que as atitudes humanas são baseadas apenas no QI dos indivíduos, mas que isso se prova inverídico dependendo do cenário no qual o agente se encontra (THALER, 2000).
Economia e Finanças Comportamentais são temas de extrema relevância. Ainda que os estudos não sejam tão recentes, o assunto já rendeu vários prêmios, como em 2017, quando Richard Thaler teve a honra de receber o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, por suas contribuições à economia comportamental. O assunto é diretamente estudado por diversas áreas, como Economia, Administração, Ciências Contábeis e Psicologia, que se ocupam do comportamento humano e de seus reflexos. No entanto, outros campos do saber o estudam, ainda que indiretamente, como as ciências exatas, dentre elas a Matemática e a Estatística, por meio de escolhas probabilísticas e da maximização. Assim sendo, uma área vindoura dessa mistura permite uma enorme variedade de abordagens para trabalhos e estudos (GALLO, 2016) e estes estudos são jovens no Brasil e carecem maior análises, principalmente os de confiança dos agentes, como a Overconfidence.
Diante do exposto, questiona-se a veracidade da total racionalidade humana e da possibilidade de os agentes econômicos serem induzidos a erros cognitivos, e como isso é capaz de afetá-los, ainda que em sua formação e percepção do risco em investimentos.
É usual para economistas, principalmente, dizer que a lógica é inabalável, que existe uma total racionalidade humana, que é infinita a capacidade de compreensão, processamento e de resolução de problemas. Então deve ser quebrado este paradigma da indubitável razão. O presente trabalho se destina a evidenciar se realmente esse pensamento desta racionalidade perfeita é válida ou se é um pensamento falacioso, através de testes experimentais e empíricos do excesso de confiança.
Deve-se ressaltar que a racionalidade é compreendida como preferências lógicas que têm duas propriedades. As preferências são completas quando para todos os tem-se que ,e são transitivas, pois para todos os . Assim sendo, o axioma completo alega que as decisões são pensadas e, o axioma da transitividade, que o raciocínio segue uma sequência de preferências (MAS-COLELL, 1955).
Logo, se as preferências () são racionais:
(I) Ambas as preferências são irreflexivas e transitivas (se ).
(II) As indiferenças são reflexivas (para todos os ), transitivas (se e , logo, ) e simétricas (se então ).
(III) Se , então .
A irreflexividade de , e a reflexividade e simetria de são propriedades sensíveis definidoras da preferência forte e das relações de indiferença. Todavia, o detalhe mais importante dessa proposição é que a racionalidade de implica que ambos são transitivos. Ademais, a propriedade da transitividade também vale para , quando é combinado com uma relação de algo pelo menos tão bom quanto .
1.2. OBJETIVOS
1.2.1. GERAL
→ Por meio da regressão econométrica, utilizando dados empíricos, tentar identificar como se forma a confiança do agente e qual é o impacto do overconfidence sobre ela.
1.3.2. INTERMEDIÁRIOS
Para que o objetivo geral seja alcançado, objetivos intermediários devem ser traçados de modo