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Oficina Do Cérebro
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Oficina Do Cérebro

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Ousadia em prosa e poesia Talvez “abusado” não seja a palavra exata para qualificar o estilo da criação poética de Paulo Silveira, mas “arrojado”, ah sim, o identifica. Sua ousadia criativa dá-se pela segurança no que escreve. Por vezes o leitor pode ceder à tentação de buscar tais palavras no dicionário – e não as encontrará. Não tem problema, são seus neologismos; o contexto do poema definirá a intenção de seus “abusos”. E o mais importante: o autor conhece o elevado nível intelectual de seu leitor, e os novos que chegarão, igualmente logo vencerão os desafios do arrojo literário. [...] Oficina do cérebro vem reafirmar suas qualidades inovadoras, corajosas e, sobretudo, arrojadas – seja em prosa ou verso. [...] Rossyr Berny, editor e escritor
LanguagePortuguês
Release dateJul 11, 2022
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    Oficina Do Cérebro - Paulo Silveira

    Dedicatória

    Toda (ou quase toda) obra literária é dedicada a alguém. Esta não poderia fugir a tão clássica regra. Dou-me a liberdade e a satisfação de dedicá-la a um ser que veio dar vida e cor a todos os meus momentos. Entrego-me às suas andanças e lambanças como um peregrino que se entrega aos perigos e agruras do Caminho de Santiago. Seu olhar provoca desarmes; seu sorriso, embriaguez. A gente sabe por quê, mas não sabe bem por quê. Para mim é tudo muito novo. É uma nova abertura para um novo mundo. E esse novo mundo localiza-se naquele mesmo velho mundo de sempre.

    Quando o vi pela primeira vez, me deparei com um sinal que não soube decifrar. Mas em seguida meu anjo da guarda me abriu os olhos para as evidências. Perceba a razão, disse-me ele. Mas, e o coração?, perguntei. Seu olhar me fez lembrar que a razão sempre destoa do coração. Os médicos (e a própria razão) sempre nos proíbem excessos, mas, desta vez, bebi em excesso a emoção. A partir daquele momento, aquela vidinha abarcou a maior parte das entranhas banhadas pelo meu sangue. Meu coração se viu sitiado por forças que eu não reconhecia como inimigas. Até que, em dado momento, foi submetido pelos invasores. Cabe salientar que ainda não empreendi qualquer movimento em direção à reconquista da independência. Propus uma unificação de sensações e energias, mas a resposta que recebi foram sonoras risadas. Até quando permaneceria subjugado pelo invasor e sua doce presença de luz?

    Ele, desde que chegou, ensinou muita coisa, sem sequer escrever a receita ou produzir um guia. Mas, de alguma forma, demonstra para todo mundo, fazendo-nos descobrir uma interessante novidade a cada dia – até em bruxas passei a acreditar! Cada novidade é, sem dúvida, uma descoberta, e quem não se sente nas nuvens com cada nova maravilhosa descoberta? Dá para comparar ao acerto de uma nova receita, na qual se acerta a mão na primeira tentativa: é só degustar.

    Todos vêm a este mundo para seguir um caminho (bom ou mau, bem ou mal). Quando ele chegou, dispus-me a acompanhá-lo, pois o tráfego de almas é intenso. Sem falar na estrada escorregadia e suas curvas fechadas, perigosas. Às vezes à sua frente, como batedor, para afastar os perigos e armadilhas que a vida, com certeza, iria lhe parar; às vezes na retaguarda, para salvaguardar traições e estocadas furtivas e mal-intencionadas; na maioria das vezes ao seu lado, de mãos dadas, para conduzi-lo pelo caminho sem tombos desnecessários, sem permitir desvios traiçoeiros. Afinal, ele precisa conquistar o mundo e fazê-lo doce como cereja!

    Considerações do autor

    Estou aqui esticado, braços erguidos em direção a um azul onde muitos juram que há um céu. A respiração não se alterou significativamente, mas a pressão arterial se alterou um pouco. Tudo culpa da poesia. Penso e faço poesia em qualquer situação (por isso necessito daquela medicação específica para a famosa pressão alta), até com o mais corriqueiro dos temas. E quando penso poesia, qualquer lugar

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