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Prelúdios Poéticos na Região do Mato Grosso Goiano: Trajetória da Família Moreira
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Prelúdios Poéticos na Região do Mato Grosso Goiano: Trajetória da Família Moreira

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A trajetória da família sempre foi contada de pai para filho, assim, essa obra é importante no sentido de registrar traços dessa bonita história que pode se perder no tempo. A família Moreira era formada por pessoas trabalhadoras que deixaram o Estado de Minas Gerais para aventurar-se nas terras desconhecidas de Goiás, dito como o Estado das onças. Se instalaram na região de Capoeirão, hoje chamado de Damolândia-GO, onde permaneceram por alguns anos, até cada um adquirir seu pedaço de chão, construindo a sua história em vários municípios da região.
No decorrer da leitura dessa obra, além de uma importante biografia familiar, o leitor se deparará com bonitas histórias de vida, de diferentes sujeitos, que tem em comum os laços de sangue dessa família, que deixou suas marcas registradas na história do Mato Grosso Goiano. Através de detalhes minuciosos, o autor conduz o leitor a uma viagem ao seu tempo de infância, detalhando como era a casa, o quintal e a dinâmica funcional da fazenda de seu avô, João Majó. Essa obra é um resgate de muitas memórias esquecidas, de uma família que muito contribuiu para o desenvolvimento dessa região, especialmente nos municípios de Itauçu, Itaberaí e Taquaral de Goiás.
Esta escrita apresenta aos membros mais jovens da família "Moreira", a oportunidade de conhecer um pouco da história de seus antepassados e, como bem lembrado pelo autor, serve também para suscitar a escrita de outras importantes histórias da família, pois estas existem e podem cair no esquecimento.
Aos demais leitores, esta obra traz o relato de uma família que, como tantas outras no Brasil, souberam fazer a sua história no Estado de Goiás.
LanguagePortuguês
PublisherEditora Kelps
Release dateJun 13, 2022
ISBN9786553701342
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    Prelúdios Poéticos na Região do Mato Grosso Goiano - José Braga Coelho

    1 - MATO GROSSO GOIANO: UMA REGIÃO

    A intenção primeira não é de conceituar região, mas sim de apresentá-la como uma das categorias de análise geográfica, que irá contribuir para o entendimento dos movimentos de fronteiras responsáveis pela ocupação do sertão goiano. No entanto, diversas áreas do conhecimento científico têm apresentado discussões teóricas a respeito da ocupação de espaços considerados livres, destacando movimentos econômicos e demográficos que se apropriaram de determinada área, com fins e objetivos mais ou menos semelhantes. Barreira (1997, p. 109) afirma que esse tema tem merecido a atenção de diferentes especialistas, como sociólogos, economistas, historiadores, agrônomos e geógrafos. Por isso, região é na Geografia uma das categorias de análise bastante debatida no meio acadêmico.

    Falando sobre a necessidade de primeiro estudar uma região, para depois defini-la, Barreira (2002, p. 302) afirma:

    Os critérios para construir o conceito de uma região derivam de parâmetros do que efetivamente é observado. Só é possível ter a clareza ao final, quando já se examinaram os elementos que constituem o real.

    De acordo com Gomes (2009), na linguagem do senso comum a noção de região está relacionada aos princípios de localização e de extensão de certo fato ou fenômeno, onde também existe algum domínio de determinadas características que distinguem aquela área das demais. Daí a utilização de expressões, como região montanhosa, região mais pobre, ou a região da família tal.

    O conceito de região é também associado ao sentimento de pertencimento da população a uma parte do espaço. Santos (1999), destacando a universalidade do fenômeno da região, afirma que nenhum subespaço do planeta pode escapar ao processo conjunto de globalização e fragmentação, isto é, individualização e regionalização. Portanto, as regiões são entendidas como o suporte e a condição das relações globais, sem o qual estas não se realizam. "Uma região é, na verdade, o locus de determinadas funções da sociedade total em um momento dado" (SANTOS, 2008, p. 89).

    O processo de regionalização é o que dá origem às regiões. Dessa forma, secciona-se o espaço geográfico em partes que apresentam internamente características semelhantes. Os elementos internos de uma região não são idênticos, mas quando comparados a elementos de outra região se percebe certa homogeneidade interna, tendo o espaço dividido por critérios de ordem natural, política, econômica, social, dentre outros.

    Assim sendo, características regionais podem transformar-se em atração para os olhares de imigrantes que buscam melhores condições de vida. Como afirma Barreira (2002, p. 308), a região passou a fazer sentido como uma área de oportunidades latentes.

    Dessa forma, ganhou destaque no interior goiano a existência de uma região popularmente conhecida como Mato Grosso Goiano, ou Mato Grosso de Goiás (Mapa 1), que se apresentava com visíveis diferenças com relação à extensa vegetação do cerrado que cobre a maior parte do Estado de Goiás, tanto no solo quanto na vegetação. Trata-se de uma região cujo solo é composto por uma mancha de terra fértil, de coloração roxa (às vezes preta ou avermelhada). Sua vegetação, inicialmente formada por matas fechadas, de aparência bastante diferente da vegetação do cerrado goiano e brasileiro.

    Falando sobre essa região com vegetação de matas frondosas no território goiano, diferentes da vegetação do cerrado, Gomes (1966, p. 119 e 120) assim descreve:

    Tais florestas são encontradas sob forma de matas de galeria ou em manchas isoladas no meio da paisagem dominante (cerrados) [...] De domínio e superfície um tanto incerta, distribuem-se em maiores áreas pelo Mato Grosso Goiano (20.000 km2) [...] Três estratos dão a composição estrutural à mata de primeira classe: o superior, caracterizado pelas árvores mais elevadas (20 a 30 metros) que sofrem no final da estação seca a perda da maioria de suas folhas [...] o médio, com folhagem mais rala, com árvores que oscilam entre 5 a 15 metros de altura, sofrendo reduzida ou nenhuma perda de folhas durante o inverno; o inferior, formado de arbustos e ervas, com espécies que atingem um a dois metros e permanecem sempre verdes. O jatobá, a peroba, o cedro, o tamboril, a paineira [...] ao lado de palmeiras como o bacuri e a guariroba, são exemplos típicos de madeira dessa mata principal.

    Também o botânico francês Saint-Hilaire (1975, p. 44), impressionado com a vegetação do Mato Grosso Goiano, quando de sua viagem à Província de Goiás, no século XIX, assim a descreveu:

    [...] os grandes arbustos são aí mais numerosos e mais compactos do que nas florestas virgens propriamente ditas [...], ali as árvores, quase todas vigorosas e muito próxima uma das outras, se entrelaçam com arbustos e lianas formando um denso emaranhado de ramos.

    Não se sabe exatamente quando surgiu a denominação Mato Grosso Goiano, sabe-se que a origem do nome está ligada ao tipo de vegetação e mais particularmente ao contraste que ele forma em relação ao resto da paisagem (FAISSOL, 1952, p. 7). O autor afirma ainda que, mesmo antes da visita do botânico Sait-Hilaire, essa região já era conhecida como Mato Grosso de Goiás. Portanto, fica evidente que a principal característica dessa região é a presença das matas.

    Encontra-se publicado na Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, que foi editada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 1957, que o Conselho Nacional de Geografia dividiu a grande região do Centro-Oeste em 10 regiões, sendo uma delas a Região do Mato Grosso de Goiás.

    Pesquisas arqueológicas mostram que essa região foi habitada muito antes da chegada dos europeus.

    As pesquisas arqueológicas sistemáticas no Brasil Central, durante os seus vinte anos de existência, forneceram, a partir da prospecção de algumas centenas de sítios, um quadro cronológico e um primeiro esboço da diversidade cultural dos povos pré-coloniais no âmbito regional. (SCHMITZ apud WÜST, 1992, p.14).

    A presença de sítios arqueológicos nessa mancha de terra fértil, em meio ao cerrado, comprova que ali viveu uma comunidade de agricultores e ceramistas ainda no século IX, ou seja, por volta de 700 anos antes da chegada dos europeus. Esses povos silvícolas foram, posteriormente, denominados pelos europeus de indígenas, nome pelo qual até os dias atuais são popularmente conhecidos.

    Ainda no século XX, a partir da década de 1930, essa mesma região foi alvo de intensa ocupação por uma corrente migratória que, vinda principalmente do Estado de Minas Gerais, derrubavam as matas virgens para o cultivo de produtos agrícolas, como o café, o arroz, o milho e o feijão. Mediante o aumento do consumo interno nacional, do incremento do comércio exterior e do início do processo de industrialização no Brasil, houve por parte do governo federal a implantação de políticas públicas para a ocupação de espaços no sertão do Brasil, quando foram direcionados benefícios para o Estado de Goiás.

    A ocupação efetiva do Mato Grosso de Goiás concretizou-se entre 1930 e 1955, inserindo-se no processo de incorporação da região sul de Goiás no movimento de expansão da agricultura nacional. (FRANÇA, 1985, p. 60).

    Destaca-se como parte dessa ocupação: a construção de Goiânia como nova capital do estado; a chegada dos trilhos da estrada de ferro até a cidade de Anápolis; e a implantação de uma Colônia Agrícola Nacional (CANG), no município de Ceres-GO.

    Sobre essa ocupação goiana, Estevam (1998, p. 126) afirma que os projetos colonizadores e a marcha de interiorização foram responsáveis por modificações na área centro-sul do estado – mais especificamente na zona Mato Grosso de Goiás. Como elemento importante nas modificações da estrutura do território goiano, tem-se a ferrovia. Como afirma Borges (2000, p. 35 e 36): a ferrovia despertou o Estado de Goiás do isolamento em que se encontrava há séculos e possibilitou a inserção da economia regional na dinâmica capitalista. Ainda fez parte das políticas públicas de ocupação interiorana a construção de rodovias estaduais e federais, incrementando a ocupação da região do Mato Grosso Goiano, transformando-a na região de maior concentração demográfica do Estado de Goiás e, consequentemente, também de maior produtividade, naquele período.

    Toda essa política de incentivo do governo federal, visando a efetiva ocupação do sertão, ficou conhecida nacionalmente como Marcha para o Oeste, pois tratava-se de um movimento de fronteira que seguia rumo ao interior do centro-oeste brasileiro. Dessa forma, de acordo com Estevam (1998), a região do Mato Grosso Goiano que concentrava apenas 15% da população estadual em 1920, no final da década de 1960 já concentrava 36% da população do Estado de Goiás. Ainda de acordo com o autor, enquanto a população estadual cresceu quatro vezes nesse período, na região do Mato Grosso Goiano o crescimento populacional foi de quase nove vezes.

    Ficando claro, portanto, que o crescimento econômico e populacional do Estado de Goiás nesse período, deu-se graças às imigrações que fizeram parte do movimento de fronteira, que é o tema do próximo capítulo.

    2 - MOVIMENTO DE FRONTEIRA

    A palavra fronteira, etimologicamente falando, está relacionada a extremidades, confins e limites. No entanto, em estudos científicos, esta possui conceituação diferenciada, muito bem definida pelo geógrafo Fhilippe Léna (1988, p. 92), quando diz que a noção de fronteira se confunde com a história do Brasil. É a progressão contínua da ocupação demográfica e econômica do território. Ou seja, o movimento de fronteira acontece quando existe a incorporação de novas áreas ao processo de produção, através da ocupação capitalista de um espaço pouco explorado.

    Também apresentando uma definição sobre o movimento de fronteira, Martins (1997) afirma que é o local de desencontro de temporalidades históricas, quando o novo chega para mudar o tradicional. Nessa lógica, o autor define o espaço de fronteira como lugar de disputa por interesses adversos, onde adere à teoria da existência em uma região de fronteira de duas frentes conflituosas, a frente de expansão e a frente pioneira. Assim, frente de expansão seria os primeiros posseiros a ocuparem as terras brutas (devolutas) no Brasil, denominada pelo autor de relação não capitalista de produção, em que produziam quase tão somente para a subsistência familiar. Já a frente pioneira seria a presença do capital na produção, ou seja, a legalização das terras através da escrituração e de produção para a comercialização de seus produtos.

    Desse modo, a fronteira se expande em direção ao sertão, incorporando a agricultura familiar ao processo produtivo, derrubando matas, formando lavouras e pastagens. Foi através do movimento de fronteira que o sertão brasileiro foi ocupado, inclusive contando com apoio do já mencionado programa público do governo federal, denominado de Marcha para o Oeste.

    Em conceituação voltada para a fronteira agrícola, o geógrafo Graziano da Silva (1982) afirma que o movimento de fronteira existe em um lugar enquanto a apropriação privada da terra é utilizada para fins de produção, sendo que esse movimento deixa de existir quando a terra é apropriada como reserva de valor para a especulação financeira.

    Dessa maneira, o processo de formação territorial no Brasil marcou-se ao longo dos anos por diferentes atuações do movimento de fronteira, a qual os autores também a definem com diferentes denominações, tais como, fronteira agrícola, fronteira econômica, fronteira demográfica, ou ainda a junção de ambas.

    Como já mencionado, os primeiros indícios de ocupação encontrada em território goiano são atribuídos aos povos indígenas. No entanto, a primeira fase do movimento de fronteira em Goiás, ou seja, da ocupação efetiva do território goiano, aconteceu em torno da mineração, no início do século XVIII. Posteriormente, com a chegada da estrada de ferro intensificou esse movimento, provocando grandes transformações geográficas no território goiano. Borges (1990) afirma que a construção efetiva do trecho do ramal de Araguari-MG a Catalão-GO, teve início a 23 de dezembro de 1909, em Araguari, e que três anos depois a linha atravessava o rio Paranaíba e penetrava em território goiano. Dessa forma, nas primeiras décadas do século XX, boa parte do Estado de Goiás estava inserida à economia de mercado com a região de maior fluxo de comércio do país, que era o Estado de São Paulo; assim, marcando a entrada do capital especulativo e comercial na região goiana, principalmente através da expansão das lavouras de café que, normalmente, acompanhavam os trilhos da estrada de ferro. Essa fase de ocupação marcou também outra forma de povoamento e de formação de novos centros urbanos às margens das ferrovias.

    Falando sobre a inserção dos produtos goianos no mercado nacional, Arrais (2004) afirma que pela estrada de ferro, no início do século XX, saía, do Estado de Goiás, o arroz, o café, o couro, a banha, o boi magro, o charque, o açúcar, etc., sendo que esses produtos tinham como destino o Triângulo Mineiro e São Paulo, onde havia grande demanda favorecida pelo nascente mercado de consumo urbano. Além disso, a economia agrícola paulista, nas últimas décadas do século XIX, esteve ligada ao cultivo do café, o que favoreceu a expansão da fronteira produtora de alimentos e a pecuária tradicional do sul goiano, área mais próxima geograficamente.

    Quando Getúlio Vargas assumiu o poder como Presidente do Brasil, em 1930, o país era eminentemente agrário. Em alguns estados interioranos que eram pouco povoados naquele período, como os estados de Goiás e Mato Grosso, Vargas implantou programas de colonização com distribuição de terras. Através do rádio, o meio de comunicação mais utilizado na época, o governo federal utilizava os horários de maior audiência junto à população, quando da apresentação ao vivo de duplas sertanejas, para induzir a população que não possuía terra em outros estados a migrarem, conforme narra Carneiro (1988, p. 80): Lavradores que não têm terra devem vir para Goiás, só não vem quem não quer trabalhar e ter o que é seu.

    Estava aberto o programa Marcha para o Oeste no Brasil, com o presidente Vargas conclamando a população para ocupar o sertão. A doação de terras em Goiás se deu na CANG, em Ceres-GO, em uma área de colonização de 106.000 hectares, o que equivale a 21.900 alqueires.

    Também fazendo parte do projeto de interiorização do país, a partir da Revolução de 1930 o Estado de Goiás passou por um processo de modernização, quando o governador Pedro Ludovico Teixeira deu início à construção de Goiânia como a nova capital do Estado, e de forma entusiástica declarava: O Estado marchou para um nível mais alto de civilização, Goiás é do Brasil, a terra do futuro (TEIXEIRA, 1973, p. 99).

    Contando também com a escassez e empobrecimento dos solos de Minas Gerais, ocorreu grande migração de mineiros rumo a solos atraentes de outros estados, principalmente para as regiões possuidoras de solos férteis, propícios para o plantio de produtos primários, como o arroz, o milho, feijão e o café. Assim, com a facilidade de adquirir terras baratas ocorreu a grande migração de mineiros e cresceu,  consideravelmente, o número de pequenas e médias propriedades no interior do país, principalmente no Estado de Goiás.

    A partir de 1935, o Mato Grosso de Goiás foi o teatro de uma das mais ativas frentes pioneiras do Brasil [...] Cêrca de 100 000 mineiros, em grande parte do sul de Minas Gerais, hoje ocupam o Mato Grosso de Goiás. Na Colônia Agrícola de Goiás, 60% dos loteiros são mineiros. (IBGE, 1957, p. 338).

    Em relato sobre a vinda de imigrantes de Minas Gerais para a região do Mato Grosso Goiano, na primeira metade do século XX, o professor e economista Estevam (1998, p. 114), assim escreveu:

    O atrativo real para o surto imigratório foi a existência de largas faixas de terras férteis e matas – até então inexploradas [...] Os migrantes oriundos de Minas Gerais – que constituíam cerca de 60,0% do contingente – ao serem questionados por que razão foram para Goiás de imediato respondiam: ‘porque não há mais florestas em Minas’.

    Dessa forma, as terras goianas que há pouco tempo eram o retrato do sertão abandonado, passaram a ser atração aos olhos da frente pioneira, pois com a construção de estradas e a valorização de suas terras, o território goiano se transformou em área de contínuo movimento de fronteira e de expansão da agricultura.

    Foi também com o movimento de ocupação do interior goiano que o carro de boi se firmou como meio de transporte regional, em substituição às tropas que, desde o período da mineração, era o único meio de transporte em Goiás. De acordo com Santana, apud Nogueira (2003, p. 36), foram os mineiros, povoadores dos Julgados de Desemboque e Araxá, e que depois se internaram pelo sul de Goiás, os introdutores dos carros de bois no Brasil. Dessa forma,

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