Manual de Gramática Aplicada ao Direito: aspectos práticos da norma culta da língua portuguesa
By Júlio Tanga
()
About this ebook
Related to Manual de Gramática Aplicada ao Direito
Related ebooks
Direito das Famílias Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsCrase Sem Crise Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsContrato paraconjugal: A Modulação da Conjugalidade por Contrato - Teoria e Prática Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsPortuguês fácil: Tira-dúvidas de redação Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsGuia prático da nova ortografia: Saiba o que mudou na ortografia brasileira Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsCrase Quando Devo Usar Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsAnotações A Lei De Introdução Às Normas Do Direito Brasileiro Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsReflexões Acadêmicas: O Dano Moral como Subterfúgio para o Enriquecimento sem Causa Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsDireito Do Consumidor Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsTeoria e Sociologia do Direito - 6ª Edição Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsElementos de teoria geral do processo: poder judiciário, jurisdição, ação e processo Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsComo passar concursos CEBRASPE -Raciocínio Lógico, Matemática e Informática Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsDireito Constitucional Brasileiro Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsLições de Direito Civil - Vol. 4 - Direito das Coisas Rating: 5 out of 5 stars5/5Retórica, Seletividade e Criminalização: um estudo sobre a teoria da argumentação e os limites do direito penal Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsDicionário de Princípios Jurídicos do Direito Brasileiro Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsIntrodução Ao Direito Processual Civil Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsSimulado Tribunal Do Júri Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsComo passar em concursos CESPE: direitos humanos: 45 questões comentadas de direitos humanos Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsExclusão Do Sócio Na Sociedade Limitada Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsTeoria do Pensamento Jurídico: Jusnaturalismo e Juspositivismo Rating: 5 out of 5 stars5/5Como passar em concursos CESPE: direito eleitoral: 70 questões de direito eleitoral Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsManual do acadêmico de direito Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsAto Administrativo Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsProcesso Civil Aplicado Rating: 5 out of 5 stars5/5Curso Para Zelador Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsAcordos Administrativos Substitutivos de Sanção Rating: 0 out of 5 stars0 ratings160 Exercícios De Direito Penal Rating: 4 out of 5 stars4/5É Fácil Escrever Bem Rating: 0 out of 5 stars0 ratings
Law For You
Manual de direito administrativo: Concursos públicos e Exame da OAB Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsInvestigação Criminal: Ensaios sobre a arte de investigar crimes Rating: 5 out of 5 stars5/5Dicionário de Hermenêutica Rating: 4 out of 5 stars4/5Como passar em concursos CESPE: língua portuguesa: 300 questões comentadas de língua portuguesa Rating: 4 out of 5 stars4/5Direito Previdenciário em Resumo, 2 Ed. Rating: 5 out of 5 stars5/5Contratos de prestação de serviços e mitigação de riscos Rating: 5 out of 5 stars5/5COMUNICAÇÃO JURÍDICA: Linguagem, Argumentação e Gênero Discursivo Rating: 5 out of 5 stars5/5A Pronúncia Do Inglês Americano Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsComo passar em concursos CESPE: direito administrativo: 397 questões comentadas de direito administrativo Rating: 5 out of 5 stars5/5Introdução ao Estudo do Direito Rating: 4 out of 5 stars4/5LDB: Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional Rating: 5 out of 5 stars5/5Caminho Da Aprovação Técnico Do Inss Em 90 Dias Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsLei Geral de Proteção de Dados (LGPD): Guia de implantação Rating: 5 out of 5 stars5/5Psicanálise e Mitologia Grega: Ensaios Rating: 5 out of 5 stars5/5Negociação Rumo ao Sucesso: Estratégias e Habilidades Essenciais Rating: 5 out of 5 stars5/5Direito constitucional Rating: 5 out of 5 stars5/5Manual dos contratos empresariais Rating: 5 out of 5 stars5/5Inventários E Partilhas, Arrolamentos E Testamentos Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsSimplifica Direito: O Direito sem as partes chatas Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsManual de Direito Previdenciário de acordo com a Reforma da Previdência Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsPortuguês Para Concurso Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsComo passar em concursos CESPE: informática: 195 questões comentadas de informática Rating: 3 out of 5 stars3/5Como passar em concursos CESPE: redação: 17 questões de redação Rating: 5 out of 5 stars5/5Acordo de não persecução Penal Rating: 5 out of 5 stars5/5A Perícia Judicial Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsConsolidação das leis do trabalho: CLT e normas correlatas Rating: 5 out of 5 stars5/5Direito Tributário Objetivo e Descomplicado Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsCurso de direito financeiro e orçamentário Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsFalsificação de Documentos em Processos Eletrônicos Rating: 5 out of 5 stars5/5
Reviews for Manual de Gramática Aplicada ao Direito
0 ratings0 reviews
Book preview
Manual de Gramática Aplicada ao Direito - Júlio Tanga
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Conceitos teóricos úteis
Para a boa compreensão das regras de acentuação gráfica, será necessária a referência a alguns conceitos básicos, expostos a seguir.
Monossílabas: palavras de apenas uma sílaba. Podem ser tônicas, quando pronunciadas com mais intensidade, ou átonas, quando com menos. Diferenciam-se das dissílabas, trissílabas e polissílabas, que têm, respectivamente, duas, três e quatro ou mais sílabas. Exemplos: fé, já, de, dê (monossílabas); ce-la, tá-xi (dissílabas); ca-dei-ra, ce-nou-ra (trissílabas); cen-to-pei-a, ul-ti-ma-men-te (polissílabas).
Oxítonas: palavras com a última sílaba tônica. Exemplo: sa-gu.
Paroxítonas: palavras com a penúltima sílaba tônica. Exemplo: cer-to.
Proparoxítonas: palavras com a antepenúltima sílaba tônica. Exemplo: bí-bli-co.
Vogal: fonema (som) produzido sem obstrução à corrente de ar por parte dos órgãos que compõem o aparelho fonador humano. As vogais são representadas pelas letras a
, e
, i
, o
e u
. A vogal aberta é pronunciada com a língua mais baixa do que a vogal fechada, como se observa nestes exemplos da vogal /e/: ca-fé (aberta); sa-pê (fechada).
Semivogal: fonema vocálico, similar à vogal, mas pronunciado com menos intensidade. Está sempre junta a uma vogal. Na língua portuguesa, a base de toda sílaba é uma – e somente uma – vogal. Se, na mesma sílaba, houver mais de um fonema vocálico, apenas um deles será vogal. Os demais serão, necessariamente, semivogais, as quais podem ser representadas principalmente pelas letras e
, i
, o
e u
. Exemplos: céu, Pa-ra-guai, pá-tio. Perceba que os fonemas vocálicos representados pelas letras em negrito são pronunciados com menos intensidade que as vogais que eles acompanham.
Ditongo: agrupamento de uma vogal e uma semivogal na mesma sílaba. Pode ser crescente, se se iniciar pela semivogal, ou decrescente, na ordem contrária. Exemplos: á-gua (ditongo crescente: semivogal + vogal); boi (ditongo decrescente: vogal + semivogal). Caso se trate de sílaba com três fonemas vocálicos, como se observa em "U-ru-guai", ter-se-á um tritongo.
Hiato: sequência de duas vogais na palavra. Como cada sílaba só pode ter uma vogal, haverá necessariamente a separação silábica. Exemplos: ba-ú, ca-ís-te, vo-o.
Aspectos práticos
Regras de acentuação gráfica
Monossílabas tônicas
Acentuam-se as monossílabas tônicas terminadas em a(s), e(s) e o(s).
Exemplos: já, pés, fé, Jô.
As monossílabas átonas, pronunciadas com menos intensidade que as tônicas, não têm acento gráfico. Compare: "O homem sofre de dores na coluna e
O juiz ordenou que se dê vista dos autos ao MP".
Oxítonas
Acentuam-se as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s) e em(ns).
Exemplos: sofá, café, capô, retém, armazéns.
Nos verbos seguidos de pronomes átonos com hífen, devem considerar-se, apenas para fins de aplicação das regras de acentuação, somente as formas verbais (antes do hífen), ignorando-se os pronomes. Exemplos: contestá-lo (oxítona terminada em a
), argui-lo (oxítona terminada em i
).
Paroxítonas
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em l, n, r, x, ps, ditongos crescentes, ei, ao, ã(s), i(s), on(s), um(ns), u(s).
Exemplos: cônsul, pólen, açúcar, tórax, fórceps, água, egrégio, ímã, júri, prótons, fórum, ônus, jiu-jítsu.
Veja-se que "fórum é acentuada por ser paroxítona terminada em
um, diferentemente de
foro, que, por ser paroxítona terminada em
o", não se conforma a regra alguma de acentuação.
O VOLP⁹ registra ainda a forma iândom
(tipo de avestruz), do que se conclui que paroxítonas terminadas em om
também são acentuadas.
Proparoxítonas
Todas as proparoxítonas de nossa língua são acentuadas.
Exemplos: hígido, sânscrito, cândido. Palavras estrangeiras que não tenham sido aportuguesadas não se prendem a tal regra. Exemplos: performance
, per capita
.
Ditongos
Acentuam-se os ditongos abertos e tônicos éu,
éi e
ói" quando estiverem em última ou única sílaba. Exemplos: réus, pa-péis, he-rói e rói.
Caso não estejam em tais posições, inexistirá acento gráfico.
Exemplos: i-dei-a, an-droi-de, as-sem-blei-a, boi-a, in-troi-to.
As paroxítonas com sílaba u
ou i
tônica precedida de ditongo decrescente não são acentuadas. Exemplos: bai-u-ca, fei-u-ra e chei-i-inho.
Caso se trate de oxítonas, haverá o acento: Pi-au-í; tui-ui-ú.
Hiatos
Acentuam-se as vogais i
e u
tônicas quando sozinhas na sílaba ou acompanhadas de s
, formando, nos dois casos, hiato com a vogal da sílaba anterior.
Exemplos: ca-ís-te, Lu-ís, mi-ú-do, ju-í-zes.
Note que "ju-iz não tem acento porque a vogal
i do hiato não está sozinha na sílaba nem acompanhada de
s, de forma que não incide a regra de acentuação. Diferentemente,
ju-í-zes, cuja vogal
i" forma hiato com a vogal anterior e está só na sílaba, é acentuada.
Os hiatos oo
e ee
não são mais acentuados. Exemplos: resso-o, abenço-o, le-em, cre-em, de-em, ve-em.
Acento nos grupos qu
e gu
Tais dígrafos não são mais acentuados. Deixaram de ser usados o trema e o acento agudo nos casos em que, antes da Reforma Ortográfica, eram previstos.
Exemplos: frequente, arguir, sagui, argui e averigue (pronuncia-se o u
de forma tônica nas duas últimas palavras).
O trema só é mantido nos casos de derivação de palavra estrangeira com referido sinal. Exemplo: hübneriano, de Hübner.
Acentos diferenciais
Após a última Reforma Ortográfica, remanescem no português somente os seguintes acentos diferenciais obrigatórios:
Pode (presente) e pôde (passado);
Por (preposição) e pôr (verbo);
Tem (singular) e têm (plural);
Vem (singular) e vêm (plural).
A regra deve ser observada também nos verbos derivados de ter
e ver
, que, no plural, conservarão o acento circunflexo.
Exemplos:
O policial o detém.
Os policiais o detêm.
O Ministério Público intervém....
Os membros do Ministério Público intervêm....
Fique claro que, no singular, o acento agudo decorre da regra segundo a qual toda oxítona terminada em em
é acentuada. No plural, o circunflexo não passa de acento diferencial.
Acentos facultativos
Na palavra fôrma
, é permitido, mas não obrigatório, o uso do acento circunflexo para diferenciá-la de forma
(/ó/).
A conjugação demos
, no presente do subjuntivo, pode ser acentuada para diferenciá-la daquela no pretérito perfeito do indicativo.
Exemplos: Ele quer que lhe dêmos os parabéns. (Presente do subjuntivo.)
Ontem nós lhe demos os parabéns. (Pretérito perfeito do indicativo.)
O Acordo Ortográfico prevê, no Item 4° da Base IX, a facultatividade do acento agudo em formas verbais de pretérito perfeito do indicativo, como amámos
e louvámos
, para distingui-las das correspondentes formas do presente do indicativo (amamos
, louvamos
), já que o timbre da vogal tônica é aberto naquele caso em certas variantes do português. Como, no português brasileiro, referida variação fonética inexiste, não recomendamos a utilização do acento em tais casos.
Acentuação gráfica e estrangeirismos
Palavras de outros idiomas cuja grafia não tenha sido aportuguesada devem ser escritas de acordo com as regras da língua original. Assim, mesmo que aparentemente se enquadrem em algum caso de acentuação gráfica do idioma português, deverão ser escritas da mesma forma como na língua original.
Exemplos: habeas corpus
, campus
, campi
(plural de campus
), deficit
, per capita
.
Caso, em virtude do amplo uso da expressão, tenha havido o aportuguesamento da grafia, mesmo que sem alteração (pela similaridade das estruturas fonética e ortográfica), incidirão as regras do português.
A título de ilustração, considere-se a palavra hábeas
, forma reduzida da expressão latina habeas corpus
. Assim utilizada, deve ser acentuada, por tratar-se de proparoxítona aportuguesada do latim habeas
, devidamente registrada no VOLP. Exemplo: O resultado do hábeas foi favorável à defesa.
Outros exemplos: pênalti (aportuguesamento do inglês penalty
); jiu-jítsu (aportuguesamento de jiu jitsu
, forma utilizada no inglês a partir do japonês jujutsu
).
Acentuação gráfica e pronúncia
O conhecimento das regras de acentuação pode ser útil em alguns casos de dúvida sobre pronúncia. Como pronunciar, por exemplo, palavras como cateter
, evictor
(aquele que reivindica o bem evicto), recorde
, rubrica
, gratuito
e fluido
?
Se cateter
fosse paroxítona, como frequentemente se ouve, deveria ser acentuada, já que terminada em r
. Como não há o acento, conclui-se que a pronúncia correta seja cateTER
(oxítona).
Da mesma forma, se evictor
fosse paroxítona, como poderia parecer para alguns, deveria ser acentuada, como ocorre com todas as paroxítonas terminadas em r
. Como não há o acento, conclui-se que a pronúncia correta seja evicTOR
(oxítona).
Recorde
e rubrica
, que muitos pronunciam como proparoxítonas, não têm acento gráfico. Como todas as proparoxítonas são acentuadas, conclui-se que tais palavras não sejam proparoxítonas, mas paroxítonas: reCORde
, ruBRIca
.
Gratuito
e fluido
, por seu turno, só poderiam ser pronunciadas com o i
tônico (tu-í, flu-í) se fossem grafadas com o acento agudo. Afinal, sabemos que toda vogal i
tônica de um hiato, sozinha na sílaba, é acentuada. Como inexiste acento gráfico, a pronúncia correta só pode ser graTUIto
e FLUI-do
, exatamente como se observa em MUI-to
.
Acentuação gráfica e raciocínio
Na prática, a maior parte das falhas de acentuação gráfica é evitável com a aplicação automática
que todos fazemos das regras já estudadas, internalizadas por meio da leitura, e até com a utilização de corretores ortográficos em editores de texto, que fazem parte do cotidiano profissional dos profissionais do direito.
Mas haverá casos em que surgirão dúvidas. E muitas delas, principalmente as referentes às monossílabas, oxítonas e paroxítonas, exceto as grafadas com acentos diferenciais, podem ser resolvidas por meio de raciocínio comparativo, sem a memorização das regras já estudadas.
Vejamos.
Hífen
é acentuada. Muitos pensariam que hifens
, no plural, também o seria. Mas, se associarmos tais palavras a modelos mentais com as mesmas características prosódicas e gráficas, veremos que só na primeira haverá acento gráfico.
Pensemos em um paradigma que, como hífen
, tenha a penúltima sílaba tônica e termine em n
. É importante que se utilize como referência uma palavra de cuja acentuação não haja dúvida. Por exemplo, poder-se-ia considerar a palavra pólen
. Se há a certeza de que pólen
é acentuada, deve-se concluir que hífen
também o seja. Afinal, ambas têm a mesma sílaba tônica (penúltima) e a mesma terminação (n
).
Agora consideremos hifens
, no plural. Busquemos um modelo que também tenha a penúltima sílaba tônica e que também termine em ens
. Existem vários: nuvens
, homens
garagens
. Se tais palavras, indubitavelmente, não são acentuadas, só se pode concluir que hifens
e polens
também não o sejam.
Continuando a exemplificação, coco
(nome da fruta), que muitos acentuam equivocadamente, só teria acento se paradigmas com as mesmas características o tivessem. Mas dificilmente alguém se inclinaria a acentuar palavras como louco
, touro
e ovo
, que também são paroxítonas terminadas em o
. Se não são acentuadas, coco
, definitivamente, também não é.
Apóstrofo
Trata-se de sinal cuja função é indicar a supressão de fonema vocálico.
Abaixo, serão indicados os seus principais usos segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Aglutinação de preposição com artigo maiúsculo que encabeça nomes de obras artístico-literárias e periódicos
Exemplos:
De acordo com matéria publicada n’O Estado de São Paulo... (Em + O.)
A citação d’Os Lusíadas foi pertinente. (De + Os.)
Observações:
a) A aglutinação é facultativa nesses casos. Aliás, é mais comum, na língua escrita formal, a construção com a separação da preposição e do artigo, mantendo-se a integridade fonética daquela:
De acordo com matéria publicada em O Estado de São Paulo...
A citação de Os Lusíadas foi pertinente.
Embora ambas as formas sejam adequadas, recomenda-se a última, sem apóstrofo, por parecer-nos mais frequente.
b) Tais artigos maiúsculos devem sempre ser preservados, inclusive se antecedidos pela preposição a
, caso em que serão grafados separadamente:
Ele referiu-se a O Alienista.
Não assisti a A Freira porque o gênero não me agrada.
c) No caso anterior, a despeito de a preposição e o artigo serem separados na escrita, é correta a junção na fala.
Aglutinação de preposição com pronome referente a Deus e a Maria, Mãe de Jesus, havendo a intenção de realçá-lo com a inicial