Desenvolvimento Econômico Feminino: Um Contexto Regional
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Por isso, a importância de quantificar o mercado de trabalho feminino no setor terciário, para compreensão de sua integração e inclusão econômica, inseridos na conjuntura de transição ecológica e econômica.
O objetivo geral é a descrição da dinâmica da integração e da força de trabalho feminina no setor terciário no Mato Grosso do Sul, realizada a partir de dados secundários, correlacionando PIB-Caged, destacando a participação socioeconômica da mulher no mercado de trabalho e seus reflexos no desenvolvimento no estado de Mato Grosso do Sul, no período 2008-2018.
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Desenvolvimento Econômico Feminino - Ailene de Oliveira Figueiredo
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO FEMININO: UM CONTEXTO REGIONAL
Editora Appris Ltda.
1.ª Edição - Copyright© 2022 da autora
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98. Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores. Foi realizado o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nº 10.994, de 14/12/2004, e nº 12.192, de 14/01/2010.
Catalogação na Fonte
Elaborado por: Josefina A. S. Guedes
Bibliotecária CRB 9/870
Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT
Editora e Livraria Appris Ltda.
Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês
Curitiba/PR – CEP: 80810-002
Tel. (41) 3156 - 4731
www.editoraappris.com.br
Printed in Brazil
Impresso no Brasil
Ailene de Oliveira Figueiredo
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO FEMININO: UM CONTEXTO REGIONAL
Para Niège e Rafael.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, meus filhos e marido.
Sumário
AMBIENTE E VULNERABILIDADE EM MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISE POR MEIO DOS INDICADORES PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL SUSTENTÁVEL
1 Introdução
2 Resultados e discussão
3 Conclusão
Referências
SETOR TERCIÁRIO NA MATRIZ ECONÔMICA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISE DA FORÇA DE TRABALHO FEMININO
1 Introdução
2 Materiais e métodos
3 Mediação teórica: feminismo, economia e desenvolvimento sustentável
4 O setor de serviços e o Produto Interno Bruto (PIB)
5 Mercado e a força de trabalho no desenvolvimento sustentável
6 Conclusão
Referências
TRABALHO, GÊNERO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL: A APROXIMAÇÃO
1 Introdução
2 Revisão de literatura
3 A economia do trabalho
4 O trabalho das mulheres no setor terciário
5 Trabalho, gênero e desenvolvimento regional sustentável
6 Inter-relações de medidas: o Produto Interno Bruto
7 A Responsabilidade Empresarial Socioambiental (RSE)
Referências
SETOR TERCIÁRIO E TRABALHO DA MULHER EM MATO GROSSO DO SUL: CONCEITO DE IGUALDADE E A RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DAS EMPRESAS (RSE)
1 Introdução
2 Caracterização da área de pesquisa
3 Instrumentos de coleta de dados
4 Mediação teórica: ecologia, feminismo e desenvolvimento
5 A economia ecológica: a relação conceitual entre igualdade de gêneros e empregos verdes
6 Economia, PIB e o perfil do mercado de trabalho no setor terciário
7 Segmentação setorial e integração de mão de obra feminina
8 Indicadores teóricos e empíricos acerca do mercado de trabalho das mulheres no setor terciário de MS
9 Trabalho feminino no desenvolvimento regional
10 A responsabilidade socioambiental das empresas (RSE)
11 Conclusão
12 Agradecimentos
Referências
ANÁLISE DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE RENDA MÍNIMA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL DE MATO GROSSO DO SUL (2007-2017)
1 Notas Iniciais
2 Estruturação das políticas de renda mínima no Brasil
2.1 O contexto socioeconômico de MS
3 As políticas regionais
4 Conclusão
Referências
CONSIDERAÇÕES FINAIS
AMBIENTE E VULNERABILIDADE EM MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISE POR MEIO DOS INDICADORES PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL SUSTENTÁVEL
1 Introdução
Até os anos 1930, o Estado estava desobrigado a intervir nessa área social, demonstrando uma visão de que a solução cabia à sociedade civil. A questão social, assim como no restante do país, tinha inicialmente características de política social residual e assistencial, significa que a satisfação de necessidade de pessoas consideradas carentes era atendida de forma individualizada, por meio de ações religiosas e/ou filantrópicas, realizadas por grupos de voluntários movidos por solidariedade. Lançadas as bases para o desenvolvimento industrial brasileiro, e a expansão urbana dos grandes centros, ocorre acirramento das contradições sociais, crescimento da massa trabalhadora e organização sindical. A realidade social se desenvolve como algo estruturado, o subdesenvolvimento não pode ser estudado como uma fase do processo de desenvolvimento (FURTADO, 2003). O desenvolvimento e o subdesenvolvimento devem ser analisados sob dois aspectos de um mesmo processo histórico, ou seja, não irredutíveis a esquemas formalizáveis (FURTADO, 2003). A assistência social passa a constituir-se como um mecanismo de compensação das desigualdades sociais com a criação de instituições públicas, responsáveis pela prestação de assistência social à população identificada como carente, tornando o Estado um protagonista humanístico.
O presente trabalho tem por objetivo identificar e mensurar os 78 municípios com maior e menor grau de vulnerabilidade social e econômica no estado de Mato Grosso do Sul. Para tanto, utiliza método exploratório, bibliográfico e analítico-descritivo com duas etapas: levantamento bibliográfico sobre os indicadores de desenvolvimento, analisa os resultados por meio de georreferenciamento organizado em cartogramas no recorte temporal de 2000 e 2010.
Figura 1 – Faixas de vulnerabilidade social pela utilização do Índice de Vulnerabilidade Social (IVS)
Fonte: IPEA (2018)
2 Resultados e discussão
O Brasil vive na década de 1980 a segunda crise do petróleo, e redundou em uma retração do processo de expansão agrícola. A ocupação do bioma cerrado se desloca para Região Norte do país, e a política econômica brasileira deixa de subsidiar o equilíbrio da balança comercial (BIOMA, 2018). O estado de Mato Grosso do Sul se destaca como polo de desenvolvimento da Região Centro-Oeste, e se consolida a partir dessa década com o incremento do agronegócio. A realidade socioeconômica exigiu a elaboração de políticas sociais voltadas para a criação de novos empregos e de condições básicas de moradia para as populações de baixa renda que, expulsas do campo pelo processo de modernização da agricultura, buscavam na cidade a satisfação de necessidades imediatas. As consequências do movimento rural-urbano resultaram na impossibilidade de atendimento imediato, por parte das instituições assistenciais públicas e privadas, das necessidades básicas demandadas pela população, demonstrando a importância da geração de emprego para a mão de obra que se instala paulatinamente, bem como a criação de condições de moradia e infraestrutura urbana e social para este contingente.
Com objetivo mensurar o desenvolvimento, as Nações Unidas (ONU) desenvolveram uma metodologia para medir o grau de desenvolvimento das nações, uma vez que a medida anteriormente utilizada, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, não representava todas as dimensões do desenvolvimento capturando apenas aspectos econômicos (ONU, 2000). Além disso, na década de 1990, Sen (1993) sugere que a análise do desenvolvimento deve incorporar três fatores: expectativa de vida, educação e renda. Dessa forma, o indicador criado foi o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que mais tarde seria utilizado para recortes subnacionais no Brasil, pela parceria da PNUD, IPEA e Fundação João Pinheiro, em que é feita uma análise municipal do indicador denominado agora Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Tal medida se fundamenta na premissa de que o pré-requisito para alcançar uma vida melhor, além de ter um bom nível de renda, é a viabilização do desenvolvimento de talentos e capacidades humanas. A análise do IDHM desagrega índices intermediários para longevidade, educação e renda, viabilizando a análise dos indicadores em dinâmicas de melhoria e/ou de agravamento.
Entretanto, tal abordagem gerou críticas por não contemplar fragilidades sociais sugerindo um ajuste metodológico ao IDH. Foram empreendidas comparações e observações pelo banco de dados disponibilizados pelo IPEA para os anos 2000, 2010 e 2015 para os estados brasileiros.
Nesse contexto, o estado de Mato Grosso do Sul configura-se como um dos estados com o quinto