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Informativo Comentado - TST 243
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Sobre este e-book

A atividade dos Tribunais de selecionar e publicar seus principais julgados é louvável. Em tempos de busca da concretização do princípio da segurança jurídica e da garantia da formação de uma jurisprudência estável, íntegra e coerente, com o respeito devido aos precedentes vinculantes, faz-se cada vez mais necessário ter uma visão atual da jurisprudência de cada Corte.
As ementas publicadas nos informativos buscam apresentar o entendimento do TST sobre os principais temas que chegam à Corte. A sua análise e observância são ainda mais necessárias, pois a CLT foi alterada recentemente em cerca de uma centena de artigos e será o TST o órgão responsável por uniformizar a interpretação dos novos dispositivos normativos.
As ementas, entretanto, em muitos casos, não apresentam um retrato fiel do que fora decidido ou não expõem a pluralidade de pedidos que frequentemente consta dos processos trabalhistas, razões pelas quais é necessária uma análise mais aprofundada das decisões.
Os comentários apresentados a seguir buscam apresentar, da forma mais didática possível, os conceitos dos institutos citados nas decisões e os fundamentos destas, ausentes das ementas, mas presentes no núcleo das razões de decidir e que devem ser objeto de estudo de todos os profissionais que militam no campo do Direito do Trabalho.
Além do empenho na procura por uma explicação simples, buscou-se uma análise panorâmica da jurisprudência da Corte, com a apresentação de decisões de outros informativos relacionados com o processo analisado e sempre comparando as decisões das turmas com aquelas proferidas pelas subseções de dissídios individuais, que costumam representar o entendimento pacífico do Tribunal sobre a matéria.
Agradeço a confiança depositada pela Editora Mizuno e pelo Dr. Ricardo Calcini, que abraçaram este projeto desde o início. Tentarei retribuir com dedicação máxima.

Lucas Castro
IdiomaPortuguês
Data de lançamento28 de abr. de 2022
ISBN9786555264852
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    Informativo Comentado - TST 243 - Lucas Silva de Castro

    SUBSEÇÃO I ESPECIALIZADA EM DISSÍDIOS INDIVIDUAIS¹

    GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO - INCORPORAÇÃO

    Gratificação de função. Percepção por mais de 10 anos. Reversão ao cargo efetivo antes da entrada em vigor da Lei nº 13.467/2017. Irretroatividade. Incorporação devida. Aplicação da Súmula nº 372, I, do TST.

    Não se aplica o disposto no art. 468, § 2º, da CLT, incluído pela reforma trabalhista promovida pela Lei nº 13.467/2017, aos empregados que, em conformidade com a diretriz do item I da Súmula n° 372 do TST, completaram 10 anos de exercício em função gratificada anteriormente à vigência da referida novel legislação. No caso, a reclamante recebeu gratificação de função no período de 31/12/1993 a 2/8/2018, tendo sido preenchido o requisito da percepção da gratificação por 10 anos em 2003. Sob esse fundamento, a SBDI-I, por unanimidade, conheceu dos embargos por divergência jurisprudencial e, por maioria, deu-lhe provimento para restabelecer o acórdão prolatado pelo Tribunal Regional, que condenara a reclamada à incorporação da função gratificada à remuneração da reclamante desde a data da dispensa da função. Vencido o Ministro Alexandre Luiz Ramos. TST-E-ED-RR-43-82.2019.5.11.0019, SBDI-I, rel. Min. Lelio Bentes Corrêa, 9/9/2021.

    Função de confiança

    A legislação trabalhista, considerando a presença de relações de trabalho especiais, com a participação de trabalhadores que ocupam cargos de elevada fidúcia, estabeleceu tratamento diferenciado para ocupantes de posições internas de chefia, que, por consequência, também têm uma remuneração mais elevada, geralmente através do pagamento de vantagens salariais pelo exercício do cargo.

    A legislação trabalhista não considera rebaixamento o retorno do empregado ao posto anteriormente ocupado, após a destituição do cargo de confiança (atual art. 468, § 1°, da CLT). A reversão ao cargo anterior é autorizada, porém, para amenizar os efeitos da perda salarial, o TST editou a Súmula 372, I, que assim dispõe: "Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira."

    A reforma trabalhista, por sua vez, com o intuito de afastar a aplicação do referido verbete jurisprudencial, alterou a CLT e acrescentou o § 2° ao art. 468 desse diploma legal, afirmando que "a alteração de que trata o § 1o deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função".

    Há direito adquirido à incorporação da função, mesmo após a reforma trabalhista?

    SIM. O TST, no julgamento de casos envolvendo alterações feitas pela reforma trabalhista, tem afirmado que a norma "não retroage para alcançar fatos ocorridos antes de sua vigência, nem seus efeitos futuros. Caso fosse intenção do legislador a aplicação das normas materiais da Reforma Trabalhista aos contratos em curso, o que implica retroatividade mínima, haveria norma expressa em tal sentido. A anomia quanto à vigência da Lei para esses contratos, entretanto, inviabiliza a aplicação imediata pretendida. O art. 4, § 2º, da CLT, em sua nova redação, não aceita aplicação retroativa". Recurso de revista conhecido e provido. […] Processo: RR-1458-16.2018.5.12.0017, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 29/05/2020.

    A SDI-II, do TST, também tem decidido pela continuidade da aplicação da

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